Estação Ferroviária de Aveiro: diferenças entre revisões

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== História ==
===Século XIX===
====Antecedentes e primeiros projectos====
Numa carta de 10 de Outubro de 1844, Benjamim de Oliveira propôs ao seu primo, o [[Conde de Tojal]], então [[Ministro da Fazenda]], a construção de uma linha férrea entre [[Lisboa]] e o [[Porto]], com passagem por [[Estação de Santarém|Santarém]], [[Estação de Leiria|Leiria]], [[Estação de Coimbra|Coimbra]] e Aveiro.<ref name=Gazeta1561/> As tentativas de Benjamim de Oliveira para trazer o comboio para Portugal foram canceladas com a formação, em 1844, da Companhia das Obras Públicas, que também tinha entre os seus objectivos a construção de caminhos de ferro, mas esta empresa foi posteriormente dissolvida na sequência da [[Revolução da Maria da Fonte|instabilidade política]].<ref name=Gazeta1561/> Esta só terminou com o advento da [[Regeneração (história)|Regeneração]], em 1851, permitindo a [[Fontes Pereira de Melo]] retomar os projectos das ligações ferroviárias que ligassem a capital a [[Espanha]] e ao Porto.<ref name=Gazeta1561>{{Citar jornal|autor=[[Frederico Abragão|ABRAGÃO, Frederico]]|paginas=393-400|titulo= A ligação de Lisboa com o Porto por Caminho de Ferro|data=1 de Janeiro de 1953|numero=1561|volume=65|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1953/N1561/N1561_master/GazetaCFN1561.pdf|acessadoem=17 de Maio de 2015}}</ref>
Antes da chegada dos caminhos de ferro, a cidade de Aveiro tinha grandes problemas de comunicações, especialmente em termos de vias terrestres; só existia uma estrada, construída nos finais do reinado de [[Maria I de Portugal|D. Maria I]], enquanto que as restantes vias não passavam de carreiros.<ref>{{Citar jornal|autor=[[Frederico Abragão|ABRAGÃO, Frederico de Quadros]]|pagina=99-102|titulo=No Centenário dos Caminhos de Ferro em Portugal|data=16 de Fevereiro de 1956|numero=1636|volume=68| jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1956/N1636/N1636_master/GazetaCFN1636.pdf|acessadoem=28 de Março de 2017}}</ref>
 
Numa carta de 10 de Outubro de 1844, Benjamim de Oliveira propôs ao seu primo, o [[Conde de Tojal]], então [[Ministro da Fazenda]], a construção de uma linha férrea entre [[Lisboa]] e o [[Porto]], com passagem por [[Estação de Santarém|Santarém]], [[Estação de Leiria|Leiria]], [[Estação de Coimbra|Coimbra]] e Aveiro.<ref name=Gazeta1561/> As tentativas de Benjamim de Oliveira para trazer o comboio para Portugal foram canceladasanuladas com a formação, em 1844, da Companhia das Obras Públicas, que também tinha entre os seus objectivos a construção de caminhos de ferro, mas esta empresa foi posteriormente dissolvida na sequência da [[Revolução da Maria da Fonte|instabilidade política]].<ref name=Gazeta1561/> Esta só terminou com o advento da [[Regeneração (história)|Regeneração]], em 1851, permitindo a [[Fontes Pereira de Melo]] retomar os projectos das ligações ferroviárias que ligassem a capital a [[Espanha]] e ao Porto.<ref name=Gazeta1561>{{Citar jornal|autor=[[Frederico Abragão|ABRAGÃO, Frederico]]|paginas=393-400|titulo= A ligação de Lisboa com o Porto por Caminho de Ferro|data=1 de Janeiro de 1953|numero=1561|volume=65|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1953/N1561/N1561_master/GazetaCFN1561.pdf|acessadoem=17 de Maio de 2015}}</ref>
Quando o traçado da Linha do Norte foi planeado pelo engenheiro Wattier em 1856, o projecto não contemplava a passagem por Aveiro; foi graças à insistência do deputado [[José Estêvão Coelho de Magalhães|José Estevão]] que os planos foram modificados, de forma a servir a cidade.<ref name=CMAveiro/> Em Agosto de 1861, principiaram as obras de via, e em princípios de 1862, começou-se a construir o edifício.<ref name=CMAveiro/> A estação foi inaugurada junto com o troço entre [[Estação de Estarreja|Estarreja]] e [[Estação de Taveiro|Taveiro]] da Linha do Norte, em 10 de Abril de 1864, pela [[Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses]].<ref name=CMAveiro/><ref>{{Citar web|autor=[[Carlos Manitto Torres|TORRES, Carlos Manitto]]|paginas=9-12|titulo=A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário|data=1 de Janeiro de 1958|numero=1681|volume=70|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1958/N1681/N1681_master/GazetaCFN1681.pdf|acessadoem=4 de Abril de 2014}}</ref> Em 16 de Maio do mesmo ano, os restos mortais de José Estêvão foram transportados de caminho de ferro até ao cemitério de Aveiro.<ref name=CMAveiro/>
 
