Marie-Anne de Mailly-Nesle: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Criado ao traduzir a página "Marie Anne de Mailly"
 
Dbastro (discussão | contribs)
m
Linha 1:
[[Ficheiro:Marie-Anne_de_Mailly-Nesle.jpg|miniaturadaimagem|350x350px|Marie Anne de Mailly-Nesle por [[Jean-Marc Nattier]]]]
'''Marie Anne de Mailly-Nesle, Duquesa de Châteauroux '''(5 de outubro de 1717 - 8 de dezembro de 1744) foi a mais nova das cinco famosas irmãs Nesle, das quais quatro viriam a tornar-se [[Amante|amantes]]  do Rei [[Luís XV de França]].
 
== Início de vida, família e casamento ==
Linha 8:
* [[Diane Adélaïde de Mailly]], ''Mademoiselle de Montcavrel, Duquesa de Lauraguais'' (1714 - 1769),
* [[Hortense Félicité de Mailly]], ''Mademoiselle de Chalon, Marquesa de Flavacourt'' (1715 - 1763).
A única das ''irmãs Nesle'' a não tornar-se numa das amantes de Luís XV foi a Marquesa de Flavacourt.  Louise Julie foi a primeira irmã a atrair o rei, seguida pelo Pauline Félicité, mas foi Marie Anne, a mais bem sucedida a manipulação-lo e a tornar-se politicamente poderosa.
 
Marie Anne também tinha um jovem meia-irmã '''Henriette de Bourbon''' (1725 - 1780), ''Mademoiselle de Verneuil'', a partir duma relação de sua mãe com o ''[[Luís Henrique, Duque de Bourbon|Duque de Bourbon]]'', o ministro-chefe da [[Luís XV de França|Louis XV]] de 1723 a 1726.
Linha 15:
 
== Amante de Luís XV ==
Em 1726, a irmã mais velha de Marie Anne, Louise Julie, casou com o seu primo, Luís Alexandre de Mailly, Conde de Mailly. Logo de seguida, Marie Anne chamou a atenção do Rei [[Luís XV de França|Louis XV]], e foi autorizada pelo marido a tornar-se na ''mistress real  ''([[amante]]). Apesar de se ter tornado  amante do rei em 1732, Madame de Mailly não foi oficialmente reconhecida como sua  ''[[maîtresse en titre]]'' até 1738. Louise Julie não usou a sua nova posição na corte para se enriquecer ou para interferir na política.
 
Em 1738, Louise recebeu uma carta de sua irmã Pauline Félicité, pedindo para ser convidada para a corte.  Concedideu o desejo de sua irmã, mas quando chegou à corte, Pauline Félicité, seduziu o rei e tornou-se sua amante.
 
Enquanto a Madame de Mailly manteve-se como amante oficial, o rei "morreu de amores" por Pauline e fez com que se casa-se com o Marquês de Vintimille. Luís XV, deu até a Madame de Vintimille, o castelo de [[Choisy-le-Roi]] como presente. Madame de Vintimille rapidamente engravidou do rei, e morreu ao dar à luz o seu filho ilegítimo, em 1741. Depois, o melhor amigo do rei, o [[Manipulação psicológica|manipulador]]  [[Louis François Armand du Plessis, duc de Richelieu|Duque de Richelieu]], começou a escolher outra candidata para cumprir os desejos de Luis XV, visto que não queria que Madame de Mailly recupera-se os afetos do rei. O Duque de Richelieu finalmente escolheu a irmã mais nova de ambas (Madame de Mailly e Madame de Vintimille) Marie Anne, a viúva do Marquês de La Tournelle.
 
Num baile de máscaras na terça-feira de Carnaval de 1742, Richelieu conduziu Marie Anne até o rei e apresentou-os. A bela Marquesa, no entanto, rejeitou primeiramente os avanços reais. Ela já tinha um amante, o jovem [[Emmanuel Armand de Vignerot du Plessis|duque d'Agénois]] (mais tarde o duque d'Aiguillon), e não estava inclinada a dar o mesmo amor ao rei. Como resultado, Louis conspirou com Richelieu, tio d'Agénois, para livrar-se do jovem pretendente. Richelieu ficou bastante ansioso para fazer qualquer coisa para criar um elo de ligação entre o rei e a Madame de La Tournelle, porque sabia que a Madame de Mailly não o via com bons olhos. O resultado final das suas deliberações foi: Luís XV, assim como  [[David]], mandar o seu rival para guerra contra os Austríacos em Itália. Desde, mais afortunado do que o marido de [[Bate-Seba]], o Duque d'Agénois foi apenas ferido, e regressou à corte em glória.
 
