Curdistão sírio: diferenças entre revisões

|língua_oficial = [[Língua curda|Curdo]]<br />[[Língua árabe|Árabe]]<br />[[Língua siríaca|Siríaco]]<ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=West Kurdistan divided into three cantons|url=http://en.firatajans.com/news/news/west-kurdistan-divided-into-three-cantons.htm|accessdateacessodata=6 Januaryde janeiro de 2014|newspaperjornal=ANF|datedata=6 Januaryde janeiro de 2014}}</ref>

O '''Curdistão Sírio''',<ref>{{citecitar web|titletítulo=Syrian Kurdistan (Rojava)|url=http://thekurdishproject.org/kurdistan-map/syrian-kurdistan/}}</ref><ref>{{citecitar web|titletítulo=The experiment of West Kurdistan (Syrian Kurdistan) has proved that people can make changes|url=http://www.anarkismo.net/article/27301}}</ref>, também conhecido como '''Curdistão Ocidental'''<ref>{{Citar web|título=The experiment of West Kurdistan (Syrian Kurdistan) has proved that people can make changes|url=http://www.anarkismo.net/article/27301}}</ref> ({{lang-ku|'''Rojavayê Kurdistanê'''}}<ref>{{citecitar web|url=http://www.avestakurd.net/hevpeyvn/barzan-xra-rojavay-kurdistan-dixwaze-h1067.html|titletítulo=Barzanî xêra rojavayê Kurdistanê dixwaze|languagelíngua=Kurdish|datedata=15 Julyde julho de 2012|website=Avesta Kurd|accessdateacessodata=13 Mayde maio de 2015}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://ku.hawarnews.com/yekineya-anti-teror-a-rojavaye-kurdistane-hate-avakirin/|titletítulo=Yekîneya Antî Teror a Rojavayê Kurdistanê hate avakirin|languagelíngua=Kurdish|datedata=7 Aprilde abril de 2015|website=Ajansa Nûçeyan a Hawar|accessdateacessodata=13 Mayde maio de 2015}}</ref> ou '''{{lang|ku|Rojava}}''' ({{IPA-all|roʒɑːˈvɑ}}, "O Oeste");<ref>{{Citar web|título=Syrian Kurdistan (Rojava) |url=http://thekurdishproject.org/kurdistan-map/syrian-kurdistan/}}</ref> {{lang-ar|کردستان السورية}} {{transl|ar|'''Kurdistān as-Sūrīyah'''}}), é uma região autônoma ''"de facto"'' situada na porção norte-nordeste da [[Síria]], organizada em três cantões autogovernados: [[Afrîn (Cantão)|Afrîn]], [[Jazira (Cantão)|Jazira]] e [[Kobanî (Cantão)|Kobanî]], além de partes da [[Shahba (Região)|Região de Shahba]].<ref name="Second conference of Shahba region">{{Citar web|url=http://cantonafrin.com/en/news/view/1658.a-delegation-from-the-democratic-administration-of-self-participate-in-the-second-conference-of-the-el--shahba-region.html|título=Delegation from the Democratic administration of Self-participate of self-participate in the first and second conference of the Shaba region|data=4 Februaryde fevereiro de 2016|publicado=|acessodata=12 Junede junho de 2016}}</ref>.

Embora não seja reconhecida oficialmente pelo governo sírio, é uma [[república autônoma]] ''[[de facto]]'' desde julho de [[2012]], no contexto da [[Guerra Civil Síria]], sendo, desde então, controlada por [[milícia]]s locais que adotam um sistema de [[autogoverno|autonomia]] baseado nos princípios do [[Confederalismo Democrático]] como [[democracia direta]], [[Igualdade de género|igualdade de gênero]] e [[sustentabilidade]] .<ref name="utopia">{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2015/11/29/magazine/a-dream-of-utopia-in-hell.html|título=A Dream of Secular Utopia in ISIS' Backyard|obra=New York Times|data=2015-11-24|acessodata=2016-05-20}}</ref><ref name="Jongerden">{{Citar web|url=http://www.ekurd.net/mismas/articles/misc2012/12/turkey4358b.pdf|formato=PDF|título=Rethinking Politics and Democracy in the Middle East|último=Jongerden|primeiro=Joost|data=5-65–6 de dezembro Decemberde 2012|acessodata=9 Octoberde outubro de 2016}}</ref><ref name="civiroglu2">{{citecitar newsjornal|url=http://civiroglu.net/the-constitution-of-the-rojava-cantons|titletítulo=The Constitution of the Rojava Cantons|accessdateacessodata=14 Mayde maio de 2015}}</ref><ref name="jolie">{{Citar web|url=http://www.bbc.com/news/world-middle-east-37337908|título=Kurdish 'Angelina Jolie' devalued by media hype|obra=BBC|data=2016-09-12|acessodata=2016-09-12}}</ref>

No dia 17 de março de 2016, sua administração ''de facto'' proclamou a fundação de um sistema federalista de governo, a '''Federação do Norte da Síria''' [[Conflito no Curdistão sírio (2012–presente)|–]] '''Rojava''' ([[Curmânji]]: ''Federasyona Bakurê Sûriyê – Rojava'', [[Língua árabe|Árabe]]: منطقة الإدارة الكردية في شمال سوريا‎‎, abreviada como '''FNS''').<ref>{{citar web|url=http://www.yeniozgurpolitika.org/index.php?rupel=nivis&id=10207|titulo=Federasyona Bakurê Sûriyê-Rojava|data=14 de Março de 2016|acessodata=12 de Novembro de 2016|ultimo=HISÊN|primeiro=Henîfe}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.aljazeera.com/news/2016/03/syria-civil-war-kurds-declare-federal-system-north-160317111902534.html|titulo=Syria civil war: Kurds declare federal region in north|data=17 de Março de 2016|acessodata=12 de Novembro de 2016|publicado=Aljazeera}}</ref><ref>{{Citecitar newsjornal|url=http://www.wsj.com/articles/kurds-declare-federal-region-in-syria-says-official-1458216404|titletítulo=Kurds Declare ‘Federal Region’ in Syria, Says Official|lastúltimo =Bradley|firstprimeiro =Matt|last2último2 =Albayrak|first2primeiro2 =Ayla|newspaperjornal=Wall Street Journal|issn=0099-9660|last3último3 =Ballout|first3primeiro3 =Dana|access-dateacessodata=2016-03-18}}</ref> Apesar de manter algumas relações internacionais, a FNS não é oficialmente reconhecida como autônoma pelo governo da Síria ou por nenhum estado nacional ou organização. As lideranças da FNS consideram sua constituição como um modelo para uma Síria federalista como um todo.<ref name="MiddleEastEye">{{citecitar web|url=http://www.middleeasteye.net/news/analysis-kurds-syria-rojava-1925945786|titletítulo=ANALYSIS: 'This is a new Syria, not a new Kurdistan'|publisherpublicado=MiddleEastEye|datedata=2016-03-21|accessdateacessodata=2016-05-25}}</ref>

No enredo nacionalista curdo, Rojava é uma das quatro partes de um [[Curdistão|Grande Curdistão]].<ref>''Kurdish Awakening: Nation Building in a Fragmented Homeland'', (2014), by Ofra Bengio, University of Texas Press</ref>. Entretanto, Rojava é essencialmente e programaticamente multiétnica.<ref name="qamishli">{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/07/syrian-kurds-declare-qamishli-capital-new-federal-system/|titletítulo=Syrian Kurds declare Qamishli as capital for the new federal system|workobra=ARA news|datedata=2016-07-05|accessdateacessodata=2016-07-05}}</ref><ref name="SmallKey">{{citecitar web|titletítulo=A Small Key Can Open A Large Door|url=http://www.tangledwilderness.org/a-mountain-river-has-many-bends/|publisherpublicado=Combustion Books|accessdateacessodata=23 Mayde maio de 2015}}</ref>. Os cantões de Rojava abrigam numerosas populações [[Curdos|curdas]], [[árabes]], [[Assírios|assírias]] e [[Turcomenos|turcomenas]], além de comunidades menores de [[armênios]] e [[circassianos]]. Essa diversidade se reflete na constituição, sociedade e política de Rojava.

Suas principais cidades são [[Kobanî]], [[Afrîn]], [[Al Hasakah]] e [[Al-Qamishli]]. Em 2016, a cidade de [[Manbij]] passou ao controle curdo.<ref>[https://br.sputniknews.com/mundo/20160831/6200923/curdos-nao-entregam-controle-tuquia.html Curdos rechaçam entregar o controle de Manbij] Sputnik. Pesquisa em 20 de setembro de 2016</ref>.

Rojava localiza-se a oeste do rio Tigre ao longo da fronteira turca. Existem três cantões: [[Afrîn (Cantão)|Afrîn]], [[Jazira (Cantão)|Jazira]], [[Kobanî (Cantão)|Kobanî]] e a [[Shahba (Região)|Região de Shahba]].<ref name="Second conference of Shahba region2">{{citecitar web|url=http://cantonafrin.com/en/news/view/1658.a-delegation-from-the-democratic-administration-of-self-participate-in-the-second-conference-of-the-el--shahba-region.html|titletítulo=Delegation from the Democratic administration of Self-participate of self-participate in the first and second conference of the Shaba region|datedata=4 Februaryde fevereiro de 2016|publisherpublicado=|accessdateacessodata=12 Junede junho de 2016}}</ref> O Cantão de Jazia faz fronteira com o Curdistão iraquiano ao sudeste. Outras fronteiras estão sob disputa na [[Guerra Civil Síria]]. Todos os cantões estão aproximadamente à latitude de 36º30'N, sendo os mesmos relativamente planos, exceto pelas Montanhas Curdas no [[Afrîn (Cantão)|Cantão de Afrîn]].

Em relação às províncias do estado sírio, Rojava é formada pela maior parte do território da [[Al-Hasakah (província)|província de Al-Hasakah]], pelas partes setentrionais da [[Raca (província)|província de Al-Raqqah]] e por partes setentrionais da [[Alepo (província)|província de Aleppo]].

<ref>[http://www.state.gov/r/pa/ei/bgn/3580.htm Background Note: Syria] U.S. Department of State</ref> A maioria deles são [[muçulmanos]] [[sunitas]]; também há [[Yazidi]] na Síria.<ref name=Tejel>{{citecitar booklivro|lastúltimo =Jordi Tejel|firstprimeiro =Traduzido do Francês por Emily Welle|titletítulo=Syria's kurds history, politics and society|yearano=2009|publisherpublicado=Routledge|locationlocal=London|isbn=0-203-89211-9|pagespáginas=8|editionedição=1. publ.|coauthorscoautor=Welle, Jane}}</ref>. Um número muito pequeno deles são [[cristãos]] e [[Alauitas]]. Eles enfrentam discriminação e perseguição rotineira por parte do governo sírio.<ref name=HRW112609>{{Citar web|título=Syria: End Persecution of Kurds|url=http://www.hrw.org/news/2009/11/26/syria-end-persecution-kurds|publicado=Human Rights Watch|acessodata=4 Octoberde outubro de 2011}}</ref><ref name=GUARD>Ian Black. [http://www.guardian.co.uk/world/2010/jul/16/syrian-human-rights-unchanged-assad Syrian human rights record unchanged under Assad, report says], The Guardian, 16 July 2010.</ref>. Muitos curdos buscam autonomia política para as áreas habitadas por eles na Síria, semelhante ao [[Curdistão iraquiano]], ou a independência total.

Rojava engloba uma região conhecida como o [[Crescente Fértil]], possuindo sítios arqueológicos que datam do [[Neolítico]] (como [[Tell Halaf]]). Na [[Idade Antiga|Antiguidade]] esse território fazia parte do [[Mitani|reino Mitani]], sendo seu centro o vale do rio Khabur, que atualmente corresponde ao [[Jazira (cantão)|Cantão de Jazira]]. Após, fez parte da [[Assíria]] por um longo período de tempo. Os últimos registros remanescentes do Império Assírio, compreendidos de 604 a.C. a 599 a.C., foram encontrados dentre e nos arredores da cidade assíria de [[Dūr-Katlimmu]], no atual Cantão de Jazira.<ref>Assyria 1995: Proceedings of the 10th Anniversary Symposium of the Neo-Assyrian Text Corpus Project / Helsinki, September 7–11, 1995.</ref>. Posteriormente, a região foi governada pelos [[Império Aquemênida|Aquêmidas]], [[Período helenístico|Helênicos]], [[Dinastia arsácida da Arménia|Arsácidas]],<ref>{{citecitar booklivro|last1último1 =Crook|first1primeiro1 =et al.|titletítulo=The Cambridge Ancient History Volume 9: The Last Age of the Roman Republic, 146–43 BC|datedata=1985|publisherpublicado=Cambridge University Press|locationlocal=Cambridge|isbn=978-1139054379|pagepágina=603}}</ref> [[Império Romano|Romanos]], [[Império Parta|Partas]],<ref>{{citecitar booklivro|last1último1 =Andrea,|first1primeiro1 =Alfred J.|last2último2 =Overfield|first2primeiro2 =James H.|titletítulo=The Human Record: Sources of Global History, Volume I: To 1500|datedata=2015|publisherpublicado=Cengage Learning|isbn=978-1305537460|pagepágina=133|editionedição=8}}</ref> [[Império Sassânida|Sassânidas]],<ref>{{citecitar booklivro|last1último1 =Daryaee|first1primeiro1 =Touraj|authorlink1=Touraj Daryaee|titletítulo=Sasanian Persia: The Rise and Fall of an Empire|datedata=2014|publisherpublicado=I.B.Tauris|isbn=978-0857716668|pagepágina=33}}</ref> Bizantinos e sucessivos califados árabes.

Durante o [[Império Otomano]] (1516 – 1922), grandes grupos tribais falantes da [[língua curda]] instalaram-se e foram deportados a áreas do norte da Síria vindos da [[Anatólia|Ásia Menor]].

