Nadejda Krupskaia: diferenças entre revisões

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Entre maio e junho de 1917, o [[Pravda]] publicou alguns artigos escritos por Krupskaia, como: "Sobre o Papel e a Importância da União da Juventude", "Luta pela Juventude Operária", "Resposta à Juventude de Moscou" e "Como deve Organizar-se a Juventude"<ref>[http://anovademocracia.com.br/no-184/6828-figuras-da-classe-operaria-nadezhda-krupskaia Figuras da Classe Operária: Nadezhda Krupskaia], acesso em 1º de abril de 2017.</ref>.
 
Após a vitória dos bolcheviques em 1917, Nadežda, apesar de ser a companheira de Lênin, não ocupará nem reivindicará uma posição de primeiro plano na recém república soviética. No entanto, comointegrou adjuntao do ComissárioComissariado do Povo parade aInstrução InstruçãoPública, onde colaborou com [[Anatóli Lunatcharski]], foi capaz depara definir as bases de um novo sistema educacional. Segundo Krupskaja, era preciso destruir a antiga escola e criar uma outra, que fosse capaz de responder às exigências do sistema [[socialista]] nascente, com a unificação do sistema de ensino e a gestão centralizada, assegurando-se a continuidade do ensino básico ao superior e estabelecimentos gratuitos, abertos à totalidade da população. Mas o primeiro passo eraseria a erradicação do analfabetismo.
 
Em 1919, um decreto governamental determinou esforços para a eliminação do analfabetismo entre os cidadãos de 8 a 50 anos . Em 1920, foi criada a Comissão Extraordinária para a Eliminação do Analfabetismo, encarregada de coordenar os esforços de todas as organizações de alfabetização da Rússia. Jovens estudantes, professores e intelectuais se associaram num esforço nacional, cujo lema era: "Que aquele que sabe ler e escrever ensine àquele que não sabe". Entre 1920 e 1940, cerca de 60 milhões de adultos foram alfabetizados, enquanto a quase totalidade dos jovens foi escolarizada. <ref name=Unesco>{{fr}} [http://www.ibe.unesco.org/publications/ThinkersPdf/kroupskf.pdf Nadejda Kroupskaia (1869-1939)]. Por Mikhaïl S. Skatkine e Georgy S. Tsovianov. ''Perspectives : revue trimestrielle d’éducation comparée''. Paris, UNESCO : Bureau international d’éducation, vol. XXIV, n° 1-2, 1994, p. 51-63</ref>
 
Vencido o primeiro passo na educação de adultos, ainda havia muito a fazer. "Não podemos nos contentar em apenas ensinar os alunos a ler, escrever e contar", pontificava Krupskaja. "Eles devem conhecer os elementos científicos de base, sem os quais não serão capazes de levar uma vida consciente". Assim, defendia o estudo das [[ciências naturais]] - visando permitir uma compreensão [[materialista]] dos fenômenos naturais e o uso racional das forças da natureza - e das [[ciências sociais]] - para compreender as [[relações sociais|relações de classes]] e as formas do [[desenvolvimento social]]. Defendia, assim, um ensino de caráter generalista, orientado para uma concepção científica do mundo. Suas ideias sobre o ''ensino politécnico'' - ligando a teoria à prática, a escola à vida - sobre a iniciação profissional, a [[autogestão]] na escola, a estreita ligação entre a família e a coletividade, assim como sua análise crítica da pedagogia tradicional, tanto da Rússia como de outros países, são até hoje reconhecidas como uma contribuição fundamental para o desenvolvimento da pedagogia na URSS.<ref name=Unesco />