Caso Ana Lídia: diferenças entre revisões

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O '''caso Ana Lídia''' refere-se ao [[assassinato]] de Ana Lídia Braga, um [[crime]] acontecido no [[Brasil]] na [[década de 1970]], em plena [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|ditadura militar]] no Brasil (1964-1985)<ref name="O Caso Ana Lídia">{{citar web | autor=Meirelses, Domingos| titulo=O Caso Ana Lídia| publicado = Linha Direta Justiça| url=http://http://redeglobo.globo.com/Linhadireta/0,26665,GIJ0-5257-250694,00.html| acessodata=5 de março de 2017}}</ref>
 
A família de Ana Lídia morava na SQN 405, Bloco O, da [[Asa Norte]] em [[Brasília]]. Ela tinha 7 anos quando a sequestraram do [[Colégio Madre Carmen Sallés]], escola onde foi deixada pelos pais às 13:30 horas do dia [[11 de setembro]] de [[1973]]. A menina foi [[tortura]]da, morta por [[asfixia]] e [[estupro|estuprada]] <ref name="Na Série “Julgamentos Históricos">{{citar web | autor=Bayer, Diego| titulo=Ana Lídia Braga: Ditadura, Influência e mortaMistério| porpublicado [[asfixia]]= Justificando| url=http://justificando.cartacapital.com.br/2015/02/25/na-serie-julgamentos-historicos-ana-lidia-braga-ditadura-influencia-e-misterio/| acessodata=5 de março de 2017}}</ref>, morte que, segundo os peritos que analisaram seu corpo, teria acontecido na madrugada do dia seguinte. Seu corpo foi encontrado por policiais, em um terreno da [[UnB]], às 13 horas do dia [[12 de setembro]]. Estava semienterrado em uma [[wikt:vala|vala]], próxima da qual havia marcas de pneus de moto e 2 [[camisinha]]s, provas que com facilidade poderiam levar os investigadores aos culpados da atrocidade. A menina estava nua, com marcas de cigarro e com os cabelos mal cortados.<ref name=Caso Ana Lídia completa 40 anos cercado de mistério e impunidade>{{citar web | autor=Cieglinski, Thaís| titulo=Caso Ana Lídia completa 40 anos cercado de mistério e impunidade| publicado = Correio Braziliense| url=http://http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2013/09/11/interna_cidadesdf,387506/caso-ana-lidia-completa-40-anos-cercado-de-misterio-e-impunidade.shtml| acessodata=5 de março de 2017}}</ref>
 
Há uma versão de ela ter sido de escola talvez de portal de cor, chamado Maria Lida salvo erro de proximidade depois do crime de Major Rubens Vaz amigo do Herbert Otto Altar, e da frase "talvez eu uma vez matei uma criança no Brasil" por talvez ele a imitar os seus impudentes investigados.
 
== Suspeitos: filhos de políticos ==
Os suspeitos do crime foram o próprio irmão, Álvaro Henrique Braga (que, junto à namorada, Gilma Varela de Albuquerque, teria vendido a menina a traficantes) e alguns filhos de [[político]]s e importantes membros da sociedade brasiliense. Mas os culpados nunca foram apontados, e o caso Ana Lídia se tornou mais um símbolo da [[impunidade]]<ref name=Militares no caso Ana Lídia>{{citar web | autor=Jeronimo, Josie| titulo=Militares no caso Ana Lídia| publicado = UNB Notícias| url=http://http://http://unb2.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=91692| acessodata=5 de março de 2017}}</ref>.
 
As investigações apontaram que Ana Lídia foi levada ao sítio do então Vice-Líder da [[Arena]] no Senado, [[Eurico Resende]], em [[Sobradinho (Distrito Federal)|Sobradinho]]. Testemunhas disseram que à noite, Álvaro e a namorada saíram e deixaram a menina com Alfredo Buzaid Júnior, Eduardo Ribeiro Resende (filho do senador, dono do sítio) e Raimundo Lacerda Duque, conhecido traficante de drogas de Brasília. Quando voltaram ao sítio, encontraram Ana Lídia morta. Como o principal suspeito era o filho do então Ministro da Justiça [[Alfredo Buzaid]], uma grande polêmica se formou em torno do caso.
 
=== Caso abafado pela ditadura militar ===
Num momento da história nacional em que a ditadura militar controlava as investigações que lhe diziam respeito, como era de se esperar, não houve muito rigor nas investigações. Digitais não foram procuradas no corpo da menina, as marcas de pneus foram esquecidas, e nem sequer se efetuou análises comparativas do esperma encontrado nas camisinhas. E o que era mais estranho: houve uma grande passividade por parte dos próprios familiares de Ana Lídia.<ref name="Na Série “Julgamentos Históricos">{{citar web | autor=Bayer, Diego| titulo=Ana Lídia Braga: Ditadura, Influência e Mistério| publicado = Justificando| url=http://justificando.cartacapital.com.br/2015/02/25/na-serie-julgamentos-historicos-ana-lidia-braga-ditadura-influencia-e-misterio/| acessodata=5 de março de 2017}}</ref>
 
A força do poder dominante, para sufocar a divulgação do assunto, pode ser medida por um episódio citado por Jávier Godinho em sua obra "A Imprensa Amordaçada". Em [[20 de maio]] de [[1974]], jornais, rádios e estações de televisão do país receberam o seguinte comunicado do [[Departamento de Polícia Federal]]:
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=== Parque Ana Lídia e a menina santa ===
Até hoje não houve um desfecho ao caso, e ninguém foi punido pelos crimes. Em homenagem à menina, uma região do chamado [[Parque da Cidade Sarah Kubitschek|Parque da Cidade]], próximo à entrada do Setor Hoteleiro Sul, em que estão instalados diversos brinquedos, passou a ser denominado Parque Ana Lídia. Pela circunstâncias de seu martírio, seu túmulo é um dos mais visitados no cemitério da cidade, sendo cultuada por devotos que creem em milagres concedidos pela menina, agora considerada santa<ref name="O Caso Ana Lídia">{{citar web | autor=Meirelses, Domingos| titulo=O Caso Ana Lídia| publicado = Linha Direta Justiça| url=http://http://redeglobo.globo.com/Linhadireta/0,26665,GIJ0-5257-250694,00.html| acessodata=5 de março de 2017}}</ref>.
 
{{Referências}}