A demografia do norte da Síria sofreu uma enorme mudança no começo do século XX quando o [[Império Otomano]] promoveu uma [[limpeza étnica]] de suas populações [[Armênios|Armênias]] e de cristãos [[Assírios]], tendo algumas tribos curdas participado das atrocidades cometidas contra esses grupos. <ref>{{citecitar booklivro|lastúltimo =Hovannisian|firstprimeiro =Richard G.|yearano=2007|titletítulo=The Armenian Genocide: Cultural and Ethical Legacies|url=https://books.google.com/books?id=K3monyE4CVQC&pg=PA271&dq=assyrian+genocide+by+kurds+in+syria&hl=en&sa=X&ei=BS1kVLqiGcOsyATv34DoCA&ved=0CCgQ6AEwAg#v=onepage&q=Amuda&f=false|accessdateacessodata=11 Novemberde novembro de 2014|deadurl=yes|archiveurlarquivourl=|archivedatearquivodata=1 Januaryde janeiro de 1970}}</ref><ref name="Joan A. Argenter, R. McKenna Brown 2004 199">{{citecitar booklivro|url=https://books.google.com/books?id=UM3BMtn6TmcC&pg=PA199|titletítulo=On the Margins of Nations: Endangered Languages and Linguistic Rights|authorautor =Joan A. Argenter, R. McKenna Brown|pagepágina=199|yearano=2004}}</ref><ref>Lazar, David William, not dated [http://www.americanmesopotamian.org/uploads/66603/A_brief_history_of_the_plight_of_the_Christian_Assyrians_in_modern_day_Iraq.pdf A brief history of the plight of the Christian Assyrians* in modern-day Iraq]. American Mespopotamian.</ref> Muitos assírios fugiram para a Síria durante o genocídio e se estabeleceram principalmente na área de Jazira. <ref name="R. S. Stafford 2006 25">{{citecitar booklivro|url=https://books.google.nl/books?id=LSzuzsRh37gC&pg=PA25|titletítulo=The Tragedy of the Assyrians|authorautor =R. S. Stafford|pagepágina=24|yearano=2006}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.meforum.org/17/syria-and-iraq-repression|titletítulo=Ray J. Mouawad, Syria and Iraq – Repression Disappearing Christians of the Middle East|publisherpublicado=Middle East Forum|datedata=2001|accessdateacessodata=20 Marchde março de 2015}}</ref><ref>{{citecitar booklivro|url=https://books.google.nl/books?id=n4kTdYgwQPkC&pg=PA162|titletítulo=Islam and Dhimmitude: Where Civilizations Collide|authorautor =Bat Yeʼor|pagepágina=162|yearano=2002}}</ref> A partir de 1926, a região viu uma enorme onda de imigrantes curdos decorrente do fracasso da [[Rebelião do Xeque Said]] contra as autoridades turcas.<ref>Abu Fakhr, Saqr, 2013. [[As-Safir]] daily Newspaper, Beirut. [http://assafir.com/Article/331189#.UrbZIuK_guh in Arabic] [http://araborthodoxy.blogspot.ca/2013/12/as-safir-on-history-of-persecution-of.html Christian Decline in the Middle East: A Historical View]</ref> Enquanto muitos dos curdos habitam a Síria há séculos, ondas de curdos fugiram de suas casas na Turquia e instalaram-se na Síria, onde a eles foi garantido o acesso à nacionalidade pelo Mandato Francês da Síria. Nas décadas de 30 e 40 do século passado a região presenciou diversos movimentos por autonomia que falharam.

A região multiétnica de Rojava sob o domínio sírio sofreu com persistentes políticas do [[nacionalismo árabe]] e tentativas de [[arabização]] forçada, as quais foram mais brutalmente dirigidas contra a população da etnia curda. A região recebeu poucos investimentos ou desenvolvimento do governo central. Foram elaboradas leis que discriminavam o acesso dos curdos à posse de propriedades e muitos não possuíam cidadania. Propriedades eram constantemente confiscadas por agiotas governamentais. O ensino da [[língua curda]] foi proibido e não era permitido nas escolas, comprometendo a educação de estudantes curdos. Nos hospitais faltavam equipamentos para procedimentos avançados e consequentemente os pacientes tinham que ser transferidos para fora de Rojava. Numerosos nomes de locais, antes eram conhecidos em língua curda, foram arabizados nas décadas de 60 e 70.<ref name="econ minister">{{citecitar web|url=https://rojavareport.wordpress.com/2014/12/22/efrin-economy-minister-rojava-challenging-norms-of-class-gender-and-power/|titletítulo=Efrîn Economy Minister: Rojava Challenging Norms Of Class, Gender And Power}}</ref> Em seu relatório para a 12ª sessão do [[Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas]] denominado ''Perseguição e Discriminação contra Cidadãos Curdos na Síria'', o [[Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos]] sustentou que "Sucessivos governos sírios continuaram a adotar uma política de discriminação étnica e perseguição nacional contra os curdos, privando-os completamente de seus direitos nacionais, democráticos e humanos – uma parte integral da existência humana. O governo impôs programas de base étnica, regulações e medidas excludentes em vários aspectos da vida curda – políticos, econômicos, sociais e culturais." <ref name="OHCHR-2009">{{citecitar web|titletítulo=Persecution and Discrimination against Kurdish Citizens in Syria, Report for the 12th session of the UN Human Rights Council|url=http://lib.ohchr.org/HRBodies/UPR/Documents/session12/SY/KIS-KurdsinSyria-eng.pdf|website=Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights|datedata=2009}}</ref>

Em diversas ocasiões o governo sírio arbitrariamente privou indivíduos de etnia curda do acesso à cidadania. O maior desses incidentes foi uma consequência de um censo de 1962, o qual foi posto em prática visando exatamente esse propósito. 120.000 pessoas de etnia curda vieram sua cidadania ser retirada arbitrariamente, tornando-se [[Apátrida|apátridasapátrida]]s. <ref name="HRW-1996">{{citecitar web|titletítulo=SYRIA: The Silenced Kurds; Vol. 8, No. 4(E)|url=http://www.hrw.org/reports/1996/Syria.htm|website=Human Rights Watch|datedata=1996}}</ref><ref name="Tejel2">{{citecitar booklivro|firstprimeiro =Jordi|lastúltimo =Tejel|url=http://www.kurdipedia.org/books/74488.pdf|formatformato=PDF|titletítulo=Syria's kurds history, politics and society|yearano=2009|publisherpublicado=Routledge|locationlocal=London|isbn=0-203-89211-9|pagespáginas=X-X|editionedição=1. publ.|author2autor2 =Welle, Jane}}</ref> Enquanto outras minorias étnicas na Síria como os [[armênios]], [[circassianos]] e [[assírios]] receberam permissão para abrir escolas particulares para a educação de seus filhos aos curdos essa concessão foi negada. <ref name="HRW-1996" /><ref name="CSmonitor-2005">{{citecitar web|titletítulo=A murder stirs Kurds in Syria|url=http://www.csmonitor.com/2005/0616/p01s03-wome.html|website=The Christian Science Monitor}}</ref> O status de apátrida era passado aos filhos cujo pai era "apátrida".<ref name="HRW-1996" /> Em 2010, a [[Human Rights Watch]] (HRW) estimou de que o número de cidadãos curdos "apátridas" na Síria era em torno de 300.000.<ref name="HRW-2010">{{citecitar web|titletítulo=HRW World Report 2010|url=http://www.hrw.org/world-report-2010|website=Human Rights Watch|datedata=2010}}</ref>

[[FileImagem:Rojava february2014.png|thumb|250px|Rojava, 2014]]

[[FileImagem:Rojava february 2014.png|250px|thumb|Rojava, 2014]]

[[FileImagem:Rojava june 2015.png|250px|thumb|Rojava, 2015]]

[[FileImagem:Northern Syria - Rojava october 2016.png|250px|thumb|Rojava, 2016]]

Nas primeiras fases da [[Guerra Civil Síria]], forças do governo sírio retiraram-se de três [[Enclave|enclavesenclave]]s curdos, deixando o controle nas mãos das milícias locais em 2012. Partidos políticos curdos que existiam clandestinamente, como o [[Partido de União Democrática|Partido da União Democrática]] (em língua curda: PYD) e o [[Conselho Nacional Curdo]] (em língua curda: ENKS), uniram-se para formar o [[Comitê Supremo Curdo]] (em língua curda: DBK) e estabeleceram as [[Unidades de Proteção Popular]] (em língua curda: YPG), milicia que defende as áreas habitadas por curdos no norte da Síria. Em julho de 2012 as YPG assumiram o controle das cidades de [[Kobanî]], [[Amuda]] e [[Afrin (Cantão)|Afrin]], tendo o [[Comitê Supremo Curdo]] estabelecido um conselho de liderança associada para administrar as cidades. Logo após as cidades de [[Al-Malikiyah]], [[Ras al-Ain|Ras al-Ayn]], [[al-Darbasiyah]], e [[al-Muabbada]] também passaram ao controle das [[Unidades de Proteção Popular]], assim como partes de [[Al Hasakah|al-Hasakah]] e [[Al-Qamishli|Qamishli]].<ref name="casualties">{{citecitar newsjornal|titletítulo=Armed Kurds Surround Syrian Security Forces in Qamishli|url=http://www.rudaw.net/english/news/syria/4984.html|accessdateacessodata=27 Julyde julho de 2012|newspaperjornal=Rudaw|datedata=22 Julyde julho de 2012}}</ref><ref name="girkelege">{{citecitar newsjornal|titletítulo=Girke Lege Becomes Sixth Kurdish City Liberated in Syria|url=http://www.rudaw.net/english/news/syria/4992.html|accessdateacessodata=27 Julyde julho de 2012|newspaperjornal=Rudaw|datedata=24 Julyde julho de 2012}}</ref>

Em Dezembro de 2015, o [[Conselho Democrático Sírio]] foi criado. Em Janeiro/Fevereiro de 2016 a região de Shahba foi fundada e instituições administrativas foram estabelecidas como o quarto cantão. Em 17 de Março de 2016, em uma conferência organizada pelo Movimento para uma Sociedade Democrática (TEV-DEM) em Rmeilan, representantes Turcomenos Sírios, Árabes, Cristãos e Curdos declararam o estabelecimento da Federação do Norte Sírio nas áreas por eles controladas ao Norte da Síria.<ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Syria’s Kurds declare de-facto federal region in north|url=http://www.breitbart.com/news/syrias-kurds-declare-de-facto-federal-region-in-north/|accessdateacessodata=20 Marchde março de 2016|agencyagência=Associated Press|datedata=17 Marchde março de 2016}}</ref>. A declaração foi prontamente repudiada na ocasião pelo governo sírio e pela [[Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias]]. <ref name="AlJazeeraFederal">{{citecitar web|url=http://www.aljazeera.com/news/2016/03/syria-civil-war-kurds-declare-federal-system-north-160317111902534.html|titletítulo=Syria civil war: Kurds declare federal region in north|languagelíngua=English|datedata=17 Marchde março de 2016|website=Aljazeera}}</ref>

O sistema político de Rojava é baseado em sua [[constituição]] denominada por "[[Constituição de Rojava|Carta do Contrato Social]]". <ref name="utopia2">{{citecitar web|url=http://www.nytimes.com/2015/11/29/magazine/a-dream-of-utopia-in-hell.html|titletítulo=A Dream of Secular Utopia in ISIS' Backyard|workobra=New York Times|datedata=2015-11-24|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref><ref name="charter">{{citecitar web|url=https://peaceinkurdistancampaign.com/charter-of-the-social-contract/|titletítulo=2014 Charter of the Social Contract of Rojava|publisherpublicado=Peace in Kurdistan|datedata=2014-01-29|accessdateacessodata=2016-06-18}}</ref> A constituição foi ratificada em 9 de Janeiro de 2014, estabelecendo que todos os residentes de Rojava devem gozar dos direitos fundamentais de [[Igualdade de género|igualdade de gênero]] e [[liberdade religiosa]]. <ref name="utopia2" /> Ela também estabelece o [[Direito de propriedade]].<ref name="Glioti">Andrea Glioti, [http://www.aljazeera.com/indepth/opinion/2016/08/rojava-libertarian-myth-scrutiny-160804083743648.html Rojava: A libertarian myth under scrutiny], Al-Jazeera (August 6, 2016).</ref>

Rojava se divide em administrações regionais em três cantões [[Jazira (Cantão)|Jazira]], [[Kobanî (Cantão)|Kobani]], and [[Afrîn (cantão)|Afrîn]].<ref name="utopia3">{{citecitar web|url=http://www.nytimes.com/2015/11/29/magazine/a-dream-of-utopia-in-hell.html|titletítulo=A Dream of Secular Utopia in ISIS' Backyard|workobra=New York Times|datedata=2015-11-24|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref> O modelo de governança de Rojava tem ênfase na gestão local, com comitês eleitos democraticamente para tomar decisões. O poliétnico [[Movimento por uma Sociedade Democrática|Movimento por uma Sociedade Democrática (TEV-DEM)]], liderado pelo [[Partido de União Democrática|Partido de União Democrática (PYD)]], é a coalizão política que administra Rojava. Ela sucedeu um breve período de transição a partir de 2012, quando o [[Comitê Supremo Curdo]], estabelecido pelo [[PYD]] e o [[Conselho Nacional Curdo (ENKS)]], como órgão administrativo.<ref>{{citecitar web|url=http://www.mesop.de/2012/07/27/kurdish-supreme-committee-in-syria-holds-first-meeting/|titletítulo=Kurdish Supreme Committee in Syria Holds First Meeting|publisherpublicado=Rudaw|datedata=27 Julyde julho de 2012|accessdateacessodata=6 Januaryde janeiro de 2014}}</ref><ref name="Rudaw">{{citecitar web|url=http://www.ekurd.net/mismas/articles/misc2012/7/syriakurd563.htm|titletítulo=Now Kurds are in charge of their fate: Syrian Kurdish official|publisherpublicado=Rudaw|datedata=29 Julyde julho de 2012|accessdateacessodata=6 Januaryde janeiro de 2014}}</ref> De acordo com Zaher Baher, do Grupo de Solidariedade Haringey, o TEV-DEM foi o "órgão mais bem-sucedido" em Rojava porque teve a "determinação e força" para mudar as coisas, tendo incluído muitas pessoas que "acreditam no [[trabalho voluntário]] em todos os níveis de trabalho para tornar esse evento/experiência um sucesso". <ref name="Anarkismo">{{citecitar web|url=http://www.anarkismo.net/article/27301|titletítulo=The experiment of West Kurdistan (Syrian Kurdistan) has proved that people can make changes|publisherpublicado=Anarkismo.net|accessdateacessodata=21 Octoberde outubro de 2014}}</ref>

