Edifício Martinelli: diferenças entre revisões

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|arquiteto= Vilmos (William) Fillinger
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'''Edifício Martinelli''' é um [[prédio]] localizado no [[Zona Central de São Paulo|Centro]] do município de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]], [[Brasil]]. Situa-se no triângulo formado pela rua São Bento, [[avenida São João]] e [[rua Líbero Badaró]], no centro da capital paulista. Devido sua altura, o local pode ser considerado um mirante, onde em suas redondezas, é possível observar pontos turísticos de São Paulo, comocom por exemplo o Vale do Anhangabaú<ref>{{Citar periódico|data=2017-04-08|titulo=Vale do Anhangabaú|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Vale_do_Anhangaba%C3%BA&oldid=48493551|idioma=pt}}</ref> e a Catedral da Sé<ref>{{Citar periódico|data=2017-03-17|titulo=Catedral Metropolitana de São Paulo|jornal=Wikipédia, a enciclopédia livre|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Catedral_Metropolitana_de_S%C3%A3o_Paulo&oldid=48289875|idioma=pt}}</ref>.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/especial/2017/descubra-sao-paulo/2017/04/1873583-copan-beco-do-batman-e-mais-pontos-turisticos-obrigatorios-para-visitar-em-sp.shtml|titulo=Copan, Beco do Batman e mais pontos turísticos 'obrigatórios' para visitar em SP - 08/04/2017 - O Melhor de sãopaulo - Folha de S.Paulo|acessodata=2017-04-14|obra=www1.folha.uol.com.br|lingua=pt-BR}}</ref> Foi o segundo [[arranha-céu]] do Brasil e da [[América Latina]], tendo sido ultrapassado pelo Edifício Joseph Gire, ou Edifício A Noite, no Rio de Janeiro, que apesar de ter iniciado sua construção apenas em 1927, foi inaugurado apenas dois anos depois, em 1929.
 
A construção do edifício começou em 1922 e foi inaugurado às pressas, ainda incompleto, em 1929, com apenas 12 andares, devido a inauguração do Edifício A Noite. A construção do edifício seguiu até 1934. O trabalho terminou quando o edifício tinha 30 andares (130 metros).

O edifício foi idealizado pelo italiano [[Giuseppe Martinelli]] e projetado pelo arquiteto [[Magiares|húngaro]] Vilmos (William) Fillinger. Com 105 metros de altura, foi entre 1934 e 1947 o maior [[arranha-céu]] do país e, durante um tempo, o mais alto da [[América Latina]].
 
O edifício foi completamente remodelado pelo prefeito [[Olavo Setúbal]] em 1975 e reformado novamente em 1979. Atualmente, o prédio abriga órgãos municipais, como a [[Empresa Municipal de Urbanização de São Paulo]] (EMURB) e a Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB-SP), além de várias lojas no piso térreo.
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=== Projeto e construção ===
[[Imagem:Building in São Paulo 06.jpg|esquerda|upright|thumb|Detalhe da fachada do edifício]]
FoiO Edifício Martinelli foi projetado pelo arquiteto húngaro Vilmos (William) Fillinger (1888-1968), da [[Academia de Belas-Artes de Viena]]. Sem apoio governamental para terminar a obra, Martinelli foi obrigado a vender uma parte do empreendimento ao "Istituto Nazionale di Credito per il Lavoro Italiano all'Estero" do Governo Italiano, motivo pelo qual o governo brasileiro tomou o prédio para si, em [[1943]].
 
Erguido com a técnica construtiva de alvenaria de tijolos e estrutura de concreto, a estrutura do andar principal é inteiramente revestida por granito vermelho róseo, tornando sua característica marcante.<ref>{{citar periódico|ultimo=CHAMANI|primeiro=MARLEI ANTONIO CARRARI|data=dezembro de 2006|titulo="Roteiro geológico pelos edifícios e monumentos históricos do centro da cidade de São Paulo."|jornal=Revista Brasileira de Geociências 36.4 (2006): 704.|acessadoem=14/04/2017}}</ref> Foi considerado o símbolo arquitetônico mais importante do momento de transição da cidade baixa, ou seja, desde seu início, foi considerado marco do processo de transmutação de uma cidade para uma metrópole, visto que em sua localidade, na época, não havia nenhum outro tipo de construção vertical.<ref>{{Citar periódico|ultimo=BARROS|primeiro=RODRIGUES, GISELLY|ultimo2=GONÇALVES|primeiro2=SCABBIA, ANDRÉ LUIZ|data=2015-11-25|titulo=A importância dos empreendimentos multifuncionais nas grandes metrópoles|url=http://repositorio.uninove.br/xmlui/handle/123456789/858|idioma=pt}}</ref>
 
