Mavia (rainha): diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Detalhes da revolta
Linha 3:
|título =[[Rainha]] dos [[Tanuquida|tanuques]]
|imagem =
|imgw = 375–425
|legenda =
|reinado ={{dtlink|||2}}/{{dtlink|||375}}—{{dtlink|||425}}
Linha 32:
 
Não se sabe se Mavia era cristã nesta época. Alguns historiadores argumentam que foi durante suas batalhas que ela conheceu um monge [[Ascetismo (filosofia)|asceta]] que a impressionou e a converteu ao [[Igreja Ortodoxa|cristianismo ortodoxo]]. Todos concordam, porém, que nas condições que ela estabeleceu para sua trégua com [[Roma]], este mesmo monge foi indicado como bispo sobre os povos árabes<ref name=Jensen/><ref name=Bowersock/>.
 
==A revolta==
Na primavera de 378, Mavia lançou uma grande revolta contra o governo central, muitas vezes comparados com aquela levantada por [[Zenóbia]], um século antes<ref name=Bowersock/>. Suas forças, lideradas pela própria rainha, varreram a península arábica até a [[Palestina]], chegando às fronteiras do [[Egito]], derrotando os exércitos romanos diversas vezes. Como Mavia e seus tanuques tinham deixado a cidade de [[Alepo]] para usarem o deserto como base, os romanos não tinham um alvo civil a quem atacar em retribuição. Mavia tinha unidades extremamente móveis, usando táticas de guerrilha, com ataques surpresa e frustrando as tentativas romanas de acabar com a revolta<ref name=Ball/>.
Mavia e suas forças se provaram superiores às legiões romanas diversas vezes em batalha. Por um século, os povos árabes vinham lutando junto das forças do império e eram bem familiares com suas táticas, tendo derrubado facilmente o governador romando da Palestina e da Fenícia, o primeiro enviado para combater Mavia. Ela ganhou o respeito e a proteção dos povos da região, simpáticos à sua causa e toda a região estava prestes a cair sob o comando da rainha e seus guerreiros<ref name=Ball/>.
 
Um segundo exército, liderado pelo comandante do oriente em pessoa, foi enviado para encontrar as tropas de Mavia em campo. Pessoalmente liderando suas tropas, Mavia se provou não apenas uma hábil líder política, mas também uma forte estrategista. Suas forças, usando as técnicas de batalha romanas, combinadas com seus métodos tradicionais, aliados a uma pesada cavalaria de lanças longas, tiveram um efeito devastador sobre os romanos. Eles foram novamente derrotados e desta vez não tinham tropas nativas adicionais na região para auxiliá-los, como quando enfrentaram Zenóbia. O imperador Valente não teve outra escolha se não capitular e buscar uma trégua e um acordo de paz<ref name=Ball/>.
 
==Últimos anos==
Moisés foi apontado como o primeiro bispo árabes para os povos árabes e uma incipiente igreja começou a emergir no leste do império romano, atraindo muitos tanuquidas da região da [[Mesopotâmia]]. Mavia também conseguiu recobrar o status de aliado e os privilégios que os tanuquidas tinham antes do reinado do imperador [[Juliano (imperador)|Juliano]]. Com o fim das revoltas, a filha de Mavia, princesa Chasidat, casou-se com um devoto comandante niceno do exército romano, [[Vitor (mestre da cavalaria)|Flávio Vitor]], para selar a aliança. A paz, porém, durou pouco<ref name=Ball/>.