Ordem de São Miguel da Ala: diferenças entre revisões

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A '''Ordem de São Miguel da Ala''' ('''O.S.M.A.'''), de seu nome completo ''Real Ordem Equestre e Militar de São Miguel da Ala'', é uma [[Ordens dinásticas de Portugal|ordem dinástica portuguesa]], fundada originalmente pelo rei [[Afonso I de Portugal|D. Afonso Henriques]] depois da tomada de [[Santarém (Portugal)|Santarém]] aos muçulmanos, em [[1147]], e mais tarde reactivada pelos partidários do ex-infante [[Miguel I de Portugal|D. Miguel de Bragança]].
 
== Origens ==
A tomada da cidade de Santarém teria ocorrido no dia de [[Miguel (arcanjo)|São Miguel]] (alado), o [[8 de maio]], e, segundo a lenda, este [[arcanjo]] teria aparecido aos guerreiros cristãos sob a forma de um braço armado e alado, ajudando-os a derrotar os mouros. Caso estes factos correspondessem à verdade histórica, para comemorar esse milagre, D. Afonso Henriques teria decidido pela fundação de uma ordem de cavalaria, que se tornaria, assim, a mais antiga ordem de origem puramente [[Reino de Portugal|portuguesa]]. Com efeito a cidade de Santarém foi conquistada em Março de 1147 (e não em Maio), como está claramente comprovado, mas não há um único documento coevo que prove a fundação de tal ordem pelo primeiro rei português.
 
A Ordem de São Miguel da Ala terá sido reactivada durante a regência de [[Miguel I de Portugal|D. Miguel de Bragança]]<ref name="dn.sapo.pt"/>, funcionando como uma ordem secreta apoiante do [[absolutismo]] vinculada às ideias [[Miguelista]]s e de alegado combatente contra a [[Maçonaria]]. Depois da vitória dos Liberais em [[1834]], é extinta oficialmente, mas continua a existir clandestinamente, apoiando o ex-infante D. Miguel Ide Bragança no exílio.<ref name="dn.sapo.pt"/>
 
Em [[1848]], o já então ex-infante D. Miguel de Bragança e o Partido Realista, recentemente formado para o apoiar<ref>{{citar web |url=http://gib.cm-viana-castelo.pt/documentos/20080603094556.pdf |publicado=Câmara Municipal de Viana do Castelo |formato=PDF |obra="Cadernos Vianenses", Viana do Castelo: Pelouro da Cultura Câmara Municipal, Tomo XIII |autor=Maria Emília Sena de Vasconcelos |título=«Miguelismo no Alto-Minho» |acessodata= |ano=1989 |página=114}}</ref> conseguem que o [[Papa Pio IX]] a reestruture militante e política, vocacionada para a defesa da religião Católica e para a restauração em Portugal do que consideravam a legítima sucessão.<ref name="dn.sapo.pt"/> Os Grão-Mestres da Ordem seriam sempre o [[rei de Portugal]], seu descendente ou representante, passando a ser considerada uma ordem secreta por ter de viver na clandestinidade, que lutaria contra o que ela considerava ser como um usurpador à frente do [[Reino de Portugal]]. Pouco se sabe, porém, sobre o seu funcionamento e os seus membros, já que, segundo a tradição, esta ordem sempre teria tido um carácter reservado e envolto num certo mistério.
 
O cargo de Grão-Mestre da Ordem seria a partir daí reivindicado por alguns descendentes do ex-infante D. Miguel ([[Miguel Januário de Bragança|Miguel Januário]], [[Duarte Nuno de Bragança|Duarte Nuno]] e [[Duarte Pio de Bragança]]), tendo-se, todavia, sempre procurado engrandecer o seu passado através da memória relacionada com o fundador da nacionalidade portuguesa.