Henrique de Borgonha, conde de Portucale: diferenças entre revisões

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Entre o primeiro trimestre de 1096 e o final de 1097, o conde Raimundo, ao ver a sua influência reduzida na corte, acordou com o seu primo Henrique de Borgonha, que ainda não tinha sido nomeado governador de Portugal, a partilha do poder, o tesouro real e o apoio mútuo.{{Sfn|Rodrigues Oliveira|2010|pp=28-29}} Através desta aliança, que teve a aprovação do abade [[Hugo de Cluny]], parente de ambos,{{
NotaNT|
1="O texto sem data que chegou até nós através de Cluny, consiste numa breve nota remetida ao abade São Hugo por meio de um monge mensageiro chamado Dalmacio Geret, que inclui uma cópia dos juramentos que os dois primos terão prestado mutuamente».{{Sfn|Martínez Diez|2003|p=226}}
}} Raimundo "prometia sob juramento a seu primo Henrique entregar o reino de Toledo e um terço do tesouro real quando Afonso VI morresse". Se ele não pudesse entregar o reino de Toledo, ele daria a Galiza. Henrique, por sua vez, comprometeu-se a ajudar Raimundo a obter "todos os domínios do rei Afonso e dois terços do tesouro".{{Sfn|Martínez Diez|2003|p=170}} O rei Afonso VI parece ter tido conhecimento do acordo e para contrariar a iniciativa dos seus dois genros, nomeou Henrique governador da região que se estende desde o [[rio Minho]] até ao [[rio Tejo]], que até então era governada pelo Conde Raimundo. Este viu o seu poder reduzido apenas ao governo da Galiza.{{Sfn|Martínez Diez|2003|pp=170-171}}{{NotaNT|O "pacto sucessório" entre os condes Raimundo e Henrique de Borgonha é reproduzido no trabalho de Pierre David.{{Sfn|David|1948|pp =275–276}}}}