====Planeamento e construção====
Em 1891, a Companhia Real vendia bilhetes especiais para banhos no mercado espanhol, sendo Aveiro um dos destinos promovidos.<ref>{{Citar jornal|paginas=272|titulo=Avisos de Serviço|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha| volume=4| numero=89|data=3 de Setembro de 1891|url=http://rcbp.dglb.pt/pt/Bibliotecas/Sites/BM_CasteloBranco/Regulamento/Documents/Publica%C3%A7%C3%B5es%20Peri%C3%B3dicas/GAZETA%20CAMINHOS%20FERRO%201891.pdf|acessodata=27 de Agosto de 2015|datali=30 de Dezembro de 2016| arquivourl= http://web.archive.org/web/20150927071505/http://rcbp.dglb.pt/pt/Bibliotecas/Sites/BM_CasteloBranco/Regulamento/Documents/Publica%C3%A7%C3%B5es%20Peri%C3%B3dicas/GAZETA%20CAMINHOS%20FERRO%201891.pdf|arquivodata=27 de Setembro de 2015}}</ref>
Esta só terminou com o advento da [[Regeneração (história)|Regeneração]], em 1851, permitindo a [[Fontes Pereira de Melo]] retomar os projectos das ligações ferroviárias que ligassem a capital a [[Espanha]] e ao Porto.<ref name=Gazeta1561>{{Citar jornal|autor=ABRAGÃO, Frederico de Quadros|pagina=393-400|titulo=A ligação de Lisboa com o Porto por Caminho de Ferro|data=1 de Janeiro de 1953|numero=1561|volume=65|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1953/N1561/N1561_master/GazetaCFN1561.pdf|acessadoem=17 de Maio de 2015}}</ref>
 
Quando o traçado da Linha do Norte foi planeado pelo engenheiro Wattier em 1856, o projecto não contemplava a passagem por Aveiro; foi graças à insistência do deputado [[José Estêvão Coelho de Magalhães|José Estevão]] que os planos foram modificados, de forma a servir a cidade.<ref name=CMAveiro/> Em Agosto de 1861, principiaram as obras de via, e em princípios de 1862, começou-se a construir o edifício.<ref name=CMAveiro/> A estação foi inaugurada junto com o troço entre [[Estação de Estarreja|Estarreja]] e [[Estação de Taveiro|Taveiro]] da Linha do Norte, em 10 de Abril de 1864, pela [[Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses]].<ref name=CMAveiro/><ref>{{Citar webjornal| autor=[[Carlos Manitto Torres|TORRES, Carlos Manitto]]|paginaspagina=9-12|titulo=A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário|data=1 de Janeiro de 1958|numero= 1681|volume=70|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1958/N1681/N1681_master/GazetaCFN1681.pdf|acessadoem=4 de Abril de 2014}}</ref> Em 16 de Maio do mesmo ano, os restos mortais de José Estêvão foram transportados de caminho de ferro até ao cemitério de Aveiro.<ref name=CMAveiro/>
Em 1893, previa-se que fosse pedida a concessão para um caminho de ferro do tipo [[Carro Americano|americano]], ligando a estação de Aveiro à cidade.<ref>{{Citar jornal|paginas=81-85|titulo=Efemérides|volume=51|numero=1226|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|data= 16 de Janeiro de 1939|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1226/N1226_master/GazetaCFN1226.pdf| acessadoem= 4 de Abril de 2014}}</ref>
 
