Revoluções de 1989: diferenças entre revisões

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As '''Revoluções de 1989''', '''Outono das Nações''', '''colapso do comunismo''', '''Revoluções do Leste Europeu''' ou '''queda do comunismo'''<ref>Ver os vários usos do termo [http://books.google.com/books?q=%22Autumn+of+Nations%22&btnG=Search+Books the following publications]. The term is a play on a more widely used term for 1848 revolutions, the [[Spring of Nations]].</ref> são os nomes dados a uma onda revolucionária que varreu a [[Europa Central]] e [[Europa Oriental|Oriental]] no final de [[1989]], terminando na derrubada do [[stalinismo|modelo soviético]] dos [[Estado]]s [[comunista]]s no espaço de poucos meses. Os nomes para esta série de eventos datam das [[Revoluções de 1848]], também conhecidas como "A Primavera das Nações".
 
Os eventos da revolução, sem derramamento de sangue, tiveram início na [[República Popular da Polónia|Polônia]],<ref>[[Sorin Antohi]] and [[Vladimir Tismăneanu]], "Independence Reborn and the Demons of the Velvet Revolution" in ''Between Past and Future: The Revolutions of 1989 and Their Aftermath'', Central European University Press. ISBN 963-9116-71-8. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN9639116718&id=1pl5T45FwIwC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=DCpWFx3kS95ahhNIf3omlu5E7sk p.85].</ref><ref name="lead">{{cite newscitar jornal| authorautor = Boyes, Roger | url = http://www.timesonline.co.uk/tol/news/world/world_agenda/article6430833.ece | title título= World Agenda: 20 years later, Poland can lead eastern Europe once again | date data= 2009-06-04 | work obra= [[The Times]] | accessdate acessodata= 2009-06-04}}</ref> prosseguiram na [[Hungria]] e, em seguida, levaram a uma onda de revoluções majoritariamente pacíficas na [[Alemanha Oriental]], [[Tchecoslováquia]] e [[Bulgária]]. A [[Roménia]] foi o único país do [[bloco do Leste]] que derrubou o regime comunista violentamente e executou o seu [[chefe de Estado]].<ref>[[Piotr Sztompka]], preface to ''Society in Action: the Theory of Social Becoming'', University of Chicago Press. ISBN 0-226-78815-6. [http://books.google.com/books?ie=UTF-8&vid=ISBN0226788156&id=sdSw3FgVOS4C&pg=PP16&lpg=PP16&dq=%22Autumn+of+Nations%22&sig=NZAz9ZZ4N0J7wsnpqqrHtL2iG8g p. x].</ref> Os [[Protesto na Praça da Paz Celestial em 1989|Protestos na Praça da Paz Celestial de 1989]] não conseguiram mudanças políticas na [[China]]. Na [[Eslovénia]], então parte da antiga [[Iugoslávia]], o mesmo processo teve início na Primavera de [[1988]], mas teve pouca influência sobre o desenvolvimento em outros países socialistas, com exceção de na vizinha [[Croácia]].
 
Os eventos subsequentes que continuaram em [[1990]] e [[1991]] são, por vezes, também referidos como uma parte das revoluções de 1989. A [[Albânia]] e [[Iugoslávia]] abandonaram o comunismo entre 1990 e 1991: a última, dividida em cinco estados sucessores em 1992. Eram eles: [[Eslovênia]], [[Croácia]], [[República da Macedônia]], [[Bósnia e Herzegovina]] e [[República Federal da Iugoslávia]] (incluindo [[Sérvia]] e [[Montenegro]]). A União Soviética foi [[colapso da União Soviética|dissolvida até o final de 1991]], resultando na [[Rússia]] e 14 novas nações que declararam sua independência da União Soviética: [[Armênia]], [[Azerbaijão]], [[Bielorrússia]], [[Cazaquistão]], [[Estônia]], [[Geórgia (país)|Geórgia]], [[Letônia]], [[Lituânia]], [[Moldávia]], [[Quirguistão]], [[Rússia]], [[Tajiquistão]], [[Turquemenistão]], [[Ucrânia]] e [[Uzbequistão]]. O impacto foi sentido em dezenas de países socialistas. O socialismo foi abandonado em países como a [[Kampuchea Democrático|Camboja]], [[República Democrática Popular da Etiópia|Etiópia]], e [[Revolução Democrática da Mongólia|Mongólia]]. O colapso do comunismo levaram os especialistas a declarar o fim da [[Guerra Fria]].
 
