Projeto MKULTRA: diferenças entre revisões
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Há pesquisadores que afirmam que o programa provavelmente foi apenas interrompido ou escondido, tendo prosseguido clandestinamente. Como cobaias humanas, MKULTRA realizou testes sem consentimento em estrangeiros. As experiencias ilegais foram realizadas não apenas sem consentimento mas também, na maioria dos casos, com vítimas masoquistas que sabiam que estavam sendo utilizadas como cobaias humanas.
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3_4.html |
Church Committee report, no. 94-755, 94th Cong., 2d Sess.
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== Experiências ==
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#Ingestão ou substâncias químicas tóxicas intravenosas para criar dor ou doença, incluindo agentes quimioterápicos;
#Membros superiores e inferiores puxados ou deslocados;
#Aplicação de [[
#Experiências de quase-morte, comumente asfixia por sufocamento ou afogamento, com reanimação imediata;
#Vítimas são forçadas a realizar ou testemunhar abusos, torturas e sacrifícios de pessoas e animais, geralmente com objetos afiados;
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== Experimentos Humanos em [[Universidade Harvard|Harvard]] ==
Do outono de 1959 até a primavera de 1962 , [[Henry Murray]], Diretor da Clínica Psicológica da Harvard na Escola de Artes e Ciências, foi o responsável pelas atividades do projeto [[MKULTRA]] na Harvard
Patrocinado pela [[CIA]], o projeto ali executado usou vinte e dois estudantes como cobaias.<ref>{{
== Exposição do Projeto ==
A Pesquisa ilegal da CIA veio a público pela primeira vez em 1975, quando da realização pelo Congresso americano de investigação das atividades da CIA por uma [[Comissão Parlamentar de Inquérito|comissão de inquérito]] do [[Congresso dos Estados Unidos da América]] e por um Comitê do Senado americano. Foram os inquéritos chamados de [[Church Committee]] e [[Rockefeller Commission]] – Comitê Church e Comissão Parlamentar Rockefeller, em Português.
As investigações foram prejudicadas pelo fato de que, em [[1973]],<ref name='Cia'>{{
As investigações do Comitê e da Comissão se basearam no testemunho sob juramento de participantes diretos na atividade ilegal e em um relativamente pequeno número de documentos que restaram após a destruição de documentação ordenada por Richard Helms.<ref name=autogenerated3>{{
A CIA afirma que tais experiências foram abandonadas mas [[Victor Marchetti]], um veterano agente da CIA por 14 anos, tem atestado em várias entrevistas que a CIA jamais interrompeu suas pesquisas em controle da mente humana, tampouco o uso de drogas, mas realiza continuamente sofisticadas campanhas de desinformação seja lançando ela mesma, através dos meios de comunicação, falsas teorias e teorias de conspiração que podem ser ridicularizadas e desacreditadas, o que faz com que o foco de atenção não se volte para a CIA e suas pesquisas clandestinas ou que, caso haja qualquer aparente possibilidade de que suas pesquisas sejam expostas, qualquer revelação possa ser imediatamente desacreditada e/ou ridicularizada.
Victor Marchetti, em uma entrevista em 1977, especificamente afirmou que as declarações feitas de que a CIA teria abandonado as atividades ilegais do MKULTRA após os inquéritos, são em si mais uma maneira de encobrir os projetos secretos e clandestinos que a CIA continua a operar, sendo a próprias revelações do MK-ULTRA e subsequentes declarações de abandono do projeto seriam em si mais um artifício para deslocar a atenção de outras atividades e operações clandestinas não reveladas pelos Comites.
<ref>{{
[[Ficheiro:Mkultra-lsd-doc.jpg|thumb|right|150px|Documento do MKULTRA .]]
Em 1977, o Senador Americano [[Ted Kennedy]], disse no Senado:
<blockquote>"O Vice-Diretor da CIA revelou que mais de trinta (30) Universidades e Instituições participaram em "testes e experimentos " em um programa que incluiu a aplicação de drogas em seres humanos sem o conhecimento ou o consentimento destas pessoas, tanto americanos como estrangeiros. Muitos destes testes incluíram a administração de [[LSD]] a indivíduos em situações sociais que não tinham conhecimento de que estavam sendo drogados e posteriormente a aplicação do LSD sem o consentimento destas pessoas, elas não sabiam que estavam sob o efeito da droga. No mínimo uma morte, a de [[Frank Olson|Dr. Olson]], ocorreu como resultado destas atividades. A própria CIA diz reconhecer que tais experimentos faziam pouco sentido científico. Os agentes da CIA que monitoravam tais testes com drogas não eram sequer qualificados como cientistas especializados à observação de experiências"<ref>{{
Até o presente, a grande maioria de informação mais específica sobre o Projeto MKULTRA continua classificada como secreta.
== Ação Judicial contra a CIA ==
[[Velma Orlikow]] era uma paciente no [[Instituto Allan Memorial|Allan Memorial Institute]] em [[Montreal]] quando a [[CIA]] dos [[Estados Unidos da América]] estava conduzindo os notórios experimentos de [[
Em 1979, Orlokow contactou o escritório de advogacia de Joseph Rauh e [[Jim Turner]] após ler uma notícia publicada no Jornal [[New York Times]] sobre o envolvimento do médico [[Ewen Cameron]] do [[Instituto Allan Memorial|Memorial Hospital]] nos experimentos. O artigo publicado em 2 de Agosto de 1977, escrito por [[Nicholas Horrock]], intitulava-se "Instituições Privadas Utilizadas pela CIA em Pesquisas de Lavagem Cerebral." O artigo de Horrock se referia ao trabalho de [[John Marks]] que coletou documentos das atividades da CIA através de [[Freedom of Information Act|FOIA]] (em português - Lei da Livre Informação). O artigo foi então utilizado para mover a ação que tomou o nome de [[Orlikow, et al. v. United States case]].<ref name=autogenerated1 /> Mais vítimas canadenses se juntaram a causa e ela passou a incluir Jean-Charles Page, Robert Logie, Rita Zimmerman, Louis Weinstein, Janine Huard, Lyvia Stadler, Mary Morrow, e Florence Langleben. A CIA fez um acordo em 1988. Velma faleceu em 1990.
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=== Filmes ===
*Documentário
*Documentário "'''Escadrons de la mort, l'école française'''" de 2003 (original em francês com legendas em espanhol) . Em portugues:[[Os Esquadrões da morte: A escola francesa]]- O documentário trata da transferência das tecnicas francesas de tortura pelo Serviço secreto francês para os sistemas de tortura de outros paises, incluindo os paises latinos - da documentarista francesa [[Marie-Monique Robin]].<ref>[http://www.algeria-watch.org/fr/article/div/livres/escadrons_mort_conclusion.htm - Escadrons de la mort, l'école française - em francês] acesso 14 de maio de 2014</ref>
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