====Década de 1890====
Em 1891, a Companhia Real vendia bilhetes especiais para banhos no mercado espanhol, sendo Aveiro um dos destinos promovidos.<ref>{{Citar jornal|paginaspagina=272|titulo=Avisos de Serviço|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro de Portugal e Hespanha| volume=4| numero=89|data=3 de Setembro de 1891|url= http://rcbp.dglb.pt/pt/Bibliotecas/Sites/BM_CasteloBranco/Regulamento/Documents/Publica%C3%A7%C3%B5es%20Peri%C3%B3dicas/GAZETA%20CAMINHOS%20FERRO%201891.pdf|acessodata=27 de Agosto de 2015|datali=30 de Dezembro de 2016| arquivourl= http://web.archive.org/web/20150927071505/http://rcbp.dglb.pt/pt/Bibliotecas/Sites/BM_CasteloBranco/Regulamento/Documents/Publica%C3%A7%C3%B5es%20Peri%C3%B3dicas/GAZETA%20CAMINHOS%20FERRO%201891.pdf|arquivodata=27 de Setembro de 2015}}</ref>
 
Em 1893, previa-se que fosse pedida a concessão para um caminho de ferro do tipo [[Carro Americano|americano]], ligando a estação de Aveiro à cidade.<ref>{{Citar jornal|paginas pagina= 81-85|titulo=Efemérides|volume=51|numero=1226|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|data= 16 de Janeiro de 1939|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1226/N1226_master/GazetaCFN1226.pdf| acessadoem= 4 de Abril de 2014}}</ref>
 
===Século XX===
[[File:10.11.93 Aveiro 2507 (6147633230).jpg|thumb|right|Comboio de mercadorias a passar pela Estação de Aveiro, em 1993.]]
====Remodelação do edifício da estação====
Originalmente, a estação estava instalada num edifício pequeno e simples; em princípios do Século XX, tornou-se insuficiente para o crescimento que se verificou no movimento ferroviário, o que forçou à modificação e alargamento do edifício, entre 1915 e 1916.<ref name=CMAveiro/> Em Fevereiro de 1916, as obras estavam muito adiantadas, e em Abril podiam-se considerar quase terminadas.<ref>{{citar jornal|titulo=Efemérides|paginaspagina=202-204|volume=51|numero=1231|data=1 de Abril de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1231/N1231_master/GazetaCFN1231.pdf|acessodata=8 de Março de 2014}}</ref> O novo edifício foi construído no estilo tradicional português<ref name=Gazeta1476>{{Citar jornal|autor=[[José de Sousa Nunes|NUNES, José]]|paginaspagina=418-422|titulo=A Via e Obras nos Caminhos de Ferro em Portugal|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=62|numero=1476|data=16 de Junho de 1949|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1949/N1476/N1476_master/GazetaCFN1476.pdf|acessodata=14 de Novembro de 2014}}</ref>, tendo sido enfeitado em 1916 com vários painéis de azulejos, seguindo a tendência que se verificava nessa altura para decorar as gares ferroviárias.<ref name=CMAveiro/> Esta intervenção foi levada a cabo por Licínio Pinto e Francisco Pereira, utilizando azulejos da Fábrica Fonte Nova.<ref>PEREIRA, p. 418-419</ref> Esta remodelação foi envolta em polémica, devido ao facto do plano original incluir, lado a lado, retratos de [[José Estêvão Coelho de Magalhães|José Estevão]] e Manuel Firmino; assim, decidiu-se retratar apenas este último e D. José de Salamanca y Mayol, que possuía a concessão das obras na [[Linha do Norte]].<ref name=CMAveiro>{{citar web|url=http://www.cm-aveiro.pt/www/templates/GenericDetail.aspx?id_object=27881&TM=2408S2582S2587&id_class=1575|título=Painéis Azulejares da Estação de Caminhos de Ferro de Aveiro|acessodata=4 de Abril de 2014|publicado=Câmara Municipal de Aveiro}}</ref>
 
