Isabel Farnésio: diferenças entre revisões

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=== A infância ===
[[Ficheiro:Portrait of an infant presumed to be Elisabeth Farnese by an unknown artist.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Isabel Farnésio, Princesa de Parma]]
Isabel Farnésio nasceu na cidade italiana de [[Parma]], no Palácio da Pilotta, como a segunda e última filha de [[Eduardo, Príncipe herdeiro de Parma|Eduardo, Príncipe Herdeiro de Parma]] e da princesa palatina, [[Doroteia Sofia de Neuburgo]]. Teve uma infância despreocupada, bastante mimada por seu tutor e avô, o duque [[Rainúncio II Farnésio|Rainúncio II de Parma]] e, depois, por seu tio e padastropadrasto [[Francisco Farnésio]], recebendo uma educação excelsa.
 
As mortes sucessivas de seu irmão mais velho, Alexandre Inácio em 1693 e de seu pai em 1693 deixaram Isabel como a terceira na linha de sucessão ao ducado, sendo precedida unicamente por seus tios, [[Francisco Farnésio|Francisco]] (que se tornaria seu padrasto em 1696) e [[Antônio Farnésio]], que reinaria com a morte do irmão e morreu sem descendência. Tal fato não só converteu Isabel na única e legítima herdeira das propriedades dos [[Farnésio]], como também dos bens da [[casa dos Médici]], uma vez que a família extinguiu-se em 1743.
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Casou-se em 24 de dezembro de 1714, aos vinte e dois anos de idade, com o então rei viúvo de Espanha, [[Filipe V de Espanha|Filipe V]], graças às boas gestões do bispo e cardeal italiano de [[Málaga]], [[Giulio Alberoni|Julio Alberoni]], que como ascendeu primeiro ministro com a chegada de Isabel a corte. Isabel era descrita como uma mulher de grande beleza, mesmo tendo parte do rosto manchado, consequência da [[varíola]], que a adquiriu na infância, Isabel possuía um corpo esbelto e atractivo, ao mesmo tempo em que era credora de um forte carácter e uma personalidade autoritária que lhe outorgou uma grande influência na corte espanhola.
 
Filipe foi afligido por ataques de depressão maníaca e cada vez mais vítima de uma profunda melancolia, Isabel passou então a dominar a corte e seu marido passivo. Isabel reduziu o seu círculo pessoal de seu marido, o que converteu à ela numa peça fundamental na política do momento. Enquanto o monarca caía em depressões e dedicava-se todo o seu tempo a música e ao cantor de castrados [[Farinelli]], que se tornou o "Musico de CamaraCâmara de Suas Majestades", Isabel utilizava todas suas influências em prol de suas ambições pessoais para colocar seus amados filhos nos tronos da Europa.
 
== Vida como rainha ==
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''"Trata-se de uma boa rapariga de vinte e dois anos, feúcha, ingênua, que se atiborra de mantequilla e de queijo parmesano e que jamais tem ouvido falar de nada que não seja costurar ou bordar". ''
 
Durante seu reinado como esposa de [[Filipe V de Espanha|Felipe V]], Isabel foi uma mecena[[mecenas]] das artes, a rainha e o rei adquiriram especialmente quadros de [[Bartolomé Esteban Murillo]], que compraram em grande número. Também foi o casal real responsável pela compra da colecção escultórica da rainha [[Cristina da Suécia|Cristina de Suécia]], que inclui o ''[[Grupo de San Ildefonso]]'' e as oito "Musas", todos eles expostos agora no [[Museu do Prado]]).
 
A rainha nunca mostrou afecto, e sim desdenho, por seus enteados. Para Isabel, os descendentes do primeiro casamento do rei Felipe V com [[Maria Luísa de Saboia]] constituíam um problema a mais para conseguir seu principal objectivo, colocar seus filhos Carlos, futuro [[Carlos III de Espanha|Carlos III]] e Felipe, futuro [[Filipe I de Parma]], em um trono. Enquanto Felipe V viveu, a relação entre Isabel e suas enteados, sobretudo com o infante [[Fernando VI de Espanha|Fernando]], caracterizou-se por um contínuo mútuo, diante de uma aparente cordialidade.
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[[Ficheiro:Van Loo - Elisabeth Farnese - National Trust.jpg|miniaturadaimagem|250x250px|Rainha-viúva, Isabel Farnésio <p><small title="Louis-Michel van Loo">Por [[Louis-Michel van Loo]].</small></p>
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Isabel motivou as invasões da [[Sardenha]] e da [[Sicília]]. Motivou a construção de um [[Palácio Real de Riofrio|palácio]] num [[bosque]] de [[Santo Ildefonso (Espanha)|Santo Ildefonso]], em [[Segóvia]]. Conseguiu fazer de seu filho [[primogénito]] Carlos, o [[rei de Nápoles]] e da [[Reino da Sicília|Sicília]], e depois rei da Espanha como [[Carlos III de Espanha|Carlos III]], e de seu quarto filho, o [[Infante de Espanha|infante]] [[Filipe I de Parma|Filipe]], Duque de Parma. Quando ficou viúva de Filipe, seu enteado subiu ao trono como, [[Fernando VI de Espanha|Fernando VI da Espanha]], e a exilou no [[Palacio Real de La Granja de San Ildefonso]] em [[Segóvia (província)|Segovia]]. Nos anos de exílio, Isabel Farnésio viveu dedicada a suas tarefas privadas, mas sempre atenta as políticas adotadas por seu enteado, sobretudo atenta à saúde do mesmo, que se detoroudeteriorou com a morte de sua esposa, [[Maria Bárbara de Bragança, Rainha de Espanha|Maria Bárbara de Portugal]], levando-o ao agravamento do estado de saúde mental, até atingir o estado de loucura, acabando por morrer sem descendência exactamente um ano após a morte da esposa, o que propiciou a subida ao trono de seu filho Carlos. De volta à corte, Isabel entrou em conflito com sua nora, a princesa [[Maria Amália da Saxônia]], esses conflitos resultaram novamente no exílio de Isabel, que foi reclusa no [[Palácio Real de Aranjuez]], permanecendo no mesmo até o fim de seus dias.
 
=== Morte ===