Voo espacial tripulado: diferenças entre revisões

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Ao mesmo tempo que concentram os nocivos prótons provindos do Sol, as cintas de radiação protegem as regiões que se situam abaixo delas. O Sol não só raia luz e calor como está também constantemente despedindo prótons e elétrons. Essas partículas é que formam o hidrogênio, que é o elemento mais abundante no Sol, em -particular nas camadas superiores. Devido à grande energia existente no Sol, o hidrogênio ali, encontra-se ionizado, isto é, permanece dissociado em elétrons e prótons que são os íons de hidrogênio. Normalmente, o fluxo desses íons não tem velocidade suficiente para constituir uma radiação prejudicial. Esse fluxo recebe, às vezes, o nome de "vento solar", e calcula-se que tenha uma velocidade de 300 km por segundos. Admite-se que, a distância da Terra ao Sol, existam, em cada metro cúbico de espaço, de 100 milhões a 1 bilhão de partículas.
 
De vez em quando, ocorrem explosões na superfície solar, durante as quais são despedidas partículas dotadas de grande velocidade. Os prótons resultantes dessas explosões são nocivos devido à sua alta velocidade, e é necessário proteger as tripulações contra uma excessiva exposição a eles. Embora se saiba que a intensidade da explosão solar pode variar de vários graus de magnitude, é impossível predizer com segurança sua atividade. É impossível prever com eficiência a ocasião em que ocorrerá uma explosão, bem como a sua amplitude. Sabemos que o aparecimento de um grande grupo de manchas solares indica que está para ocorrer uma explosão. Contudo não há meios de deduzir, dessas indicações, se surgirá uma explosão, nem de determinar qual será sua intensidade caso ocorra.
 
É significativo que a atividade das manchas solares está relacionada com a origem das explosões, pois sabe-se que ela é cíclica. Desde 1820, que os astrônomos registram a atividade das manchas no Sol, tendo determinado que atinge o máximo cada 11 anos. Durante os anos intermediários, é mínima a sua ocorrência. Assim, pode-se dizer que, durante certos anos, o risco da radiação associado com os voos espaciais será muito maior do que noutros. O próximo período em que esse risco será extremo ocorre conforme as variações solares a cada 11 anos.
 
Além dos prótons e elétrons lançados pelo Sol, há, no espaço, outras partículas de alta velocidade e que devem ser mencionadas. São os raios cósmicos. Viajam eles muitas vezes mais depressa do que as partículas que provem do Sol. São dotados de energia que podem atingir à intensidade de bilhões de bilhões de eletrovolts, ou seja, 100 mil vezes mais a alcançada pelos mais enérgicos prótons despedidos pelo Sol. Os raios cósmicos são constituídos principalmente de prótons. Calcula-se que 84 % deles sejam prótons, e 14 % partículas alfas, ou núcleos de hélio. O restante é formado de núcleos de átomos mais pesados, na sua maioria, carbono, nitrogênio e oxigênio. O número de raios cósmicos é insuficiente para oferecer um risco significativo ao homem no espaço.
 
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