Nanga Parbat: diferenças entre revisões

{{mais fontesnotas|data=abril de 2017}}

'''Nanga Parbat''' é a nona [[montanha]] mais alta do mundo, com 8125 m de altitude, e a 14.ª mais [[Proeminência topográfica|proeminente]]. Localiza-se na zona ocidental dos [[Himalaias]], no [[Paquistão]], e mais especificamente na região da [[Caxemira]]. O seu nome significa "montanha nua" em [[língua urdu|urdu]].  Outros nomes, com os quais esta montanha é conhecida, são "Diamir" (rei das montanhas) e "killer mountain" (a montanha assassina) .<ref name=":0">{{Citar web|url=http://www.8000ers.com/cms/en/download.html?func=startdown&id=184|titulo=ALL 8000ers - ASCENTS vs FATALITIES|acessodata=2016-04-20|obra=www.8000ers.com}}</ref>. De fato é uma das montanhas mais mortíferas dos Himalaias com uma percentagem ao redor de 28% entre tentativos de acesso e acidentes mortais .<ref name=":0" />.  Até 2009 a montanha foi escalada com sucesso 326 vezes (22 foram mulheres), por enquanto 68 pessoas morreram .<ref>{{Citar web|url=http://www.8000ers.com/cms/en/nanga-parbat-general-info-197.html|titulo=Nanga Parbat|acessodata=2016-04-20|obra=www.8000ers.com}}</ref>. De seguida serão listados os casos mortais mais conhecidos:

*1895: o [[Alpinismo|alpinista]] britânico [[Albert F. Mummery]] morria, juntamente com dois [[Xerpas#Xerpas_e_Montanhismo|carregadores Sherpa]], a cerca de 6 100 m ;<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=cU_5AAAAQBAJ&printsec=frontcover&dq=Vita+di+un+esploratore+gentiluomo&hl=it&sa=X&ved=0ahUKEwjWwea0m7vSAhVJGZAKHQF5CAoQ6AEIHDAA#v=onepage&q=Vita%20di%20un%20esploratore%20gentiluomo&f=false|título=Vita di un esploratore gentiluomo|ultimo=Tenderini|primeiro=Mirella|ultimo2=Shandrick|primeiro2=Michael|data=2013|editora=Corbaccio|ano=|local=|paginas=|lingua=it|isbn=9788863807097|acessodata=}}</ref>;

*1934: uma expedição [[Alemanha|alemã]] chega aos 7 850 m, mas é surpreendida por uma [[tempestade]] que provoca a morte de 10 elementos desta expedição, incluindo seis [[Sherpas]] e o coordenador da expedição, o alemão [[Willi Merkl]] e [[Meios-irmãos|meio-irmão]] do [[médico]] [[Karl Maria Herrlighoffer]], o qual dirigiu as seguintes tentativas de alanceamento do cume .<ref>{{citar livro|titulo=Nanga Parbat 1953|ultimo=Herrligkoffer|primeiro=Karl Maria|editora=Nymphenburger Verlag|ano=1954|local=Munique|paginas=|acessodata=}}</ref>.

*1970: durante a [[escalada]] do cume pelo lado Rupal por conta dos irmãos [[Günther Messner|Günther]] e [[Reinhold Messner]], Günther morreu no final da descida pelo lado Diamir .<ref>{{Citar web|url=http://www.repubblica.it/2005/h/sezioni/cronaca/messner/audimess/audimess.html|titulo=Repubblica.it » cronaca » Reinhold e il giovane Guenther una maledizione lunga 35 anni|acessodata=2016-04-20|obra=www.repubblica.it}}</ref><ref name=":1">{{Citar web|url=http://www.semanademontanhismo.com.br/100anos/breve-historia-do-montanhismo|titulo=Breve História do Montanhismo|acessodata=2016-04-22|obra=www.semanademontanhismo.com.br}}</ref>.

*2009: o austríaco Wolfgang Koerbinger faleceu numa tentativa de ascensão .<ref>{{Citecitar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391597&idCanal=62 |titletítulo=Alpinista austríaco morre na escalada do Nanga Parbat |accessdateacessodata=10-7-2009 |authorautor =Publico.pt}}</ref>.

*2013: onze alpinistas foram assassinados pelo grupo terrorista [[Jundallah|Jundalluah]], o qual faz parte dos [[Talibã|Talibãs]] s.<ref>{{Citar web|url=http://www.extremos.com.br/noticias/130623_terroristas_matam_alpinistas_no_nanga_parbat/|titulo=Massacre no acampamento base do Nanga Parbat|acessodata=2016-04-22|obra=www.extremos.com.br}}</ref> .

A montanha foi escalada completamente pela primeira vez em [[3 de julho]] de [[1953]] pelo alpinista [[Áustria|austríaco]], [[Hermann Buhl]], e sua equipe [[Alemanha|alemã]] de [[alpinista]]s. Essa escalada representa um dos feitos mais impressionantes na história do alpinismo, porque foi a única vez, na qual a primeira acensão de um [[Montanhas com mais de oito mil metros de altitude|oito mil]] foi realizada por um alpinista só, em um assalto solitário desde o último campo até o topo .<ref>{{citar livro|titulo=È buio sul ghiacciaio|ultimo=Buhl|primeiro=Hermann|editora=Società Editrice Internazionale|ano=1962|local=|paginas=|acessodata=}}</ref>.

