Shōtoku Taishi: diferenças entre revisões

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{{Sem-fontes|data=maio de 2016}}
{{Info/Monarca
|nome =Shōtoku Taishi
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|imagem =Asuka dera =Prince Shotoku.jpg
|imagem_tamanho = 260px
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|legenda =Príncipe Shotoku e seus dois filhos, desenho de autoria desconhecida
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|pai =[[Imperador Yōmei]]
|mãe =Princesa Anahobe no Hashihito
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{{nihongo|'''Príncipe Shōtoku'''|聖徳太子|Shōtoku Taishi|7 de fevereiro de [[574]] – 8 de abril de [[622]]<ref>''A History of Japan'', R.H.P. Mason and J.G. Caiger, Charles E.Tuttle Company, Inc., Tokyo 1977, 0221-000349-4615</ref>}}, conhecido também como {{nihongo|'''Príncipe Umayado''' |厩戸皇子|Umayado no ōji|}} ou {{nihongo|'''Príncipe Kamitsumiya'''|上宮皇子|Kamitsumiya no ōji}}, foi um regente semi-lendário e político influente do [[período Asuka]], no [[Japão]] sob o domínio da [[Imperatriz Suiko]]. Era filho do [[Imperador Yōmei]] e sua consorte, a princesa Anahobe no Hashihito, que também era sua meia-irmã. Seus pais eram parentes do [[clã Soga]] e esteve envolvido na derrota do clã Mononobe<ref name=Khyentse>{{Citar web |url=https://khyentsefoundation.org/project/viii-prince-shotoku-of-japan/ |título=Part VIII: Prince Shotoku of Japan |publicado=Khyentse Foundation |editor=Khyentse Foundation |acessadoem=23 de março de 2017}}</ref><ref name="como">{{cite book|last=Como|first=Michael I.|title=Shōtoku: ethnicity, ritual, and violence in the Japanese Buddhist tradition|year=2006|publisher=Oxford University Press|location=New York|isbn=0-19-518861-6}}</ref>. Os feitos e a vida do príncipe Shōtoku estão registrados no ''[[Nihon Shoki]]''.
'''Shōtoku Taishi''' ([[7 de fevereiro]] de [[574]] — [[8 de abril]] de [[622]]) foi regente do [[Japão]] entre 593 e 622.
 
Gerações se sucederam cultuando a figura do Príncipe Shōtoku como o protetor do Japão, da [[Casa Imperial do Japão|família imperial]] e do [[budismo]]. Figuras religiosas importantes como [[Saichō]], [[Shinran]] entre outros alegam ter inspiração e visões atribuídas ao príncipe<ref name="como"/>.
Shōtoku Taishi era o segundo filho do [[imperador Yomei]], cujo reinado foi curto. Quando a sua tia Suiko se tornou imperatriz, ele tornou-se princípe herdeiro e regente, títulos que manteve até à sua morte.
 
Shōtoku foi apontado como regente (''Sesshō'') em 593 pela [[Imperatriz Suiko]], sua tia<ref name=Khyentse/>. Inspirado pelos ensinamentos de [[Buda]], ele conseguiu estabelecer um governo centralizado durante seu reino. A ele é atribuída a [[Constituição em Dezessete Artigos]] do Japão<ref name=Khyentse/>.
Restabeleceu os contactos com a [[China]] que tinham sido interrompidos desde o século V, tendo vindo para o Japão vários artistas e clérigos chineses. Graças a sua acção o Japão adoptou uma organização administrativa que foi decalcada da chinesa. O [[calendário chinês]] seria também adoptado no país.
 
Budista fervoroso, atribui-se a ele a autoria do ''[[Sangyō Gisho]]'' ou Comentários Anotados sobre os Três Sutras (o ''Sutra do Lótus'', ''Sutra Vimalakirti'' e sutra ''Śrīmālādevī Siṃhanāda''. O primeiro deles é comumente datado em 615, tornando-o o primeiro texto japonês e, por consequência tornando Shōtoku o primeiro escritor do país<ref name=Khyentse/>.
Shōtoku foi responsável pela introdução no Japão do budismo e do confucionismo. Atribui-se a Taishi a fundação de sete templos budistas, dos quais apenas dois (o de Shitennoji em Osaka e o Horyu em Nara, sendo este último uma das estruturas em [[madeira]] mais antigas que existem no mundo) podem ser confirmados com certeza como tendo sido iniciativa sua.
 
