Quilombo do Ambrósio: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Revertida edição que inseriu conteúdo sem citar as fontes.
Inserido hiperligação interna da palavra "Guapé" com a página sobre o Município.
Linha 21:
c) Há claras evidências de que Gomes Freire proibiu, na correspondência oficial, qualquer referência aos ataques de 1746. Na sua ausência, seu irmão José Antonio cometeu em suas cartas, duas inconfidências: 1ª) – Em 1757 escreveu “ser preciso dar-se em o Quilombo Grande, junto ao do Ambrósio, que da outra vez foi destruído”. 2ª) Em 1758, “escreveu à Câmara de São João Del Rei comunicando o pedido de 20 canoas feito por Diogo Bueno que estava organizando uma expedição ao Campo Grande”. O uso de canoas seria inviável para atacar o Ambrósio de Ibiá. Diogo Bueno, realmente, nunca atacou o Ambrósio de Ibiá.
 
d) Em fins de 1758 ou começo de 1759, Diogo Bueno, segundo a Carta da Câmara de Tamanduá à Rainha (1793), recebeu ordens para atacar as “Relíquias do Quilombo do Ambrósio, que ia principiando a engrossar e a fazer-se temido”. Essas relíquias ficariam, segundo denuncia a antiqüíssima toponímia, em território da atual Aguanil-MG, sudeste de [[Cristais]]-MG. Não há notícias desse ataque. Mas, em 1760, Diogo Bueno usou essas mesmas 20 canoas para ir, pelo rio Grande, de Lavras até a Serra das Esperanças, também chamada de [[Serra da Boa Esperança]] região dos atuais municípios de Aguanil-MG, Cristais-MG e [[Guapé]]-MG, onde ficava realmente a Primeira Povoação dos Ambrósio.
 
e) Depois da guerra de 1759, após o ataque final ao Quilombo do Cascalho (1760), Diogo Bueno, seu primo [[Bartolomeu Bueno do Prado]] e demais capitães da tropa, se reuniram no local identificado no Mapa do Campo Grande como “Boa Vista – adonde fez a situação o capitão França”. Diogo Bueno era guarda-mor de Carrancas-MG. Seu escrivão escreveu na ata de sua guardamoria de 2 de outubro de 1760 que “saindo de Santa Anna das Lavras do Funil em vinte e sete de Agosto próximo passado, fazendo caminhos e pontes e abrindo picadas a foice, machados e enxadas em todo o sertão que se achava inabitável, sem caminho algum até abaixo das serras, e beiradas do rio Sapucaí, aonde chegamos no dia 5 de setembro; e nesta paragem chamada Boa Vista, defronte do quilombo já destruído chamado Quilombo Queimado (...)”. Constata-se que o texto da “orelha” do Mapa do Campo Grande teve como fonte esta e outras atas da Guardamoria de Carrancas, todas do final de 1760. O pesquisador Tarcísio concluiu, analisando o Mapa do Campo Grande, que a referência “Quilombo Queimado” só pode ser conotada com a Primeira Povoação do Ambrósio indicada no Mapa do Campo Grande, ao norte do Quilombo do Boa Vista, na margem direita do rio Grande.