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[[Imagem:Financial District, Toronto.jpg|thumb|[[Toronto]], no [[Canadá]]: exemplo de uma região que passou por um intenso processo de urbanização nos últimos séculos]]
'''Urbanização''' é o processo de transformação das características [[Zona rural|rurais]] de uma localidade ou região para características [[Zona urbana|urbanas]]. O processo ocorre no mundo desde o [[neolítico]], mas se intensificou a partir da [[Revolução Industrial]], segundo [[Noam Chomsky]].<ref>[http://www.truthdig.com/report/item/american_socrates_20140615 American Socrates] [[Chris Hedges]], [[15 de junho]] de [[2014]], Truth Dig</ref> Usualmente, esse fenômeno está associado ao desenvolvimento da [[civilização]] e da [[tecnologia]]. Demograficamente, o termo denota a redistribuição das populações das zonas rurais para assentamentos urbanos. O termo também pode designar a ação de dotar uma área com [[Infraestrutura (economia)|infraestrutura]] e [[equipamento urbano|equipamentos urbanos]], o que é similar a significação dada
Os detentores do título de maiores aglomerações mundiais pertencem aos [[países emergentes]]. Tudo isso apenas reforça a ideia de que, quanto mais um país demora para se industrializar, mais rápida é sua urbanização.
Atualmente, 75% dos [[Europa|europeus]] vivem em cidades, a maior percentagem dos 5 [[continente]]s.
A urbanização é estudada por [[ciência]]s diversas, como a [[sociologia]], a [[geografia]] e a [[antropologia]], cada uma delas propondo abordagens diferentes sobre o problema do crescimento das [[cidades]]. As disciplinas que procuram entender, regular, desenhar e planejar os processos de urbanização são o [[urbanismo]], o [[planejamento urbano]], o [[planejamento da paisagem]], o [[desenho urbano]], a geografia, entre outras.
A história da cidade pode ser considerada a história da humanidade. Sempre esteve presente nas obras dos grandes filósofos da [[Antiguidade]]. Segundo esses filósofos, qualquer desequilíbrio na estrutura das cidade poderia significar perigo para a unidade e organização da sociedade. Para [[Friedrich Ratzel|Ratzel]], um dos fundadores da geografia, ela representa uma forma de aglomeração durável. Utilizando-se o critério de Ratzel e incorporando este das atividades, podemos definir uma cidade da seguinte forma: é todo aglomerado permanente cujas atividades não se caracterizam como agrícolas. A grande concentração das atividades terciárias públicas e privadas do aglomerado e a forma contínua dos espaços edificados onde se dá a proximidade das habitações da população que vive dessas atividades são atributos que permitem caracterizar melhor a cidade. De forma muito genérica, pode-se dizer que, nestas condições, a aglomeração é importante por ser organizada para o trabalho coletivo em atividades não agrícolas.▼
Como espaço edificado, representando uma massa composta de habitações, a cidade cria tipos de serviço que somente as formas de organização política são capazes de administrar. Disso resulta ser ela o centro da vida política da sociedade. Sua história confunde-se com a do [[Estado]].▼
A cidade pode ter dois tipos de conceito atualmente:▼
A cidade é toda sede de município (ditada pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]), ou que, a cidade deve possuir pelo menos, um aglomerado de 10 mil habitantes (ditado pela [[Organização das Nações Unidas]]). Portanto, cidade é todo aglomerado urbano envolvendo características sociais, econômicas e culturais em um mesmo ambiente. É importante frisar que a cidade além de tudo que foi explicitado anteriormente é um local de tomada de decisões, a cidade é poder. É da cidade que vão sair as ordens que influenciarão todo o território municipal.▼
2) A primeira Idade Média e a retração urbana romano-germânica medieval: século III d.C- X d.C▼
== História ==
[[Lista das cidades mais antigas continuadamente habitadas|Algumas das cidades que existem atualmente no mundo chegam a ter 3 000 anos ou mais de idade]], como [[Roma]], [[Atenas]] e algumas cidades do [[Egito]], [[Oriente Médio]], [[Turquia]], [[China]] e [[Índia]].
=== Europa ===
Em termos de Europa, a urbanização pode ser dividida nos seguintes períodos:
1) [[Antiguidade]]
▲2) A
3) O renascimento urbano da Idade Média central dos séculos XI, XII e XIII
4) As cidades no
5) As cidades na
6) As cidades nos séculos XIX e XX
Por volta do século III
A economia romana de base sobretudo rural-[[Latifúndio|latifundiária]]-[[Escravidão|escravista]] em grandes propriedades rurais no ocidente, tendendo quase para a [[monocultura]], chegou ao seu limite de contradições explícitas por volta já de meados do século III, com:
▲Por volta do século III d.C, o Império Romano, que já havia tido seu período de glória, passou a se esfacelar tanto no ocidente (Gália, Ibéria, Itália, Bretanha e Germãnia e África) como no oriente (Egito, Dácia, Trácia, Grécia, Macedônia, Palestina, Síria e Bizâncio), mas sobretudo na parte mais ocidental os impactos foram maiores.