Uma lenda diz que quando [[Bodhidharma]] foi ao Japão, ele conheceu o príncipe Shōtoku estando disfarçado de um mendigo faminto. O príncipe então pediu que o mendigo se identificasse, mas o homem não respondeu. Ao invés de simplesmente ignorar e seguir seu caminho, Shōtoku deu-lhe comida, bebida e o cobriu com seu manto púrpura, dizendo-lhe para "mentir em paz" e cantou-lhe uma canção<ref name=Khyentse/><ref name="como"/>.
[[File:Shotoku Taishi by Kogan Zenji.jpg|thumb|150px|left|Shotoku Taishi, por Kogan Zenji]]
No segundo dia de visita, o príncipe mandou um mensageiro ao mendigo, mas ele já estava morto. O príncipe ficou devastado com a notícia e ordenou o funeral do homem. Shōtoku depois concluiu que aquele não era um homem qualquer e mandou outro mensageiro, que constatou que o túmulo não havia sido mexido. Ao abrirem a sepultura, não havia corpo lá dentro, apenas o mando púrpura do príncipe estava dentro do caixão. Shōtoku usaria o manto como sempre usara antes, sem se abalar pela experiência. Abismado o povo idolatrada o príncipe, dizendo que ''um sábio reconhece outro sábio''. A lenda está ligada ao tempo de Daruma-dera, em Ōji, próximo a [[Nara]]<ref name=Khyentse/><ref name="como"/>.
 
Príncipe Shōtoku fundou o templo [[Shitennō-ji]], na Província de Settsu, hoje [[Osaka]], após uma campanha militar bem sucedida contra o poderoso clã Mononobe. O templo de [[Hōryū-ji]], na [[província de Yamato]], também está ligado ao seu nome, bem como vários templos da região de [[Kansai]]. Hōryū-ji teria sido fundado pelo príncipe e pela imperatriz Suiko, em 607. Escavações arqueológicas em 1939 confirmaram que o palácio de Shōtoku, o ''Ikaruga no miya'' (斑鳩宮), localizava-se na parte leste do atual complexo do templo, onde o ''Tō-in'' (東院) hoje se encontra<ref name="ISBN0521223520">{{cite book |url=https://books.google.com/books?id=x5mwgfPXK1kC&pg=PA175&lpg=PA175&dq=horyu+ji |chapter=The Asuka Enlightenment |title=The Cambridge History of Japan |page=175 |acessadoem=3 de abril de 2007 |publisher=Cambridge University |ano=1988 |author=John Whitney Hall}}</ref>.
 
Normalmente atribui-se a Shōtoku a fundação do budismo japonês, mas também lhe é atribuído um profundo respeito ao xintoísmo (em [[Língua japonesa|japonês]]: 神道, [[Transliteração|transl.]] ''Shintō'') e que ele nunca visitava um templo budista sem antes visitar templos xintoístas<ref>[[Shōichi Watanabe]] (Professor Emeritus at [[Sophia University]]) (2014), 教育提言:私が伝えたい天皇・皇室のこと[My opinion concerning education: What I must hand down regarding the Emperor and the Imperial Family of Japan]. In ''Seiron'', 508, 204-211.</ref><ref>{{Citar livro |nome=H. Paul|sobrenome=Varley|título=Japanese Culture: A Short History |local=Praga |editora=Praeger Publishers|ano=1977 |página=282 |isbn=978-0275643706}}</ref>.
 
Em uma de suas correspondências com o imperador chinês [[Sui Yangdi]] está registrado pela primeira vez o nome pelo qual o arquipélago japonês era chamado, ''Nihon''.
 
Acredita-se que Shōtoku esteja enterrado em Shinaga, na [[província de Kawachi]], hoje sob administração de Osaka<ref>{{Citar livro |nome=Christine|sobrenome=Guth|título=The Divine Boy in Japanese Art |local=Tóquio |editora=Monumenta Nipponica|ano=1987 |página=42 |isbn=978-85-316-0189-7}}</ref>.
 
Em [[604]] Taishi teria promulgado a [[Constituição em Dezessete Artigos]], um documento dirigido aos funcionários que devem governar de acordo com os preceitos budistas (os funcionários são convidados a venerar as "Três Jóias" no segundo artigo do texto) e confucionistas.
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