Modernidade: diferenças entre revisões

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O projeto de Modernidade teve um enorme aprofundamento através dos estudiosos da chamada [[Escola de Frankfurt]]. Pensadores como Adorno e Horkheimer, integrantes da primeira geração frankurtiana, construíram teorias que traziam uma concepção de esgotamento, além da perspectiva de uma [[Dialética Negativa]], abordada em livro homônimo por Adorno, no qual ele questiona um sistema onde o direito à vida é negado ao homem. Essa linha de pensamento, formulada entre o final do século XIX e as primeiras décadas do século XX, foi fomentada por uma série de acontecimentos históricos, como a [[Primeira Guerra Mundial]], que basilaram a ruptura do projeto moderno e estimularam análises sobre o que poderia substituí-lo. Entretanto, [[Jürgen Habermas]], membro da Escola de Frankfurt e teórico da segunda geração, contesta essa visão pessimista e concebe uma teoria que busca conservar um projeto de emancipação dentro da Modernidade.
 
Ele busca identificar equívocos e apontar críticas com relação ao conceito de [[Razãorazão]], postulado e orientado pelos pensadores iluministas. Segundo a sua linha de pensamento, a Razão estaria sendo interpretada de uma forma incompleta, partindo de um único princípio, denominado de [[Razãorazão instrumental|Razão Instrumental]]. Esse conceito, entendido por Habermas como a razão típica do mundo sistêmico, rege duas das principais esferas de valor: [[sistema capitalista]] e [[Estado#O Estado moderno|Estado Moderno]], contribuindo para que haja uma determinada perda de sentido e de liberdade na sociedade e, consequentemente, o esgotamento das fontes emancipatórias.
 
Buscando uma tentativa de reerguimento do projeto moderno, Habermas institui dois conceitos que buscam oferecer uma contrapartida à razão instrumental e impeça a colonização do mundo vivido. O [[Mundomundo da vida]] e a [[Razãorazão comunicativa|Razão Comunicativa]] possibilitam a comunicação entre os indivíduos que compõem as esferas de valor, criando elos de mediação que permitem o compartilhamento de conhecimentos especializados e a troca simbólica. A partir dessa vertente, práticas e agentes mediadores como os críticos de arte, a docência e o sistema jurídico, dialogam com as esferas regidas pelo mundo sistêmico. Isso levaria ao fortalecimento das fontes de emancipação da modernidade.
 
Para que isso ocorra, a concepção de modernidade defendida por Habermas pressupõe uma determinada concepção de democracia, precisamente a [[Democraciademocracia deliberativa|Democracia Deliberativa]], a qual estimula a influência discursiva da participação da [[Sociedadesociedade civil|Sociedade Civil]] na tomada de decisões políticas.<ref>{{citar web|url=http://www.cadernocrh.ufba.br/viewarticle.php?id=430|titulo=Jürgen Habermas,modernidade e democracia deliberativa.|data=2006|acessodata=|obra=Jürgen Habermas, modernidade e democracia deliberativa|publicado=Cadernos do CRH (UFBA|ultimo=Vitale|primeiro=Denise}}</ref>{{referências}}
 
==Ligações externas==