Dicotomias saussurianas: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Tree.gif|thumb|A esfera na ilustração acima é o signo; a palavra "tree" é o significante (forma) e a "imagem da árvore" é o significado (conteúdo).]]
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Nos estudos linguísticos que [[Ferdinand de Saussure]] ministrou entre 1907 e 1910 na [[Universidade de Genebra]], que acabaram sendo compilados por dois de seus alunos no notório livro [[Curso de linguística geral]], diversas dicotomias são utilizadas na construção de uma ciência que viria a ser a Linguística.
 
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Entre 1907 e 1910, Saussure ministrou três cursos sobre linguística na [[Universidade de Genebra]]. Em 1916, três anos após sua morte, dois de seus alunos, Charles Bally e Albert Sechehaye, com a colaboração de A. Ridlinger, compilaram as anotações de alunos que compareceram a estes cursos e editaram o [[Curso de linguística geral|''Curso de Linguística Geral'']], livro seminal da ciência linguística.<ref>PIETROFORTE, Antonio Vicente. A língua como objeto da Lingüística. In [[José Luiz Fiorin|FIORIN, José Luiz]] (org.). ''Introdução à Lingüística. I. Objetos teóricos.'' 3ª edição. São Paulo: Contexto, 2004. ISBN 85-7244-192-1</ref>
 
===Sincronia Xx Diacronia===
 
Sincronia: do grego ‘syn’ (″juntamente″) + chrónos (“tempo”): ao mesmo tempo
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Ferdinand de Saussure enfatizou uma [[sincronia|visão sincrônica]], um estudo descritivo da linguística em contraste à [[visão diacrônica]] do estudo da linguística histórica, que é o estudo da mudança dos signos no eixo das sucessões históricas (através do tempo), e era a forma como o estudo das línguas era tradicionalmente realizado no [[século XIX]]. Com tal visão sincrônica, Saussure procurou entender a estrutura da [[linguagem]] como um sistema em funcionamento em um dado ponto do tempo (recorte sincrônico), para além do processo histórico-temporal de mudanças.
 
===Língua Xx Fala===
Em sua teorização, Saussure também efetua uma separação entre língua e fala. Para ele, a língua é uma construção coletiva, um sistema de valores que se opõem uns aos outros e que está depositado, como produto social, na mente de cada falante de uma comunidade. Assim, a língua possui homogeneidade e não varia entre os sujeitos de um grupo linguístico-social, estando capacitada a ser o objeto do estudo linguístico. Já a fala, para Saussure, é um ato individual e está sujeito a fatores externos, muitos desses não linguísticos e, portanto, não passíveis de análise científica.
===Significante Xx Significado===
O signo linguístico constitui-se numa combinação de significante e significado, como se fossem dois lados de uma moeda.
** O significante do signo linguístico é uma "imagem acústica" (cadeia de sons). Consiste no plano da forma.
** O significado é o conceito, reside no plano do conteúdo.
** Conjuntamente, o significante e o significado formam o signo.
 
===Sintagma Xx Paradigma===
Saussure define o sintagma como “a combinação de formas mínimas numa unidade linguística superior”, que surge a partir da linearidade do signo. Essa linearidade exclui a possibilidade de pronunciar dois elementos ao mesmo tempo: um termo só passa a ter valor a partir do momento em que ele se contrasta com outro elemento. Já o paradigma é, como o próprio autor define, um "banco de reservas" da língua, fazendo com que suas unidades se oponham, pois uma exclui a outra.