Em 1962 os alpinistas [[Toni Kinshofer]], [[Siegfried Löw]] e Anderl Mannhardt atingiram o cume pelo lado Diamir. Essa rota é hoje considerada como aquela [[Via normal|normal]] e conhecida também como rota Kinshofer. Se tratou também da segunda subida de um mesmo [[Montanhas com mais de oito mil metros de altitude|oito mil]] em um período no qual ainda nem todas as [[Montanhas com mais de oito mil metros de altitude|14 montanhas mais altas do mundo]] tinham sido escaladas.<ref>{{Citar web|url=https://www.himalayanclub.org/hj/25/14/the-diamir-face-of-nanga-parbat/|titulo=THE DIAMIR FACE OF NANGA PARBAT : Himalayan Journal vol.25/14|acessodata=2016-04-20|obra=www.himalayanclub.org}}</ref>.

Em 1970 os irmãos [[Günther Messner|Günther]] e [[Reinhold Messner]] atingiram o topo pelo inviolado lado Rupal, a parede vertical mais alta do mundo (ca. 4500 metros), realizando no mesmo tempo a primeira travessia daquela montanha (a segunda travessia em absoluto de um oito mil), descendo pelo lado Diamir .<ref name=":1">{{Citar web|url=http://www.semanademontanhismo.com.br/100anos/breve-historia-do-montanhismo|titulo=Breve História do Montanhismo|acessodata=2016-04-22|obra=www.semanademontanhismo.com.br}}</ref><ref>{{citar livro|titulo=La montagna nuda: Il Nanga Parbat, mio fratello, la morte e la solitudine|ultimo=Messner|primeiro=Reinhold|editora=Corbaccio|ano=2003|isbn=978-88-7972-579-8|local=|paginas=|acessodata=}}</ref>.

Em 1978 Reinhold Messner atingiu o cume em solitário, sendo esse feito também o primeiro [[solitário]] integral (desde o [[acampamento]] base até o topo) em absoluto de um oito mil. Naquela escalada ele abriu duas novas rotas pelo lado Diamir, uma na subida - a qual até hoje nunca foi repetida - e uma na descida .<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=_j46vgAACAAJ&dq=simone+moro+nanga&hl=it&sa=X&redir_esc=y|título=Nanga. Fra rispetto e pazienza, come ho corteggiato la montagna che chiamavano assassina|ultimo=Moro|primeiro=Simone|data=2016|editora=Rizzoli|ano=|local=|paginas=|lingua=it|isbn=9788817090230|acessodata=}}</ref>.

Em 2005 [[Steve House]] e [[Vince Anderson]] abriram uma [[diretíssima|via diretíssima]] na parede Rupal. Com esse feito os dois alpinistas americanos ganharam o prestigioso [[prêmio]] [[Piolet d’Or]] .<ref>{{Citar web|url=http://www.planetmountain.com/it/notizie/alpinismo/xv-piolet-dor-a-steve-house-e-vincent-anderson.html|titulo=XV Piolet d'or a Steve House e Vincent Anderson|acessodata=2016-04-20|obra=www.planetmountain.com}}</ref>.

O primeiro [[Portugal|português]] a atingir o seu cume foi [[João Garcia]], em [[10 de julho]] de [[2009]] e até hoje resulta ser o único [[Lusofonia|lusófono]] que escalou essa montanha .<ref>{{Citecitar web|url=http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1391319&idCanal=62 |titletítulo=João Garcia atinge o cume da "Montanha Assassina" no Paquistão |accessdateacessodata=10-7-2009 |authorautor =Publico.pt}}</ref>.

Em 26 de fevereiro de 2016, o [[italiano]] [[Simone Moro]], o [[País Basco|basco]] [[Alex Txicon]] e o [[paquistanês]] [[Ali Sadpara]] realizaram a [[Ascensão invernal|primeira ascensão invernal]], subindo pela rota Kinshofer.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=_j46vgAACAAJ&dq=simone+moro+nanga&hl=it&sa=X&redir_esc=y|título=Nanga. Fra rispetto e pazienza, come ho corteggiato la montagna che chiamavano assassina|ultimo=Moro|primeiro=Simone|data=2016|editora=Rizzoli|ano=|local=|paginas=|lingua=it|isbn=9788817090230|acessodata=}}</ref>. Naquela mesma expedição fez parte também a [[Tirol do Sul|sul-tirolesa]], [[Tamara Lunger]], a qual desistiu poucos metros antes do topo .<ref>{{Citar web|url=http://www.gazzetta.it/Sport-Vari/Alpinismo/26-02-2016/alpinismo-moro-sadpara-txicon-prima-invernale-nanga-parbat-140800225419.shtml|titulo=Alpinismo: Moro, Sadpara e Txicon, la prima invernale del Nanga Parbat|acessodata=2016-04-20|obra=La Gazzetta dello Sport - Tutto il rosa della vita}}</ref>.