Diocleciano: diferenças entre revisões

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|imagem =[[Ficheiro:Diocletian Bueste.JPG|200px]]
|legenda =Diocleciano
|reinado =[[20 de novembro]] de [[284]]&nbsp;–&nbsp;[[1 de abril]] de [[286]] (sozinho)<br />[[1 de abril]] de [[286]]&nbsp;–&nbsp;[[1 de maio]] de [[305]] (como [[Augusto (título)#No Império Romano divido|Augusto]] do [[Império Romano do Oriente|Império do Oriente]], com [[Maximiano]] como Augusto do [[Império Romano do Ocidente|Ocidente]])<ref>Barnes, ''New Empire'', 4.</ref>
|nome completo =Díocles (nome completo desconhecido, utilizado até à ascensão ao trono);<br />César Caio Aurélio Valério Diocleciano Augusto (''Caesar Gaius Aurelius Valerius Diocletianus Augustus'', já imperador)<ref>Barnes, ''New Empire'', 4. e 17–29.</ref>
|antecessor =[[Numeriano]]
|sucessor =[[Constâncio Cloro]] e [[Galério]]
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|pai =
|mãe =
|nascimento =ca. {{dni|lang=br|22|12|244|si}}<ref name="BIRTH"/>
|cidadenatal =[[Dóclea]], próxima a [[Solin|Salona]],<ref>Barnes, ''New Empire'', 31; Bowman, "Diocletian and the First Tetrarchy" (CAH), 68; Williams, 237–38.</ref> [[Dalmácia]] (na atual [[Croácia]])
|falecimento ={{nowrap|{{morte|lang=br|3|12|311|22|12|244}}}}<ref name="DEATH"/>
|cidadefalecimento=[[Palácio de Diocleciano]], em [[Espalato]] (atual [[Split]])
|place of burial =
|}}
'''Caio Aurélio Valério Diocleciano''' (em [[latim]]: ''Gaius Aurelius Valerius Diocletianus''<ref group="notas">Nascido '''Díocles''' (latim: ''Diocles''; [[Língua grega|grego]]: Διοκλῆς), seu nome foi [[latinização|latinizado]], com sua ascensão ao trono, para ''Diocleciano''.</ref> ([[Dóclea|Diocleia]], c. [[22 de dezembro]] de [[244]]<ref name=BIRTH>Barnes, ''New Empire'', 30, 46; Bowman, "Diocletian and the First Tetrarchy" (CAH), 68.</ref>&nbsp;–&nbsp;[[Split|Espalato]], [[3 de dezembro]] de [[311]]),<ref name=DEATH>Barnes, "Lactantius and Constantine", 32–35; Barnes, ''New Empire'', 31–32.</ref> foi [[imperador romano]] de 284 a 305.
 