[[File:CP 9635 (8661060964).jpg|thumb|left|Gare de via estreita na estação de Aveiro, em 2013.]]
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Por alvarás de 11 de Julho de 1889 e 23 de Maio de 1901, Francisco Pereira Palha foi autorizado a construir um caminho de ferro de via estreita entre [[Estação Ferroviária de Torredeita|Torredeita]], na [[Linha do Dão]], e [[Estação de Espinho|Espinho]], na Linha do Norte, com um ramal para Aveiro; o projecto foi aprovado em 30 de Outubro de 1903, e a concessão foi passada para a [[Compagnie Française pour la Construction et Exploitation des Chemins de Fer à l'Étranger]] por um decreto de 17 de Março de 1906.<ref name=Gazeta1686/> O traçado foi posteriormente alterado, e em 8 de Setembro de 1911 entrou ao serviço o troço de [[Estação Ferroviária de Albergaria-a-Velha|Albergaria-a-Velha]] a Aveiro.<ref name=Gazeta1686/> Quando foi planeado o troço da [[Linha do Vouga|rede ferroviária do Vouga]] até Aveiro, ficou programado que a estação já existente iria ficar comum a ambas as linhas, não estando previstos quaisquer ramais até à [[Ria de Aveiro]].<ref name=Gazeta1144/>
 
Após a inauguração do Ramal de Aveiro, verificou-se que o transporte de sal e outras mercadorias desde a margem até à estação se fazia com muita dificuldade, num percurso de quase 2 quilómetros em carros de bois, pelo que, em 1912, entrou ao serviço um ramal até à ria.<ref name=Gazeta1144>{{Citar jornal|titulo=As Obras da Barra de Aveiro|paginaspagina= 347-349|autor=[[José Fernando de Sousa|SOUSA, José Fernando de]]|data=16 de Agosto de 1935|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=47|numero=1144|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1935/N1144/N1144_master/GazetaCFN1144.pdf|acessadoem=8 de Agosto de 2013}}</ref> O Decreto 12.682, de 15 de Novembro de 1926, adicionou ao plano ferroviário do Norte do Mondego duas vias férreas a sair da estação de Aveiro; a primeira seria até [[Estação de Cantanhede|Cantanhede]], constituindo a continuação do Ramal de Aveiro, e a segunda iria [[Ramal do Canal de São Roque|até ao Canal de São Roque]].<ref name=Gazeta1686>{{Citar jornal|autor= TORRES, Carlos Manitto|titulo=A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário|paginaspagina=133-140|data=16 de Março de 1958|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=71|numero=1686|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1958/N1686/N1686_master/GazetaCFN1686.pdf| acessadoem=4 de Abril de 2014}}</ref><ref>PORTUGAL. [http://dre.pt/pdf1sdip/1926/11/25800/19171917.pdf Decreto n.º 12:682], de 15 de Novembro de 1926. ''Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos'', Paços do Governo da República. Publicado no Diário da República n.º 258, Série I, de 18 de Novembro de 1926.</ref>
 
Num artigo na Gazeta dos Caminhos de Ferro em 1956, o jornalista [[José da Guerra Maio]] criticou a forma como as gares de via estreita foram integradas na estação de Aveiro, uma vez que ficaram demasiado longe das plataformas de via larga, pelo que os passageiros que quisessem mudar de comboio tinham de atravessar várias vias de resguardo.<ref>{{Citar jornal|autor=[[José da Guerra Maio|MAIO, Guerra]]|pagina=122-123|titulo=Anomalias Ferroviárias|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=68|numero=1637|data=1 de Março de 1956|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1956/N1637/N1637_master/GazetaCFN1637.pdf|acessodata=28 de Março de 2017}}</ref>
Em 3 de Outubro de 1932, iniciaram-se oficialmente as obras de construção da barra de Aveiro, tendo sido instalado um ramal para o transporte de pedra, especificamente grés vermelho de [[Eirol]] e granito de Vila Chã; este ramal tinha o seu princípio na Estação de Aveiro, curvando depois na direcção do Canal de São Roque, onde a pedra era transferida para barcos.<ref name=Gazeta1144/> Nesse ano, a [[Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses]] instalou um dormitório para o pessoal de serviço, com capacidade para 12 camas; por seu turno, a [[Companhia Portuguesa para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro|Companhia do Vouga]] ampliou as suas vias, de forma a facilitar o serviço no Ramal do Canal de São Roque.<ref>{{Citar jornal|paginas=10-14|titulo=O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1932|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=46|numero=1081|data=1 de Janeiro de 1933|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1933/N1081/N1081_master/GazetaCFN1081.pdf|acessadoem=20 de Maio de 2010}}</ref> Em 1936, esta empresa construiu um novo cais, para transbordo entre as Linhas do Vouga e do Norte.<ref>{{Citar jornal| paginas=98|titulo=O que se fez em Caminhos de Ferro durante o ano de 1936|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=49|numero=1180| data=16 de Fevereiro de 1937|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1936/N1180/N1180_master/GazetaCFN1180.pdf| acessadoem=8 de Agosto de 2013}}</ref> Em Abril de 1932, estava a ser pedida com urgência a construção da linha entre Aveiro e Cantanhede.<ref>{{citar jornal|titulo=Efemérides|paginas=345|data=16 de Julho de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=51| numero=1238|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1238/N1238_master/GazetaCFN1238.pdf| acessodata=4 de Abril de 2014}}</ref>
 