Em março de 2016, [[Hediya Yousef]] e [[Mansur Selum]] foram eleitos como co-dirigentes do comitê executivo para a organização de uma [[constituição]] para a região, visando substituir a constituição de 2014. Yousef disse que a decisão de estabelecer um governo federal era em grande parte devido à expansão de territórios capturados do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]]: "Agora, após a libertação de muitas áreas, é necessário irmos em direção a um sistema mais amplo e compreensivo que possa abarcar todos os avanços na região, isso também irá fornecer aos grupos direitos para representarem-se e formarem suas próprias administrações."<ref>{{citecitar web|url=http://www.reuters.com/article/us-mideast-crisis-syria-federalism-idUSKCN0X90M9|titletítulo=Syrian Kurds in six-month countdown to federalism|datedata=2016-04-12|accessdateacessodata=2016-06-19}}</ref> Em julho de 2016, um esboço para a nova constituição foi apresentado, assumindo os princípios gerais [[Progressismo|progressistas]] e [[Confederalismo Democrático|democrático-confederalistas]] da constituição de 2014, mencionando todos os grupos étnicos vivendo em Rojava e endereçando a eles seus direitos culturais, políticos e linguísticos.<ref name="qamishli2">{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/07/syrian-kurds-declare-qamishli-capital-new-federal-system/|titletítulo=Syrian Kurds declare Qamishli as capital for the new federal system|workobra=ARA news|datedata=2016-07-05|accessdateacessodata=2016-07-05}}</ref><ref name="new-constitution">{{citecitar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2016/07/north-syria-rojava-kurdish-federation-constitution.html|titletítulo=After approving constitution, what's next for Syria's Kurds?|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=2016-07-22|accessdateacessodata=2016-07-22}}</ref> A única ala política dentro de Rojava que se opôs fundamentalmente foi a dos curdos nacionalistas, em particular o ENKS, que quer trilhar um rumo em direção a um [[estado-nação]] pan-curdo ao invés de estabelecer uma federação multiétnica como parte da Síria. <ref>{{citecitar web|url=http://english.enabbaladi.net/archives/2016/07/kurds-arabs-assyrians-talk-enab-baladi-federal-constitution-syria/|titletítulo=Kurds, Arabs and Assyrians talk to Enab Baladi about the "Federal Constitution" in Syria|datedata=2016-07-26|accessdateacessodata=2016-07-26}}</ref>

Eleições locais ocorreram em março de 2015. Entretanto, o sistema de governo comunitário de Rojava é focado na [[democracia direta]]. O sistema tem sido descrito como uma busca por um governo "ascendente, num modelo de gestão democrática baseada no [[Democracia ateniense|sistema ateniense]]". Contrasta-se esse modelo que delega às comunidades locais responsabilidades de governo ao sistema de um governo central forte, preferido por muitos países. Naquele modelo, os estados tornam-se menos relevantes e o povo governa através de conselhos.<ref>{{citecitar web|url=http://rudaw.net/english/opinion/29012015|titletítulo=A Very Different Ideology in the Middle East|publisherpublicado=Rudaw}}</ref> Esse programa tinha o objetivo imediato de ser "muito abrangente" e uma gama de pessoas de diversos contextos se involveram como os [[curdos]], [[árabes]], [[assírios]], [[Turcomenos|turcomenos sírios]] e [[Yazidi|iazidis]] (vindos de grupos religiosos [[Islão|islâmicos]], [[Cristianismo|cristãos]] e [[Iazidismo|iazidistas]]). O programa político buscava "estabelecer uma variedade de grupos, comitês e comunas nas ruas, bairros, povoados, distritos e pequenas ou grandes cidades em toda parte". Esses grupos tinham o propósito de manter encontros "semanais para discutir os problemas que as pessoas possuem onde vivem". Os representantes de diferentes grupos comunitários encontram-se num grupo principal nos povoados ou cidades chamado "Casa do Povo". Um repórter do The New York Times relatou em setembro de 2015<ref name="utopia4">{{citecitar web|url=http://www.nytimes.com/2015/11/29/magazine/a-dream-of-utopia-in-hell.html|titletítulo=A Dream of Secular Utopia in ISIS' Backyard|workobra=New York Times|datedata=2015-11-24|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref>: {{quote|''Para um ex-diplomata como eu considerei aquilo confuso: mantinha-me procurando por uma hierarquia, um lider único ou sinais de uma escala governamental quando, de fato, não havia nenhuma; havia apenas grupos. Não havia nenhuma obediência sufocante ao partido ou uma deferência aduladora ao "chefão" — uma forma de governo muito evidente logo além das fronteiras, na Turquia ao norte e ao Governo Regional do Curdistão ao sul. A assertividade confiante dos jovens era surpreendente."}}

O artigo 8 da constituição de 2014 estipula que "todos os Cantões na Região Autônoma são fundados sobre o princípio do autogoverno local. Os Cantões podem livremente eleger seus representantes e corpos representativos e buscar seus direitos conquanto não contraponham-se aos artigos dessa Carta."<ref name="charter2">{{citecitar web|url=https://peaceinkurdistancampaign.com/charter-of-the-social-contract/|titletítulo=2014 Charter of the Social Contract of Rojava|publisherpublicado=Peace in Kurdistan|datedata=2014-01-29|accessdateacessodata=2016-06-18}}</ref>

Em Janeiro de 2014 a assembleia legislativa do Cantão de Afrîn elegeu [[:en:Hêvî_Îbrahîm_Mustefa|Hêvî Îbrahîm Mustefa]] como primeiro ministro, que indicou Remzi Şêxmus e Ebdil Hemid Mistefa como seus vices e a assembleia legislativa do Cantão de Kobanî elegeu Enver Müslim como primeiro ministro, indicando Bêrîvan Hesen e Xalid Birgil como vices. No Cantão de Jazira, a assembleia legislativa elegeu o curdo Akram Hesso como primeiro ministro e o árabe Hussein Taza Al Azam e a assíria Elizabeth Gawrie como vice-primeiros ministros.<ref>{{citecitar web|url=http://www.ipsnews.net/2014/10/democracy-is-radical-in-northern-syria|titletítulo=Democracy is "Radical" in Northern Syria|authorautor =Karlos Zurutuza|workobra=Inter Press Service|datedata=28 Octoberde outubro de 2014|accessdateacessodata=2016-07-20}}</ref>

|[[FileImagem:Coat_of_Arms_of_the_Afrin_Canton.svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Coat_of_Arms_of_the_Afrin_Canton.svg|40x40px|Afrin]]

|[[FileImagem:Coat_of_Arms_of_the_Cizire_Canton.svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Coat_of_Arms_of_the_Cizire_Canton.svg|40x40px|Jazira]]

|[[FileImagem:Kantona_Kobanê_(Emblem).svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Kantona_Koban%C3%AA_(Emblem).svg|40x40px|Kobanî]]

|[[FileImagem:Coat_of_Arms_of_Rojava.svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Coat_of_Arms_of_Rojava.svg|40x40px|Shahba]]

Herêma Şehba ''(Curdo)''

|[[FileImagem:Coat_of_Arms_of_Rojava.svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Coat_of_Arms_of_Rojava.svg|40x40px|Confederation]]

Em dezembro de 2015, durante um encontro de representantes do norte da Síria em [[Al-Malikiyah]], os participantes decidiram estabelecer uma Assembleia Federal, a Assembleia Democrática Síria, para servir como representante politica das [[Forças Democráticas Sírias|Forças Democráticas Sírias (FDS)]].<ref name="Congress">{{citecitar web|url=http://www.kurdishinfo.com/derik-congress-decides-to-establish-democratic-syria-assembly|titletítulo=Dêrîk congress decides to establish Democratic Syria Assembly|workobra=Firat News Agency|publisherpublicado=kurdishinfo|accessdateacessodata=2 Augustde agosto de 2016}}</ref> Os co-lideranças escolhidas para conduzir a Assembleia na sua fundação foram proeminentes ativistas pelos direitos humanos Haytham Manna e o membro do conselho executivo do TEV-DEM Îlham Ehmed.<ref>{{citecitar web|url=http://syrianobserver.com/EN/News/30279/Haytham_Manna_Elected_Joint_Chairman_Syrian_Democratic_Council|titletítulo=Haytham Manna Elected Joint Chairman of Syrian Democratic Council|publisherpublicado=The Syrian Observer|datedata=2015-10-14|accessdateacessodata=2016-05-26}}</ref><ref name="assembly">{{citecitar web|url=http://anfenglish.com/kurdistan/executive-board-of-democratic-syria-assembly-elected|titletítulo=Executive Board of Democratic Syria Assembly elected|publisherpublicado=Ajansa Nûçeyan a Firatê English|accessdateacessodata=2 Augustde agosto de 2016}}</ref>

Ao nível da federação de Rojava, os ministérios do Conselho Federal lidam com a economia, agricultura, recursos naturais e relações exteriores.<ref name="Econ1">{{citecitar newsjornal|titletítulo=Striking out on their own|url=http://www.economist.com/news/middle-east-and-africa/21628887-syrias-kurds-are-enjoying-more-autonomy-striking-out-their-own|workobra=The Economist}}</ref>

Os ministros são indicados pelo TEV-DEM; eleições gerais foram programadas para ocorrer antes do fim de 2014,<ref name="Econ1" /> mas foram adiadas devido às batalhas. Dentre outras medidas acordadas há um cota de 40% para participação feminina no governo, assim como outra cota para os jovens. Ligada à decisão de introduzir [[ações afirmativas]] para minorias étnicas, todas as organizações governamentais e escritórios são baseados num sistema co-presidencial.<ref name="govern">{{citecitar web|url=https://rojavareport.wordpress.com/2014/01/06/western-kurdistans-governmental-model-comes-together/|titletítulo=Western Kurdistan’s Governmental Model Comes Together|workobra=The Rojava Report|accessdateacessodata=18 Februaryde fevereiro de 2015}}</ref>

|Partido da União Siríaca (PUS)

|[[FileImagem:Coat_of_Arms_of_the_Cizire_Canton.svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Coat_of_Arms_of_the_Cizire_Canton.svg|40x40px|Jazira]]

|[[FileImagem:Kantona_Kobanê_(Emblem).svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Kantona_Koban%C3%AA_(Emblem).svg|40x40px|Kobanî]]

|Kongreya Star

|Aliança Síria Nacional Democrática

|[[FileImagem:Coat_of_Arms_of_Rojava.svg|ligação=https://en.wikipedia.org/wiki/File:Coat_of_Arms_of_Rojava.svg|40x40px|Shahba]]

<ref name="assembly2">{{citecitar web|url=http://anfenglish.com/kurdistan/executive-board-of-democratic-syria-assembly-elected|titletítulo=Executive Board of Democratic Syria Assembly elected|publisherpublicado=Ajansa Nûçeyan a Firatê English|accessdateacessodata=2 Augustde agosto de 2016}}</ref>

Sob o regime do [[Partido Baath (Síria)|Partido Ba'ath]], a educação escolar consistia apenas de escolas públicas de língua árabe suplementadas por escolas privadas confessionais assírias.<ref>{{citation/core|Surname1=David Commins|Surname2=David W. Lesch|Title=Historical Dictionary of Syria|Publisher=Scarecrow Press|Year=2013-12-05|At=pp.&nbsp;239|ISBN=9780810879669|Date=2013-12-05|language=German|URL=https://books.google.com/books?id=wpBWAgAAQBAJ}}</ref> A administração de Rojava em 2015 introduziu a educação primária em língua nativa, seja língua curda ou árabe e educação secundária obrigatoriamente bilíngue em língua curda e árabe em escolas públicas, <ref>{{citecitar web|url=https://anfenglish.com/culture/education-in-rojava-after-the-revolution|titletítulo=Education in Rojava after the revolution|publisherpublicado=ANF|datedata=2016-05-16|accessdateacessodata=2016-06-10}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2015/11/syria-kurdistan-self-governance-teach-kurdish-language.html|titletítulo=After 52-year ban, Syrian Kurds now taught Kurdish in schools|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=2015-11-06|accessdateacessodata=2016-05-18}}</ref> sendo o inglês a terceira língua obrigatória.<ref>{{citecitar web|url=http://rudaw.net/english/middleeast/syria/290820151/|titletítulo=Rojava schools to re-open with PYD-approved curriculum|publisherpublicado=Rudaw|datedata=2015-08-29|accessdateacessodata=2016-05-18}}</ref> Há discordâncias e negociações em curso acerca do currículo educacional com o governo central sírio,<ref name="syriaclanguage">{{citecitar web|url=http://syrianobserver.com/EN/News/31729/Hassakeh_Syriac_Language_Be_Taught_PYD_controlled_Schools/|titletítulo=Hassakeh: Syriac Language to Be Taught in PYD-controlled Schools|publisherpublicado=The Syrian Observer|datedata=3 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-05}}</ref>, que em geral continua pagando os professores nas escolas públicas.<ref>{{citecitar web|url=http://aranews.net/2015/10/kurds-introduce-own-curriculum-at-schools-of-rojava-2/|titletítulo=Kurds introduce own curriculum at schools of Rojava|publisherpublicado=Ara News|datedata=2015-10-02|accessdateacessodata=2016-05-18}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://new-compass.net/articles/revolutionary-education-rojava|titletítulo=Revolutionary Education in Rojava|publisherpublicado=New Compass|datedata=2015-02-17|accessdateacessodata=2016-05-10}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://kurdishquestion.com/oldsite/index.php/kurdistan/west-kurdistan/education-system-in-rojava/538-education-system-in-rojava.html/|titletítulo=Education in Rojava: Academy and Pluralistic versus University and Monisma|publisherpublicado=Kurdishquestion|datedata=2014-01-12|accessdateacessodata=2016-05-18}}</ref> Para as escolas privadas assírias não houve mudanças além de um recém-redescoberto de pais árabes e curdos em enviar seus filhos para lá. <ref name="syriaclanguage" /><ref>{{citecitar web|url=http://www.aina.org/news/20151221023437.htm|titletítulo=The Assyrians of Syria: History and Prospects|publisherpublicado=AINA|datedata=2015-12-21|accessdateacessodata=2016-05-18}}</ref> Em agosto de 2016 o ''Centro Ourhi'' na cidade de Qamishli foi fundado pela comunidade assíria, para educar professores com o intuito de tornar o siríaco-aramaico uma língua adicional a ser ensinada nas escolas públicas no Cantão de Jazira<ref>{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/08/syriac-christians-revive-ancient-language-despite-war-2/|titletítulo=Syriac Christians revive ancient language despite war|publisherpublicado=ARA News|datedata=2016-08-19|accessdateacessodata=2016-08-19}}</ref> que começou no ano acadêmico de 2016/17.<ref name="syriaclanguage" /> Nesse ano acadêmico, declara o Comitê de Educação de Rojava, "três currículos acadêmicos substituíram o antigo para incluir educação em três línguas: [[Língua curda|curdo]], [[Língua árabe|árabe]] e [[Língua neo-aramaica assíria|assírio]].<ref>{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/10/rojava-administration-launches-new-education-system-kurdish-arabic-assyrian-2/|titletítulo=Rojava administration launches new curriculum in Kurdish, Arabic and Assyrian|publisherpublicado=ARA News|datedata=7 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-07}}</ref>

As administrações locais, cantonais e federal em Rojava dão muita ênfase na criação de bibliotecas e centros educacionais para facilitar o aprendizado e possibilitar maiores atividades sociais e artísticas. São exemplos o ''Centro Nahawand para o Desenvolvimento de Talentos das Crianças,'' criado em 2015 em Amuda, ou a ''Biblioteca'' ''Rodî û Perwîn'' fundada na cidade de [[Kobanî]] em maio de 2016. <ref name="k24education">{{citecitar web|url=http://www.kurdistan24.net/en/news/dfa4b335-fe1c-4a3c-b5b6-7bc5848e9e97/Kurds-establish-university-in-Rojava-amid-Syrian-instability|titletítulo=Kurds establish university in Rojava amid Syrian instability|publisherpublicado=Kurdistan24|datedata=2016-07-07|accessdateacessodata=2016-07-07}}</ref>

Enquanto não havia instituições de educação terciária no território de Rojava ao início da Guerra Civil Síria<ref>[[List of universities in Syria|''Wikipedia: Universities in Syria'']]</ref> um número crescente de tais instituições foram estabelecidas pelas administrações cantonais na região autônoma desde então.

