Ciclo da borracha: diferenças entre revisões
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=== A Questão do Acre ===
{{imagem múltipla
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| image1 = Mercado Municipal Adolpho Lisboa em 16-04-2015-.JPG
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| footer = O [[Mercado Municipal Adolpho Lisboa]], em [[Manaus]] (à esquerda), e o [[Mercado Ver-o-Peso]], em [[Belém (Pará)|Belém]], foram construídos durante o Ciclo da Borracha.}}
{{Principal|Revolução Acriana|Tratado de Petrópolis}}
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== Apogeu, requinte e luxo ==
[[Imagem:
As cidades de [[Belém (Pará)|Belém]]
[[Imagem:Teatro amazonas.jpg|thumb|esquerda|200px|[[Teatro Amazonas]] em [[Manaus]], um dos luxuosos edifícios construídos com as fortunas da borracha.]]▼
O [[Cine Olympia (Belém)|Cinema Olympia]], a mais antiga casa de exibição de filmes de Belém, considerada uma das mais luxuosas e modernas de seu tempo, foi inaugurado em 21 de abril de 1912 no auge do cinema mudo internacional, pelos proprietários Antonio Martins e Carlos Augusto Teixeira, à Praça da República , esquina da Rua Macapá.
[[Imagem:Englishbridge manaus.jpg|thumb|A [[Ponte Pênsil Benjamin Constant|Ponte Metálica Benjamin Constant]] é um dos marcos históricos da cidade de [[Manaus]], fazendo a ligação do [[Centro de Manaus|Centro]] com o bairro da [[Cachoeirinha (Manaus)|Cachoeirinha]].]]▼
A construção desse espaço de cultura completava o quadrado, em cujos vértices situavam-se o Palace, Grande Hotel e o Teatro da Paz, local de Reunião da elite de Belém que, elegantemente trajados à moda parisiense assistiam a inauguração ao som de acordes musicais, num ambiente esplendoroso, de bom gosto e de grande animação. A abertura teve como pano de fundo a [[Belle Époque]], ao final do apogeu econômico propiciado pelo período da borracha e o final da intendência de Antônio Lemos, grande transformador [[urbanista]] da cidade.
A influência européia logo se fez notar em Manaus e Belém, na [[Arquitectura|arquitetura]] da construções e no modo de viver, fazendo do [[século XIX]] a melhor fase econômica vivida por ambas cidades. A Amazônia era responsável, nessa época, por quase 40% de toda a exportação brasileira. Os novos ricos de Manaus tornaram a cidade a capital mundial da venda de [[diamante]]s. Graças à borracha, a [[renda per capita]] de Manaus era duas vezes superior à da região produtora de [[café]] ([[São Paulo]], [[Rio de Janeiro]] e [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]]).
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== O fim do monopólio amazônico da borracha ==
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▲[[Imagem:Englishbridge manaus.jpg|thumb|A [[Ponte Pênsil Benjamin Constant|Ponte Metálica Benjamin Constant]] é um dos marcos históricos da cidade de [[Manaus]], fazendo a ligação do [[Centro de Manaus|Centro]] com o bairro da [[Cachoeirinha (Manaus)|Cachoeirinha]].]]
A Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, terminada em 1912, já chegava tarde. A Amazônia já estava perdendo a primazia do [[monopólio]] de produção da borracha porque os seringais plantados pelos [[Inglaterra|ingleses]] na [[Malásia]], no [[Sri Lanka|Ceilão]] e na [[África]] tropical, com [[semente]]s oriundas da própria Amazônia, passaram a produzir látex com maior eficiência e produtividade. Conseqüentemente, com custos menores e preço final menor, o que os fez assumir o controle do comércio mundial do produto.
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Embora restando a ferrovia Madeira-Mamoré e as cidades de [[Porto Velho]] e [[Guajará-Mirim]] como herança deste apogeu, a crise econômica provocada pelo término do ciclo da borracha deixou marcas profundas em toda a região amazônica: queda na receita dos Estados, alto índice de [[desemprego]], [[êxodo rural]] e urbano, sobrados e mansões completamente abandonados, e, principalmente, completa falta de expectativas em relação ao futuro para os que insistiram em permanecer na região.
[[Imagem:LocationMalaysia.png|thumb
Os trabalhadores dos seringais, agora desprovidos da renda da extração, fixaram-se na [[periferia]] de Manaus em busca de melhores condições de vida. Por volta de 1920, começaram a formar o que seria chamado de ''cidade flutuante'', que se consolidaria até a [[década de 1960]] .
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