Erguido com a técnica construtiva de alvenaria de tijolos e estrutura de concreto. A estrutura do andar principal é inteiramente revestida por granito vermelho róseo, tornando sua característica marcante.<ref>{{citar periódico|ultimo=CHAMANI|primeiro=MARLEI ANTONIO CARRARI|data=dezembro de 2006|titulo="Roteiro geológico pelos edifícios e monumentos históricos do centro da cidade de São Paulo."|jornal=Revista Brasileira de Geociências 36.4 (2006): 704.|acessadoem=14/04/2017}}</ref> Atualmente, considerado o símbolo arquitetônico mais importante do momento de transição da cidade baixa, ou seja, desde seu início, foi considerado marco do processo de transmutação de uma cidade para uma metrópole, visto que em sua localidade não havia nenhum tipo de construção vertical.<ref>{{Citar periódico|ultimo=BARROS|primeiro=RODRIGUES, GISELLY|ultimo2=GONÇALVES|primeiro2=SCABBIA, ANDRÉ LUIZ|data=2015-11-25|titulo=A importância dos empreendimentos multifuncionais nas grandes metrópoles|url=http://repositorio.uninove.br/xmlui/handle/123456789/858|idioma=pt}}</ref> A construção foi iniciada em [[1924]] e inaugurada efetivamente em [[1929]] com apenas 12 andares. Ainda neste mesmo ano, foi publicado um artigo que nomeava o [[Edifício A Noite]] como o maior [[arranha-céu]] do mundo. E tal questão de disputa entre ambos os edifícios demonstravam o interesse de seus empreendedores sobre o título que visava enfatizar o poder público e o poder relacionado à imagem de progresso tecnológico da cidade de São Paulo. <ref name=":0">{{citar periódico|ultimo=Zakia|primeiro=Silvia Amaral Palazzi|data=2013|titulo="Edifício Santana, o primeiro arranha-céu de Campinas."|jornal=Oculum Ensaios-ISSN 2318-0919 13 (2013).|url=http://periodicos.puc-campinas.edu.br/seer/index.php/oculum/article/view/139|acessadoem=14/04/2017}}</ref> Os trabalhos foram retomados e seguiram até 1934, finalizando a obra com 30 andares e 105 metros de altura. Ao terminar, o Martinelli ultrapassouconseguiu ultrapassar o [[Edifício A Noite]], localizado no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], o mais alto arranha-céu do Brasil e da América Latina até então, que havia sido inaugurado em 1929.<ref name="GLOBO">Rogério Daflon. ''[http://oglobo.globo.com/rio/primeiro-arranha-ceu-do-brasil-noite-passara-por-obra-4883712 Primeiro arranha-céu do Brasil, A Noite passará por obra]'' [[O Globo]], 12 de maio de 2012.</ref><ref name="FOLHA2">Ítalo Nogueira. ''[http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/74896-gigante-abandonado.shtml Gigante abandonado]''. [[Folha de S. Paulo]], 29 de outubro de 2012</ref> Em 1935, o posto de mais alto da América Latina passou a ser do [[Edifício Kavanagh]], levantado em [[Buenos Aires]], que media 120 metros de altura.<ref name="GLOBO" />
 
Em 1932, durante a [[Revolução Constitucionalista]], Martinelli abrigou em seus terraços superiores, uma [[bateria (arquitectura)|bateria]] de metralhadoras antiaéreas, para defender [[São Paulo]] do ataque dos chamados "vermelhinhos", os aviões do Governo da República, que sobrevoavam a cidade ameaçando bombardeá-la.
 
Vários partidos políticos tiveram suas sedes no Edifício Martinelli: o antigo [[Partido Republicano Paulista]] (PRP), o [[Partido Comunista Brasileiro]] (PCB) e a [[União Democrática Nacional]] (UDN). Os clubes da cidade também ocupavam as suas dependências como o Palestra Itália, hoje a [[Sociedade Esportiva Palmeiras]], a [[Associação Portuguesa de Desportos|Portuguesa de Desportos]] e o IT Clube, hoje desaparecido.
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=== Degradação e recuperação ===
[[Imagem:EdifícioMartinelli.CasadoComendador.JPG|thumb|Casa do Comendador, na cobertura do edifício]]
A partir da década de 50, o edifício entrou em uma fase de degradação extrema, ocupado por moradores de muito baixa renda, com o lixo sendo jogado nos buracos do elevador e servindo de cenário para alguns dos crimes mais famosos da época.<ref>{{citar web||url=http://www.piratininga.org/Martinelli.htm||título=Piratininga - O Edifício Martinelli||acessodata=13 de julho de 2011}}</ref>
 
Em 1975 ele foi desapropriado pela prefeitura e completamente reformado pelo Prefeito [[Olavo Setúbal]]. Reinaugurado em 1979, hoje abriga as Secretarias Municipais de Habitação e Planejamento, as empresas Emurb e Cohab-SP, a sede do Sindicato dos Bancários de SP além de diversos estabelecimentos comerciais na parte térrea do edifício.
 
No 26º andar do prédio existe um belíssimo terraço do qual se tem uma visão panorâmica da cidade, avistandopodendo-se avistar pontos como por exemplo o [[Pico do Jaraguá]], as antenas da [[Avenida Paulista|Paulista]] e os milhares de prédios que compõe a paisagem urbana da cidade. Também nesse espaço foi construída a "Casa do Comendador", réplica de uma ''villa'' italiana, onde a elite de São Paulo se reunia em suntuosas festas. Foi construída como moradia da família Martinelli para "provar" ao povo que o prédio não cairia.<ref>{{Citar web|url=http://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/edificio-martinelli|titulo=Edifício Martinelli {{!}} VEJA São Paulo|acessodata=2016-06-22|obra=VEJA São Paulo}}</ref> ÉO espaço é aberto para visitação de segunda a sábado, e agora aos domingos também, por causaconta do público da ciclofaixa.<ref>{{Citar periódico|data=2014-01-21|titulo=Edifício Martinelli {{!}} Da Redação {{!}} VEJA SÃO PAULO|url=http://vejasp.abril.com.br/estabelecimento/edificio-martinelli/|idioma=pt-BR}}</ref>
 
No ano de 2008, a cobertura do edifício passou por reformas em sua infraestrutura. Após dois anos de obras, o local foi reaberto para os visitantes que visavam apreciar a vista da cidade que o prédio proporciona.<ref>{{Citar periódico|data=2010-07-26|titulo=Cobertura do Edifício Martinelli reabre para visitação após reforma|jornal=São Paulo|url=http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2010/07/cobertura-do-edificio-martinelli-reabre-para-visitacao-apos-reforma.html|idioma=pt-BR}}</ref>