* Em setembro de 2014 a Faculdade Mesopotâmia de Ciências Sociais em Qamishli foi inaugurada.<ref name="utopia5">{{citecitar web|url=http://www.nytimes.com/2015/11/29/magazine/a-dream-of-utopia-in-hell.html|titletítulo=A Dream of Secular Utopia in ISIS' Backyard|workobra=New York Times|datedata=2015-11-24|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref> Outras faculdades planejadas segundo uma filosofia e um conceito acadêmico do socialismo libertário estavam em processo de fundação ou planejamento.<ref>{{citecitar web|url=http://new-compass.net/articles/revolutionary-education-rojava|titletítulo=Revolutionary Education in Rojava|publisherpublicado=New Compass|datedata=2015-02-17|accessdateacessodata=2016-05-18}}</ref>

* Em agosto de 2015 a tradicionalmente planejada Universidade de Afrin, em Afrin, começou suas atividades com cursos de engenharia eletromecânica, literatura curda e economia. Em Setembro de 2016 novos cursos de medicina humana, jornalismo e engenharia agrícola foram incluídos. <ref>{{citecitar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2016/05/kurds-rojava-afrin-first-university-ideology-ocalan.html|titletítulo=Syria's first Kurdish university attracts controversy as well as students|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=2016-05-18|accessdateacessodata=2016-05-19}}</ref><ref>{{citar web|url=http://en.hawarnews.com/afrin-university-is-opened-today/|titulo=Afrin University is opened today|data=10/09/2016|acessodata=15/11/2016|obra=|publicado=ANHA|ultimo=|primeiro=}}</ref>

* Em julho de 2016 o Conselho de Educação do Cantão de Jazira iniciou a Universidade de Rojava em Qamishli, em cooperação com a Universidade Paris 8, provendo cursos de Medicina, Engenharia, Ciências, Artes e Humanidades. Outros cursos incluem áreas da saúde, petróleo, Ciência da Computação e Engenharia Agrícola; Física, Química, História, Psicologia, Geografia, Matemática, Pedagogia e Literatura Curda. <ref name="k24education2">{{citecitar web|url=http://www.kurdistan24.net/en/news/dfa4b335-fe1c-4a3c-b5b6-7bc5848e9e97/Kurds-establish-university-in-Rojava-amid-Syrian-instability|titletítulo=Kurds establish university in Rojava amid Syrian instability|publisherpublicado=Kurdistan24|datedata=2016-07-07|accessdateacessodata=2016-07-07}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.anfenglish.com/kurdistan/university-of-rojava-to-be-opened|titletítulo='University of Rojava' to be opened|publisherpublicado=ANF|datedata=2016-07-04|accessdateacessodata=2016-07-04}}</ref>

* Em agosto de 2016 as forças de polícia do Cantão de Jazira tomaram controle das partes remanescentes da cidade de Hasakah, incluindo o campus Hasakah da Universidade Al-Furat, de língua curda, e por meio de acordos mútuos a instituição continua a funcionar sob a autoridade do Ministério da Educação Superior do governo de Damasco.

Tendo incorporado a [[Declaração Universal dos Direitos Humanos]], o [[Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos]], o [[Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais]], assim como outras convenções dos direitos humanos internacionalmente reconhecidas, a [[Constituição de Rojava]] de 2014 assegura a [[liberdade de expressão]] e liberdade de imprensa. Como resultado, um cenário midiático diverso se desenvolveu em Rojava,<ref name="FreedomHouse2015">{{citecitar web|url=https://freedomhouse.org/report/freedom-press/2015/syria|titletítulo=Syria Country report, Freedom of the Press 2015|workobra=Freedom House|datedata=2015|accessdateacessodata=2016-07-09}}</ref> produzindo conteúdos nas línguas do território como a [[língua curda]], árabe, [[Língua siríaca|siríaco-aramaico]] e turco, frequentemente sendo utilizada mais de uma língua, assim como em inglês. Dentre os meios de comunicação mais proeminentes em Rojava estão as agências de notícias ''[http://en.hawarnews.com/ ANHA]'' e ''[http://aranews.net ARA]'', redes de TV como a ''Rojava TV'' e ''[http://www.ronahitv.com Ronahî TV]'' ou a revista bimensal ''Nudem.'' Diversos jornais locais foram criados. Dificuldades, porém, de ordem econômica pressionam as mídias, como o fechamento do site de notícias ''Welati'' em maio de 2016. O extremismo político incitado pelo contexto da [[Guerra Civil Síria]] pode colocar os meios de comunicação sob pressão, sendo um dos exemplos mais emblemáticos o incêndio criminoso provocado nas instalações da ''ARTA FM'' em Amuda por agressores não-identificados. <ref>{{citecitar web|url=http://www.kurdistan24.net/en/news/b2cd5731-94cf-4181-94bf-debfa4208992/Syria%E2%80%99s-first-Kurdish-radio-station-burnt|titletítulo=Syria’s first Kurdish radio station burnt|publisherpublicado=Kurdistan24|datedata=2016-04-27|accessdateacessodata=2016-07-06}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/04/syrian-kurdish-administration-condemns-burning-radio-arta-fm-office-amude/|titletítulo=Syrian Kurdish administration condemns burning of radio ARTA FM office in Amude|publisherpublicado=ARA news|datedata=2016-04-27|accessdateacessodata=2016-07-09}}</ref>

A mídia internacional e jornalistas operam com poucas restrições em Rojava, a única região da Síria onde eles podem operar com maior liberdade. <ref name="FreedomHouse20152">{{citecitar web|url=https://freedomhouse.org/report/freedom-press/2015/syria|titletítulo=Syria Country report, Freedom of the Press 2015|workobra=Freedom House|datedata=2015|accessdateacessodata=2016-07-09}}</ref> Consequentemente, um grande números de reportagens foram feitas em Rojava, inclusive documentários de grandes redes como a BBC e Sky1.

Em geral as conexões de internet em Rojava são muito lentas devido à falta de uma infraestrutura adequada.

O salto nas liberdades políticas e sociais com a criação de Rojava fomentou o germinar da expressão artística na região, em especial com o tema da revolução política e social assim também com respeito às tradições curdas. <ref>{{citecitar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2016/07/syria-kurdish-rojava-revolutionary-art.html|titletítulo=Kurdish art, music flourish as regime fades from northeast Syria|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=2016-07-19|accessdateacessodata=2016-07-20}}</ref>

Em 2012 o PYD lançou o que era então originalmente chamado por Plano de Economia Social, posteriormente renomeado como Plano de Economia Popular (PEP). As políticas da PEP são baseadas primariamente sobre o trabalho de [[Abdullah Öcalan]] e buscam como objetivo final transpor o [[capitalismo]], substituindo-o pelo [[Confederalismo Democrático]]. <ref>{{citecitar booklivro|titletítulo=A Small Key Can Open a Large Door: The Rojava Revolution|datedata=4 Marchde março de 2015|publisherpublicado=Strangers In A Tangled Wilderness|editionedição=1st}}</ref>

A iniciativa privada em Rojava é relativamente pequena, sendo estando o foco na expansão do [[modo de produção]] baseado na posse social e na gestão de recursos através das comunas e coletivos. Algumas centenas de unidades baseadas na agricultura coletiva tem surgido em cidades e aldeias em todos os três cantões. Cada comuna consiste em média de 25 a 30 pessoas.<ref>http://sange.fi/kvsolidaarisuustyo/wp-content/uploads/Dr.-Ahmad-Yousef-Social-economy-in-Rojava.pdf</ref> De acordo com o Ministério da Fazenda, aproximadamente três quartos de toda a propriedade foi colocada sob a posse da comunidade e um terço da produção tem sido transferida à gestão direta feita pelos conselhos de trabalhadores.<ref>{{citecitar booklivro|titletítulo=A Small Key Can Open a Large Door: The Rojava Revolution|datedata=4 Marchde março de 2015|publisherpublicado=Strangers In A Tangled Wilderness|editionedição=1st|quotecitação=According to Dr. Ahmad Yousef, an economic co-minister, three-quarters of traditional private property is being used as commons and one quarter is still being owned by use of individuals...According to the Ministry of Economics, worker councils have only been set up for about one third of the enterprises in Rojava so far.}}</ref>

Não existem impostos sobre o povo ou as empresas em Rojava. Como alternativa, dinheiro é angariado através de travessias de fronteira e vendendo petróleo ou outros recursos naturais. <ref>{{citecitar web|url=http://www.biehlonbookchin.com/poor-in-means/|titletítulo=Poor in means but rich in spirit|workobra=Ecology or Catastrophe|accessdateacessodata=18 Februaryde fevereiro de 2015}}</ref><ref name="diclenews.com">{{citecitar web|url=http://diclenews.com/en/news/content/view/436354|titletítulo=Efrîn Economy Minister Yousef: Rojava challenging norms of class, gender and power|publisherpublicado=|accessdateacessodata=18 Februaryde fevereiro de 2015}}</ref> Em maio de 2016, o ''The Wall Street Journal'' noticiou que comerciantes na Síria consideram Rojava como "o único lugar onde não são forçados a pagar suborno".<ref>{{citecitar web|url=http://www.wsj.com/articles/in-syrias-mangled-economy-truckers-stitch-together-warring-regions-1464106368|titletítulo=In Syria’s Mangled Economy, Truckers Stitch Together Warring Regions|publisherpublicado=Wall Street Journal|datedata=2016-05-24|accessdateacessodata=2016-05-24}}</ref>

Os controles de preços são administrados pelos comitês democráticos em cada [[cantão]] que pode definir o preço de bens básicos como comida e medicamentos. Esse mecanismo também pode ser usado para controlar a produção pública para, por exemplo, produzir mais trigo visando manter os preços baixos para bens importantes.<ref name="diclenews.com" />

A economia de Rojava, em geral, tem experimentado uma destruição menor advinda da [[Guerra Civil Síria|Guerra Civil Síri]]<nowiki/>a que outras partes do país e tem administrado os desafios dessas circunstâncias comparativamente bem. Em maio de 2016 Ahmed Yousef, chefe do Corpo Econômico e reitor da [[Universidade de Afrîn]] estimou certa vez que a produção econômica de Rojava (incluindo a agricultura, indústria e petróleo) foram responsáveis por aproximadamente 55% do [[Produto interno bruto|PIB]] sírio. <ref name="Will Syria's Kurds succeed at self-sufficiency?">{{citecitar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2016/04/kurdish-areas-norther-syria-economy-self-sufficiency.html|titletítulo=Will Syria's Kurds succeed at self-sufficiency?|datedata=2016-05-03|accessdateacessodata=2016-05-18}}</ref>

O governo está em busca de investimentos externos para construir uma usina e uma fábrica de fertilizantes. <ref name="Poor in means but rich in spirit">{{citecitar web|url=http://www.biehlonbookchin.com/poor-in-means/|titletítulo=Poor in means but rich in spirit|workobra=Ecology or Catastrophe|accessdateacessodata=21 Februaryde fevereiro de 2015}}</ref>

A produção de petróleo e comida excede a demanda,<ref name="Econ12">{{citecitar newsjornal|titletítulo=Striking out on their own|url=http://www.economist.com/news/middle-east-and-africa/21628887-syrias-kurds-are-enjoying-more-autonomy-striking-out-their-own|workobra=The Economist}}</ref> sendo exportados petróleo e bens agrícolas como ovinos, grãos e algodão. As importações incluem bens de consumo e peças automotivas.<ref>{{citecitar newsjornal|url=http://online.wsj.com/articles/kurds-fight-islamic-state-to-claim-a-piece-of-syria-1415843557|titletítulo=Kurds Fight Islamic State to Claim a Piece of Syria|workobra=The Wall Street Journal}}</ref> A travessia de fronteira com o [[Curdistão iraquiano|Curdistão Iraquiano]], fechada intermitentemente pelo [[Governo Regional do Curdistão]], foi reaberta em 10 de junho de 2016.<ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=US welcomes opening of border between Rojava and Iraqi Kurdistan|url=http://aranews.net/2016/06/us-welcomes-opening-border-rojava-iraqi-kurdistan/|datedata=2016-06-10|accessdateacessodata=2016-06-10}}</ref> A [[Turquia]] não permite que negócios, pessoas ou bens atravessem sua fronteira ,<ref>{{citecitar web|titletítulo=Syrian Kurds risk their lives crossing into Turkey|url=http://www.middleeasteye.net/in-depth/features/syrian-kurds-risk-lives-cross-turkey-33769556|publisherpublicado=Middle East Eye|accessdateacessodata=11 Januaryde janeiro de 2015|datedata=29 Decemberde dezembro de 2014}}</ref>, embora Rojava tenha o interesse da reabertura da fronteira.<ref name="Efrîn_Economy Minister_interview">{{citecitar newsjornal|titletítulo=Efrîn Economy Minister: Rojava Challenging Norms Of Class, Gender And Power|url=https://rojavareport.wordpress.com/2014/12/22/efrin-economy-minister-rojava-challenging-norms-of-class-gender-and-power/|datedata=22 Decemberde dezembro de 2014}}</ref> O comércio assim como o acesso à ajuda militar e humanitaria é dificultada por Rojava estar sob um forte embargo mantido pela Turquia. <ref>{{citecitar web|url=https://www.nadir.org/nadir/initiativ/isku/erklaerungen/2014/05/14.htm|titletítulo=Das Embargo gegen Rojava|accessdateacessodata=7 Augustde agosto de 2015|publisherpublicado=TATORT (Kurdistan Delegation)}}</ref>

