Cochonilha: diferenças entre revisões

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|classe = [[Insecta]]
|ordem = [[Hemiptera]]
|subordem = Sternorryncha
|superfamília = [[Coccoidea]]
|família = [[Dactylopiidae]]
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|espécie = '''''D. coccus'''''
|binomial = ''Dactylopius coccus''
|binomial_autoridade = [[Oronzio Gabriele Costa|Costa]], 1835
|sinónimos = ''Coccus cacti'' <small>[[Carolus Linnaeus|Linnaeus]], 1758</small><br />''Pseudococcus cacti'' <small>[[Hermann Burmeister|
Burmeister]], 1839</small>
}}
'''Cochonilha''' refere-se tanto ao corante [[carmim|cor carmim]] utilizado em [[tinta]]s, [[cosmético]]s e como [[aditivo alimentar]], quanto ao pequeno [[inseto]] (''Dactylopius coccus'') de onde ele é extraído, ou ainda a certos grupos de insetos, como a superfamília [[Coccoidea]] ou a família [[Coccidae]].
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=== História ===
O corante cochonilha é conhecido e utilizado desde a antiguidade clássica,<ref>Rodrigues, Sérgio. [http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/curiosidades-etimologicas/vermelho-da-cor-do-verme/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+SobrePalavras+%28Sobre+Palavras%29 Vermelho da cor do verme]. Publicado em 07 de abril de 2015.</ref> tendo sido também utilizado pelas civilizações [[asteca]] e [[maia]]. A História relata que onze cidades conquistadas por [[Moctezuma II|Montezuma]] no [[século XV]] pagaram-lhe um tributo em forma de dois mil cobertores de algodão e quarenta sacos de corante cada uma.<ref name="tym">{{citar web | author=Threads In Tyme, LTD | title=Time line of fabrics| url=http://threadsintyme.tripod.com/id63.htm | accessdate=July 14 de 2005 }}<br /></ref> Durante o [[Nova Espanha|período colonial mexicano]], a produção do corante cochonilha (conhecido por ''grana fina'') cresceu rapidamente. Produzido quase exclusivamente em [[Oaxaca]], por produtores indígenas, a cochonilha se tornou o segundo produto em valor exportado do México, superado apenas pela prata.<ref name="behan">{{citar web | author=Jeff Behan | title=The bug that changed history| url=http://www.gcrg.org/bqr/8-2/bug.htm | accessdate=June 26 de 2006 }}<br /></ref> O corante era consumido em larga escala na [[Europa]] e seu valor era tão alto no mercado industrial que seu preço chegou a ser negociado na Bolsa de Mercadorias de Londres e Amsterdam.
 
Após a [[Guerra da Independência do México]], entre [[1810]]–[[1821]], o monopólio da produção de cochonilha chegou ao fim. Produções em larga escala começaram a ser feitas na [[Guatemala]] e nas [[Ilhas Canárias]]. Introduzido na ilha da Madeira no século XIX, através de uma planta chamada tabaibeira, cedo galgou terreno e tornou-se uma praga que no verão produz um saboroso fruto chamado tabaibo. A demanda por cochonilha diminuiu ainda mais quando surgiu no mercado a [[alizarina]], derivada das raízes da [[garança]] (''[[Rubia tinctorum]]''), em 1869 e durante o resto do século XIX com os corantes sintéticos. Isto representou um grande choque para a Espanha, já que diversas fábricas produtoras de corante cochonilha faliram por não conseguirem competir com seu processo praticamente artesanal de cultivo do inseto em face da escala industrial dos corantes sintéticos com seus preços em queda devido ao aumento na produção.