Luís XV estava em desespero, mas Richelieu enviou o seu sobrinho para [[Languedoc]], onde uma jovem e bela senhora tinha sido instruída para seduzi-lo. Isso ela fez de forma mais eficaz; cartas de uma natureza apaixonada, foram trocadas; a senhora guardou aquelas que recebeu de Richelieu, e em devido tempo, foram levadas até Madame de La Tournelle, que, furiosa com a sedução do seu jovem Duque, virou as suas atenções para o rei.
Linha 27:
Mas Madame de La Tournelle, que foi, de longe, os mais hábeis, bem como o mais atraente do que a ''de Nesle'' irmãs, ao contrário de Madame de Vintimille e Madame de Lauraguais, não foi descartado para o resto de conteúdo com uma dividido império e secreto, de favores. Ela insistiu que sua irmã mais velha Madame de Mailly deve ser demitido e ela mesma reconheceu em seu lugar. Louis, que já foi desgastante das lágrimas e acusações de que a irmã mais velha, consentiu; e a condessa do post de ''[[Dama de companhia|dame du palais]]'' Rainha [[Maria Leszczyńska|Marie Leszczyńska]] foi tirada dela, e ela foi condenada a deixar o tribunal. Encontrar refúgio em um convento, Madame de Mailly, mais tarde, tornou-se muito religiosa.
 
O posto de [[Dama de companhia]] de Marie Anne de Mailly foi o resultado de uma intriga. A 13 de setembro de 1742, a duquesa de Villars, anteriormente uma ''Dame du palais'', foi promovida a [[Dame d'atour|Dame d'atours]], e lá foi assim, uma vaga entre as damas de companhia da rainha. A recentemente falecida, Françoise de Mailly, Duquesa de Mazarin, uma amigo pessoal da rainha, tinha, pouco tempo antes de sua morte, pedido um posto para a sua neta-enteada favorita, Marie Anne de Mailly, com o objetivo de constranger Louise Julie de Mailly, que detestava. Aparentemente, a rainha pediu pessoalmente um lugar vago para ser dado a Marie Anne de Mailly, e embora a rainha tenha tentado modificar a sua ideia, Marie Anne foi nomeada para o cargo a 19 de setembro.<ref>Clarissa Campbell Orr: Realeza na Europa 1660-1815: O Papel do Consorte. </ref> Ao mesmo tempo, Louise Julie de Mailly demitiu-se do próprio cargo de'' Dame du palais'', em favor de outra irmã, a Marquesa de Flavacourt, com a condição de que seria compensada com o cargo de ''Dame d'atour'' &nbsp;na corte da próxima [[Delfim de França|delfina]].<ref>Clarissa Campbell Orr: Realeza na Europa 1660-1815: O Papel do Consorte. </ref> &nbsp;A &nbsp;20 de setembro, no entanto, o [[Cardeal Fleury]] opôs-se à futura nomeação de Louise Julie de Mailly para Dame d'atours da delfina e a 4 de novembro, o rei pediu-lhe que deixasse a corte.<ref>Clarissa Campbell Orr: Realeza na Europa 1660-1815: O Papel do Consorte. </ref> Marie Anne de Mailly teria se sentiu ameaçada pela sua irmã, Madame de Flavacourt, que afastou-se dela e de quem ela é suspeitava ter a ambição de substitui-la na posição de ''[[Maîtresse-en-titre]]'' &nbsp;(amante real), e suspeitava de que a rainha tentava perturbar o seu relacionamento com o rei, apresentando uma rival para a sua posição. Apesar da rainha considerar Louise Julie de Mailly como o mais nociva de todas as amantes de Luís XV, devido a ter sido a primeira, ela tinha se habituado a ela, e não gostava pessoalmente de Marie Anne de Mailly.<ref>Clarissa Campbell Orr: Realeza na Europa 1660-1815: O Papel do Consorte. </ref> A rainha considerava-a arrogante e insolente, raramente falava com ela e fingia dormir quando Marie Anne de Mailly estava presente.<ref>Clarissa Campbell Orr: Realeza na Europa 1660-1815: O Papel do Consorte. </ref> Na realidade, a Madame de Flavacourt não tinha nenhum ansejo de se tornar uma amante real e só queria desfrutar de sua posição como cortesã, porque dava-lhe uma posição de independência, longe do seu esposo: a Madame de Flavacourt disse uma vez ao Ministro da guerra, o Conde d'Argensson que ela desejava que o seu marido fosse promovido ou ele iria deixar o exército, o que seria lamentável para ela, e permaneceu uma ''dame du palais'' até 1767, sem qualquer ambição de ser uma amante real.<ref>Clarissa Campbell Orr: Realeza na Europa 1660-1815: O Papel do Consorte. </ref>
 