====DuplicaçãoDécadas dade via1920 e expansão da estação1930====
Em Dezembro de 1928, já se tinham iniciadas as obras de duplicação da via entre [[Estação de Oliveira do Bairro|Oliveira do Bairro]] e Aveiro.<ref>{{citar jornal|titulo= Efemérides|paginas pagina=299-300|data=16 de Junho de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume= 51|numero=1236|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1236/N1236_master/GazetaCFN1236.pdf| acessodata=4 de Abril de 2014}}</ref>
 
Em 3 de Outubro de 1932, iniciaram-se oficialmente as obras de construção da barra de Aveiro, tendo sido instalado um ramal para o transporte de pedra, especificamente grés vermelho de [[Eirol]] e granito de Vila Chã; este ramal tinha o seu princípio na Estação de Aveiro, curvando depois na direcção do Canal de São Roque, onde a pedra era transferida para barcos.<ref name=Gazeta1144/> Nesse ano, a [[Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses]] instalou um dormitório para o pessoal de serviço, com capacidade para 12 camas; por seu turno, a [[Companhia Portuguesa para a Construção e Exploração de Caminhos de Ferro|Companhia do Vouga]] ampliou as suas vias, de forma a facilitar o serviço no Ramal do Canal de São Roque.<ref>{{Citar jornal|paginaspagina=10-14|titulo=O que se fez nos Caminhos de Ferro em Portugal no Ano de 1932|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume=46|numero=1081|data=1 de Janeiro de 1933|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1933/N1081/N1081_master/GazetaCFN1081.pdf|acessadoem=20 de Maio de 2010}}</ref> Em 1936, esta empresa construiu um novo cais, para transbordo entre as Linhas do Vouga e do Norte.<ref>{{Citar jornal| paginaspagina=98|titulo=O que se fez em Caminhos de Ferro durante o ano de 1936|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=49|numero=1180| data=16 de Fevereiro de 1937|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1936/N1180/N1180_master/GazetaCFN1180.pdf| acessadoem=8 de Agosto de 2013}}</ref> Em Abril de 1932, estava a ser pedida com urgência a construção da linha entre Aveiro e Cantanhede.<ref>{{citar jornal|titulo=Efemérides|paginaspagina=345|data=16 de Julho de 1939|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=51| numero= 1238|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1238/N1238_master/GazetaCFN1238.pdf| acessodata=4 de Abril de 2014}}</ref>
Em 1934, a [[Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses]] construiu um dormitório nesta estação.<ref>{{citar jornal|titulo= Efemérides|paginas=356-357|data= 1 de Agosto de 1939|volume=51|numero=1239|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1239/N1239_master/GazetaCFN1239.pdf|acessodata=4 de Abril de 2014}}</ref>
 
