Triple A: diferenças entre revisões

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== Criação ==
A ''Triple A'' foi organizada por [[José López Rega]] e Alberto Villar,<ref>{{((es))}}-[http://www.elmundo.es/elmundo/2006/12/20/espana/1166608365.html Un juez argentino ordena capturar al ex jefe de la 'Triple A', que vive en Valencia], ''[[El Mundo]]'', [[20 de dezembro]] de [[2006]].</ref>, delegado-chefe da polícia federal argentina. Começou a operar abertamente um mês após a morte de Peron.<ref>http://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-39010-2004-07-31.html</ref> em [[1 de julho]] de [[1974]]. O grupo contou com o apoio financeiro e logístico da Agência Central de Inteligência (CIA),<ref>http://argentina.indymedia.org/news/2004/01/166823_comment.php</ref> agiu em conjunto com a Aliança Americana Anticomunista (Colômbia), como parte da Operação Condor.<ref name="Marcelo Larraquy 2004"/>
López Rega teve um importante rol na luta contra Montoneros, a quem costumava referir-se depreciativamente como ''a infiltração marxista''. Sua intolerância levou-o a criar e apoiar financeiramente, à paramilitar [[Aliança Anticomunista Argentina]] ou ''Triple A''. A ''Triple A'' contava muitas vezes com a colaboração operativa e de inteligência militar para atentar violentamente, não apenas contra os quadros Montoneros e as juventudes políticas da Tendência Revolucionária, mas também contra qualquer cidadão suspeitoso de possuir uma ideologia de esquerda.
 
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== Vítimas ==
De acordo com um apêndice do relatório [[CONADEP]] de 1983, a AAA conseguiu executar 1.122 vítimas,<ref name="IPS">{{cite newscitar jornal| title título= Rights: Argentina Renews Hunt for 'Triple A' Death Squad | publisher publicado= IPS | date data= 2007-02-23}}</ref> incluindo artistas, intelectuais, políticos de esquerda, estudantes e historiadores, políticos peronistas e seus simpatizantes, bem como juízes, chefes de polícia e [[ativismo|ativistas sociais]].<ref name="ReferenceA">Conadep, Informe Nunca Más, Capítulo II, Título Primero: Víctimas.</ref> No total, suspeita-se que tenha executado mais de 1500 indivíduos,<ref name="Pulsar">{{((es))}}-[http://www.agenciapulsar.org/nota.php?id=9290 Justicia argentina condenó delitos de la Triple A], ''Agencia Pulsar'', 27/12/2006. Acessado em [[4 de janeiro]] de [[2007]].</ref> De acordo com o Arquivo Nacional da Memória, entre 20 de Junho de 1973, o dia do abate de Ezeiza, até o início da ditadura militar de houve entre 600 e 900 desaparecimentos e assassinatos 1500.<ref>http://www.lanacion.com.ar/875007-hubo-600-desaparecidos-antes-del-76</ref>
 
A comissão [[CONADEP]] sobre violação de [[direitos humanos]] provou que a Triple A praticou 19 homicídios em 1973, 50 em 1974 e 359 em 1975, enquanto que suspeita-se de seu envolvimento em várias outras centenas. Ameaças de morte também provocaram o exílio de muitos outros, incluindo cientistas tais como Manuel Sadosky, artistas como [[Héctor Alterio]], [[Luis Brandoni]] e [[Nacha Guevara]], e políticos como [[José Ber Gelbard]], bem como Héctor Sandler e [[Norman Brinski]].<ref name="EKAPDF">{{((es))}}-[http://www.eka-partidocarlista.com/almiron.pdf Rodolfo Almirón, de la Triple A al Montejurra], PDF</ref> Uma das estimativas mais freqüentemente citadas contabilizam 220 ataques terroristas de julho a setembro de 1974, os quais mataram 60 e feriram gravemente 44, bem como 20 seqüestros<ref>González Jansen, Ignacio (1986), ''La Triple A'', Buenos Aires, Contrapunto.</ref> O juiz federal Norberto Oyarbide, que assinou o pedido de extradição contra o ex-líder da AAA [[Rodolfo Almirón]], qualificou em dezembro de 2006 os crimes da Triple A como violações dos direitos humanos e "início do processo sistemático dirigido pelo aparelho do estado" durante a ditadura.<ref name="Pulsar">{{((es))}}-[http://www.agenciapulsar.org/nota.php?id=9290 Justicia argentina condenó delitos de la Triple A], ''Agencia Pulsar'', 27/12/2006. Acessado em [[4 de janeiro]] de [[2007]]</ref><ref name="EFE">{{((es))}}-[http://www.elmundo.es/elmundo/2006/12/29/internacional/1167399244.html Prisión para el ex policía argentino Rodolfo Almirón por su pertenencia a la Triple A], ''[[EFE]]'' — ''El Mundo'', 29 de dezembro de 2006. Acessado em [[4 de janeiro]] de [[2007]].</ref> Outras personalidades vitimadas foram [[Silvio Frondizi]], irmão do ex-presidente [[Arturo Frondizi]], o advogado de prisioneiros políticos Alfredo Curutchet e o ex-vice-governador peronista da [[Província de Córdoba (Argentina)|Província de Córdoba]], Atilio López.
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Quinze membros da AAA,incluindo [[Rodolfo Almirón]], participaram com o neofascista italiano [[Stefano Delle Chiaie]] e [[Jean Pierre Cherid]], ex-membro da [[Organisation de l'armée secrète|OAS]] e do esquadrão da morte [[Grupos Antiterroristas de Liberación|GAL]], do assassinato em [[Montejurra]], [[Espanha]], de dois [[Carlismo|carlistas]] esquerdistas en 1976.<ref name="EKAPDF"/><ref>{{((es))}}-[http://www.eka-partidocarlista.com/asesinatos.htm MONTEJURRA: LA OPERACIÓN RECONQUISTA Y EL ACTA FUNDACIONAL DE LAS TRAMAS ANTITERRORISTAS. Fuente "INTERIOR". Por Santiago Belloch]</ref>
 
O membro da Triple A [[José María Boccardo]] participou em 1978, juntamente com Jean Pierre Cherid e outros, do assassinato de [[Argala]], o ''[[ETA|etarra]]''.<ref name="Mundo">{{((es))}}-[http://www.elmundo.es/cronica/2003/427/1072098707.html "Yo maté al asesino de Carrero Blanco"], ''El Mundo'', 21 de dezembro de 2003.</ref> As investigações do juiz [[Baltasar Garzón]] demonstraram que o [[neofascismo|neofascista]] [[Itália|italiano]] [[Stefano Delle Chiaie]] também tinha trabalhado com a Triple A, trabalhou na ''[[Gladio]]'', com a [[DINA]] [[chile]]na, e com o ditador [[Bolívia|boliviano]] [[Hugo Banzer]].<ref name="Nizkor">{{((es))}}-{{cite newscitar jornal| titletítulo=Las Relaciones secretas entre Pinochet, Franco y la P2 - Conspiración para matar | publisherpublicado=Equipo Nizkor | datedata=4 de fevereiro de 1999|url=http://www.derechos.org/sorin/doc/p2.html}}</ref>
 
{{referências}}
 
== {{Ligações externas}} ==
* {{link|es|2=http://www.pais-global.com.ar/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=2241|3="El Debut del Terror: La Triple A"}}, por Pablo Mendelevich.