Francisco Xavier: diferenças entre revisões

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m o nome da nau de Martim Afonso estava incorreta, chamava-se S. Diogo. O motivo da frota ter permanecido em Moçambique sem prosseguir viagem foi a doença que afetou a todos e não "os ventos". Os relatos estão nas cartas de Francisco de Xavier.
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Os japoneses não se revelaram pessoas facilmente conversíveis. Muitos eram já [[budistas]]. Francisco Xavier teve dificuldade em explicar-lhes um conceito de [[Deus]] segundo o qual Deus criara tudo o que existe. Aos seus olhos, Deus seria então responsável também pelo [[Mal]] e pelo [[pecado]], algo que era para eles uma acção incompreensível da parte de Deus. O conceito de Inferno foi também difícil de explicar, pois os japoneses não aguentavam a concepção de que os seus antepassados podiam estar num [[Inferno]] eterno do qual era impossível libertá-los. Apesar das diferenças religiosas, Francisco de Xavier terá sentido que os japoneses eram um povo bom, como os povos europeus, e que por isso poderiam ser convertidos.
 
Xavier foi bem acolhido pelos monges da escola de [[Shingon]], por ter usado a palavra “Dainichi” para descrever o Deus Cristão. Depois de ter aprendido mais sobre as nuances da palavra, Francisco passou a usar a palavra “Deusu”, da palavra latina e portuguesa “Deus”. Foi nesse momento que os monges se aperceberam que ele pregava uma religião rival. No entanto, Francisco sempre respeitou o povo que o acolheu, tendo aprendido japonês, deixado de comer carne e peixe, e cumprimentava os senhores com vénias profundas, tendo chegado em algumas circunstâncias a vestir-se com trajes japoneses, tudo para ser melhor aceiteaceito.
 
Com a passagem do tempo, a missão de Francisco Xavier no Japão pôde ser considerada muito frutuosa, tendo conseguido estabelecer congregações em [[Hirado]], Yamaguchi e [[Província de Bungo|Bungo]]. Xavier continuou a trabalhar durante mais de dois anos no Japão, tendo escrito um livro em japonês sobre a criação do mundo e a vida de Cristo, até a chegada dos jesuítas que o vieram suceder, cujo estabelecimento supervisionou.