Em 1934, a [[Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses]] construiu um dormitório nesta estação.<ref>{{citar jornal|titulo= Efemérides|paginaspagina=356-357|data= 1 de Agosto de 1939 |volume=51|numero=1239|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1239/N1239_master/GazetaCFN1239.pdf| acessodata=4 de Abril de 2014}}</ref>
===Electrificação===
No final da Década de 1930, já se previa que, caso o projecto de electrificação das linhas suburbanas de [[Lisboa]] fosse bem sucedido, posteriormente também se adaptaria à tracção eléctrica a rede suburbana do Porto, de Aveiro até [[Estação de Braga|Braga]].<ref>{{citar jornal|autor=SOUSA, José|paginas=165-166|titulo= Uma grande obra que se impôe: A electrificação das linhas suburbanas de Lisboa|data=16 de Março de 1939| jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume= 51| numero=1230|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1230/N1230_master/GazetaCFN1230.pdf| acessodata=27 de Agosto de 2015}}</ref> O troço entre [[Apeadeiro de Quintans|Quintans]] e [[Estação de Esmoriz|Esmoriz]] foi electrificado em Novembro de 1964.<ref>{{Citar jornal|titulo=Otros países, otras noticias|paginas=23-24|data=1 de Dezembro de 1965|jornal=Via Libre|volume=2|numero=24|idioma2=es}}</ref>
 
====EncerramentoDécadas dade Linha1950 doe Vouga1960====
Em 1953, a estação de Aveiro fazia parte do horário dos comboios [[Foguete (serviço ferroviário)|Foguete]], que ligavam Lisboa ao Porto.<ref>{{Citar jornal|pagina=132|titulo=As alterações nos horários do "rápido" do Porto e do "Sud-Express"|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=66|data=1 de Junho de 1953|numero=1571|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1953/N1571/N1571_master/GazetaCFN1571.pdf|acessodata=28 de Março de 2017}}</ref>
 
No final da Década de 1930, já se previa que, caso o projecto de electrificação das linhas suburbanas de [[Lisboa]] fosse bem sucedido, posteriormente também se adaptaria à tracção eléctrica a rede suburbana do Porto, de Aveiro até [[Estação de Braga|Braga]].<ref>{{citar jornal|autor=SOUSA, José Fernando de|paginaspagina=165-166|titulo= Uma grande obra que se impôe: A electrificação das linhas suburbanas de Lisboa|data=16 de Março de 1939| jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro| volume= 51| numero=1230|url= http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1939/N1230/N1230_master/GazetaCFN1230.pdf| acessodata=27 de Agosto de 2015}}</ref> Em Junho de 1955, a Gazeta dos Caminhos de Ferro noticiou que já se tinham iniciado as obras para a electrificação do lanço de Lisboa até ao [[Estação de Entroncamento|Entroncamento]], e que posteriormente se iniciariam as segunda e terceira fases da electrificação, correspondentes aos troços do Entroncamento até Aveiro e deste ponto até ao Porto.<ref name=Gazeta1619>{{Citar jornal|pagina=173-174|titulo=O Centenário dos Caminhos de Ferro Portugueses|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=68|numero=1619|data=1 de Junho de 1955|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1955/N1619/N1619_master/GazetaCFN1619.pdf| acessodata=23 de Dezembro de 2016}}</ref> O troço entre [[Apeadeiro de Quintans|Quintans]] e [[Estação de Esmoriz|Esmoriz]] foi electrificado em Novembro de 1964.<ref>{{Citar jornal|titulo=Otros países, otras noticias|paginaspagina=23-24|data=1 de Dezembro de 1965|jornal=Via Libre|volume=2|numero=24|idioma2=es}}</ref>
 
Num artigo na Gazeta dos Caminhos de Ferro de 1 de Outubro de 1955, reportou-se que a estação de Aveiro era uma das que tinha mais ramais particulares em território nacional, contando com seis ramais, que receberam mais de 1000 vagões, totalizando 26 188 toneladas.<ref>{{Citar jornal|autor=VALENTE, Rogério Torroais|pagina=341-344|titulo=os ramais particulares da rede ferroviária portuguesa|jornal=Gazeta dos Caminhos de Ferro|volume=68|data=1 de Outubro de 1955|numero=1627|url=http://hemerotecadigital.cm-lisboa.pt/OBRAS/GazetaCF/1955/N1627/N1627_master/GazetaCFN1627.pdf|acessodata=28 de Março de 2017}}</ref>
 