Nascido numa família [[Ilírios|ilíria]] de baixo status social, na [[províncias romanas|província romana]] da [[Dalmácia (província romana)|Dalmácia]], Diocleciano ascendeu socialmente pela via militar e se tornou comandante de [[cavalaria]] do imperador [[Marco Aurélio Caro|Caro]]. Após as mortes de Caro e de seu filho, [[Numeriano]], durante uma campanha militar contra o [[Império Sassânida]], Diocleciano foi aclamado imperador. O título também era disputado pelo outro filho de Caro, [[Carino]], que foi derrotado por Diocleciano na [[Batalha do Margo]]. Com sua ascensão ao poder, Diocleciano pôs um fim à [[Crise do terceiro século]]. Indicou um oficial, seu colega militar, [[Maximiano]], para o cargo de "[[Augusto (honorífico)|augusto]]", na prática co-imperador, em 285, e em 1 de março de 293 indicou [[Galério]] e [[Constâncio Cloro|Constâncio]] como "[[César (título)|césares]]", co-imperadores de menor estatura. Sob esta "[[Tetrarquia]]", ou "governo de quatro", cada imperador tinha autoridade sobre um quarto do império, embora fosse um governo conjunto. Durante campanhas contra os [[sármatas]] e tribos do [[rio Danúbio|Danúbio]] ([[285]]-[[290]]), os [[alamanos]] ([[288]]) e [[Anexo:Lista de usurpadores romanos|usurpadores]] na província do [[Egito (província romana)|Egito]] ([[297]]-[[298]]), Diocleciano defendeu as fronteiras do império e expulsou delas quaisquer ameaças a seu poder. Em [[299]], conduziu negociações com os [[sassânidas]], o tradicional inimigo do império no Oriente, obtendo uma paz duradoura e favorável aos romanos. Diocleciano separou e ampliou os serviços militar e civil do império e reorganizou as divisões provinciais, implementando o maior e mais [[Burocracia|burocrático]] governo na história do [[Império Romano]]. Fundou novos centros administrativos em [[Nicomédia]] (atual [[İzmit]]), [[Mediolano]] (atual [[Milão]]), [[Antioquia]] e Augusta dos Tréveros (atual [[Tréveris]]), mais próximos às fronteiras imperiais do que a tradicional capital, em [[Roma]]. A partir da tendência ao [[absolutismo]] comum aos governantes do {{séc|III}}, passou a se denominar um autocrata, elevando-se acima das massas do império com formas imponentes de cerimonial na sua corte e através da arquitetura. O crescimento burocrático e militar, suas constantes campanhas e projetos de construção aumentaram os gastos estatais, e levaram a uma necessária reforma tributária. A partir de 297, os impostos imperiais foram padronizados e tornados mais equitativos, e, de um modo geral, passaram a consistir de taxas mais altas.
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== Batalhas travadas durante seu governo ==
Além da vitória contra [[Carino]] na batalha do rio ''Margus'' no início de 285,<ref>BOWMAN, 2005, p. 69</ref> outras batalhas foram travadas antecedendo formação da [[diarquia]]. Dentre essas, destacam-se as ações de [[Maximiano]] na [[Gália]] contra os bagaudas, bandoleiros rurais descontentes com a tributação pesada, em 285<ref>BOWMAN, 2005, p. 70</ref> e as ações contra as invasões feitas por coalizões tribais (incluindo [[burgúndios]]/[[alamanos]] e caibões/[[hérulos]]) através do [[Reno]] entre 287 e 288.<ref>BOWMAN, 2005, p. 71</ref> A visão de [[Eutrópio (historiador)|Eutrópio]], segundo a qual [[Maximiano]] não teve problemas em controlar as revoltas desse campesinato, é questionada pelos pesquisadores.<ref>BOWMAN, 2005, p. 70</ref> Há também a incursão de [[Maximiano]] atravessando o [[Reno]] em direção a Alemanha após a inauguração de seu consulado na cidade de [[Tréveris]] ser interrompida por ataques bárbaros em 287<ref>BOWMAN, 2005, p. 72</ref> e as campanhas de Diocleciano contra os [[Sármatas]] em 285.<ref>BOWMAN, 2005, p. 73</ref>
 
Ao auxiliar, em 287, o rei persa [[Vararanes II]], neto de [[Shapur I da Pérsia|Shapur I]], o qual passava por problemas internos causados pela revolta de seu irmão ''Hormizd'', Diocleciano foi capaz de restaurar o trono da [[História da Armênia#Antiguidade|Armênia]] ao cliente romano [[Tirídates III|Tiridates III]] e, possivelmente, a [[Mesopotâmia]], que havia sido cedida por Roma. É possível que Diocleciano tenha fortificado ''Circesium'' nessa ocasião para fortalecer as defesas de Roma contra o perigo persa na [[Síria (província romana)|Síria]]. Fortificações também foram feitas em 288 no [[Egito romano|Egito]], em [[Hieracômpolis]]. Ainda em 288, Diocleciano retorna ao Ocidente e protagoniza uma campanha na Récia, após a qual se encontrou com Maximiano, que parte para a fronteira do Danúbio para lutar contra os Sármatas em 289.<ref>BOWMAN, 2005, p. 73</ref>
 
== Abdicação e morte ==
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No dia 1º de maio de 305, Diocleciano convocou uma assembleia de oficiais e soldados para se encontrar a alguns quilômetros de [[Nicomédia]], no qual ele entregou uma carta em que se dizia velho e doente para comandar o império e que deveriam confiar este cargo para alguém mais jovem. Após esse ato, [[Maximiano]] se afastou do seu cargo, e Diocleciano foi para o palácio que havia construído em [[Split]] na costa de [[Dalmácia]], local onde mantinha uma vida fora dos problemas relacionados ao império como mostra uma conferência em [[Carnuntum]] em 308, em que ele se recusou a tomar qualquer decisão em relação a políticas imperiais futuras. Diocleciano morreu de uma maneira incerta, suicídio ou doenças podem ter sido as causas, os anos estipulados são 311 e 312.<ref>BOWMAN, 2005, p.87 - 88.</ref>
 
 
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