*decadência do sistema escravista com o fim das conquistas territoriais;
*queda do número de escravos e o aumento de custo deles e dos custos produtos por eles gerados, gerando [[inflação]] e crise monetária e alimentícia;
*abandono de cidades e aldeias no ocidente a partir dos séculos II ou III, mas mais intenso no século IV e V;
*fechamento das estradas que ligavam as principais cidades, por estarem abandonadas;
*queda do rendimento econômico total no império gerado pela escravidão a partir da ''[[Pax Romana]]'' no século I;
*crises de abastecimento de alimentos em todo o império e a capital a partir do século II;
*processo de "naturalização" da economia com o colonato ou ruralização, pelos quais um colono romano recebia, do proprietário de terras: liberdade [[Servidão|semisservil]]; um pedaço de terra para cultivar; proteção; e parte da produção. Em troca, fornecia pagamentos. Esse processo acabaria redundando no [[sistema feudal]].
No ocidente, as cidades criadas em
Enquanto, no ano de 120
▲No ocidente, as cidades criadas em estilo romano nos séculos I a.C. e I d.C como Marselha; Londres; Paris; Bruges; Colonia; Dresden; Nápoles e Roma foram inteiramente abandonadas, assim como várias aldeias e cidades médias ou entraram em retração econômica e demográfica, e o nível urbano no ocidente e o tamanho das maiores cidades no ocidente atinge seu ponto mais baixo em perto do ano 1000.
As cidades
▲Enquanto no ano de 120 d.C a população na cidade de Roma era de aproximadamente 1,7 milhões, a maior do mundo e do ocidente, em 650 e no ano 1000 chegou a apenas 20 000 pessoas, entre o fim do século VII e início do XI, quase 90 vezes menos.
Mesmo assim, há exceções nesse período: com a [[Invasão muçulmana da península Ibérica|invasão árabe na Península Ibérica]], a Ibéria passa a ser a região mais rica, urbanizada e intelectualizada do ocidente nos séculos VIII, IX e X
▲As cidades no ocidente (Europa), nessa primeira Idade Média, com a formação e consolidação do cristianismo no ocidente como religião oficial, a crise do império romano nos séculos III, IV e V e a formação da Igreja Católica como corpo político do cristianismo, tendem a partir já dos séculos VI e VII, a ser sedes monásticas ou cidades monásticas com igrejas e monastérios e uma elite extramundana de monges e de entesourar obras da antiguidade clássica; relíquias e dinheiro.
▲Mesmo assim, há exceções nesse período: com a invasão árabe na Península Ibérica, a Ibéria passa a ser a região mais rica, urbanizada e intelectualizada do ocidente nos séculos VIII, IX e X (por volta do ano 1000), com cidades como Toledo, Coimbra, Granada e Medina del Campo.
Milão e Ravena passam a ser importantes centros urbanos construídos com a decadência, nos séculos IV e V e Ravena passa a ser a capital do império no século V.
O conceito de cidades nesse período ou é de um centro de retirada para monges (cristão arcaico) como os
▲=== Conceito de cidade ===
▲A história da cidade pode ser considerada a história da humanidade. Sempre esteve presente nas obras dos grandes filósofos da [[Antiguidade]]. Segundo esses filósofos, qualquer desequilíbrio na estrutura das cidade poderia significar perigo para a unidade e organização da sociedade. Para [[Friedrich Ratzel|Ratzel]], um dos fundadores da geografia, ela representa uma forma de aglomeração durável. Utilizando-se o critério de Ratzel e incorporando este das atividades, podemos definir uma cidade da seguinte forma: é todo aglomerado permanente cujas atividades não se caracterizam como agrícolas. A grande concentração das atividades terciárias públicas e privadas do aglomerado e a forma contínua dos espaços edificados onde se dá a proximidade das habitações da população que vive dessas atividades são atributos que permitem caracterizar melhor a cidade. De forma muito genérica, pode-se dizer que, nestas condições, a aglomeração é importante por ser organizada para o trabalho coletivo em atividades não agrícolas.
▲Como espaço edificado, representando uma massa composta de habitações, a cidade cria tipos de serviço que somente as formas de organização política são capazes de administrar. Disso resulta ser ela o centro da vida política da sociedade. Sua história confunde-se com a do [[Estado]].
▲A cidade pode ter dois tipos de conceito atualmente:
▲A cidade é toda sede de município (ditada pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]), ou que, a cidade deve possuir pelo menos, um aglomerado de 10 mil habitantes (ditado pela [[Organização das Nações Unidas]]). Portanto, cidade é todo aglomerado urbano envolvendo características sociais, econômicas e culturais em um mesmo ambiente. É importante frisar que a cidade além de tudo que foi explicitado anteriormente é um local de tomada de decisões, a cidade é poder. É da cidade que vão sair as ordens que influenciarão todo o território municipal.
=== A urbanização brasileira ===
==== O surgimento e o crescimento das cidades brasileiras até o século XIX ====
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