====Décadas de 1970 e 1980====
Em 1972, foi encerrado o troço entre [[Estação de Sernada do Vouga|Sernada do Vouga]] e [[Estação de Viseu|Viseu]]<ref>SILVA e RIBEIRO, p. 47</ref>, tendo uma linha de autocarros sido criada em 1975 no percurso de Aveiro a Viseu.<ref>REIS ''et al'', p. 144</ref>
 
Em 1986, a estação foi novamente remodelada, na ocasião das comemorações do 75º aniversário do [[Ramal de Aveiro]]; foi, assim, colocado um novo painel de azulejos, assinado por Breda.<ref name=CMAveiro/> A origem dos azulejos foi a Fábrica Viçorzette, em [[Águeda]].<ref name=CMAveiro/>
 
====Década de 1990====
Em 1995, a Estalagem da Pateira organizava viagens de comboio entre Aveiro e [[Estação Ferroviária de Macinhata do Vouga|Macinhata do Vouga]], com visita ao [[Museu Ferroviário de Macinhata do Vouga|núcleo museológico daquela estação]].<ref>{{Citar jornal| autor=ORDÓÑEZ, José|paginaspagina=75-76|titulo=Turismo ferroviario en los valles portugueses del Duero y Vouga|editora=Fundación de los Ferrocarriles Españoles|local=Madrid| idioma=Espanhol| volume=32|numero=378| data=Julho - Agosto de 1995|jornal=Via Libre|issn= 1134-1416}}</ref>
 
No ano de 2000, foram colocados mais dois painéis de azulejos, nas instalações sanitárias; o autor foi F. Lista, e os azulejos vieram da Fábrica Artecer, de [[Vila Nova de Gaia]].<ref name=CMAveiro/>
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===Século XXI===
[[File:BahnhofAveiro 10.JPG|thumb|right|Novo edifício da estação de Aveiro.]]
Em finais de 2004, foi anunciado que o título intermodal [[Andante]], gerido por várias empresas de transportes na região do [[Porto]], incluindo o operador [[Comboios de Portugal]], iria ser prolongado até à Estação de Aveiro; esta medida teve como objectivo facilitar as deslocações nesta região, e impulsionar o uso do transporte público.<ref>{{citar web|url= http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=471914|titulo=Andante dará para viajar de comboio até Aveiro e Braga| acessodata=21 de Maio de 2010|autor=FONSECA, Margarida|data=11 de Dezembro de 2004|publicado=Jornal de Notícias}}</ref>
 
Em Agosto de 2005, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Alberto Souto, declarou que a nova estação ferroviária de Aveiro iria entrar em funcionamento na primeira semana de Outubro, passando o antigo edifício a pertencer à Autarquia.<ref name=PTmail>{{citar web|url=http://noticias.portugalmail.pt/artigo/nova-estacao-da-cp-de-aveiro-pronta-em-outubro_177811|titulo=Nova estação da CP de Aveiro pronta em Outubro|acessodata=21 de Maio de 2010|data=31 de Agosto de 2005|publicado=Portugalmail}}</ref> No entanto, as bilheteiras continuaram a funcionar na antiga estação, e, até Abril do ano seguinte, não existiam lojas a funcionar na nova gare.<ref>{{citar web|url=http://www.oln.pt/noticias.asp?id=8602&secc=1|titulo=Lojas na estação em Abril|acessodata=21 de Maio de 2010|data=2 de Março de 2006|publicado=On Line News}}</ref>
 
Ainda em 2005, foi adjudicada a construção de uma avenida, a ligar a estação à zona da Esgueira; esta obra, cuja execução esteve prevista para Setembro teve um orçamento de 100 mil euros.<ref name=PTmail/> Um túnel rodoviário sob a estação foi inaugurado a 6 de Outubro, mas o tráfego automóvel só se fez num sentido até 19 de Dezembro, quando abriu em ambos os sentidos.<ref>{{citar web|url= http://www.oln.pt/noticias.asp?id=7939&secc=1|titulo=Abertura total do túnel na segunda-feira|acessodata=21 de Maio de 2010| data=13 de Dezembro de 2005|publicado=On Line News}}</ref>
 