Reformas na Europa Oriental, bem como na [[República Popular da China]] e no [[Vietnã]], começaram a abraçar o [[capitalismo]]. Os acontecimentos em 1989-1991 mudaram dramaticamente o [[equilíbrio de poder]] mundial e marcaram (com o subsequente [[colapso da União Soviética]]) o fim da [[Guerra Fria]] e o início de uma nova era: a [[Nova Ordem Mundial]].
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[[Imagem:Communism expansion.png|esquerda|550px|thumb|Mapa que demonstra a expansão do comunismo desde 1917 até 1989: em vermelho mais escuro, os primeiros países que adotaram o comunismo]]
 
A [[Revolução Russa de 1917|Revolução Bolchevique]] de 1917 viu os soviéticos multiétnicos derrubarem um anteriormente Estado russo nacionalista, juntamente com sua [[Regime czarista|monarquia]]. Os Soviéticos, em seguida, disseminaram o [[socialismo]] em muitos [[País em desenvolvimento|países em desenvolvimento]]. Os [[bolchevique]]s eram compostos por [[etnia]]s de todas as entidades que compuseram a União Soviética durante as suas diferentes fases.
 
Durante o [[Período entreguerras|período entre guerras]], o comunismo expandiu-se em muitas partes do mundo (por exemplo, no [[Reino da Iugoslávia]], onde tinha crescido nas áreas urbanas ao longo da [[década de 1920]]). Isto levou a uma série de [[expurgo]]s em muitos países para sufocar o movimento.
 
Juntamente com o crescimento do comunismo em todas as entidades da Leste Europeu, a sua imagem começou a se manchar. Militantes socialistas intensificaram suas campanhas contra os seus regimes opressores recorrendo à violência (com bombardeios e assassinatos) para atingir seu objetivo: liderar grande parte da população já pró-comunista. A presença comunista sempre permaneceu no local, no entanto, mas reduziu a sua dimensão anterior.
 
Após a [[Segunda Guerra Mundial]] (1939-1945), a União Soviética tinha estabelecido uma presença em vários países. Lá, eles trouxeram, ao poder, vários partidos comunistas que eram leais a Moscou. Os soviéticos mantinham tropas no conjunto dos territórios que ocupavam. A Guerra Fria viu esses Estados, unidos pelo [[Pacto de Varsóvia]], tendo contínuas tensões com o Ocidente [[Capitalismo|capitalista]], simbolizado pela [[Organização do Tratado do Atlântico Norte]].
 
[[Imagem:China, Mao (2).jpg|direita|350px|thumb|[[Mao Tse-tung]] proclamando a fundação da [[República Popular da China]] em 1 de outubro de [[1949]] em [[Pequim]].]]
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=== Problemas nos países comunistas ===
Na República Popular da China, o [[Grande Salto para Frente]], a [[Revolução Cultural Chinesa|Revolução Cultural]], o campanha de repressão aos [[Contrarrevolução|contrarrevolucionários]] e a [[reforma agrária]] provocaram a morte de dezenas de milhões de pessoas, segundo contabilizações de alguns estudiosos do assunto.<ref name="deathtoll">{{citecitar booklivro|lastúltimo =Short|firstprimeiro =Philip|titletítulo=Mao: A Life|publisherpublicado=Owl Books|yearano=2001|url=http://books.google.com/books?id=4y6mACbLWGsC&pg=PA631|isbn=0805066381|pagepágina=631}}; [[Jung Chang|Chang, Jung]] and [[Jon Halliday|Halliday, Jon]]. ''[[Mao: The Unknown Story]].'' [[Jonathan Cape]], London, 2005. ISBN 0-224-07126-2 p. 3; [[R. J. Rummel|Rummel, R. J.]] ''[http://www.hawaii.edu/powerkills/NOTE2.HTM China’s Bloody Century: Genocide and Mass Murder Since 1900]'' [[Transaction Publishers]], 1991. ISBN 0-88738-417-X p. 205: In light of recent evidence, Rummel has increased Mao's [[democide]] toll to [http://hawaiireporter.com/story.aspx?1c1d76bb-290c-447b-82dd-e295ff0d3d59 77 million].</ref><ref name="Fenby">[[Jonathan Fenby|Fenby, Jonathan]]. ''Modern China: The Fall and Rise of a Great Power, 1850 to the Present.'' Ecco, 2008. ISBN 0-06-166116-3 p. 351"Mao seria responsável por extinguir de 40 a 70 milhões de vidas, o marcando como um assassino em massa maior do que [[Hitler]] ou [[Stalin]], sua indiferença ao sofrimento e a perda de humanos sem fôlego."</ref>
 
