Estádio do Canindé: diferenças entre revisões

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Inseri informações sobre o estado atual do Canindé
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A proposta apresentada pelo presidente Manuel da Lupa a Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, realizada na Câmara Municipal de São Paulo, que a primeira vista foi encarada como piada <ref>http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/08/19/esportes10_0.asp</ref>, acabou sendo aceita, e o campo lusitano tornou-se oficialmente um dos candidatos a receber a Copa.
 
O que primeiro pareceu piada, logo foi adotado pelos presentes, inclusive pelo vereador e dirigente do [[São Paulo Futebol Clube]], [http://www.marcoaureliocunha.com.br/ Marco Aurélio Cunha] (PSD), que afirmou apoiar a proposta. "Fui a primeira pessoa a sugerir o Canindé. Se a Portuguesa tiver oportunidade de fazer um projeto com verba privada e autossustentável, tem o meu total apoio. Até porque não vejo opção mais bem localizada. Talvez até mesmo que o próprio [[Estádio Cícero Pompeu de Toledo|Cícero Pompeu de Toledo]]."<ref>http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/08/19/esportes10_0.asp</ref>
 
Como constatado pela prefeitura, o Canindé apresenta o melhor conjunto de vantagens para sediar a copa. Uma delas é estacionamento. Há uma área de 33 mil metros quadrados que pertence à Prefeitura ao lado do estádio que poderia ser usada para parar os carros durante os jogos. <ref>http://www.diariodepernambuco.com.br/2010/08/19/esportes10_0.asp</ref>
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== Dívidas e crise no Canindé ==
[[Ficheiro:Detalhe de símbolo da Portuguesa no gramado do Canindé, em São Paulo, Brasil.jpg|miniaturadaimagem|265x265px|Detalhe de símbolo da Portuguesa dentro do gramado do Canindé]]Após ser rebaixada três vezes consecutivas no Campeonato Brasileiro, a Portuguesa passou a viver grande crise esportiva e financeira. As dívidas do clube beiram os R$ 200 milhões. A alternativa encontrada pela justiça para que as pendências sejam pagas foi leiloar a área do estádio do Canindé pertencente à Portuguesa. As alternativas encontradas para evitar o leilão foram o tombamento da sede lusitana ou um modelo de negócio no qual a área do estádio seria gerido por diferentes empresas. Dentre este período, que se sucedeu entre setembro e novembro de 2016, um jogador das categorias de base da Portuguesa morreu dentro das dependências do Canindé.<ref name=":0" />
 
=== Leilão do estádio por dívidas trabalhistas ===
Em novembro de 2016, o estádio do Canindé quase deixou de ser da Associação Portuguesa de Desportos. Afundada em crise financeira, que beira os R$ 200 milhões<ref name=":0">{{Citar periódico|titulo="Sem um centavo sequer", Portuguesa "respira por aparelhos", diz presidente|jornal=sportv.com|url=http://sportv.globo.com/site/programas/ta-na-area/noticia/2016/11/sem-um-centavo-sequer-portuguesa-respira-por-aparelhos-diz-presidente.html|idioma=pt-BR}}</ref>, a Lusa teve que enfrentar o risco de dois leilões do local neste período. A área foi penhorada para o pagamento de dívidas trabalhistas que ultrapassam R$ 55 milhões<ref>{{Citar periódico|titulo=Avaliado em R$ 154 milhões, Canindé tem leilão marcado para novembro|jornal=globoesporte.com|url=http://globoesporte.globo.com/futebol/times/portuguesa/noticia/2016/09/avaliado-em-r-154-milhoes-caninde-tem-leilao-marcado-para-novembro.html|idioma=pt-BR}}</ref>. O processo que deu início aos leilões foi registrado pela advogada Gislaine Nunes. Cinco jogadores profissionais de futebol - Ricardo Oliveira, Rogério Pinheiro, Tiago Barcelos, Marcus Vínicius e Rafael - se juntaram para requisitar o dinheiro de dívidas trabalhistas feitas no começo dos anos 2000.
 
A área do Canindé colocada a leilão corresponde a 42 mil metros quadrados do local, cerca de 45% do total da sede da Lusa – o restante pertence à [[Política e administração pública do município de São Paulo|Prefeitura de São Paulo]], que também já autorizou a venda dessa parte.
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Em 5 de setembro, a 10ª Vara Cível do Foro Central da Capital anunciou que a sede da Portuguesa seria leiloada em 7 de novembro, com lance inicial de R$ 154.296.529,68, pela Mega Leilões. Em 25 de outubro, a diretoria do clube conseguiu suspender o leilão por uma brecha encontrada no processo<ref>{{Citar periódico|titulo=Portuguesa consegue suspensão de leilão do Canindé por erro de cálculo|jornal=globoesporte.com|url=http://globoesporte.globo.com/futebol/times/portuguesa/noticia/2016/10/portuguesa-consegue-suspensao-de-leilao-do-caninde-por-erro-de-calculo.html|idioma=pt-BR}}</ref>. O efeito suspensivo foi conquistado por causa de erro de cálculo no valor de juros da dívida da Lusa. A Portuguesa teria déficit ainda maior do que deveria, portanto o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo decidiu por impugnar o leilão.
 