Em Maio de 2006, o presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia, anunciou que se iria instalar uma Colecção de Arte Contemporânea no antigo edifício da Estação de Aveiro<ref>{{citar web|url=http://www.oln.pt/noticias.asp?id=9257&secc=1|titulo=Estação recebe Colecção de Arte Contemporânea|acessodata=21 de Maio de 2010|data=12 de Maio de 2006| publicado=On Line News}}</ref>; no entanto, este processo ainda se encontrava em negociações em Abril de 2010, estando, nesta altura, previsto um acordo para breve.<ref>{{citar web|url=http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1541185&seccao=Centro|titulo=Avenida da arte está à espera de cedência da estação da cp|acessodata=21 de Maio de 2010|autor=ALMEIDA, Júlio|data=11 de Abril de 2010|publicado= Diário de Notícias}}</ref>
 
A antiga estação fez parte do circuíto turístico City Tour, organizado pela Região de Turismo de Aveiro em Julho de 2006.<ref>{{citar web|titulo=City tour procurado por 2500 turistas em Julho|url= http://jn.sapo.pt/paginainicial/interior.aspx?content_id=563019|titulo=City tour procurado por 2500 turistas em Julho|acessodata=21 de Maio de 2010|autor=MAXIMINO, José|data=3 de Agosto de 2006|publicado=Jornal de Notícias}}</ref>
 
A ligação ferroviária de Alta Velocidade a Aveiro foi discutida em Outubro de 2006, tendo-se previsto uma decisão sobre este assunto apenas no final desse ano; foi, no entanto, demonstrado que era exequível utilizar a estação ferroviária já existente como interface para os serviços de alta velocidade.<ref>{{citar web|url= http://economia.publico.pt/Noticia/tgv-terceira-travessia-do-tejo-podera-vir-a-ser-tambem-rodoviaria_1274840|titulo=TGV: terceira travessia do Tejo poderá vir a ser também rodoviária|acessodata=21 de Maio de 2010|data=28 de Outubro de 2006|publicado=Público}}</ref>
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==Bibliografia==
*{{citar livro|sobrenome=CAVACO|nome=Carminda|título=O Algarve Oriental|subtítulo=As Vilas, O Campo e o Mar|local=Faro| editora=Gabinete de Planeamento da Região do Algarve|ano=1976|páginas=204|volume=II}}
*{{Citar livro|nome=Paulo|sobrenome=PEREIRA|título=História da Arte Portuguesa|local=Barcelona|editora=Círculo de Leitores|ano=1995 |páginas=695|volume=III| isbn= 972-42-1225-4}}
*{{Citar livro|autor=REIS, Francisco Cardoso dos; GOMES, Rosa Maria; GOMES, Gilberto ''et al''|título=Os Caminhos de Ferro Portugueses 1856-2006|editora=CP-Comboios de Portugal e Público-Comunicação Social S. A.|ano=2006|páginas=238|isbn= 989-619-078-X|local=Lisboa}}
*{{Citar livro|autor=SILVA, José Ribeiro da|coautor=RIBEIRO, Manuel|título=Os Comboios em Portugal|local=Lisboa|editora=Terramar - Editores, Distribuidores e Livreiros, Lda.|ano= 2007|páginas=203|volume=III|edição=1.ª|isbn= 978-972-710-408-6}}
 
== Leitura recomendada ==
*{{citar livro|autor=CERVEIRA, Augusto; CASTRO, Francisco Almeida e|título=Material e tracção: os caminhos de ferro portugueses nos anos 1940-70|local=Lisboa| editora=CP-Comboios de Portugal|ano=2006|páginas=270|isbn=989-95182-0-4|serie=Para a História do Caminho de Ferro em Portugal|volume=5}}
*{{Citar livro|autor=DAHLSTRÖM, Marc|título=Vapeur Au Portugal|editora=Edição do autor|ano=1989| páginas=176|língua=Francês|isbn=2950249930}}
*{{Citar livro|autor=QUEIRÓS, Amílcar|título=Os Primeiros Caminhos de Ferro de Portugal: As Linhas Férreas do Leste e do Norte|editora=Coimbra Editora|ano=1976| páginas=45| local=Coimbra}}
*{{Citar livro|autor=SALGUEIRO, Ângela|título=A Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses: 1859-1891|editora=Univ.Universidade Nova de Lisboa|ano=2008|páginas= 145| local=Lisboa}}
 
{{commonscat|Aveiro train station|a Estação de Aveiro}}
==Ligações externas==