Ateísmo: diferenças entre revisões

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Como mencionado acima, os termos "positivo" e "negativo" têm sido usados na literatura filosófica de uma forma similar aos termos "forte" e "fraco", respectivamente. No entanto, o livro ''Ateísmo Positivo'', do escritor indiano Goparaju Ramachandra Rao, publicado pela primeira vez em 1972, introduziu um uso alternativo do termo.<ref>{{citar livro|último=Rao |primeiro=Goparaju |autorlink=Goparaju Ramachandra Rao |título=Positive Atheism |editora=Atheist Centre, Patamata, Vijayawada, India |ano=1972 |local=Vijayawada, India|língua3=en|ref=harv}}</ref> Tendo crescido em um [[Hierarquia|sistema hierárquico]] com uma base religiosa, Gora pedia uma [[Índia]] secular e sugeriu diretrizes para uma filosofia ateísta positiva, ou seja, uma que promova os valores positivos.<ref>{{citar web|último=Walker |primeiro=Cliff |título=The Philosophy of Positive Atheism |url=http://www.positiveatheism.org/faq/faq1111.htm#WHATISPOSATH |língua3=en|acessodata=19 de novembro de 2008}}</ref> O ateísmo positivo, definido desta forma, implica coisas como moralmente reto, mostrando um entendimento de que as pessoas religiosas têm razões para acreditar, sem [[proselitismo]] ou dando lições sobre o ateísmo e defender-se com honestidade, em vez de com o objetivo de "ganhar" qualquer confronto com os críticos sinceros.
 
Enquanto Martin, por exemplo, afirma que o [[agnosticismo]] implica o "ateísmo negativo",<ref name="mmartin"/> a maioria dos agnósticos vêem o seu ponto de vista como distinto do ateísmo, o qual podem considerar tão pouco justificado como o [[teísmo]] ou como requerendo igual convicção.<ref>{{citar livro|primeiro=Anthony |último=Kenny |autorlink=Anthony Kenny |título=What I believe |chapter=Why I Am Not an Atheist |editora=Continuum |isbn=0-8264-8971-0 |ano=2006|língua3=en|ref=harv}}</ref> A afirmação da intangibilidade do conhecimento a favor ou contra a existência de deuses é às vezes vista como indicação de que o ateísmo requer [[fé]].<ref>{{cite news |title=Many atheists I know would be certain of a high place in heaven |url=http://www.irishtimes.com/newspaper/opinion/2009/0725/1224251303564.html |accessdate=19-08-2009|publisher=Irish Times}}</ref> As respostas comuns de ateus contra este argumento incluem que proposições ''religiosas'' não comprovadas merecem tanta descrença quanto todas as outras proposições não comprovadas<ref>{{harvnb|Baggini|2003|pp=30–34}}. "Quem seriamente afirma que deveríamos dizer 'Eu não creio nem descreio que o Papa é um robô', ou 'Sobre se comer ou não este pedaço de chocolate me transformará num elefante eu sou completamente agnóstico'. Na ausência de quaisquer boas razões para crer nestas afirmações bizarras, justamente não acreditamos nelas, não suspendemos apenas o seu julgamento."</ref> e que a improbabilidade da existência de um deus não implica igual probabilidade para ambas as possibilidades.<ref>{{harvnb|Baggini|2003|pp=30–34}}.</ref> O filósofo escocêsinglês [[J. J. C. Smart]] argumenta ainda que "às vezes uma pessoa que é realmente ateia pode descrever-se, mesmo apaixonadamente, como agnóstica devido ao irrazoável [[ceticismo filosófico]] generalizado que nos impediria de dizer que sabemos alguma coisa qualquer, exceto, talvez, as verdades da [[matemática]] e da [[lógica]] formal."<ref name="stanford">{{citar web|url=http://plato.stanford.edu/entries/atheism-agnosticism/ |título=Atheism and Agnosticism |primeiro=J.C.C. |último=Smart |autorlink=J. J. C. Smart|data=9 de março de 2004 |publicado=Stanford Encyclopedia of Philosophy |língua3=en|acessodata=12 de abril de 2007}}</ref> Por conseguinte, alguns autores ateus como [[Richard Dawkins]] preferem distinguir as posições teísta, agnóstica e ateia segundo a probabilidade que cada uma delas atribui à afirmação "Deus existe".<ref>{{citar livro|último=Dawkins|primeiro=Richard|autorlink=Richard Dawkins|título=The God Delusion|ano=2006|editora=Houghton Mifflin Co|isbn=0-618-68000-4|página=50|língua3=en|ref=harv}}</ref>
 
=== Definição como impossível ou impermanente ===
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O ateísmo no {{séc|XX}}, particularmente na forma de ateísmo prático, avançou em muitas sociedades. O pensamento ateu encontrou reconhecimento em uma ampla variedade de outras filosofias mais amplas, como o [[existencialismo]], o [[objetivismo]], o [[humanismo secular]], o [[niilismo]], o [[positivismo lógico]], o [[anarquismo]], o [[marxismo]], o [[feminismo]]<ref>{{citar livro|url=http://books.google.com/?id=tAeFipOVx4MC&pg=PA233&lpg=PA233&dq=%22Feminism+and+Atheism%22&q=%22Feminism%20and%20Atheism%22 |último=Overall |primeiro=Christine |título=Feminism and Atheism |isbn=978-0-521-84270-9 |ano=2007 |acessodata=9 de abril de 2011|língua3=en|ref=harv}} em {{harvnb|Martin|2007|pp=233–246}}</ref> e o movimento científico e [[Racionalismo|racionalista]] geral.
 
O positivismo lógico e o [[cientificismo]] pavimentaram o caminho para o [[neopositivismo]], a [[filosofia analítica]], o [[estruturalismo]] e o [[naturalismo]]. O neopositivismo e a filosofia analítica descartaram o racionalismo clássico e a metafísica em favor do empirismo estrito e do [[nominalismo]] epistemológico. Proponentes como [[Bertrand Russell]], rejeitaram enfaticamente a crença em Deus. Em seus primeiros trabalhos, [[Ludwig Wittgenstein]] tentou separar a linguagem metafísica e sobrenatural do discurso racional. [[Alfred Jules Ayer|A. J. Ayer]] afirmou a inverificabilidade e a falta de sentido das afirmações religiosas, citando a sua adesão às ciências empíricas. Relacionado com esta ideia, o estruturalismo aplicado de [[Lévi-Strauss]] ligou a origem da linguagem religiosa ao subconsciente humano ao negar o seu significado transcendental. John Niemeyer Findlay e [[J. J. C. Smart]] argumentaram que a [[existência de Deus]] não é logicamente necessária. Naturalistas e [[Monismo|monistas]] [[Materialismo|materialistas]], tais como [[John Dewey]], consideravam o mundo natural como a base de tudo, negando a existência de Deus ou a [[imortalidade]].<ref name="stanford"/><ref>{{harvnb|Zdybicka|2005|p=16}}</ref>
 
[[Imagem:Christ saviour explosion.jpg|thumbnail|esquerda|Demolição da [[Catedral de Cristo Salvador de Moscou|Catedral de Cristo Salvador de Moscou]], em 1931.]]