Colônia espiritual: diferenças entre revisões

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== Progressividade do ensino dos espíritos ==
A codificação de [[Allan Kardec]], [[Anexo:Obras básicas do espiritismo|obra básica]] da Doutrina Espírita, não se refere às tais colônias, e a resposta que os espíritos da codificação oferecem ao item 1017 de [[O Livro dos Espíritos]] (de 1857) e o subsequente comentário de Allan Kardec, parecem depor textualmente contra essa ideia.<blockquote>''"1017. Alguns Espíritos disseram estar habitando o quarto, o quinto céus, etc. Que queriam dizer com isso?''</blockquote><blockquote>''“Perguntando-lhes que céu habitam, é que formais ideia de muitos céus dispostos como os andares de uma casa. Eles, então, respondem de acordo com a vossa linguagem. Mas, por estas palavras — quarto e quinto céus — exprimem diferentes graus de purificação e, por conseguinte, de felicidade. É exatamente como quando se pergunta a um Espírito se está no inferno. Se for desgraçado, dirá — sim, porque, para ele, inferno é sinônimo de sofrimento. Sabe, porém, muito bem que não é uma fornalha. Um pagão diria estar no Tártaro.”''</blockquote><blockquote> O mesmo ocorre com outras expressões análogas, tais como: cidade das flores, cidade dos eleitos, primeira, segunda, ou terceira esfera, etc., que apenas são alegorias usadas por alguns Espíritos, quer como figuras, quer, algumas vezes, por ignorância da realidade das coisas, e até das mais simples noções científicas."<ref>http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/135.pdf</ref></blockquote>Também o artigo "Quadro da Vida Espírita" publicado por Allan Kardec na [[Revue Spirite|Revista Espírita]] de abril de 1859, que expõe a situação, sensações e a vida após a morte, parece divergir da ideia de colônias espirituais:<blockquote>"Há sensações que têm sua fonte no próprio estado de nossos órgãos. Ora, as necessidades inerentes ao nosso corpo não podem ocorrer, desde que o corpo não existe mais. O Espírito, portanto, não experimenta fadiga nem necessidade de repouso ou de nutrição, porque não tem nenhuma perda a reparar, como não é acometido por nenhuma de nossas enfermidades."<ref>{{citar livro|titulo=Revista Espírita|ultimo=Kardec|primeiro=Allan|editora=FEB|ano=1859|local=Paris|paginas=135|acessodata=}}</ref></blockquote>
No entanto, na obra de Allan Kardec, publicada em 1865, [[O Céu e o Inferno]], em sua segunda parte, cap. II - ''Espíritos felizes'', temos reproduzidos trechos de comunicação, originalmente em alemão, de espírito que afirma ter sido uma condessa chamada Paula, que parecem confirmar a ideia de colônias espirituais: <blockquote>''Os vossos palácios de dourados salões, que são eles comparados a estas moradas aéreas, vastas regiões do espaço matizadas de cores que obumbrariam o arco-íris?''<ref>[http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2014/05/ceu-e-inferno-Manuel-Quintao.pdf]</ref></blockquote>