Monsieur de Sainte-Colombe: diferenças entre revisões

'''Monsieur de Sainte-Colombe''' (c. [[1640]] — c. [[1693]]) foi um afamado [[compositor]] e tocador de [[viola de gamba]] [[França|francês]]. Apesar de pouco se saber sobre a sua identidade e muito poucas obras terem sobrevido ao tempo. Sainte-Colombe tornou-se uma quase uma lenda da música barroca francesa devido sobretudo aos comentários muito elogiosos deixados por seus alunos, grandes nomes da música do seu tempo. É muitas vezes confudido com seu filho Monsieur de Sainte-Colombe, filho — também compositor e tocador de viola de gamba, mas praticamente desconhecido, apesar do valor da sua obra que só recentemente foi descoberta.

Poucos pormenores são conhecidos sobre eventos e fa(c)tos de sua vida. Não se conhecem os nomes de seus pais, nem as datas de nascimento e morte. E esse desconhecimento não é causado pela baixa qualidade de sua obra, muito pelo contrário: suas composições e suas pesquisas no campo da música são de elevado padrão. A falta de registros sobre sua vida deveu-se provavelmente à modéstia pessoal do compositor, quee sea afastouuma docerta convívioausteridade dorelacionada grandecom mundoa dasua épocareligião, de suas honrarias e futilidades, para poder dedicarpensa-se exclusivamente à concepção muito particular que tinhaera da arte musical, que requeria o silêncio e a pesquisa, para poder criar novos sons e mesmo novos instrumentos para produzi-los[[huguenote]].

Jean Rousseau assinala que ele dominava a arte da viola « à perfeição », fa(c)to retomado no filme « Tout les matins du monde » baseado no romance de [[Pascal Quignard]], que mostra a aprendizagem de [[Marin Marais]] junto de Sainte-Colombe, e no qual esse é apresentado como um homem relativamente austero. Provavelmente ele pertencia à nobreza [[Lyon|lionesa]], e ficou regist(r)ado que ele oferecia concertos de viola em sua casa. Por outro lado, ele nunca foi músico da Corte francesa.

Embora quase nada se saiba sobre sua vida privada, há registros de que Sainte-Colombe teve duas filhas e que se chamavam Françoise e Brigide, que ele muito provavelmente instruiu pessoalmente na arte da viola e que o acompanhavam em concertos em sua residência. Além delas, sabe-se que teve também ao menos um filho natural, que veio a estabelecer-se na Inglaterra (provavelmente em decorrência de sua religião, pois seria protestante), onde era muito apreciado, tendo sido professor de Grisel Baillie, em Edinburgh, Escócia, em 1707. A existência desse filho é mencionada por [[Rémond de Saint-Mard]], na obra ‘’Réflexions sur l’opéra’’. Sainte-Colombe, filho, compôs uma elegia fúnebre em homenagem a seu pai: ''Tombeau pour Monsieur de Sainte-Colombe, le père''.