Campos rupestres: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Zorahia (discussão | contribs)
Zorahia (discussão | contribs)
Linha 4:
|Imagem legenda = Campos rupestres - Porção Sul da [[Serra do Espinhaço]]
|Bioma = [[Cerrado]], [[Caatinga]], [[Mata Atlântica]]
|Área = 26.520km²<ref name="wwf">WWF (2012).</ref>
|Área = 26.520km²<ref name="wwf">{{citar web|título="Campos Rupestres montane savanna". In: Encyclopedia of Earth. Eds. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and the Environment). |url=http://www.eoearth.org/article/Campos_Rupestres_montane_savanna|autor=World Wildlife Fund (Lead Author);Mark McGinley (Topic Editor)|publicado=Encyclopedia of Earth|data=2012|acessodata=19 de agosto de 2012}}</ref>
|Largura =
|Comprimento =
Linha 20:
Os '''campos rupestres''' ou '''rupícolas''' constituem uma [[ecorregião]] definida pelo [[World Wildlife Fund|WWF]]. São [[ecossistema]]s encontrados sobre topos de [[serra]]s e [[chapada]]s de altitudes superiores a 900 m com afloramentos rochosos onde predominam ervas, gramíneas e arbustos, podendo ter arvoretas pouco desenvolvidas.
 
Em geral, ocorrem em mosaicos, não ocupando trechos contínuos, em áreas de transição entre o [[Cerrado]], a [[Caatinga]] e a [[Mata Atlântica]].<ref name=vasc2011>VASCONCELOS, M.F.Vasconcelos (2011. O que são campos rupestres e campos de altitude nos topos de montanha do Leste do Brasil? ''Revista Brasileira de Botânica'' 34(2): 241-246, [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042011000200012].</ref>
 
Apresentam topografia acidentada e grandes blocos de rochas com pouco solo, geralmente raso, ácido e pobre em nutrientes orgânicos. Em campos rupestres, é alta a ocorrência de espécies vegetais restritas geograficamente àquelas condições ambientais ([[endemismo|endêmicas]]), principalmente na camada herbácea-subarbustiva.
Linha 32:
[[Eugenius Warming]] (1867) foi quem pela primeira vez apresentou as vegetações de campos rupestres e [[campos de altitude|de altitude]] como uma formação à parte do Cerrado e da Mata Atlântica, denominando-os como "''höjeste med en alpinsk flora beklædte bjergtopper''", ou "topos de montanha mais elevados cobertos por uma flora alpina".<ref name=vasc2011/>
 
Rizzini (1997) rejeita a distinção entre campos rupestres e [[campos limpos]] feita por Magalhães (1966), e interpreta os campos rupestres como campos limpos, preferindo evitar o termo "rupestre", por considerar que nem todos os campos limpos são rupestres.<ref name="Rizzini 1997">Rizzini, C.T. (1997). ''Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos''. 2a edição. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural, 1997. Volume único, 747 p.</ref><ref>Magalhães, G. M. (1966). Sobre os Cerrados de Minas Gerais. ''An. Acad. brasil. Ciênc.'' 31 (Supl.): 59-69.</ref><ref name="walter2006">WALTER, B. M. T.Walter (2006). ''Fitofisionomias do bioma Cerrado: síntese terminológica e relações florísticas''. Tese de Doutorado, Universidade de Brasília, [http://www.pgecl.unb.br/images/sampledata/arquivos/teses/2000a2010/2006/Bruno%20M.T.%20Walter.pdf].</ref><sup>[p. 59-60].</supref>
 
==Ver também==
* [[Campos de altitude]]
Linha 42 ⟶ 41:
==Bibliografia==
* ATAÍDE, E. S.; CASTRO, P. T. A; & FERNANDES, G. W. Florística e caracterização de uma área de campo ferruginoso no complexo minerário alegria, serra de Antônio Pereira, Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil. ''Revista Árvore'', Viçosa-MG, v. 35, n. 6, p. 1265-1275, 2011. [http://www.scielo.br/pdf/rarv/v35n6/a13v35n6.pdf link].
* MAGALHÃES, G. M. (1966). Sobre os Cerrados de Minas Gerais. ''An. Acad. brasil. Ciênc.'' 31 (Supl.): 59-69.
* MESSIAS, M.C.T.B. ''Fatores ambientais condicionantes da diversidade florística em campos rupestres quartzíticos e ferruginosos no Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais''. Tese de doutorado. Ouro Preto, Universidade Federal de Ouro Preto, 2011. [http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2109 link].
* MOURÃO, A.; STEHMANN, J. R. Levantamento da flora do campo rupestre sobre canga hematítica couraçada remanescente na Mina do Brucutu, Barão de Cocais, Minas Gerais, Brasil. ''Rodriguésia'' 58 (4), p. 775-786, 2007.[http://rodriguesia.jbrj.gov.br/FASCICULOS/rodrig58_4/011-06.pdf link].
Linha 47:
* RIBEIRO, J.F; WALTER, B.M.T. (2007). Tipos de Vegetação do Bioma Cerrado: Vegetação campestre: Campo rupestre. ''Embrapa''. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia16/AG01/arvore/AG01_39_911200585233.html>.
* RIBEIRO, J.; WALTER, B. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S. M. e ALMEIDA, S. P. (Ed.). ''Cerrado: ambiente e flora''. Planaltina: EMBRAPA-CPAC, 1998. p.89-166.
* RIZZINI, C.T. (1997). ''Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos, sociológicos e florísticos''. 2a edição. Rio de Janeiro, Âmbito Cultural, 1997. Volume único, 747 p.
* VASCONCELOS, M.F. 2011. O que são campos rupestres e campos de altitude nos topos de montanha do Leste do Brasil? ''Revista Brasileira de Botânica'' 34(2): 241-246, [http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042011000200012].
* VASCONCELOS, V.V. 2014. Campos de Altitude, Campos Rupestres a Aplicação da Lei da Mata Atlântica. ''Bol. geogr.'', Maringá, v. 32, n. 2, p. 110-133, mai.-ago., 2014, [http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/18624].
* VIANA, P. L.; LOMBARDI, J. A. Florística e caracterização dos campos rupestres sobre canga na Serra da Calçada, Minas Gerais, Brasil. ''Rodriguésia'', Rodriguésia 58 (1), p. 159-177, 2007. [http://rodriguesia.jbrj.gov.br/FASCICULOS/rodrig58_1/012-13-06.pdf link].
* WALTER, B. M. T. (2006). ''Fitofisionomias do bioma Cerrado: síntese terminológica e relações florísticas''. Tese de Doutorado, Universidade de Brasília, [http://www.pgecl.unb.br/images/sampledata/arquivos/teses/2000a2010/2006/Bruno%20M.T.%20Walter.pdf].
|Área* = 26.520km²<ref name="wwf">{{citar web|título="Campos Rupestres montane savanna". In: Encyclopedia of Earth. Eds. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and the Environment). |url=http://www.eoearth.org/article/Campos_Rupestres_montane_savanna|autor=World Wildlife Fund (Lead Author);Mark McGinley (Topic Editor)|publicado=Encyclopedia of Earth|data=2012|acessodata=19 de agosto de 2012}}</ref>
 
{{esboço-biologia}}