John Locke: diferenças entre revisões

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Locke é considerado pelos seus críticos como sendo "o último grande filósofo que procura justificar a [[escravidão]] absoluta e perpétua"<ref>David B. Davis, ''The Problem of Slavery in the Age of Revolution, 1770-1823'' (Ithaca, NY: Cornell University Press, 1975), p. 45, ''apud'' Domenico Losurdo, ''Contra-História do Liberalismo'' (Aparecida, SP: Ideias & Letras, 2006 [editado em italiano em 2005]), p. 15.</ref>.
 
Locke sustentava a escravidão pelo contrato de servidão em proveito do vencidovencedor na guerra, no chamado "estado de guerra", no qual alguém que poderia ser morto, assume o ônus de servir em troca de viver. No, Segundo Tratado sobre Governo Civil, Locke diz:
 
{{Citação2|"Ele [o homem] não pode separar-se dela [da liberdade], exceto por aquilo que o faça perder, ao mesmo tempo, sua preservação e sua vida, pois um homem, não tendo poder sobre sua própria vida, não pode, por um tratado ou por seu próprio consentimento, escravizar-se a quem quer que seja, nem sujeitar-se ao domínio arbitrário e absoluto exercido por outra pessoa, ou mesmo dar cabo de sua vida quando tiver vontade. Ninguém pode outorgar mais poder do que a própria pessoa possui; e aquele que não pode dar fim à própria vida, não pode outorgar tal poder a qualquer outra pessoa. Em verdade, se o homem da fim à própria vida, por algum ato que clame por morte, aquele por quem ele perde a vida (no caso da pessoa tê-lo em seu poder) pode demorar a tirá-la e usá-la em serviço próprio, não o prejudicando por isso; pois, no momento em que considerar que a provação de ser escravo excede o valor de sua vida, ao resistir à vontade de seu amo, irá sentir-se atraído a ocasionar a si mesmo a morte que deseja."<ref>{{citar livro|titulo=Segundo Tratado sobre Governo Civil|ultimo=LOCKE|primeiro=John|editora=EDIPRO|ano=2014|local=São Paulo|paginas=41-42}}</ref>}}