Conselho de Administração de Recursos Fiscais: diferenças entre revisões

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O '''Conselho Administrativo de Recursos Fiscais''' (CARF)<ref>{{citar web|URL = http://idg.carf.fazenda.gov.br/|título = Sítio oficial do Carf|acessadoem =12 de julho de 2016 |publicado =Ministério da Fazenda }}</ref> é um órgão doparitário, de composição dividida entre representantes da Fazenda Nacional e dos contribuintes, vinculado ao [[Ministério da Fazenda (Brasil)|Ministério da Fazenda]], criado através da Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009.<ref>{{citar web|título=Lei nº 11.941|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm|acessodata=30 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web|título=Conselho Administrativo de Recursos Fiscais|url=http://carf.fazenda.gov.br/sincon/public/pages/index.jsf|acessodata=30 de março de 2015}}</ref> Atualmente é organizado e regido pelo Portaria MF 343, de 9 de julho de 2015.
 
Esse órgão é o responsável pelo julgamento em grau recursal de irresignações de contribuintes relativas aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Também é responsável pela análise de recursos voluntários, que são apreciados pelo CARF nos casos em que a impugnação do contribuinte é acolhida pela primeira instância do contencioso administrativo, que se denomina Delegacia de Julgamento, os quais são manifestados pelos próprios julgadores de primeiro grau. Há, também, a competência do órgão para julgar, em Câmara Superior de Recursos Fiscais, os recursos especiais dos contribuintes e da Fazenda Nacional, nos casos de divergência entre as turmas julgadoras.
Esse órgão é o responsável pelo julgamento dos recursos de contribuintes em débito com a [[Receita Federal]] do Brasil.<ref>{{citar web|título=Estrutura do Carf favorece tráfico de influência, diz procurador|url=http://veja.abril.com.br/noticia/economia/estrutura-do-carf-favorece-trafico-de-influencia-diz-procurador/|acessodata=30 de março de 2015}}</ref>
 
O CARF, atualmente, é formado por 216130 conselheiros, dos quais a metade se constitui de [[auditor fiscal|auditoresAuditores fiscaisda Secretaria da Receita Federal do Brasil,]] concursados, que representam a ReceitaFazenda FederalNacional; a outra metade se compõe de pessoas indicadas por confederações e entidades de classe, representando os contribuintes.<ref name="Dam" /> Segundo Cláudio Damasceno, presidente do Sindfisco Nacional, entidade que representa os auditores fiscais, o modelo de indicações "paritárias" é inadequado, pois os conselheiros representantes dos contribuintes são sempre "voluntários", ou seja, teoricamente, nada recebem por sua atuação no Carf. Mas, na prática, trabalham para empresas, sendo pagos por elas para defender seus interesses. Assim, conclui Damasceno, da forma como está organizado atualmente, o Carf apenas protege os grandes contribuintes em débito com a Receita Federal.<ref name="Dam">[http://noticias.r7.com/brasil/carf-protege-grandes-contribuintes-diz-representante-dos-trabalhadores-da-receita-27042015 Carf protege grandes contribuintes, diz representante dos trabalhadores da Receita]. Por Diego Junqueira. ''[[R7]]'', 27de abril de 2015.</ref> A defesa dos interesses do fisco é realizada no órgão pela [[Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional|Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.]]
 
De janeiro à agosto de 2016, o CARF julgou um total de 5.996 recursos, dentre os quais 52% das irresignações dos contribuintes foram acolhidas pelo órgão administrativo.<ref>{{Citar web|url=http://idg.carf.fazenda.gov.br/noticias/2016/carf-divulga-relatorio-das-decisoes-proferidas-de-janeiro-a-agosto-de-2016|titulo=CARF divulga Relatório das Decisões Proferidas de Janeiro a Agosto de 2016|acessodata=2016-11-23|obra=Conselho Administrativo de Recursos Fiscais|lingua=pt-BR}}</ref>
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Os Conselhos de Contribuintes, em 1968, passaram a se subordinar à recém-criada Receita Federal do Brasil, prejudicando a autonomia e a reputação imparcial dos conselheiros, medida esta que não perdurou por muito tempo. Com o crescimento da indústria no Brasil, bem como a progressiva universalização do pagamento de Imposto de Renda, fez com que os Conselhos crescessem em número de componentes, possuindo, em 1992, o 1° Conselho já oito câmaras de julgamento, bem como tornou necessária a criação de um terceiro e quarto conselhos de contribuintes, cujas matérias foram sendo intercalas ao longo do tempo. A fim de uniformizar as decisões do tribunal administrativo, foi criada em 1979, a Câmara Superior de Recursos Fiscais.
 
A Lei n° 11.941, de 27 de maio de 2009, promoveu uma profunda reestruturação do órgão. Foi abandonada a antiga denominação de Conselho de Contribuintes, sendo todos eles agrupados em um novo órgão, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, este dividido em três seções: a Primeira, competente para julgar matéria relativa ao Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, contribuições dos optantes pelo Simples Nacional, bem como matéria residual; a Segunda Seção, afeta ao julgamento de controvérsias sobre o Imposto de Renda sobre as Pessoas Físicas, Imposto Territorial Rural e contribuições previdenciárias; e a Terceira Seção, que cuida do Imposto de Importação, Imposto de Exportação, PIS/Cofins, Finsocial, Imposto sobre Produtos Industrializados e Imposto sobre Operações Financeiras. Foi mantida, ademais, a Câmara Superior de Recursos Fiscais, competente para julgar recursos especiais dos contribuintes e da Fazenda Nacional a fim de sanar divergência entre julgados.<ref>{{Citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/Lei/L11941.htm|titulo=L11941|acessodata=2016-11-23|obra=www.planalto.gov.br}}</ref>
 
Desde a entrada em vigor do novo regimento do CARF, em 9 de julho de 2015, seu número de conselheiros reduziu de 216 para 130.
 
== Responsabilidades ==