A imprensa no período comunista era um órgão do estado, completamente dependente e subserviente ao partido comunista. A [[mídia]] serviu como uma importante forma de controle sobre a informação e a sociedade, segundo os críticos.<ref name="oneil1">{{Harvnb|O'Neil|1997|p=1}}</ref> No entanto, os países ocidentais investiram em poderosos [[transmissor]]es que permitiram os serviços ocidentais serem ouvidos no [[Bloco do Leste]], apesar das tentativas das autoridades de congestionamento das vias. [[Samizdat]] foi uma forma fundamental de toda a atividade no [[Bloco Soviético]].
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O sistema, que requiria [[economia planificada]] em todos os níveis, acabou desmoronando sob o peso das ineficiências acumulado no âmbito econômico, com várias tentativas de reforma que acabaram acelerando as tendências de geração de crises.<ref name="hardt10">{{Harvnb|Hardt|Kaufman|1995|p=10}}</ref>
 
Na [[República Popular da Polônia|Polônia]], mais de 60% da população vivia na [[pobreza]], e a [[inflação]], medida pela [[Taxa (razão)|taxa]] do [[mercado negro]] do [[Dólar dos Estados Unidos|dólar americano]], seria de 1 500 por cento no período 1982-1987.<ref name="books.google.com">[http://books.google.com/books?id=v8SOQX-TlOAC&pg=PA120&lpg=PA120&dq=Polish+referendum+1987&source=bl&ots=2alo-9nUEj&sig=ViEWmpqmocgx-rwTRs3DKxIAngg&hl=en&ei=HJYuSo7tBIGUMtuWkYAK&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=3 In search of Poland By Arthur R. Rachwald, page 120]</ref>
 
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{{Ver artigos principais|[[República Democrática Alemã]], [[Die Wende]], [[Muro de Berlim#Queda do Muro|Queda do Muro de Berlim]], [[Reunificação da Alemanha]]}}
 
Depois de uma reforma da abertura da fronteira a partir da Hungria, um número crescente de alemães orientais começaram a emigrar para a [[Alemanha Ocidental]], através das fronteiras da Hungria com a [[Áustria]]. Até ao final de Setembro de 1989, mais de 30 000 alemães orientais tinham fugido para o Ocidente antes de o governo negar viagem para a Hungria, deixando a [[Checoslováquia]] como o único estado vizinho para onde os alemães orientais podiam viajar. Milhares de alemães orientais tentaram alcançar o Ocidente ocupando as instalações diplomáticas da Alemanha Ocidental em outras capitais do Leste Europeu, nomeadamente a Embaixada em Praga, com milhares de pessoas acampadas no jardim enlameado de agosto a novembro. O governo da Alemanha Oriental fechou a fronteira com a Checoslováquia no início de outubro, isolando-se de todos os vizinhos. Tendo sido desligado de sua última chance de escapar, os alemães orientais começaram, na segunda-feira, manifestações na Alemanha Oriental. Centenas de milhares de pessoas em várias cidades - especialmente [[Leipzig]] - eventualmente participaram.
 
Após 2 de outubro, o líder [[Erich Honecker]] do [[Partido da Unidade Socialista Alemã]] (SED) emitiu uma ordem para os militares de ''atirar e matar''.<ref name="Pritchard">{{citecitar booklivro|titletítulo=Reconstructing education: East German schools and universities after unification|authorautor =Rosalind M. O. Pritchard|pagepágina=10}}</ref> Comunistas prepararam a polícia, a milícia, [[Stasi]], e a presença de tropas. Havia rumores de um massacre nos moldes de Tiananmen.<ref>{{citecitar booklivro|titletítulo=History of Germany, 1918-2000: the divided nation|authorautor =Mary Fulbrook|pagepágina=256}}</ref>
 
Em 6 e 7 de outubro, Gorbachev visitou a Alemanha Oriental para marcar o 40º aniversário da [[República Democrática Alemã]], e pediu aos líderes da Alemanha Oriental que aceitassem a reforma. Uma famosa citação dele é traduzido em alemão como "Wer kommt zu spät, bestraft den das Leben" (''"Aqueles que chegam atrasados, podem pagar com a própria vida"''). No entanto, [[Erich Honecker]] opôs-se à reforma interna, com o seu regime até mesmo proibindo circulação de publicações soviéticas vistas como subversivas.
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[[Imagem:Josip_Broz_Tito_1971.png|thumb|esquerda|300px|[[Josip Broz Tito]], o criador do titoísmo]]
 
Paralelo ao mesmo processo, a [[República Socialista da Eslovênia|Eslovênia]] assistiu a uma política de liberalização gradual desde 1984 não muito diferente da Perestroika soviética. Isso provocou tensões entre a Liga dos Comunistas da Eslovênia, por um lado, e a parte central iugoslava e o Exército Federal do outro lado. Em meados de Maio de 1988, a União Camponesa da Eslovénia foi organizada como a primeira organização política não comunista do país.
 
