A Loucura sob Novo Prisma: diferenças entre revisões

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{{Info/Livro
| nome = A Loucura sob novo prisma (estudo psíquico-fisiológico)
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| autor = [[Bezerra de Menezes|Adolfo Bezerra de Menezes]]
| idioma = [[Português]]
| origem = {{flagicon|Brazil}} [[Brasil]]
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| editora = [[FEB]]
| lançamento = [[1939]]
| páginas = 184
| isbn = 978-85-7328-073-9
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}} '''A Loucura sob novo prisma''', é o título do livro que se encontra na 13ª edição pela [[Federação Espírita Brasileira|FEB - Federação Espírita Brasileira]], por quem é editado desde 1920 (1939). Livro póstumo mas possivelmente escrito pelo próprio [[Bezerra de Menezes|Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti]] (1831-1900) enquanto "encarnado", ou seja no período do [[Brasil Império]] e início da [[Brasil República|República]].<ref group="primaria" name="bezerra">{{Citar livro|título = A LOUCURA SOB O NOVO PRISMA|url = https://books.google.com/books?id=onauQQAACAAJ|editora = [[Federação Espírita Brasileira]]|isbn = 9788573280739|nome = BEZERRA DE|sobrenome = MENEZES}}</ref>
 
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[[Ficheiro:Sir William Crookes and Katie King.jpg|thumb|O espírito materializado de [[Katie King]] e Sir [[William Crookes]]]]
 
Na coletânea de [[Ramiro Gama]] (1898-1981) "Lindos casos de Bezerra de Menezes" há diversas referências à interpretação e interesse do Dr. Bezerra de Menezes sobre esse tema da "doença mental".<ref group="primaria">MACHADO, Cíntia T. Bezerra de Menezes, o espírito e o espírita no além. Cadernos de Pesquisas Espíritas v.2. RJ, Ed. CELD, 2002</ref> Observe-se também, que quanto ao "Livro dos espíritos" , como se sabe, Menezes foi um dos seus divulgadores e defensores desde que tomou conhecimento dessa obra, na sua primeira tradução para língua portuguesa em 1875, pelo Dr. [[Joaquim Carlos Travassos]] (1839-1915) de quem recebeu um exemplar. Contudo ainda existem poucos estudos sobre a importância e impacto do livro do Dr. Bezerra de Menezes no modo de tratamento dos casos de distúrbio mental nos meios científicos e mesmo em [[Centro espírita|centros espíritas]]. Pouco ainda se conhece também, sobre a relação dessa obra com o desenvolvimento da psiquiatria e psicologia no Brasil enquanto objeto de estudo de sua história ou somente para confirmação (verificação de eficácia) ou contestação.{{Carece de fontes|data=abril de 2017}}
 
==Sumário e principais referências==
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Como se vê, além do livro "A loucura sob novo prisma" (publicado postumamente) e das referências à utilização da homeopatia, pouco se conhece da sua atuação e interesse na área de saúde mental. Nessa época já existiam cerca de 20 hospitais para internamento de doentes mentais em todo território nacional e o tratamento mais utilizado era a internação.<ref group="secundaria">RESENDE, Heitor. Política de Saúde Mental no Brasil: Uma visão histórica. in Tundis, Silvério A.; Costa Nilson R. Cidadania e loucura, políticas de saúde mental no Brasil. RJ, Vozes -m ABRASCO, 1987</ref> <ref group = "Nota" name = "RJ" />
 
Seus trabalhos na Câmera Municipal do Rio de Janeiro (a capital do país) revelam que o Dr Bezerra de Menezes estava atento para questões psicossociais (no modo como as compreendemos hoje). Participou da campanha [[Abolicionismo no Brasil|abolicionista]] e publicou o ensaio "A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação" (1869), onde incluía recomendações não só a libertação dos escravos, mas também a inserção e adaptação dos mesmos na sociedade por meio da educação. Nessa perspectiva destaca-se ainda no seu trabalho como deputado o projeto de lei destinado à regulamentar o trabalho doméstico, visando conceder a essa categoria, inclusive, o aviso prévio de 30 dias.
[[Ficheiro:A Escravidão no Brasil.png|thumb|200px|Capa do livreto "''A escravidão no Brasil e as medidas que convém tomar para extingui-la sem dano para a Nação''", de 1869.]]
Entre os estudos e pesquisas sobre terapêutica e medicina do Dr. Bezerra de Menezes, merece ser citado seu interesse pela [[Tratamento espiritual|medicina medianímica]] inclusive com experimentos pessoais (ou pesquisa de campo) com o ''médium receitista'' [[João Gonçalves do Nascimento]] (1844 - 1916) com parecer favorável sobre sua eficácia.<ref group="primaria">MONTEIRO, Eduardo Carvalho. Memórias de Bezerra de Menezes. SP, Madras, 2005 p.29-31</ref><ref group="primaria">SOARES, Sylvio Brito. “Vida e Obra de Bezerra de Menezes.” Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1963.</ref> Fez diversas recomendações contra a proibição dessa prática, acusada por vezes de feitiçaria, <ref group = "Nota" name = "Código Penal" /> e à demanda por estudos e verificação estatística de seus resultados, em artigos publicados na sua coluna "Espiritismo, Estudos Filosóficos" no Jornal "O Paiz" entre 1887 e 1895, da capital republicana da época (o [[Rio de Janeiro]]), onde assinava com pseudônimo de Max.<ref group="primaria">MENEZES, Adolfo Bezerra de (Max). Espiritismo, estudos filosóficos. 3 V. v.2 SP, FAE - Fraternidade Assistencial Esperança, 2001</ref>
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{{referências|Notas|grupo="Nota"|refs=
<ref group = "Nota" name ="RJ" >Ver: {{Citar livro|nome = Magali Gouveia|sobrenome = Engel|título = Os delírios da razão: médicos, loucos e hospícios (Rio de Janeiro, 1830-1930)|ano = 2001|isbn = 9788575412534|url = http://books.scielo.org/id/7htrv|doi = 10.7476/9788575412534|capítulo = A nova cara do velho hospício|acessadoem = 7 de setembro de 2015|local = Rio de Janeiro|editora = [[FIOCRUZ]]|página = 277-278|capítulourl = http://books.scielo.org/id/7htrv/pdf/engel-9788575412534-06.pdf|notas = Mas as formas de submissão alternavam-se constante e contraditoriamente com manifestações de rebeldia. R. C. S., internado no HNA durante quase três décadas com o diagnóstico de paranóia, era espírita e, por isso, atribuía as suas crises de loucura à ação dos espíritos. Fazia questão de sublinhar que detinha uma outra verdade da loucura diferente da imposta pela psiquiatria, denunciando a arbitrariedade do poder daqueles que o diagnosticaram como louco: ''Quando tive os primeiros acessos, enfim quando consenti que se me tomasse por maluco, disse-me... cedo, não aos preceitos científicos que se invocam, mas a um processo de ‘Força maior’. Alguém que pode mais do que eu resolveu fazer-me maluco; não posso resistir, é forçoso sujeitar-me.'' (apud Moura, 1923:36) No desespero da consciência da desrazão, aprisionado nos labirintos do hospício, R. C. S. equilibra-se numa corda bamba: consente e rejeita, oscilando, entre a resistência e a sujeição.}}'''
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{{Portal3|Espiritismo|Medicina|Ocultismo}}
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