Abolhassan Bani-Sadr: diferenças entre revisões
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==Início da vida ==
Abolhassan Bani-Sadr nasceu na cidade de [[Hamedan]], em 22 de março de 1933, em uma família religiosa. Seu pai era próximo de [[Ruhollah Khomeini]].
Nos [[anos 1960]], participou no movimento estudantil de oposição ao [[Reza Pahlevi|Xá Reza Pahlevi]]. Foi preso duas vezes e ferido durante uma rebelião em 1963. Fugiu para a [[França]]. Estudou Finanças e Economia na [[Sorbonne]] e juntou-se ao grupo de resistência iraniana liderado pelo [[aiatolá]] Khomeini.
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Após a [[Revolução Iraniana]], tornou-se Vice-Ministro das Finanças em 4 de fevereiro de 1979, permanecendo no cargo até 27 de fevereiro de 1979. Após a renúncia do ministro interino das Finanças do [[Governo Provisório do Irã (1979)|Governo Provisório]], Ali Ardalan, em 27 fevereiro de 1979, Bani-Sadr foi nomeado para o cargo pelo [[primeiro-ministro do Irã|primeiro-ministro]] [[Mehdi Bazargan]]. Em 12 novembro de 1979, foi nomeado Ministro dos Negócios Estrangeiros, em substituição a [[Ebrahim Yazdi]], no governo liderado pelo [[Conselho da Revolução Islâmica]], após a renúncia do governo interino.
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Após a morte de [[Mahmoud Taleghani]], Bani-Sadr foi eleito Presidente do Conselho, permanecendo nesse cargo até ser eleito Presidente da República.
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Bani-Sadr não era um clérigo [[Islão|muçulmano]], e Khomeini insistira que os clérigos não deveriam concorrer a cargos de governo. No [[eleição presidencial do Irã de 1980|pleito de 25 de janeiro de 1980]] , Bani-Sadr foi eleito presidente, com 78,9 % dos votos, para um mandato de quatro anos, e empossado em 4 de fevereiro do mesmo ano. Khomeini, entretanto, continuava a ser o líder supremo do Irã, com o direito constitucional de demitir o presidente. As cerimônias de posse foram realizadas no hospital onde Khomeini se recuperava de uma crise cardíaca.<ref>''Facts on File 1980 Yearbook'', p. 88</ref>
Em agosto e setembro de 1980, Bani-Sadr sobreviveu a dois acidentes de [[helicóptero]], perto da fronteira iraniana com o [[Iraque]]. Em 10 de junho de 1981, durante a [[Guerra Irã-Iraque]], Bani-Sadr foi nomeado comandante-chefe das forças armadas por Khomeini.<ref name=m93>{{
=== ''Impeachment'' ===
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Ao mesmo tempo, o governo iraniano baniu todos os partidos políticos, exceto o Partido da República Islâmica. Forças governamentais prendem membros de outros partidos, como os [[Organização dos Mujahedin do Povo Iraniano]] (OMPI), [[Fedayin Khalq]], [[Tudeh]] e Paikar.
Bani-Sadr esconde-se durante uns poucos dias antes de sua remoção de [[Teerã]], protegido pelos Mujahedin do Povo (OMPI). Ele ainda tentou organizar uma aliança de facções anti-Khomeini - incluindo o OMPI, KDP e a [[Organização Fedayin (Minoria)]], evitndo porém qualquer contato com grupos favoráveis ao Xá exilado - para retomar o poder. Reuniu-se inúmeras vezes, na clandestinidade, com o líder dos Mujahedin, [[Massoud Rajavi]], para planejar uma aliança, mas após a execução, em 27 de julho, de [[Mohammadreza Saadati]], membro do OMPI, Bani-Sadr e Rajavi concluíram que não era seguro permanecer no Irã.<ref name=zabih>{{
Segundo Bani-Sadr, seu ''impeachment'' fora um [[golpe de estado]] contra a democracia no Irã. A fim de resolver as diferenças políticas no país, ele pediu um [[referendo]]. Pouco antes do referendo, Khomeini, possivelmente pressionado pelo clero, endossou o ''impeachment''.<ref>{{en}} {{
== Fuga e exílio ==
[[
Em 28 de julho de 1981, Bani-Sadr e Rajavi foram embarcados clandestinamente em um [[Boeing 707]] da Força Aérea iraniana pilotado pelo coronel Behzad Moezzi. Seguiu-se um plano de vôo de rotina, antes de fazer um desvio do espaço aéreo iraniano para o espaço aéreo [[Turquia | turco]] e, finalmente, pousar em [[Paris]].
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===Memórias ===
Em 1991, Bani-Sadr lançou uma tradução inglesa de seu livro de 1989 ''My Turn to Speak: Iran, the Revolution and Secret Deals with the U.S.'' ('Minha vez de falar: Irã, a Revolução e os acordos secretos com os Estados Unidos').<ref name="Foreign Affairs; Winter 1991/92">{{
==Eleição presidencial de 2009==
Em julho de 2009, Bani-Sadr denunciou publicamente a conduta do governo iraniano após a disputa [[eleição presidencial iraniana de 2009|eleição presidencial]]: "Khamenei ordenou a fraude nas eleições presidenciais e a repressão que se seguiu contra os manifestantes". Segundo ele, o governo estava "se segurando no poder apenas por meio de violência e do terror", e acusou os líderes de acumularem riquezas para si, em detrimento dos outros iranianos.<ref name="WT20090707" />
Em artigos publicados sobre o protestos eleitorais iranianos de 2009, Bani-Sadr atribuiu o clima político excepcionalmente aberto antes da eleição à grande necessidade do governo de provar sua legitimidade.<ref name="DW20090703">{{
Desde agosto de 2011, Bani-Sadr passou a viver em [[Versalhes, Yvelines | Versalhes]], perto de [[Paris]], em uma [[vila]] muito bem guardado pela polícia francesa.<ref name="WT20090707">{{
{{Referências}}
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{{Caixa de sucessão|
|título = [[Presidente do Irã]]
|anos = [[1980]] - [[1981]]
|antes = -
|depois = [[Mohammad-Ali Rajai]]
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