Antes da guerra, a [[Al-Hasakah (província)|província de Al-Hasakah]] estava produzindo em torno de 40.000 barris de petróleo bruto ao dia. Entretanto, durante a guerra a refinaria de petróleo tem trabalhado numa capacidade de apenas 5% devido à ausência de compostos químicos necessários ao refino. Algumas pessoas trabalham em refinarias de petróleo primitivas, o que causa mais poluição. <ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Control of Syrian Oil Fuels War Between Kurds and Islamic State|url=http://online.wsj.com/articles/control-of-syrian-oil-fuels-war-between-kurds-and-islamic-state-1416799982|workobra=The Wall Street Journal|datedata=23 Novemberde novembro de 2014}}</ref>

Em 2014 o governo sírio ainda estava pagando alguns dos funcionários estatais ,<ref name="ICG1">{{citecitar web|titletítulo=Flight of Icarus? The PYD’s Precarious Rise in Syria|formatformato=PDF|url=http://www.crisisgroup.org/~/media/Files/Middle%20East%20North%20Africa/Iraq%20Syria%20Lebanon/Syria/151-flight-of-icarus-the-pyd-s-precarious-rise-in-syria.pdf|publisherpublicado=International Crisis Group}}</ref>, mas em menor número que antes.<ref>{{citecitar web|url=https://www.zamanalwsl.net/en/news/7359.html|titletítulo=Zamana LWSL}}</ref> O governo de Rojava diz que "nenhum de seus projetos é financiado pelo regime".<ref name="Efrîn_Economy Minister_interview" />

As leis civis da Síria são válidas em Rojava, conquanto não entrem em conflito com a [[Constituição de Rojava]]. Um exemplo notável de reforma é a lei de status pessoal, a qual, na Síria, ainda se baseia na [[Charia]] <ref>{{citecitar web|titletítulo=Syria|url=http://www.carnegieendowment.org/files/Syria_APS.doc|publisherpublicado=Carnegie Endowment for International Peace|pagepágina=13|accessdateacessodata=2016-11-16}}</ref> e é aplicada por Cortes da Charia,<ref>{{citecitar web|url=https://scholarblogs.emory.edu/islamic-family-law/home/research/legal-profiles/syria-syrian-arab-republic/|titletítulo=Islamic Family Law: Syria (Syrian Arab Republic)|publisherpublicado=Law.emory.edu|accessdateacessodata=2016-11-16}}</ref> tendo substituídas em Rojava pelos princípios estritamente [[Secularismo|seculares]] da igualdade absoluta das mulheres sob a lei. Casamentos forçados, assim como a [[poligamia]],<ref name="jolie2">{{citecitar web|url=http://www.bbc.com/news/world-middle-east-37337908|titletítulo=Kurdish 'Angelina Jolie' devalued by media hype|workobra=BBC|datedata=2016-09-12|accessdateacessodata=2016-09-12}}</ref> foram proibidos, além do casamento de pessoas menores de idade.<ref name="underage">{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/11/syrian-kurds-tackle-underage-marriages-polygamy/|titletítulo=Syrian Kurds tackle conscription, underage marriages and polygamy|workobra=ARA News|datedata=15 Novemberde novembro de 2016|accessdateacessodata=2016-11-16}}</ref> Pela primeira vez na história síria a [[união civil]] está sendo permitida e promovida, inclusive de pessoas de contextos religiosos distintos,<ref name="marriage">{{citecitar web|titletítulo=Syria Kurds challenging traditions, promote civil marriage|url=http://aranews.net/2016/02/syria-kurds-challenging-traditions-promote-civil-marriage/|publisherpublicado=ARA News|datedata=2016-02-20|accessdateacessodata=2016-08-23}}</ref> um passo significativo em direção a uma sociedade aberta e secular.

Um novo sistema de [[direito penal]] tem sido implantando, enfatizando a [[Justiça restaurativa|restauração]] ao invés da [[Direito penal|retribuição]].<ref name="Financial Times">{{citecitar web|url=http://www.ft.com/intl/cms/s/2/50102294-77fd-11e5-a95a-27d368e1ddf7.html|titletítulo=Power to the people: a Syrian experiment in democracy|publisherpublicado=Financial Times|datedata=2015-10-23|accessdateacessodata=2016-06-06}}</ref> A pena de morte foi abolida. <ref name="The New Justice System in Rojava">{{citecitar web|url=http://www.biehlonbookchin.com/justice-system-in-rojava/|titletítulo=The New Justice System in Rojava|publisherpublicado=biehlonbookchin.com|datedata=2014-10-13|accessdateacessodata=2016-06-06}}</ref> Prisões abrigam principalmente aqueles acusados por atividades [[Terrorismo|terroristas]] ligadas ao [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]] e outros grupos [[Extremismo|extremistas]]. <ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Syrian Kurds Get Outside Help to Manage Prisons|url=http://www.voanews.com/content/syria-kurds-prisons/2976077.html|accessdateacessodata=2016-06-06|publisherpublicado=Voice of America|datedata=2015-09-23}}</ref> Um relatório de setembro de 2015 feito pela [[Amnesty International|Anistia Internacional]] registrou que 400 pessoas estavam encarceradas, <ref name="AI-prisonreport">{{citecitar web|url=https://www.amnesty.org/en/latest/news/2015/09/syria-abuses-mar-pyd-fight-against-terrorism/|titletítulo=Syria: Arbitrary detentions and blatantly unfair trials mar PYD fight against terrorism|publisherpublicado=Amnesty International|datedata=7 Septemberde setembro de 2015|accessdateacessodata=12 Septemberde setembro de 2016}}</ref> que em relação a uma população de 4.6 milhões gera uma taxa de aprisionamentos média de 8,7 pessoas a cada 100.000 habitantes, comparada a uma taxa de 60,0 pessoas a cada 100.000 habitantes em relação a Síria por inteiro, a segunda menor taxa no mundo após San Marino .<ref>{{citecitar web|url=http://www.prisonstudies.org/highest-to-lowest/prison_population_rate|titletítulo=Highest to Lowest - Prison Population Rate|publisherpublicado=World Prison Brief}}</ref>. Entretanto o relatório também notou algumas deficiências no [[devido processo legal]].<ref name="AI-prisonreport" />

Esses novos sistemas de justiça em Rojava refletem o conceito revolucionário do Confederalismo Democrático. Em nível local os cidadãos criam ''Comitês de Paz e Consenso,'' que tomam decisões coletivas em relação a delitos leves e processos, similarmente aos comitês separados que resolvem assuntos específicos em relação aos direitos das mulheres como violência doméstica e casamento. Em nível regional os cidadãos (que não necessariamente precisam ser juristas treinados) são eleitos pelos ''Conselhos do Povo'' regionais para servirem nas ''Cortes do Povo'' compostas por sete membros. Ao próximo nível estão quatro ''Cortes de Apelação'' compostas por juristas treinados. A corte de última instância é a ''Corte Regional'', que serve a Rojava como um todo. Distintos e separados desse sistema, a ''Corte Constitucional'' elabora decisões acerca da compatibilidade dos atos de governo e procedimentos legais à constituição de Rojava, o chamado Contrato Social. <ref name="The New Justice System in Rojava2">{{citecitar web|url=http://www.biehlonbookchin.com/justice-system-in-rojava/|titletítulo=The New Justice System in Rojava|publisherpublicado=biehlonbookchin.com|datedata=2014-10-13|accessdateacessodata=2016-06-06}}</ref>

A função de polícia nos cantões de Rojava é realizada pela divisão armada [[Asayish]]. A Asayish foi estabelecida em 25 de julho de 2013 com o objetivo de preencher o vácuo de segurança gerado pela saída das forças policiais do [[Partido Baath (Síria)|regime Ba'ath]] e com o início da revolução de Rojava.<ref name="asayish">{{citecitar newsjornal|titletítulo=Rojava Asayish: Security institution not above but within the society|url=http://www.anfenglish.com/features/rojava-asayish-security-institution-not-above-but-within-the-society|accessdateacessodata=2016-06-06|publisherpublicado=ANF|datedata=2016-06-06}}</ref> Sob a constituição de Rojava o policiamento é uma competência dos [[Cantão|cantões]]. No todo as forças Asayish dos cantões são formadas por 26 escritórios oficiais que buscam prover segurança e soluções aos problemas sociais. As seis principais unidades da Asayish de Rojava são a Administração dos Pontos de Inspeção, o Comando das Forças Anti-terror (HAT), o Diretório de Inteligência, o Diretório de Crime Organizado, Diretório de Trânsito e Diretório do Tesouro. 218 centros Asayish foram estabelecidos e 385 pontos de inspeção com 10 membros das Asayish em cada ponto foram criados. 105 centros da Asayish protegem a população do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]] nas linhas de frente através de Rojava. Cidades maiores possuem diretórios gerais que são responsáveis por todos os aspectos de segurança, incluindo o controle nas estradas. Cada cantão de Rojava possui um comando das HAT e cada centro Asayish se organiza autonomamente. <ref name="asayish" />

Por toda Rojava as Forças Civis de Defesa (HPC)<ref>{{citecitar web|url=http://modernslavery.calpress.org/?p=949|titletítulo=Rojava Dispatch Six: Innovations, the Formation of the Hêza Parastina Cewherî (HPC)|publisherpublicado=Modern Slavery}}</ref> municipais e as Forças de Auto-Defesa (HXP)<ref>{{citecitar web|authorautor =Rudaw|url=http://rudaw.net/english/middleeast/syria/04062015|titletítulo=Rojava defense force draws thousands of recruits|workobra=Rudaw|datedata=6 Aprilde abril de 2015|accessdateacessodata=22 Junede junho de 2015}}</ref> cantonais também servem à segurança ao nível local. No [[Jazira (cantão)|cantão de Jazira]] a Asayish é complementada pela polícia assíria [[Sutoro]], que é organizada em cada área de população assíria, provê segurança e soluções aos problemas sociais em colaboração a outras unidades Asayish.<ref name="asayish" />

Toda força policial é treinada na resolução pacífica de conflitos assim como teoria [[Feminismo|feminista]] antes de receberem acesso a uma arma. Os diretores da academia da polícia Asayish tem dito que o objetivo de longo prazo é fornecer um treinamento a todos os cidadãos de seis semanas antes da eliminação final da polícia. <ref>{{citecitar web|url=https://zcomm.org/znetarticle/no-this-is-a-genuine-revolution/|titletítulo=ZCommunications » "No. This is a Genuine Revolution"|workobra=zcomm.org}}</ref>

A milícia defensiva de maior importância em Rojava são as [[Unidades de Proteção Popular]] (''{{lang|ku|Yekîneyên Parastina Gel}}'', YPG). As [[Unidades de Proteção Popular|YPG]] foram fundadas pelo [[Partido de União Democrática|PYD]] depois dos confrontos em 2004 em [[Al-Qamishli|Qamishli]], mas não estavam ativas até o início da [[Guerra Civil Síria]]. <ref name="Vice">{{citecitar web|lastúltimo =Gold|firstprimeiro =Danny|url=http://www.vice.com/read/meet-the-ypg|titletítulo=Meet the YPG, the Kurdish Militia That Doesn't Want Help from Anyone|workobra=Vice|datedata=31 Octoberde outubro de 2010|accessdateacessodata=9 Octoberde outubro de 2014}}</ref> Ela está sob o controle do [[Movimento por uma Sociedade Democrática]] (TEV-DEM). Outra milícia em estreita relação à Rojava é o [[Conselho Militar Siríaco]] (MFS), uma milícia assíria associada ao Partido da União Siríaca. As YPG, o MFS e todas as outras milícias em Rojava, como o [[Exército dos Revolucionários]], com muitos grupos filiados, ou as [[Forças Al-Sanadid]], estão inseridas nas [[Forças Democráticas Sírias|Forças Democráticas Sírias (FDS)]]. Isso também procede para os conselhos militares municipais que tem se estabelecido na [[Região de Shabha]] como o Conselho Militar de [[Manbij]], o Conselho Militar de Al-Bab ou o Conselho Militar de [[Jarablus]].

As [[Forças de Auto-Defesa (HXP)|Forças de Auto-Defesa]] (HXP) formam uma [[milícia]] multiétnica para defesa territorial e a única força de [[conscrição]] armada em Rojava. As HXP são localmente recrutadas para defenderem suas áreas municipais e estão sob a responsabilidade e comando dos respectivos cantões de Rojava. Ocasionalmente as unidades HXP tem dado suporte às [[Unidades de Proteção Popular|YPG]] e às [[Forças Democráticas Sírias|FDS]], em geral em operações contra o [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]] fora de suas municipalidades e cantões.

