Pax deorum: diferenças entre revisões

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[http://www.rivistazetesis.it/pax_deorum.html La pax deorum dall'età arcaica all'Editto di Costantino]. Por Mariapina Dragonetti. ''Zetesis'', 1993-1.</ref> é uma [[expressão latina]] que corresponde a um conceito fundamental do [[sistema jurídico]]-[[religião romana|religioso romano]]. Refere-se a uma situação de concórdia entre os homens e os deuses, equivalente a um pacto entre o divino e o humano, sendo indispensável à segurança do [[Estado]].
 
Trata-se de um conceito central para a compreensão das relações entre política e religião no interior do [[Roma Antiga|Estado romano]], por um lado, e entre a religião romana e outras religiões, de outro. A antiquidade desse conceito é atestada, seja por sua presença, já em [[Plauto]],<ref>Plauto, ''Mercator'' 678; [[Lutécio]], ''De rerum natura'' V, 1227; [[Lívio]], III 5, 14.</ref> seja por sua recorrente expressão nas fórmulas [[Direito romano#Período Arcaico|arcaicas]] de ''pax divom'' e ''pax deum'' que antecederam a forma [[Direito romano#Período clássico|clássica]] ''pax deorum''. Juntamente com sua [[antítese]], ''[[ira deorum]]'' ("ira dos deuses"), a ''pax deorum'' liga-se à ideia arcaica de que entre homens e deuses existisse uma relação insondável, razão pela qual o homem poderia incorrer, não obstante a sua boa-fé, na ira das divindades, muitas vezes apenas em razão de imprecisões na execução dos ritos (''religio''). OUm erro no ritual (''[[wikt:vitium|vitium]]'') eou a negligência nas práticas religiosas conduziriamteria àcomo consequência a desarmonia comentre os homens e a divindade, epodendo àatrair a ''ira deorum''.
 
Somente em uma condição de ''pax deorum'', os deuses, gratificados pelo respeito e pela reverência dos homens, garantiriam saúde, prosperidade e, em caso de guerra, proteção a [[Roma Antiga|Roma]] e a seus cidadãos. Qualquer ruptura dessa relação, acreditava-se, seria seguida de doenças, desventuras e derrotas.<ref name=zetesis/>