As Cavernas de Marte: diferenças entre revisões

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Como John H Jenkins notou, os livros de Asimov são tipicamente escritos sobre a Terra, ou algum planeta fictício fora do sistema solar. A maioria das exceções dessa regra são os livros da série ''Lucky Starr, ''que se passam entre os mundos familiares de nosso [[Sistema Solar|sistema solar]]. As Cavernas de Marte é o único livro de Asimov que se passa em Marte, e o que ele escreve sobre Marte é acurado, até otimista, baseado no que era conhecido sobre Marte em 1951. A atmosfera de Marte é um quinto mais densa que a da Terra e é irrespirável para nós humanos, pela falta de oxigênio. Os famosos canais de Marte não são mencionados, apesar de o planeta Marte de Asimov tem uma rede de fendas que talvez tenham sido a inspiração disso.
 
David Starr foi descaradamente baseado no herói do velho-oeste, "[[Lone Ranger]]", e Asimov tenta fortemente recriar o fictício oeste americano em Marte. Os homens das fazendas são indivíduos duros e grosseiros, assim como os "''cowboys''" fictícios. David Starr é um Cavaleiro Solitário da ficção científica, incluindo a máscara e o hábito de desaparecer após derrotar os vilões. Neste primeiro livro da série, Starr expõe e derrota uma conspiração criminal, na tradição clássica do "''mascarado combatente do crime''"! Nos livros seguintes da série, Starr se distancia do mascarado combatente de crimes e torna-se um agente secreto da [[Guerra Fria|Guerra Fria]], defendendo o Sistema Solar de inimigos externos.
 
Em um dos próximos livros da série, ''Os Oceanos de Vênus'', o Conselho de Ciência é descrito da seguinte maneira: "Nos dias atuais, em que a ciência realmente penetrou na sociedade e cultura humana, os cientistas não podem mais se restringir aos seus laboratórios. Por essa razão, o Conselho de Ciência nasceu. Originariamente, foi criado com a intenção de ser um corpo consultivo para ajudar o governo em assuntos de importância galáctica, onde somente cientistas treinados teriam suficiente informação para tomar decisões inteligentes. Cada vez mais, foi se tornando em uma agência de combate ao crime, um sistema de contra-espionagem. Em suas mãos, o conselho foi tirando do governo, mais e mais tópicos."
 
A desenvolvimento científico mais importante durante a vida de Asimov, foi a descoberta da [[Energia nuclear|energia nuclear]]. Asimov viu o poder nuclear escapar do controle dos cientistas que o descobriram, se tornando o brinquedo de políticos que vagamente entenderam seu poder, e que pareciam cegos para o perigo que representava. A preocupação de Asimov sobre o assunto era evidente, de acordo com algumas estórias individuais, tais como ''Hell-Fire'' e ''Silly Asses, ''bem como na Terra pós-nuclear e semi-habitável descrita em [[Pebble in_the_Sky]] e [[The Stars_Like_Dust]]. O Conselho de Ciência pode ser visto como a realização de um desejo de Asimov, com os cientistas do futuro inclinando a balança do poder em direção deles mesmos e longe dos analfabetos científicos que populam o governo.
 
== Recepção do livro ==
Para o ''[[The New_York_Times|The New Your Times]], ''Ellen Lewis Buell escreveu que Asimov "combina ingeniosamente mistério e ficção científica", dizendo que "sua inventividade e o uso de detalhes pitorescos" são remanescentes de [[Robert A._Heinlein|Robert A. Heinlein]]. Groff Conklin elogiou o livro como uma tarifa de efetivação juvenil: "sem romance, extremamente pouca ciência, mas imaginação sem limites, ideias e eventos excitantes." Surpreendentemente, o crítico P. Schuyler Miller descreveu o livro como, "uma [[space opera]] de movimento rápido que todos nós conhecemos, sem ligar em particular para a plausibilidade científica."
 
== Referências ==