António Ferro: diferenças entre revisões

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m Alterei a opinião de que António Ferro foi apointe de regimes ditatoriais para o facto de que se interessou e investigou jorlanisticamente sobre eles, como pode ai da ser confirmado pela sua obra publicada e pela sua neta, ainda viva, Rita Ferro.
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Teve colaboração, em prosa e em verso, na II série da revista ''[[Alma Nova (revista)|Alma nova]]'' <ref >{{Citar web |autor=Rita Correia |data=19 de julho de 2011 |título=Ficha histórica:Alma nova: revista ilustrada (II Série) (1915-1918) |url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/AlmaNovaIIserie.pdf|publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=13 de março de 2015}}</ref> (1915-1918), ''Exílio'' ([[1915]]) e na segunda série de ''Contemporânea'' ([[1922]]-[[1924]]). Em [[1921]] publicou o manifesto modernista ''Nós''. Em livro, publicou conferências, reportagens, entrevistas, contos, o livro de aforismos e paradoxos ''Teoria da Indiferença'' ([[1920]]) e o "romance fragmentário" ''Leviana'' (1921). Também se encontra colaboração da sua autoria na revista [[Ilustração (revista)|Ilustração]] <ref >{{Citar web |autor=Rita Correia |data=16 de Junho de 2009 |título=Ficha histórica: Ilustração (1926-)|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/Ilustracao.pdf|formato=pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=06 de Novembro de 2014}}</ref> iniciada em 1926.
 
Depois de ter sido simpatizante do [[Partido Republicano Português|Partido Republicano]], António Ferro evoluiu para [[Sidónio Pais|sidonista]], republicano conservador (próximo de [[Filomeno da Câmara de Melo Cabral|Filomeno da Câmara]]).

Interessou-se e simpatizanteaprofundou doconhecimentos sobre o [[fascismo]] e dosos regimes autoritários da época, como também ficou patente na sua colectânea de entrevistas ''Viagem à Volta das Ditaduras'' (1[[1927|927]]). Foi um admirador, em especial, deEntrevistou [[Benito Mussolini]], que entrevistou três vezes, em [[Roma]] (na última entrevista, Mussolini ofereceu a Ferro dois retratos seus com dedicatória, um deles destinado a [[Salazar]], que o colocou emoldurado sobre a sua secretária). Também [[Hitler]] concedeu uma breve entrevista a Ferro (que não se cocretizou, segundo a sua neta Rita Ferro), bem como o ditador espanhol [[Primo de Rivera]].
 
Sob o [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], António Ferro abraçou a carreira política, tendo dirigido o [[Secretariado da Propaganda Nacional]] (SPN), sob a tutela da presidência do Conselho de Ministros. Foi ele quem sugeriu a Salazar em 1932 a criação de um organismo que fizesse propaganda aos feitos do regime e foi dele, também, a formulação doutrinária, a partir desse ano, da chamada [[Política do Espírito]], nome que teve em Portugal a política de fomento cultural subordinada aos fins políticos do regime. Depois de em Dezembro de 1932 ter publicado no ''Diário de Notícias'' uma série de entrevistas com o Presidente do Conselho de Ministros, reunidas em livro em 1933 (''Salazar, o Homem e a Obra''), Ferro foi chamado a assumir, como director do SPN, criado em Outubro de 1933, as funções simultâneas de chefe da propaganda e de responsável pela política cultural do Estado Novo. O organismo manteve o nome até final da [[II Guerra Mundial]], quando passou a designar-se [[Secretariado Nacional de Informação]] (SNI). Ferro foi o seu director até 1949, quando partiu para a legação portuguesa em [[Berna]].
 
Desenvolveu grande actividade nas áreas da propaganda interna e externa, edição, radiodifusão, cinema, teatro, bailado, jornalismo, turismo e actividades culturais em geral. Foi comissário-geral das exposições internacionais de Paris (1937) e de Nova Iorque (1939), teve um papel determinante na grande realização do [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]] que foi a [[Exposição do Mundo Português]] (1940), tendo dirigido a ''[[Revista dos Centenários]]'' <ref >{{Citar web |autor=Helena Bruto da Costa |título=Ficha histórica:Revista dos Centenários (1939-1940) |url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/FichasHistoricas/RevistadosCentenarios.pdf |publicado=[[Hemeroteca Municipal de Lisboa]] |acessodata=29 de Maio de 2015}}</ref>, orgãoórgão de propaganda da mesma. Foi fundador do [[Museu de Arte Popular]], da [[Companhia Portuguesa de Bailado Verde Gaio]] (1940) e presidente da [[Emissora Nacional]] (1941). No plano do turismo, foi por sua iniciativa que foram criadas as [[Pousadas de Portugal|Pousadas]] a partir de 1941-1942. Foi também fundador, em 1941, da revista de arte e turismo ''[[Panorama (revista portuguesa de arte e turismo)|Panorama]]''.
 
Como homem de cultura desde sempre muito ligado aos meios artísticos, Ferro serviu-se do organismo que dirigiu para defender e divulgar alguns dos artistas mais arrojados do seu tempo. Travou lutas com os conservadores do regime em defesa da [[arte moderna]], mas pessoalmente renegou o "modernismo" literário da sua juventude.