No curso da Guerra Civil Síria acusações de supostos crimes de guerra foram tembém levantadas contra as mílicias associadas a Rojava, em especial a membros das [[Unidades de Proteção Popular|Unidades de Proteção Popular (YPG)]], inclusive em relatórios de 2014 e 2015 da [[Human Rights Watch]] e [[Amnesty International|Anistia Internacional]], sendo que ambas operam livremente em Rojava.<ref>{{citecitar web|datedata=2014-06-18|publisherpublicado=[[Human Rights Watch]]|titletítulo=Syria: Abuses in Kurdish-run Enclaves|url=http://www.hrw.org/news/2014/06/18/syria-abuses-kurdish-run-enclaves}}</ref><ref>{{citecitar web|url=https://www.amnesty.org/en/latest/news/2015/10/syria-us-allys-razing-of-villages-amounts-to-war-crimes/|titletítulo=Syria|workobra=[[Amnesty International]]|datedata=13 Octoberde outubro de 2015}}</ref> As acusações tem sido compreensivamente debatidas e contestadas tanto pelas YPG quanto por outras organizações de direitos humanos.<ref>{{citecitar web|url=http://www.jpost.com/Breaking-News/Amnesty-accuses-US-backed-Syrian-Kurdish-group-of-demolishing-homes-423773|titletítulo=Amnesty accuses US-backed Syrian Kurdish group of demolishing homes|workobra=The Jerusalem Post - JPost.com}}</ref><ref>{{citecitar web|titletítulo=Syria: Kurdish Forces Violating Child Soldier Ban Despite Promises, Children Still Fight|url=http://www.hurriyetdailynews.com/interview-syrian-kurds-have-risen-out-of-nowhere-since-2011.aspx?pageID=238&nID=90267&NewsCatID=386|publisherpublicado=Hurriyet Daily News|datedata=2015-10-24|accessdateacessodata=2016-06-13}}</ref> Os membros das YPG desde setembro de 2015 recebem treinamento de direitos humanos por parte da ONG Geneva Call e outras organizações internacionais.<ref name="perry">{{citecitar newsjornal|last1último1 =Perry|first1primeiro1 =Tom|last2último2 =Malla|first2primeiro2 =Naline|datedata=10 Septemberde setembro de 2015|titletítulo=Western states train Kurdish force in Syria, force's leader says|url=http://www.reuters.com/article/2015/09/10/uk-mideast-crisis-syria-kurds-idUKKCN0RA1MO20150910|agencyagência=[[Reuters]]|quotecitação=Amnesty International this month faulted the Kurdish administration for arbitrary detentions and unfair trials.... [Ciwan] Ibrahim said ... efforts were underway to improve its human rights record.... The Geneva Call ... promotes good treatment of civilians in war zones...}}</ref>

O governo civil de Rojava tem sido saudado pela imprensa internacional devido aos avanços nos direitos humanos, em especial no sistema legal concernente aos [[Direitos da mulher|direitos das mulheres]] e aos direitos de minorias étnicas, com respeito à [[liberdade de expressão]] e de [[Liberdade de imprensa|imprensa]] e por abrigar [[Refugiado|refugiadosrefugiado]]s de outras regiões. <ref>{{citecitar web|url=https://www.yahoo.com/news/syrian-kurds-women-equal-rights-snubbing-jihadists-193905057.html|titletítulo=Syrian Kurds give women equal rights, snubbing jihadists|publisherpublicado=Yahoo|datedata=9 Novemner 2014}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.ft.com/intl/cms/s/2/50102294-77fd-11e5-a95a-27d368e1ddf7.html|titletítulo=Power to the people: a Syrian experiment in democracy|publisherpublicado=Financial Times|datedata=23 Octoberde outubro de 2015}}</ref><ref name="meredith">{{citecitar web|url=https://www.foreignaffairs.com/articles/2016-10-14/rojava-model|titletítulo=The Rojava Model|authorautor =Meredith Tax|publisherpublicado=Foreign Affairs|datedata=14 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-28}}</ref><ref name="Sheppard">{{citecitar web|url=http://www.theatlantic.com/international/archive/2016/10/kurds-rojava-syria-isis-iraq-assad/505037/|titletítulo=What the Syrian Kurds Have Wrought. The radical, unlikely, democratic experiment in northern Syria|authorautor =Si Sheppard|publisherpublicado=The Atlantic|datedata=25 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-25}}</ref> A agenda política que busca "quebrar as regulações de honra baseadas em regras tribais e religiosas que aprisionam as mulheres" é controversa nos setores mais conservadores da sociedade. <ref name="underage2">{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/11/syrian-kurds-tackle-underage-marriages-polygamy/|titletítulo=Syrian Kurds tackle conscription, underage marriages and polygamy|workobra=ARA News|datedata=15 Novemberde novembro de 2016|accessdateacessodata=2016-11-16}}</ref> A [[conscrição]] obrigatória às Forças de Auto-Defesa (HXP) tem sido interpretada como uma violação de [[direitos humanos]] na perspectiva daqueles que consideram as instituições de Rojava como ilegítimas.<ref name="assyrian-accuses">{{citecitar newsjornal|url=http://aranews.net/2016/03/assyrian-leader-accuses-pyd-monopolizing-power-syrias-north/|publisherpublicado=ARA|titletítulo=Assyrian leader accuses PYD of monopolizing power in Syria’s north|datedata=23 Marchde março de 2016|accessdateacessodata=22 Octoberde outubro de 2016}}</ref>

Algumas questões permanentes na administração de Rojava concernem os direitos das minorias étnicas. Um dos pontos de contenda é a consequência da política do [[Partido Baath (Síria)|governo ba'athista]] sírio de assentar [[Colono|colonoscolono]]s árabes em terras expropriadas de proprietários curdos, em 1973 e 2007. <ref name="OHCHR-20092">{{citecitar web|titletítulo=Persecution and Discrimination against Kurdish Citizens in Syria, Report for the 12th session of the UN Human Rights Council|url=http://lib.ohchr.org/HRBodies/UPR/Documents/session12/SY/KIS-KurdsinSyria-eng.pdf|website=Office of the United Nations High Commissioner for Human Rights|datedata=2009}}</ref><ref name="CSmonitor-20052">{{citecitar web|titletítulo=A murder stirs Kurds in Syria|url=http://www.csmonitor.com/2005/0616/p01s03-wome.html|website=The Christian Science Monitor}}</ref><ref name="HRW-19962">{{citecitar web|titletítulo=SYRIA: The Silenced Kurds; Vol. 8, No. 4(E)|url=http://www.hrw.org/reports/1996/Syria.htm|website=Human Rights Watch|datedata=1996}}</ref> Há clamores persistente para expulsar esses colonos e devolver a terra aos antigos donos curdos que vivem dentre a população curda da região, o que levou à liderança política da Federação de Rojava a pressionar o governo sírio para uma solução compreensiva. <ref>{{citecitar web|titletítulo=Syria rejects Russian proposal for Kurdish federation|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2016/10/turkey-russia-mediates-between-kurds-and-assad.html|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=24 Octoberde outubro de 2016}}</ref> Outra questão tem sido a lei de Rojava da "posse pelo uso" sob a qual um proprietário de um imóvel perde esse status se não fizer uso pessoal da propriedade. Em especial na comunidade [[Assírios|assíria]] do [[Cantão de Jazira]], iniciou-se uma oposição persistente. Seguindo declarações anteriores, 16 organizações assírias da região em outubro de 2016 publicaram uma declaração fazendo acusações de confisco de [[propriedade privada]], mudança demográfica e [[limpeza étnica]]. <ref name="assyrian-accuses2">{{citecitar newsjornal|url=http://aranews.net/2016/03/assyrian-leader-accuses-pyd-monopolizing-power-syrias-north/|publisherpublicado=ARA|titletítulo=Assyrian leader accuses PYD of monopolizing power in Syria’s north|datedata=23 Marchde março de 2016|accessdateacessodata=22 Octoberde outubro de 2016}}</ref><ref>{{citecitar newsjornal|url=http://www.breitbart.com/national-security/2016/05/27/report-christian-assyrians-accuse-syrian-kurds-imposing-education-curriculum-alters-old-testament/|publisherpublicado=[[Breitbart News]]|titletítulo=Christian Assyrians: Kurdish Muslims in Syria Imposing Distorted, Pro-Kurd Bible Education|datedata=27 Mayde maio de 2016|accessdateacessodata=22 Octoberde outubro de 2016}}</ref>

Historicamente, a demografia da região tem sido altamente diversificada. Uma grande mudança na era moderna aconteceu no princípio do século XX devido ao [[genocídio assírio]] e o [[genocídio armênio]], quando muitos assírios e armênios fugiram para a Síria a partir da Turquia. Isso seguiu-se à fuga de muitos curdos para a Turquia após a [[Rebelião do Xeque Said]]. Outra grande mudança na modernidade foi a política do [[Partido Baath (Síria)|partido Ba'ath]] em assentar novas tribos árabes em Rojava. Recentemente, durante a [[Guerra Civil Síria]], a população de Rojava mais que dobrou para aproximadamente 4,6 milhões. Dentre os recém-chegados estão sírios de todas as etnias que fugiram da violência que ocorre em outras regiões da Síria. Muitos cidadãos da etnia árabe vindos do Iraque também fugiram para Rojava. <ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Syrian Kurds provide safe haven for thousands of Iraqis fleeing ISIS|url=http://aranews.net/2016/07/syrian-kurds-provide-safe-haven-thousands-iraqis-fleeing-isis/|accessdateacessodata=2016-07-02|publisherpublicado=Ara News|datedata=2016-07-03}}</ref><ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Rojava hosts thousands of displaced Iraqi civilians as war on ISIS intensifies|url=http://aranews.net/2016/10/rojava-hosts-thousands-of-displaced-iraqi-civilians-as-war-on-isis-intensifies/|accessdateacessodata=2016-10-18|publisherpublicado=ARA News|datedata=17 Octoberde outubro de 2016}}</ref><ref name="Sheppard2">{{citecitar web|url=http://www.theatlantic.com/international/archive/2016/10/kurds-rojava-syria-isis-iraq-assad/505037/|titletítulo=What the Syrian Kurds Have Wrought. The radical, unlikely, democratic experiment in northern Syria|authorautor =Si Sheppard|publisherpublicado=The Atlantic|datedata=25 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-25}}</ref>

* '''[[Curdos|Os Curdos]]''' são um grupo étnico<ref>[http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/4555000.stm Killing of Iraq Kurds 'genocide'], ''[[BBC]]'', "The Dutch court said it considered "legally and convincingly proven that the Kurdish population meets requirement under Genocide Conventions as an ethnic group"."</ref> vivendo por toda Rojava, culturalmente e linguisticamente classificados dentre os povos iranianos.<ref>{{citecitar web|url=http://www.encyclopedia.com/doc/1E1-Kurds.html|titletítulo=Kurds|datedata=2014|workobra=The Columbia Encyclopedia, 6th ed.|publisherpublicado=Encyclopedia.com|accessdateacessodata=29 Decemberde dezembro de 2014}}</ref><ref>{{citecitar booklivro|firstprimeiro =Mehrdad R.|lastúltimo =Izady|titletítulo=The Kurds: A Concise Handbook|url=https://books.google.com/books?id=I9mr6OgLjBoC&pg=PA198|yearano=1992|publisherpublicado=Taylor & Francis|isbn=978-0-8448-1727-9|pagepágina=198}}</ref><ref>{{citecitar booklivro|chaptercapítulo=Kurds, Kurdistan|last1último1 =Bois|first1primeiro1 =T.|last2último2 =Minorsky|first2primeiro2 =V.|last3último3 =MacKenzie|first3primeiro3 =D.N.|titletítulo=Encyclopaedia Islamica|editor1editor-firstnome1 =P.|editor1editor-lastsobrenome1 =Bearman|editor2editor-firstnome2 =T.|editor2editor-lastsobrenome2 =Bianquis|editor3editor-firstnome3 =C.&nbsp;E.|editor3editor-lastsobrenome3 =Bosworth|editor4editor-firstnome4 =E.|editor4editor-lastsobrenome4 =van Donzel|editor5editor-firstnome5 =W.&nbsp;P.|editor5editor-lastsobrenome5 =Heinrichs|publisherpublicado=Brill|yearano=2009|quotecitação=The Kurds, an Iranian people of the Near East, live at the junction of more or less laicised Turkey. ... We thus find that about the period of the Arab conquest a single ethnic term ''Kurd'' (plur. ''Akrād'') was beginning to be applied to an amalgamation of Iranian or iranicised tribes. ... The classification of the Kurds among the Iranian nations is based mainly on linguistic and historical data and does not prejudice the fact there is a complexity of ethnical elements incorporated in them.}}</ref> Muitos curdos consideram-se descendentes do antigo povo iraniano dos Medos,<ref>{{citecitar booklivro|authorautor =Barbara A. West|titletítulo=Encyclopedia of the Peoples of Asia and Oceania|url=https://books.google.com/books?id=pCiNqFj3MQsC&pg=PA518|datedata=1 Januaryde janeiro de 2009|publisherpublicado=Infobase Publishing|isbn=978-1-4381-1913-7|pagepágina=518}}</ref> usando um calendário datado de 612 a.C. quando a capital assíria de Nínive foi conquistada pelos Medos.<ref name="Iranica Frye">{{citecitar encyclopediaenciclopédia|lastúltimo =[[Richard N. Frye|Frye]]|firstprimeiro =Richard Nelson|titletítulo=IRAN v. PEOPLES OF IRAN (1) A General Survey|encyclopediaenciclopédia=Encyclopædia Iranica|accessdateacessodata=2016-03-04|url=http://www.iranicaonline.org/articles/iran-v1-peoples-survey}}</ref> Os curdos formam a maioria na maior parte de Rojava. Durante a Guerra Civil Síria muitos curdos que viviam em outras partes do país voltaram às suas terras tradicionais em Rojava.

* '''[[Árabes|Os Árabes]]''' formam uma panetnicidade que vive por toda Rojava, em geral utilizando a língua árabe como primeira língua. Englobam nessa etnia tribos beduínas que traçam sua ascendência à Península Árabe assim como aos povos nativos da Síria que foram arabizados. Os árabes formam maioria em algumas partes de Rojava, em especial nas partes ao sul do Cantão de Jazira, no Distrito de Tell Abyad e no Distrito de Azaz. Enquanto na Região de Shabha o termo "árabe" é usado principalmente para aludir aos sírios arabizados, e nos cantões de Kobanî e Jazira se referem em especial à população beduína árabe.

