Espiritismo: diferenças entre revisões

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Contudo, a utilização do [[Palavra|termo]], cuja raiz é comum a diversas nações ocidentais de origem latina<ref>IBGE.[ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/tab1_4.pdf Tabela 1.4.1 - População residente, por situação do domicílio e sexo, segundo os grupos de religião - Brasil - 2010].</ref><ref>{{citar web|URL=http://observapoa.com.br/default.php?reg=284&p_secao=17|título=Rio Grande do Sul tem maior adesão a religiões afro no país|autor= O Observatório da Cidade de Porto Alegre|data=|publicado=|acessodata=20150402}}</ref> ou [[América Anglo-Saxônica|anglo-saxônica]], fez com que ele fosse rapidamente incorporado ao uso cotidiano para designar tudo o que dizia respeito à alegada comunicação com os espíritos. Assim, por ''espiritismo'', entendem-se hoje as várias doutrinas religiosas e/ou filosóficas que crêem na sobrevivência dos espíritos à morte dos corpos, e, principalmente, na possibilidade de se comunicar com eles, casual ou deliberadamente, via evocações ou espontaneamente<ref>{{citar web|URL=http://www.neapa.org.br/karcecismoXumbanda|título=Diferenças entre o espiritismo e a umbanda|autor=Núcleo Espírita Assistencial "Paz e Amor"|data=|publicado=|acessodata=20150402}}</ref>. Essa [[Ecletismo|apropriação]] do termo cunhado por [[Allan Kardec|Kardec]], por parte de [[religioso|adeptos]] de outras [[tradição|tradições]] [[espiritualista]]s, é [[crítica|criticada]] pelos [[Igreja Cristã (Discípulos de Cristo)|seguidores]] [[contemporâneo]]s do [[pedagogia|pedagogo]] [[franceses|francês]], que o reivindicam para designar a sua [[doutrina]] específica<ref>AMORIM, Deolindo. O Espiritismo e as Doutrinas Espiritualistas, publicado pelo C. E. Léon Denis.</ref><ref>PIRES, José Herculano. Mediunidade: Vida e Comunicação, publicado pela Edicel.</ref>.
 
O [[Palavra|termo]] "''kardecista''" é repudiado por parte dos adeptos da doutrina que reservam a palavra ''"espiritismo"'' apenas para a doutrina tal qual codificada por Kardec, afirmando não haver diferentes vertentes dentro do ''espiritismo'', e denominam correntes diversas de "''espiritualistas''"<ref name=ipepe>{{citar web |url= http://www.ipepe.com.br/esclarecimentos.htm |título=Esclarecimentos sobre o que é o Espiritismo |publicado=ipepe.com.br |acessodata=13 de abril de 2010}}</ref>. Estes adeptos entendem que o ''espiritismo'', como corpo doutrinário, é um só, o que tornaria [[Pleonasmo|redundante]] o uso do termo "espiritismo kardecista". Assim, ao seguirem os ensinamentos codificados por Allan Kardec nas [[Obras básicas do espiritismo|obras básicas]] (ainda que com uma tolerância maior ou menor a conceitos que não são estritamente doutrinários, como a [[apometria]]), denominam-se simplesmente "espíritas", sem o complemento "kardecista".<ref name=ipepe/> A própria obra desaprova o emprego de outras expressões como "kardecista", definindo que os ensinamentos codificados, em sua essência, não se ligam à figura única de um homem, como ocorre com o cristianismo ou o budismo, mas a uma coletividade de espíritos que eles acreditam que se manifestaram através de diversos médiuns naquele momento histórico, e que se esperava que continuassem a comunicar, fazendo com que aquele próprio corpo doutrinário se mantivesse em constante processo evolutivo. Outra parcela dos adeptos, no entanto, considera o uso do termo "kardecismo" apropriado.<ref>{{citar web |url=http://www.ceismael.com.br/artigo/kardecismo-como-espiritismo.htm |título=Kardecismo como Espiritismo: um Conceito |publicado=ceismael.com.br |acessodata=13 de abril de 2010}}</ref> O uso deste termo é corroborado por fontes lexicográficas como o [[Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa]]<ref>{{Citar livro|título=Dicionário Eletrônico Houaiss de Língua Portuguesa 2.0.1|editora=Objetiva Ltda|ano=2007}} [https://acesso.uol.com.br/login.html?dest=CONTENT&url=http://houaiss.uol.com.br/busca.jhtm%3fverbete%3dkardecismo%26x%3d0%26y%3d0%26stype%3dk&COD_PRODUTO=1] (ligação disponível apenas para assinantes [[UOL]].</ref>, o [[Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa]]<ref>{{Citar livro|título=Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa|editora=Nova Fronteira|ano=1999}}</ref>, o [[Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa]]<ref>{{Citar livro|título=Michaelis Moderno Dicionário da Língua Portuguesa|editora=Melhoramentos|ano=1998}}</ref> e o [[Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa]].<ref>{{Citar livro|título=Dicionário Etimológico da Língua Portuguesa|editora=Lexikon|ano=1986|autor=Da Cunha, Antônio Geraldo}}</ref>
 
As expressões nasceram da necessidade de alguns em distinguir o "espiritismo" (como originalmente definido por Kardec) dos cultos afro-brasileiros, como a [[Umbanda]]. Estes últimos, discriminados e perseguidos em vários momentos da história recente do Brasil, passaram a se autointitular espíritas (em determinado momento com o apoio da [[Federação Espírita Brasileira]]<ref>Ver: [http://www.ofrancopaladino.pro.br/mat242.htm ''Triste episódio ocorrido em 1953''] Consultado em 14 de Junho de 2008.</ref>), num anseio por legitimar e consolidar este movimento religioso, devido à proximidade existente entre certos conceitos e práticas destas doutrinas. Seguidores mais ortodoxos de Kardec, entretanto, não gostaram de ver a sua prática associada aos cultos afro-brasileiros, surgindo assim o termo "espírita kardecista" para distingui-los dos que passaram a ser denominados como "espíritas umbandistas".{{carece de fontes|data=fevereiro de 2015}}