Paula Brito: diferenças entre revisões
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'''Francisco de Paula Brito''' ([[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[2 de dezembro]] de [[1809]] - [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[5 de dezembro]] de [[1861]]), que escrevia sobre o nome de '''Paula Brito''', foi um editor, [[jornalista]], [[escritor]], [[poeta]], [[dramaturgo]], [[tradutor]] e [[letrista]]
== Biografia ==
Em 1831, comprou um pequeno estabelecimento de um parente, Sílvio José de Almeida Brito, na Praça da Constituição, nº 31, onde funcionavam uma papelaria, uma oficina de encadernação, e um ponto de venda de [[chá]]. Paula Brito adquiriu de E. C. dos Santos um prelo, e ali o instalou. Em 1833, possuía 2 estabelecimentos: a “Typographia Fluminense”, na Rua da Constituição, nº 51, e a “Typographia Imparcial”, no nº 44. Em 1837, mudou para o nº 66 e expandiu a loja para nº 64 em 1839.
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Em 1848, Brito possuía 6 impressoras manuais e uma mecânica, e expandiu suas instalações para os nº s 68 e 78, esse constituindo sua “Loja do Canto”, sua livraria e papelaria, e criou filiais em sociedade com [[Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa]] e [[Cândido Lopes]], formando com esse último a “Tipografia e Loja de Lopes e Cia”, em [[Niterói]].<ref>Hallewell, 1985, p. 85</ref>
Foi ativista político e o primeiro a inserir no debate político a questão racial.<ref name="Francisco de Paula Brito"/> Em sua tipografia foram impressas obras como
Durante a Regência, entraram em cena os [[Pasquim|pasquins]], e a tipografia foi um dos pontos de manifestação dos descontentes com os rumos políticos do país, e Paula Brito tornava-se cúmplice daqueles que o procuravam para terem seus trabalhos impressos, sob sigilo.
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Em 1851, uma de suas revistas, “A Marmota na Corte”, incluía o encarte de um figurino, e Paula Brito trouxe de Paris o litógrafo Louis Therier, que passou a fazer as litografias para a revista.
[[Ficheiro:Litography press with map of Moosburg 02.jpg|thumb|esquerda|Uma prensa usada na litografia]]
Em 2 de dezembro de 1850 criou a “Imperial Typographia Dous de Dezembro”, data de aniversário seu e de [[Pedro II do Brasil|D. Pedro II]], que se tornou seu acionista, patrocínio esse dado mais por caráter pessoal do que político partidário. Paula Brito foi, assim, o primeiro editor genuinamente não-especializado do país, pois incluía grande variedade de obras e assuntos, ao contrário de seus antecessores, que se dedicavam mais aos assuntos técnicos.
Paula Brito editou, em 1832, a 1ª revista feminina do país, “A Mulher do Simplício”, ou “A Fluminense Exaltada”, que foi impressa por Plancher. A revista existiu até 1846, quando foi substituída por “A Marmota”, que durou, com algumas mudanças de título, de 1849 a 1864, 3 anos após sua morte. Paula Brito foi também um dos primeiros contistas brasileiros, alem de escrever peças de teatro e poesia.
Há registro de 372 publicações não-periódicas feitas por Paula Brito, de temática variada, oitenta e três na área médica,<ref>GONDIN, Eunice Ribeiro, 1965. In: Hallewell, 1985, p. 88</ref> mas a maior parte constituída de dramas. Brito incentivava a literatura nacional. Pode-se considerar que o primeiro romance brasileiro com algum valor literário tenha sido
Em 1857, os acionistas insatisfeitos conseguiram a liquidação da “Typographia Dous de Dezembro”, e sua firma foi transformada na “Typographia de Paula Brito”, com apenas um endereço, sob o auxílio financeiro do imperador. A publicação de livros caiu, reduzindo-se para 12 em 1858 e 15 em 1861, ano de sua morte. Faleceu em sua residência, no Campo de Sant'Anna, nº 25 em 15 de dezembro de 1861. Sua viúva continuou o negócio em sociedade com o genro até 1867, caindo a produção, e em 1868 a Sra. Rufina Rodrigues da Costa Brito ficou sozinha, transferindo seu negócio para a Rua do Sacramento, nº 10, onde sobreviveu até 1875.
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* ''Poesias de Francisco de Paula Brito'', poesia, 1863
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* [[História do livro no Brasil]]▼
* [[O Filho do Pescador]]▼
== Referências bibliográficas ==
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* AZEVEDO, Manoel Duarte Moreira de. Biografia de Francisco de Paula Brito, In: Poesia de Francisco de Paulo Brito. Rio de Janeiro: Tipografia Paula Brito, 1863.
{{referências}}
▲* [[História do livro no Brasil]]
▲* [[O Filho do Pescador]]
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[[Categoria:Escritores do Rio de Janeiro]]
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