* UNPO Assyria</ref> Existem muitos assírios dentre os últimos refugiados de Rojava, fugindo da violência islâmica que ocorre em qualquer parte da Síria, voltando à suas terras de origem.<ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Glavin: In Iraq and Syria, it's too little, too late|url=http://ottawacitizen.com/opinion/columnists/iraq-and-syria-too-little-too-late|accessdateacessodata=7 Mayde maio de 2016|workobra=Ottawa Citizen|datedata=14 Novemberde novembro de 2014|languagelíngua=en-US}}</ref> No ambiente político do [[secularismo]] multiétnico o movimento de modernização ''Dawronoye'' tem uma influência crescente da valorização da identidade assíria no século XXI.<ref name="Dawronoye">{{citecitar web|authorautor =Carl Drott|url=http://www.warscapes.com/reportage/revolutionaries-bethnahrin|titletítulo=The Revolutionaries of Bethnahrin|publisherpublicado=Warscapes|datedata=25 Mayde maio de 2015|accessdateacessodata=8 Octoberde outubro de 2016}}</ref>

* [[Língua curda|Língua Curda]] (no dialeto [[Curmânji]]), uma [[Línguas iranianas|língua iraniana]] do noroeste, pertecente à família das [[Línguas indo-europeias|línguas indo-européias]].

* [[Língua árabe|Árabe]] (num dos dialetos do [[árabe iraquiano]], o ''Moslawi'', na escrita do [[árabe moderno padrão]]), uma das [[línguas semíticas centrais]] da família das [[línguas semíticas]].

Para essas quatro línguas são usados três códigos linguísticos diferentes:

A maior parte da população curda e árabe em Rojava aderem ao [[Sunismo|islamismo sunita]], enquanto a população [[Assírios|assíria]] geralmente são [[Cristão|cristãoscristão]]s [[Igreja Ortodoxa Síria|ortodoxos síriacos]], [[Igreja Católica Caldeia|católicos caldeus]] ou [[Igreja Católica Siríaca|católicos síriacos]]. Há também adeptos de outras crenças como o [[zoroastrismo]] e o [[Yazidi|iazidismo]]. Muitas pessoas em Rojava apoiam o [[secularismo]] e o [[laicismo]].<ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Could Christianity be driven from Middle East?|url=http://www.bbc.com/news/world-middle-east-32287806|accessdateacessodata=15 Aprilde abril de 2015|publisherpublicado=BBC|datedata=15 Aprilde abril de 2015}}</ref> O partido dominante PYD e a administração política em Rojava são decididamente [[Secularismo|seculares]] e [[Laicismo|laicistas]] e, ao contrário da maior parte do Oriente Médio, a religião não é um indicador das identidades sociopolíticas.<ref name="Dawronoye2">{{citecitar web|authorautor =Carl Drott|url=http://www.warscapes.com/reportage/revolutionaries-bethnahrin|titletítulo=The Revolutionaries of Bethnahrin|publisherpublicado=Warscapes|datedata=25 Mayde maio de 2015|accessdateacessodata=8 Octoberde outubro de 2016}}</ref>

Essa lista inclui todas as cidades e vilarejos controlados ou reivindicados por Rojava com mais de 10.000 habitantes. O quantitativo populacional está de acordo com o censo sírio de 2004. <ref>{{Citecitar web|url=http://www.cbssyr.org/General%20census/census%202004/pop-man.pdf|titletítulo=2004 Syrian Census|datedata=2004|website=www.cbssyr.org|access-dateacessodata=2016-05-22}}</ref> As cidades em negrito são as capitais de seus respectivos cantões.

|[[Região de Shahba]]<ref name="Second conference of Shahba region3">{{citecitar web|url=http://cantonafrin.com/en/news/view/1658.a-delegation-from-the-democratic-administration-of-self-participate-in-the-second-conference-of-the-el--shahba-region.html|titletítulo=Delegation from the Democratic administration of Self-participate of self-participate in the first and second conference of the Shaba region|datedata=4 Februaryde fevereiro de 2016|publisherpublicado=|accessdateacessodata=12 Junede junho de 2016}}</ref>

Por ora as relações de Rojava com o Estado sírio são determinados pelo contexto da [[Guerra Civil Síria]]. Até agora a [[constituição de Rojava]] e a [[constituição da Síria]] são legalmente incompatíveis com respeito à autoridade legislativa e executiva. A interação prática baseia-se no [[pragmatismo]] ''[[ad hoc]]''. No âmbito militar combates entre as [[Unidades de Proteção Popular|Unidades de Proteção Popular (YPG)]] e o [[Exército Sírio|exército sírio]] tem sido esporádicos, sendo que nos casos mais relevantes parte do território ainda sob o controle do governo sírio em Qamishli e al-Hasakah passaram ao controle das YPG. Em algumas campanhas militares, em particular ao norte da província de Alepo e em al-Hasakah, há uma cooperação tácita entre as YPG e das forças governamentais sírias contra forças islâmicas como o [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante|ISIS]] e outras. <ref name="russia-mediates">{{citecitar newsjornal|titletítulo=Syria’s war: Assad on the offensive|url=http://www.economist.com/news/21690203-city-was-once-syrias-largest-faces-siege-assadu2019s-grip-tightens|accessdateacessodata=2016-05-01|workobra=[[The Economist]]|datedata=2016-02-13}}</ref>

A ''Federação do Norte da Síria – Rojava'' não é planejada para ser uma região componente de um [[Curdistão]] étnico mas um esboço para uma futura Síria poli-étnica, descentralizada e democrática.<ref name="MiddleEastEye2">{{citecitar web|url=http://www.middleeasteye.net/news/analysis-kurds-syria-rojava-1925945786|titletítulo=ANALYSIS: 'This is a new Syria, not a new Kurdistan'|publisherpublicado=MiddleEastEye|datedata=2016-03-21|accessdateacessodata=2016-05-25}}</ref> Rojava é o local de origem e principal mantenedora das [[Forças Democráticas Sírias|Forças Democráticas Síria]]<nowiki/>s e do [[Conselho Democrático Sírio]], uma organização militar e uma organização política ampla, respectivamente. As instituições políticas e militares em Rojava buscam implementar um sistema [[Secularismo|secular]], democrático e [[Federação|federalista]] em toda Síria. Em julho de 2016 o co-representante da Assembleia Constituinte [[Hediya Yousef]] descreveu a abordagem de Rojava à Síria da seguinte forma: <ref>{{citecitar web|url=http://sputniknews.com/middleeast/20160712/1042855292/syrian-kurds-do-not-want-fragmentation.html|titletítulo=Syrian Kurdish Official to Sputnik: 'We Won't Allow Dismemberment of Syria'|publisherpublicado=Sputnis News|datedata=2016-07-12|accessdateacessodata=2016-07-12}}</ref>{{quote|fonte=| Acreditamos que um sistema federalista é a forma ideal de governo para a Síria. Vemos que em muitas partes do mundo um sistema federalista permite que as pessoas vivam pacificamente e livremente dentro de suas fronteiras territoriais. O povo sírio pode também viver livremente na Síria. Não permitiremos que a Síria seja dividida; tudo que queremos é a democratização da Síria; seus cidadãos devem viver em paz e desfrutar e se alegar da diversidade étnica dos grupos nacionais que habitam o país.}}Em março de 2015 o ministro das comunicações da Síria anunciou que o governo considerou reconhecer a autonomia curdadas "dro da lei e da constituição".<ref>{{citecitar web|titletítulo=KRG: Elections in Jazira are Not Acceptable|publisherpublicado=Basnews|url=http://basnews.com/en/news/2015/03/14/krg-elections-in-jazira-are-not-acceptable/|datedata=14 Marchde março de 2015|accessdateacessodata=15 Marchde março de 2015}}</ref> Apesar da administração de Rojava não ter sido convidada à 3ª Negociação de Paz para a Síria em Genebra<ref>{{citecitar web|url=http://www.reuters.com/article/us-mideast-crisis-syria-kurds-idUSKCN0YE2NI|titletítulo=Syrian Kurds point finger at Western-backed opposition|publisherpublicado=Reuters|datedata=2016-05-23|accessdateacessodata=2016-05-24}}</ref> e a nenhuma outra das outras anteriores a Federação Russa, que em particular pede por sua inclusão nas negociações, em algum grau levou os posicionamentos políticos de Rojava a tais encontros, como foi registrado no projeto russo de maio de 2016 para uma nova constituição síria.<ref name="Now.MMedia/Al-Akhbar">{{citecitar web|url=https://now.mmedia.me/lb/en/NewsReports/567021-russia-finishes-draft-for-new-syria-constitution-report|titletítulo=Russia finishes draft for new Syria constitution|publisherpublicado=Now.MMedia/Al-Akhbar|datedata=2016-05-24|accessdateacessodata=2016-05-24}}</ref> Em outubro de 2016 uma iniciativa russa pela federalização cujo foco estava no norte da Síria foi noticiado, a qual essencialmente solicitava a transformação das atuais instituições da ''Federação do Norte da Síria – Rojava'' em instituições legitimas da Síria; também foi noticiada na ocasião a recusa do governo sírio a essa requisição. <ref name="Al-Monitor">{{citecitar web|titletítulo=Syria rejects Russian proposal for Kurdish federation|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2016/10/turkey-russia-mediates-between-kurds-and-assad.html|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=24 Octoberde outubro de 2016}}</ref> A elite dominante de Damasco está dividida acerca da questão caso seria possível que o novo modelo de Rojava trabalhasse em paralelo e convergisse ao governo da Síria, beneficiando a ambos, ou se agenda política deveria ser a centralização de todo o poder ao final da guerra civil para viabilizar um confronto total às instituições de Rojava.<ref name="chatham">{{citecitar web|url=https://www.chathamhouse.org/sites/files/chathamhouse/publications/research/2016-09-15-kurdish-self-governance-syria-sary_0.pdf|titletítulo=Kurdish Self-governance in Syria: Survival and Ambition|authorautor =Ghadi Sary|publisherpublicado=Chatham House|datedata=Septembersetembro de 2016}}</ref>

As transformações sociopolíticas da "Revolução de Rojava" tem atraído uma considerável atenção dos meios de comunicação internacionais, tanto na mídia ''de'' maior alcance <ref name="utopia6">{{citecitar web|url=http://www.nytimes.com/2015/11/29/magazine/a-dream-of-utopia-in-hell.html|titletítulo=A Dream of Secular Utopia in ISIS' Backyard|workobra=New York Times|datedata=2015-11-24|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref><ref name="Financial Times2">{{citecitar web|url=http://www.ft.com/intl/cms/s/2/50102294-77fd-11e5-a95a-27d368e1ddf7.html|titletítulo=Power to the people: a Syrian experiment in democracy|publisherpublicado=Financial Times|datedata=2015-10-23|accessdateacessodata=2016-06-06}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.nytimes.com/2015/09/30/opinion/the-kurds-democratic-experiment.html|titletítulo=The Kurds' Democratic Experiment|workobra=New York Times|datedata=2015-09-30|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref><ref name="Graeber">{{citecitar web|url=http://www.theguardian.com/commentisfree/2014/oct/08/why-world-ignoring-revolutionary-kurds-syria-isis|titletítulo=Why is the world ignoring the revolutionary Kurds in Syria?|workobra=The Guardian|datedata=2014-10-08|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref> quanto na mídia progressista de esquerda .<ref>{{citecitar web|url=https://www.opendemocracy.net/arab-awakening/jo-magpie/regaining-hope-in-rojava|titletítulo=Regaining hope in Rojava|workobra=Slate|datedata=2016-06-06|accessdateacessodata=2016-06-09}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.slate.com/blogs/xx_factor/2015/11/25/rojava_is_a_radical_experiment_in_democracy_in_northern_syria_american_leftists.html|titletítulo=American Leftists Need to Pay More Attention to Rojava|workobra=Slate|datedata=2015-11-25|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref><ref>{{citecitar web|url=https://www.dissentmagazine.org/online_articles/the-revolution-in-rojava|titletítulo=The Revolution in Rojava|workobra=Dissent|datedata=2015-04-22|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref><ref>{{citecitar web|url=https://www.opendemocracy.net/arab-awakening/evangelos-aretaios/rojava-revolution|titletítulo=The Rojava revolution|publisherpublicado=OpenDemocracy|datedata=2015-03-15|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://new-compass.net/articles/statement-academic-delegation-rojava|titletítulo=Statement from the Academic Delegation to Rojava|publisherpublicado=New Compass|datedata=2015-01-15|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref> [[David Graeber]], no jornal ''[[The Guardian]],'' foi um dos primeiros a levantar essa questão num artigo de Outubro de 2014:<ref name="Graeber" />{{quote|fonte=|A região autônoma de Rojava, como existe hoje, é um dos poucos pontos de luz, embora seja um ponto de luz extremamente brilhante, a emergir da tragédia da revolução síria. Tendo expulsado os agentes do regime de Assad em 2011, e apesar da hostilidade de todos os seus vizinhos, Rojava não apenas manteve sua independência mas também é um notável experimento democrático. Assembleias populares foram criadas como os órgãos deliberativos primordiais; conselhos selecionados com um cuidadoso equilíbrio étnico (em cada município, por exemplo, os três principais cargos devem incluir um curdo, um árabe e um assírio ou armênio cristão, e ao menos um desses três deve ser uma mulher); há conselhos de mulheres e de jovens; e, num notável "eco" das Mujeres Libres (Mulheres Livres) da Espanha, um exército feminista, a chamada milícia "YJA Star" (a "União das Mulheres Livres", o "star" aqui referindo-se à antiga deusa mesopotâmia Ishtar), que tem tomado frente de uma grande proporção das operações de combate contra as forças do Estado Islâmico.}}

O partido político de maior relevância em Rojava, o [[Partido de União Democrática]] (PYD) é uma organização integrante da [[União das Comunidades do Curdistão]] (KCK). Como as organizações integrantes da KCK nos países vizinhos com minorias curdas [[autóctones]] são clandestinas (Turquia, Irã) ou politicamente marginalizadas em comparação a outros partidos curdos (Iraque), a região autônoma de Rojava, administrada pelo PYD, adquiriu o status de modelo para a [[agenda política]] da KCK.