Mais tarde no mesmo mês, o Exército Jugoslavo prendeu quatro jornalistas eslovenos da revista alternativa ''[[Mladina]]'', acusando-os de revelar segredos de Estado. O chamado [[Julgamento de Ljubljana]] desencadeou protestos em massa em Liubliana e outras cidades eslovenas. O Comitê para a Defesa dos Direitos Humanos foi estabelecido como a plataforma de todos os não comunistas principais movimentos políticos. No início de 1989, vários anticomunistas nos partidos políticos já estavam funcionando abertamente, desafiando a hegemonia dos comunistas eslovenos. Logo, os comunistas eslovenos, pressionados por sua própria [[sociedade civil]], entraram em conflito com a liderança comunista sérvia.
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== Reformas econômicas ==
As [[empresa]]s dos países socialistas tinham pouco ou nenhum interesse em produzir o que o cliente queria por causa da escassez vigente de bens e serviços.<ref name="aslund"/> No início de 1990, um refrão popular afirmava que "não há nenhum precedente para os que se deslocam do socialismo para o capitalismo".<ref name="Havrylyshyn"/> Somente os que tinham acima de 60 anos lembravam-se como uma [[economia de mercado]] funcionava. Não era difícil imaginar a Europa Oriental ficar pobre por décadas.<ref>{{cite newscitar jornal| titletítulo=The world after 1989: Walls in the mind | publisherpublicado=The Economist | datedata=2009-11-05 | url=http://www.economist.com/displayStory.cfm?story_id=14793753 }}</ref> Houve uma redução temporária da produção na [[Atividade econômica|economia]] formal e aumento da [[economia informal]].<ref name="aslund"/>
Os países implementaram diferentes programas de reformas, como o [[Plano Balcerowicz]] na Polônia.
 
Eventualmente, a economia oficial começou a dar sinais de crescimento.<ref name="aslund">{{citecitar web | titletítulo=The Myth of Output Collapse after Communism |autor author=Anders Aslund | datedata=2000-12-01 | url=http://www.carnegieendowment.org/publications/index.cfm?fa=view&id=611 }}</ref> Em 2004, o polonês ganhador do [[Prêmio Nobel da Paz]] e presidente [[Lech Wałęsa]] descreveu a transição do capitalismo para o comunismo como "aquecimento de um aquário com peixes" para obter a sopa de peixe. Ele disse que a reversão do comunismo para o capitalismo foi um desafio, mas "nós podemos já ver alguns peixinhos nadando no nosso aquário."<ref>[http://www.satodayscatholic.com/111204_NobelPeacePrize.aspx Nobel Peace Prize winner predicts optimism for the future under "the banner of Our Lady"]</ref>
 
Em 2007, o professor Oleh Havrylyshyn categorizou o ritmo das reformas no bloco soviético:<ref name="Havrylyshyn">{{citecitar web | titletítulo=Fifteen Years of Transformation in the Post-Communist World |autor author=Oleh Havrylyshyn | datedata=November 9, de novembro de 2007 | url=http://www.cato.org/pubs/dpa/DPA4.pdf}}</ref>
* ''[[Big Bang|Big-Bang]]'' sustentado (o mais rápido): Estônia, Letónia, Lituânia, República Checa, Polônia, Eslováquia
* Início avançado (progresso estável): Croácia, Hungria, Eslovénia
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As [[Abertura econômica da China|reformas econômicas da República Popular da China]] começaram em 1978 e ajudaram a tirar milhões de pessoas da [[pobreza]], trazendo a taxa de pobreza de 53% da população na [[Era Mao Tse-tung (1949–1976)]] a 12% em 1981. As reformas económicas de [[Deng Xiaoping]] ainda estão sendo seguidas pelo [[Partido Comunista da China]] hoje e, em 2001, a taxa de pobreza era de apenas 6% da população.<ref>[http://econ.worldbank.org/WBSITE/EXTERNAL/EXTDEC/EXTRESEARCH/0,,contentMDK:20634060~pagePK:64165401~piPK:64165026~theSitePK:469382,00.html Fighting Poverty: Findings and Lessons from China’s Success] (World Bank). Retrieved August 10, 2006.</ref> A [[Reformas econômicas no Vietnã|abertura econômica do Vietnã]] foi iniciada em 1986, seguindo o exemplo chinês.
 
