Realismo: diferenças entre revisões

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=== Teatro ===
[[Ficheiro:LadyoftheCamellias.jpg|miniaturadaimagem|''La Dame aux camélias'', de Dumas filho (1848).]]
Com o realismo, problemas do cotidiano das camadas sociais mais baixas ocupam os palcos. O teatro, inclusive o realista e o naturalista, era definido pelo fato de que não só ilustrava o que se desviava da melhor sociedade, mas também ''suplantava'' a vida real pela forma do [[drama]].<ref>{{Citar livro |sobrenome=Lehmann |nome=Hans-Thies |título=Teatro pós-dramático |subtítulo= |idioma=português |edição= |local= |editora=Editora Cosac Naify |ano=2007 |página=196 |páginas= |volumes= |isbn=8575036572 }}</ref> O herói romântico é substituído por personagens do dia-a-dia e a linguagem torna-se coloquial. A primeira grande [[dramaturgia|obra dramática]] realista é ''[[La dame aux camélias|A Dama das Camélias]]'', de fevereiro de 1852, do francês [[Alexandre Dumas, filho]] (1824-1895).<ref>Roberto Faria, João. ''O teatro na estante: estudos sobre dramaturgia brasileira e estrangeira''. reimpressão. Atelie Editorial, 1998. pp. 34. ISBN 8585851686</ref> Essa peça conta a história de uma cortesã que é regenerada pelo amor, dando ao público a constatação de um mundo real, observado, sem fantasiosas e lúdicas MIRIELI vivências, e sim, do dia a dia que explica o comportamento dos personagens apresentados. O realismo teatral francês apresenta a singularidade de combinar ''descrição'' com ''prescrição''. Assim, em ''Les Filles de Marbre'' (1853), por exemplo, [[Théodore Barrière|Barrière]] e Thiboust não se contentam em descrever o universo da prostituição ou os males que uma prostituta pode causar a um jovem inexperiente. Eles introduzem um ''raisonneur'' — personagem típico da comédia realista — que didaticamente expõe o pensamento dos autores em relação a esse problema social. Em algumas peças teatrais como ''Le Mariage d'Olympe'' (1855), de Augier; ''De Demi-monde'' (1855), de Dumas Filho; e ''Dalila'' (1857), de [[Octave Feuillet|Feuillet]] a prostituição é abordada com variações sobre o mesmo tema.<ref>{{citar web |url=http://www.ciaateliedasartes.com.br/ARTIGOS/Teatro%20Naturalista%20e%20Realista.pdf |título=Teatro - Naturalista e Realista |acessodata=17 de fevereiro de 2014 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato=PDF |obra= |publicado=Cia Ateliê das Artes |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref><ref>Roberto Faria, João. ''O teatro na estante: estudos sobre dramaturgia brasileira e estrangeira''. reimpressão. São Paulo: Ateliê Editorial, 1998. pp. 37. ISBN 8585851686</ref> O teatro, tanto naturalista quanto realista, era definido pelo fato de que não só ilustrava o que se desviava da melhor sociedade, mas também ''suplantava'' a vida real pela forma do drama.<ref>Lehmann, Hans-Thies. ''[[Teatro pós-dramático]]''. Editora Cosac Naify, 2007. pp. 196. ISBN 8575036572</ref>
 
Fora da [[França]], um dos expoentes é o [[Noruega|norueguês]] [[Henrik Ibsen]] (1828-1906), citado como o primeiro grande nome a despontar no realismo. Em ''[[Casa de Bonecas]]'', por exemplo, trata da situação social da mulher.<ref>Trindade Gonçalves, Maria Magaly. ''Teatro ocidental: reflexões''. Faculdade de Ciências e Letras, Departamento de Letras Modernas, UNESP, 1992. pp. 28.</ref> Em obra ''[[Espectros (peça)|Espectros]]'', Ibsen desenvolve um comentário cáustico sobre a moralidade da sociedade norueguesa da época. O drama foi tratado duramente pelos críticos por abrir completamente a moral da sociedade ao falar de promiscuidade e doenças venéreas.<ref>{{citar web |url=http://operamundi.uol.com.br/conteudo/historia/27777/hoje+na+historia+1891+-+estreia+peca+espectros+de+henrik+ibsen.shtml |título=Hoje na História: 1891 - Estreia peça "Espectros", de Henrik Ibsen |acessodata=19 de fevereiro de 2014 |ultimo=Altman |primeiro=Max |coautores= |data=13 de março de 2013 |ano= |mes= |formato= |obra=UOL |publicado=Opera Mundi |páginas= |língua= |língua2=pt |língua3= |lang= |citação= }}</ref> São importantes também o dramaturgo e escritor russo [[Máximo Gorki]] (1868-1936), autor de ''[[Ralé]]'' e ''[[Os Pequenos Burgueses]]'', e o alemão [[Gerhart Hauptmann]] (1862-1946), autor de ''[[Os Tecelões]]''.