Guerra da Sucessão Bávara: diferenças entre revisões

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A '''Guerra da Sucessão Bávara''' consistiu num confronto entre uma aliança [[Eleitorado da Saxônia|Saxo]]-[[Reino da Prússia|Prussiana]] contra a [[Monarquia de Habsburgo]], entre Julho de 1778 e 21 de Maio de 1779, para evitar que os Habsburgos ficassem com o [[Eleitorado da Baviera]]. Embora a guerra se tenha limitado a algumas pequenas escaramuças, morreram milhares de soldados devido a doenças e fome, facto que deu o nome de ''Kartoffelkrieg'' (Guerra da Batata) ao conflito, na Saxónia e na Prússia; na Áustria de Habsburgo, o confronto era por vezes chamado de ''Zwetschgenrummel'' (Rebuliço da Ameixa).
 
Em 30 de Dezembro de 1777, [[Maximiliano III José, Príncipe-Eleitor da Baviera|Maximiliano José]], o último representante da [[Tratado de Pavia (1329)|linha maisjunior nova dedos Wittelsbach]], morreu de [[varíola]], sem deixar descendência. [[Carlos Teodoro da Baviera|Carlos da Baviera]], um membro de um ramo mais antigo da [[Casa de Wittelsbach]], era o parente mais próximo, mas também não tinha filhos legítimos que o sucedessem. Assim, o seu primo, [[Carlos II Augusto, Duque de Zweibrücken]], era quem possuia legitimidade para ser o [[herdeiro presuntivo]] de Carlos da Baviera. Ao longo da fronteira sul da Baviera, o [[José II, Sacro Imperador Romano-Germânico|Imperador do Sacro Império Romano, José II]] cobiçava o território bávaro e tinha casado com a irmã de Maximiliano José, [[Maria Josefa da Baviera]], em 1765, para fortalecer qualquer reivindicação que surgisse. O seu acordo com o herdeiro, CharlesCarlos TheodoreTeodoro, para repartir o território negava qualquer reclamação do herdeiro presuntivo, Carlos Augusto.
 
A aquisição de territórios nos estados de língua alemã era uma parte essencial da política de José II como forma de expandir a influência da sua família na Europa Central. Para [[Frederico, o Grande]], a reivindicação de José II ameaçava a crescente influência da Prússia na políticas alemãs, mas ficou indeciso sobre se devia manter o ''status quo'' pela via bélica pu pela via diplomática. A Imperatriz [[Maria Teresa da Áustria]], que reinava juntamente com José II, considerava que qualquer conflito sangrento com o Eleitorado bávaro era desnecessário, e nem Maria Teresa nem Frederico viam qualquer vantagem em seguir pela via mais conflituosa. Contra a insistência da sua mãe, José II não desistia da sua reivindicação. [[Frederico Augusto I da Saxônia|Frederico Augusto III]], Eleitor da Saxónia, queria preservar a integridade territorial do Ducado do seu cunhado, Carlos Augusto, e não tinha qualquer interesse em ver os Habsburgos a adquirir mais territórios nas suas fronteiras sul e oeste. Apesar de não simpatizar com a Prússia, que tinha sido inimiga da Saxónia em duas guerras anteriores, Carlos Augusto desejava o apoio de Frederico, que estava entusiasmado em desafiar os Habsburgos. A [[Reino da França|França]] também se envolveu por forma a manter o [[Equilíbrio europeu de poder|balanço de poder]]. Por fim, a ameaça de [[Catarina, a Grande]] de intervir ao lado da Prússia com cinquenta mil soldados russos, forçou José II a repensar a sua posição. Com o apoio de Catarina, ele e Frederico negociaram uma solução para o problema da sucessão bávara com o [[Tratado de Teschen]], assinado em 13 de Maio de 1779.