Após o leilão na vara cível não ser concretizado, a disputa pelo terreno na vara trabalhista ganhou força. Este leilão foi marcado para 18 de novembro. As bases eram parecidas com o próximo citado da vara cível, porém os valores eram diferentes. A sede da Portuguesa foi colocada a venda pelo valor de R$ 74 milhões como lance inicial pela [http://www.fidalgoleiloes.com.br/new/leilao.php?idLeilao=1227 Fidalgo Leilões]. Em 30 de outubro, o Canindé apareceu nos classificados do periódico [[O Estado de S. Paulo]] no setor de classificados<ref>{{Citar periódico|titulo=Canindé aparece sendo leiloado em classificados do Estadão - Esportes - Estadão|jornal=Estadão|url=http://esportes.estadao.com.br/noticias/futebol,caninde-aparece-sendo-leiloado-em-classificados-do-estadao,10000085421}}</ref>.
 
Na semana que antecedeu o leilão, diretores da Portuguesa fizeram plantão na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, em São Paulo, para barrar a tentativa de venda do Canindé<ref>{{Citar web|url=http://globoesporte.globo.com/blogs/especial-blog/bastidores-fc/post/presidente-da-lusa-faz-plantao-na-justica-para-tentar-barrar-leilao-do-caninde.html|titulo=Presidente da Lusa faz plantão na Justiça para tentar barrar leilão do Canindé {{!}} Blog Bastidores FC|acessodata=2016-11-24|obra=globoesporte.com}}</ref>. Os dirigentes tentaram encontrar outra brecha, assim como na vara cível, para impugnar o leilão. Desta vez, a justificativa foi o valor inicial da venda do terreno<ref>{{Citar periódico|titulo=Com laudo de perito, Portuguesa tentará anular leilão do Canindé|jornal=globoesporte.com|url=http://globoesporte.globo.com/futebol/times/portuguesa/noticia/2016/11/com-laudo-de-perito-portuguesa-tentara-anular-leilao-do-caninde.html|idioma=pt-BR}}</ref>. A Portuguesa contratou um perito judicial no qual avaliou a sede do clube em R$ 360 milhões de reais. O valor inicial dado pela Fidalgo Leilões era de R$ 74 milhões. A acusação foi que a arrecadação do leilão seria injusta e desproporcional. O clube não conseguiu a liminar, e o Canindé foi a leilão no Fórum Trabalhista da Zona Sul<ref>{{Citar web|url=http://www.gazetaesportiva.com/portuguesa/portuguesa-tem-pedido-negado-e-leilao-do-caninde-e-mantido/|titulo=Portuguesa tem pedido negado, e leilão do Canindé é mantido - Gazeta Esportiva|acessodata=2016-11-24|obra=www.gazetaesportiva.com}}</ref>.
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==== Tombamento ====
O principal motivo por não haver arremates no leilão do Canindé foi o processo de tombamento aberto pela [http://www.al.sp.gov.br/alesp/deputado/?matricula=300535 deputada estadual Clélia Gomes] (PHS-SP) em 29 de setembro de 2016 <ref>{{Citar web|url=http://globoesporte.globo.com/sp/blogs/especial-blog/torcedor-da-portuguesa/post/condephaat-aceita-analisar-tombamento-do-caninde-e-inviabiliza-o-leilao.html|titulo=Condephaat aceita analisar tombamento do Canindé e inviabiliza o leilão {{!}} Blog Torcedor da Portuguesa|acessodata=2016-11-24|obra=globoesporte.com}}</ref>. A política solicitou ao [http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.43bcf857bf12dca6f7378d27ca60c1a0/?vgnextoid=43d2111e5789b110VgnVCM100000ac061c0aRCRD Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat)], órgão do Estado de São Paulo que tem a função de proteger, valorizar e divulgar o patrimônio cultural, que o estádio do Canindé fosse tombado pelo motivo do local ser um patrimônio cultural das raízes portuguesas. No local, ocorrem festas e encontros que visam a divulgação e a manutenção das tradições da colônia portuguesa no Brasil.
 
O conselho da Portuguesa, junto a deputada Clélia Gomes, reuniu documentação para dar prosseguimento ao processo. Gomes visitou o museu do clube paulista para ter mais embasamento no pedido de tombamento<ref>{{Citar web|url=http://portuguesa.com.br/2016/10/25/primeira-entrega-dos-documentos-do-tombamento-do-caninde-acontece-nesta-terca-feira/|titulo=Primeira entrega dos documentos do tombamento do Canindé acontece nesta terça-feira|data=2016-10-25|acessodata=2016-11-24|obra=Portuguesa}}</ref>. O relatório foi passado ao órgão estadual que analisa a abertura de estudo técnico de viabilidade do tombamento. Durante este processo, o estádio não pode sofrer qualquer intervenção.