[[André Hercule de Fleury|O cardeal Fleury]], ministro-chefe do Rei na época, tentou intervir com o rei, porque preferia Madame de Mailly como amante real à sua irmã mais ambiciosa. Ele não queria que a Senhora de La Tournelle interferi-se na sua administração de França. Luís XV, no entanto, secamente informou-lhe que apesar de lhe ter dado o controle sobre os assuntos políticos do reino, não lhe tinha dado o controle da sua vida pessoal.
Linha 33:
Longe de estar satisfeita com a demissão da sua irmã e do seu próprio reconhecimento, Madame de La Tournelle exigiu uma posição oficial na corte, e o título de duquesa, juntamente com uma firme renda, capaz de manter a sua dignidade e proteger-se contra qualquer mudança de sorte. Todas estas exigências foram prontamente concedida pelo apaixonada monarca. Madame de La Tournelle foi nomeada ''dame du palais'' para a rainha; em outubro de 1743, cartas patentes foram emitidas tornando-a Duquesa de Châteauroux, e uma renda de 80.000 livres foi dada a ela.
 
Houve rumores na altura, que uma das maneira que a nova duquesa de Châteauroux utilizou para mantet o interesse do rei era oferecemos-lhe periodicamente uma &nbsp;[[ménage à trois]] com sua irmã, a Madame de Lauraguais. Mas que &nbsp;a Madame de Lauraguais começou, na realidade, a dormir com o rei, nesta altura, é discutível.
 
Dirigido por Richelieu, ele próprio dominado pela &nbsp;[[Claudine Guérin de Tencin|Madame de Tencin]], Madame de Châteauroux, tentou despertar no rei um grande senso de liderança, arrastando-o para fora do campo de batalha e encorajando-o a formar uma aliança com [[Frederico II da Prússia]], em 1744. O seu papel político foi ótimo, apesar de ser exercido nos bastidores. Durante as frequentes viagens &nbsp;da Madame de Châteauroux até ao rei,conforme lutava, ela era acompanhada por Madame de Lauraguais. Apesar de ser uma amável companheira, Madame de Châteauroux, não considerava a sua simples irmã uma rival.
 
Depois de sobreviver a uma desgraça provocada pela doença do rei, em [[Metz]], a vitória de Madame de Châteauroux não durou muito tempo, pois ela morreu inesperadamente a 8 de dezembro de 1744. Depois de sua morte, o rei por um curto período de tempo consolava-se com a sua irmã, Madame de Lauraguais. Alguns meses mais tarde, no entanto, o rei já tinha uma nova amante, [[Madame de Pompadour]].
Linha 47:
Marie Anne é uma das personagens centrais em ''As Irmãs de Versailles'' (Simon&Schuster 2015), de Sally Christie, um romance sobre a Luís XV e as notórias irmãs Mailly-Nesle.
 
{{referências}}
== Fontes ==
<references />
 
== VejaVer também ==
* {{Britannica1911}}
* [[List of French royal mistresses]]
{{Britannica1911}}
 
{{Use dmy dates|date=Maymaio de 2012}}
 
[[Categoria:Nascidos em 1717]]