As [[reformas econômicas na Índia]] foram iniciadas em 1991. O professor da [[Universidade de Harvard]], [[Richard B. Freeman]], chamou o efeito das reformas de "A Grande Duplicação". Ele calculou que o tamanho da força de trabalho global duplicou, passando de 1,46 bilhões para 2,93 bilhões de trabalhadores.<ref>[http://emlab.berkeley.edu/users/webfac/eichengreen/e183_sp07/great_doub.pdf The Great Doubling: The Challenge of the New Global Labor Market]</ref><ref name="Freeman">{{citecitar web | url=http://www.irp.wisc.edu/publications/focus/pdfs/foc261a.pdf | titletítulo=The new global labor market |autor author=Richard Freeman | publisherpublicado=University of Wisconsin–Madison Institute for Research on Poverty | datedata=2008}}</ref> Um efeito imediato foi uma redução do [[Capital (economia)|capital]]. A longo prazo, no entanto, China, Índia e o antigo bloco soviético poderão [[Poupança nacional|poupar]], [[Investimento|investir]] e contribuir para a expansão do estoque de capital no mundo.<ref name="Freeman"/> O rápido crescimento da China tem levado algumas pessoas a prever um "[[Século Chinês]]".<ref name="China set to be largest economy">{{cite newscitar jornal| title título= China set to be largest economy |datedata=2006-05-22 |publisher publicado= [[BBC News]] | url = http://news.bbc.co.uk/2/hi/business/4998020.stm}}</ref><ref>{{cite newscitar jornal| url = http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,1576831,00.html | title título= The Chinese Century | publisher publicado= [[TIME Magazine]] |datedata=2007-01-22}}</ref><ref>{{citecitar web |authorautor =Fishman, Ted C. |authorlinkautorlink = |titletítulo=The Chinese Century |url=http://www.nytimes.com/2004/07/04/magazine/04CHINA.html?ex=1246680000&en=127e32464ca6faf3&ei=5088&partner=rssnyt |datedata=4 Julyde julho de 2004 |workobra= |publisherpublicado=[[The New York Times]] |accessdateacessodata=12 Septemberde setembro de 2009}}</ref>
 
== Pós-comunismo na Rússia ==
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== Interpretações ==
Os eventos pegaram muitos de surpresa, embora previsões de colapso da União Soviética tivessem se tornado frequentes.<ref name="melt">{{citecitar newsjornal
|primeiro first=Ian
|último last=Cummins
|autor author=
| url=
| titletítulo=The Great MeltDown
| workobra=
| publisherpublicado=The Australian
| pagespáginas=
| pagepágina=
| datedata=23 Decemberde dezembro de 1995
| accessdateacessodata=
}}</ref> O livro de ''The Collapse Of State Socialism'', de [[Bartlomiej Kaminski]], argumentou que o Estado socialista tem um paradoxo letal: "as ações políticas destinadas a melhorar o desempenho apenas aceleraram a sua decomposição".<ref>[http://www.foreignaffairs.com/articles/47325/robert-legvold/the-collapse-of-state-socialism The Collapse Of State Socialism] Foreign Affairs</ref> Até o final de 1989, as revoltas se espalharam a partir de uma capital para outra, expulsando os regimes impostos sobre a Europa Oriental depois da [[Segunda Guerra Mundial]]. Mesmo o regime stalinista isolacionista em [[Albânia]] foi incapaz de conter a maré.
 
A renúncia de Gorbachev da [[Doutrina Brejnev]] foi, talvez, o principal fator que possibilitou que as revoltas populares tivessem sucesso. Depois que tornou-se evidente que o temido [[Exército Vermelho]] não iria intervir para esmagar as dissidências, os regimes do Leste Europeu ficaram vulneráveis em face de revoltas populares contra o regime de [[partido único]] e contra o poder da [[polícia secreta]]. [[Coit D. Blacker]] escreveu, em 1990, que a liderança soviética "parece ter acreditado que tudo o que a perda de autoridade da União Soviética poderia sofrer na Europa Oriental seria mais do que compensada por um aumento líquido de sua influência na Europa Ocidental."<ref name="fa90">Coit D. Blacker. "The Collapse of Soviet Power in Europe." ''Foreign Affairs.'' 1990.</ref>