Há muita simpatia por Rojava, em especial entre os curdos na Turquia. Durante o [[Cerco de Kobanî|cerco a Kobanî]], um grande número de curdos étnicos de cidadania turca atravessaram a fronteira e se voluntariaram para a defesa da cidade. Alguns desses ao retornar à Turquia pegaram em armas no [[conflito curdo-turco]], onde novas técnicas adquiridas por eles durante os combates em Kobani trouxeram maior capacidade operacional nos confrontos urbanos na Turquia. <ref>{{citecitar web|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2015/09/turkey-kurds-pkk-daglica-war-be-sustained-bloody-day.html|titletítulo=6 reasons why Turkey's war against the PKK won't last|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=2015-09-08|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://warontherocks.com/2016/03/kurdish-militants-and-turkeys-new-urban-insurgency/|titletítulo=Kurdish Militants and Turkey’s New Urban Insurgency|publisherpublicado=War On The Rocks|datedata=2016-03-23|accessdateacessodata=2016-05-20}}</ref>

As relações de Rojava com o [[Governo Regional do Curdistão]] no Iraque são complexas. Sendo o partido dominante no Curdistão Iraquiano, o [[Partido Democrático do Curdistão]] (KDP) vê a si mesmo e seus partidos afiliados curdos em outros países como uma alternativa mais [[Conservadorismo|conservadora]] e [[Nacionalismo|nacionalista]], antagonizando à KCK e sua agenda política e ideologia.<ref name="MiddleEastEye3">{{citecitar web|url=http://www.middleeasteye.net/news/analysis-kurds-syria-rojava-1925945786|titletítulo=ANALYSIS: 'This is a new Syria, not a new Kurdistan'|publisherpublicado=MiddleEastEye|datedata=2016-03-21|accessdateacessodata=2016-05-25}}</ref> O "[[Sultão|sistema sultanista]]" do Curdistão Iraquiano contrasta-se fortemente ao sistema do [[Confederalismo Democrático]] de Rojava.

Como todos os partidos do KCK em geral, o PYD, em especial, é crítico a qualquer forma de nacionalismo,<ref name="musliminterview">{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/08/syrian-kurdish-leader-will-respect-outcome-independence-referendum/|titletítulo=Syrian Kurdish leader: We will respect outcome of independence referendum|publisherpublicado=ARA News|datedata=2016-08-03|accessdateacessodata=2016-08-04}}</ref> inclusive o nacionalismo curdo. São notáveis as contrastantes diferenças das visões do [[Partido de União Democrática|PYD]] às do [[Partido Democrático do Curdistão|KDP]] iraquiano e seu partido aliado na Síria, o [[Conselho Nacional Curdo]] (ENKS), ambos essencialmente nacionalistas. <ref>{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/08/kurdish-national-council-announces-plan-setting-syrian-kurdistan-region/|titletítulo=Kurdish National Council announces plan for setting up ‘Syrian Kurdistan Region’|publisherpublicado=ARA News|datedata=2016-08-04|accessdateacessodata=2016-08-04}}</ref>

O papel mais notável de Rojava na arena internacional é a abrangente cooperação militar de suas milícias feitasob a édige das [[Forças Democráticas Sírias|Forças Democráticas Sírias (SDF]]) juntamente aos [[Estados Unidos]] e a coalizão internacional contrária ao [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]].<ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=Inside Syria: Kurds Roll Back ISIS, but Alliances Are Strained|url=http://www.nytimes.com/2015/08/10/world/middleeast/syria-turkey-islamic-state-kurdish-militia-ypg.html|datedata=10 Augustde agosto de 2015|accessdateacessodata=2016-10-28|workobra=New York Times}}</ref><ref>{{citecitar newsjornal|titletítulo=ANALYSIS: Kurds welcome US support, but want more say on Syria's future|url=http://www.middleeasteye.net/news/kurds-syria-us-general-292550977|datedata=23 Mayde maio de 2016|accessdateacessodata=2016-10-28|authorautor =Wladimir von Wilgenburg|publisherpublicado=MiddleEastEye}}</ref> Em uma declaração pública em março de 2016, um dia após a declaração da ''Federação do Norte da Síria – Rojava,'' o secretario de defesa dos EUA Ashton Carter elogiou as [[Unidades de Proteção Popular|Unidades de Proteção Popular (YPG)]] de Rojava por terem "provado ser excelentes parceiros nossos em solo na luta contra o [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante|ISIS]]. Somos gratos por isso e pretendemos continuar a agir de tal modo, reconhecendo as complexidades de seu papel regional".<ref>{{citecitar web|titletítulo=Pentagon chief praises Kurdish fighters in Syria|url=http://www.hurriyetdailynews.com/pentagon-chief-praises-kurdish-fighters-in-syria.aspx?pageID=238&nID=96609&NewsCatID=352|workobra=Hurriyet Daily News|datedata=18 Marchde março de 2016|accessdateacessodata=2016-10-28}}</ref> Ao final de outubro de 2016 o tenente-coronel do exército dos EUA Stephen Townsend, comandante da coalizão internacional anti-ISIS, disse que as [[Forças Democráticas Sírias|FDS]] liderariam o ataque planejado à cidade de [[Raqqa]], baluarte e capital do [[Estado Islâmico do Iraque e do Levante]], e que os comandantes das FDS planejariam a operação aconselhados pelas forças estadunidenses e da coalizão.<ref>{{citecitar newsjornal|url=http://www.stripes.com/news/us-general-syrian-democratic-forces-will-lead-the-assault-on-raqqa-1.435953|publisherpublicado=Stars and Stripes|titletítulo=US general: Syrian Democratic Forces will lead the assault on Raqqa|datedata=26 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-31}}</ref> Entretanto, em 7 de Novembro de 2016, quando questionado sobre a federalização da Síria, Mark C. Toner, porta-voz substituto do Departamento de Estado dos EUA disse que "Nós não queremos ver nenhum tipo de federalismo ad hoc ou sistema federalista surgir. Não queremos ver zonas semi-autônomas. A realidade é que assim que territórios são libertados do Daesh você deve ter novamente algum tipo de governo a essas áreas, mas de nenhum modo estamos condenando ou – qualquer tipo, como disse, – de áreas semi-autônomas ad hoc ao norte da Síria". <ref>{{citecitar web|titletítulo=Mark C. Toner, Deputy Spokesperson. Daily Press Briefing. Washington, DC. November 7, 2016|url=http://www.state.gov/r/pa/prs/dpb/2016/11/264175.htm|workobra=United States Department of State|datedata=2016-11-07|accessdateacessodata=2016-11-07}}</ref>

No campo diplomático Rojava carece de qualquer reconhecimento formal. Apesar de haver uma abrangente atividade por receber os representantes de Rojava <ref>{{citecitar newsjornal|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2015/02/turkey-france-kurdish-guerillas-elysee.html#|titletítulo=Hollande-PYD meeting challenges Erdogan|accessdateacessodata=7 Augustde agosto de 2015}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://jinha.com.tr/en/ALL-NEWS/content/view/25309|titletítulo=YPJ Commander Nesrin Abdullah speaks in Italian Parliament|publisherpublicado=JINHA|datedata=2015-06-23|accessdateacessodata=2016-06-09}}</ref><ref>{{citecitar newsjornal|url=http://ekurd.net/kurdish-pyd-hdp-ocalan-athens-2016-02-17|titletítulo=Syrian Kurdish PYD, Turkey’s HDP leaders attend ‘Ocalan conference’ in Athens|publisherpublicado=eKurd|datedata=17 Februaryde fevereiro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-13}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.parliament.uk/business/committees/committees-a-z/commons-select/foreign-affairs-committee/news/report-kurdistan-region/|titletítulo=Build Kurdistan relationship or risk losing vital Middle East partner - News from Parliament|publisherpublicado=UK Parliament|access-dateacessodata=2016-05-22}}</ref> e reconhecimento<ref>{{citecitar web|url=http://kurdishquestion.com/oldsite/index.php/kurdistan/west-kurdistan/rome-declares-kobane-sister-city.html|titletítulo=Rome Declares Kobane 'Sister City'|publisherpublicado=Kurdishquestion|datedata=2015-04-05|accessdateacessodata=2016-08-19}}</ref> em diversos países, somente a [[Rússia]] em uma ocasião deu apoio abertamente à ambição política de Rojava pela Federalização da Síria no campo internacional.<ref name="Now.MMedia/Al-Akhbar2">{{citecitar web|url=https://now.mmedia.me/lb/en/NewsReports/567021-russia-finishes-draft-for-new-syria-constitution-report|titletítulo=Russia finishes draft for new Syria constitution|publisherpublicado=Now.MMedia/Al-Akhbar|datedata=2016-05-24|accessdateacessodata=2016-05-24}}</ref><ref name="Al-Monitor2">{{citecitar web|titletítulo=Syria rejects Russian proposal for Kurdish federation|url=http://www.al-monitor.com/pulse/originals/2016/10/turkey-russia-mediates-between-kurds-and-assad.html|publisherpublicado=Al-Monitor|datedata=24 Octoberde outubro de 2016}}</ref> Entretanto, a ''Federação do Norte da Síria – Rojava'' no curso do ano de 2016 abriu escritórios de representação oficial em [[Moscovo|Moscou]],<ref>{{Citecitar web|url=http://www.nationalia.info/new/10714/rojava-first-representation-office-outside-kurdistan-opens-in-moscow|titletítulo=Rojava's first representation office outside Kurdistan opens in Moscow|website=Nationalia|datedata=11 Februaryde fevereiro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-28}}</ref> [[Estocolmo]],<ref name=":0">{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/04/syrian-kurds-inaugurate-representation-office-sweden/|titletítulo=Syrian Kurds inaugurate representation office in Sweden|datedata=2016-04-18|publisherpublicado=ARA News|languagelíngua=en-US|access-dateacessodata=2016-05-22}}</ref> [[Berlim]],<ref>{{citecitar web|url=http://www.evrensel.net/haber/279449/berlinde-rojava-temsilciligi-acildi|titletítulo=Berlin’de Rojava temsilciliği açıldı|datedata=2016-05-07|website=Evrensel.net|languagelíngua=tr-TR|access-dateacessodata=2016-05-22}}</ref> [[Paris]],<ref>{{citecitar web|url=https://english.alarabiya.net/en/News/middle-east/2016/05/24/Syrian-Kurds-open-unofficial-representative-mission-in-Paris-.html|titletítulo=Syrian Kurds open unofficial representative mission in Paris|publisherpublicado=Al Arabiya|datedata=2016-05-24|access-dateacessodata=2016-05-22}}</ref> [[Haia]],<ref>{{Citecitar web|url=http://aranews.net/2016/09/syrian-kurds-inaugurate-representation-office-in-the-netherlands/|titletítulo=Syrian Kurds inaugurate representation office in the Netherlands|publisherpublicado=ARA News|datedata=2016-09-08|accessdateacessodata=2016-09-08}}</ref> e [[Oslo]].<ref>{{citar web|url=http://aranews.net/2016/11/syrian-kurds-inaugurate-representation-office-oslo/|titulo=Syrian Kurds inaugurate representation office in Oslo|data=November 27, de novembro de 2016|acessodata=December3 03,de dezembro de 2016|obra=|publicado=ARA News|ultimo=|primeiro=}}</ref>A milícia das YPG possui uma representação oficial em [[Praga]].<ref>{{citecitar web|url=http://praguemonitor.com/2016/04/04/kurdish-militia-ypg-opens-office-prague|titletítulo=Kurdish militia YPG opens office in Prague|workobra=Prague Monitor|access-dateacessodata=2016-05-22}}</ref>. Um grande número de vozes nos EUA e Europa tem pedido maior reconhecimento formal de Rojava.<ref>{{citecitar web|authorautor =Steven A. Cook|url=https://www.foreignaffairs.com/articles/turkey/2016-03-14/between-ankara-and-rojava/|titletítulo=Between Ankara and Rojava|workobra=Foreign Affairs|datedata=14 Marchde março de 2016|accessdateacessodata=2016-06-09}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://www.theatlantic.com/international/archive/2016/10/kurds-rojava-syria-isis-iraq-assad/505037/|titletítulo=What the Syrian Kurds Have Wrought. The radical, unlikely, democratic experiment in northern Syria|authorautor =Si Sheppard|publisherpublicado=The Atlantic|datedata=25 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-25}}</ref><ref name="meredith2">{{citecitar web|url=https://www.foreignaffairs.com/articles/2016-10-14/rojava-model|titletítulo=The Rojava Model|authorautor =Meredith Tax|publisherpublicado=Foreign Affairs|datedata=14 Octoberde outubro de 2016|accessdateacessodata=2016-10-28}}</ref> Tem havido uma notável cooperação internacional nos campos de instituições educacionais e culturais, como o acordo de cooperação da Universidade Paris 8 na recentemente fundada [[Universidade de Rojava]] em [[Al-Qamishli|Qamishli]],<ref>{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/08/rojava-university-seeks-eliminate-constraints-education-syrias-kurdish-region/|titletítulo=Rojava university seeks to eliminate constraints on education in Syria’s Kurdish region|publisherpublicado=ARA News|datedata=15 Augustde agosto de 2016}}</ref> ou no planejamento pela criação de um centro cultural francês em Amuda.<ref>{{citecitar web|url=http://www.lejdd.fr/Culture/Livres/L-ecrivain-Patrice-Franceschi-veut-creer-un-centre-culturel-au-Kurdistan-syrien-778553|titletítulo=L’écrivain Patrice Franceschi veut créer un centre culturel au Kurdistan syrien|publisherpublicado=Europe1|datedata=27 Marchde março de 2016}}</ref><ref>{{citecitar newsjornal|url=http://www.nrttv.com/EN/Details.aspx?Jimare=9371|titletítulo=French delegation seeks to open cultural center in Rojava|publisherpublicado=NRT|datedata=9 Augustde agosto de 2016}}</ref><ref>{{citecitar web|url=http://aranews.net/2016/09/kurds-plan-set-french-institute-syria/|titletítulo=Kurds plan to set up French institute in Syria|publisherpublicado=ARA News|datedata=8 Septemberde setembro de 2016}}</ref>

A Turquia é persistentemente hostil por sentir-se ameaçada pela emergência do território autônomo de Rojava e do encorajamento ao ativismo fomentado pelos revolucionários de Rojava aos curdos na Turquia, trazendo novos elementos ao conflito curdo-turco. Nesse contexto, são vistos como inimigos relevantes à Turquia agora governada pelo [[Partido da Justiça e Desenvolvimento (Turquia)|Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP)]] do presidente [[Recep Tayyip Erdoğan|Recep Erdogan]] o [[Partido de União Democrática|Partido de União Democrática (PYD)]] e as [[Unidades de Proteção Popular|YPG]] por serem membros da rede de organizações ligadas à [[União das Comunidades do Curdistão]] (KCK), associação política que também inclui organizações curdas na Turquia, incluindo o [[Partido dos Trabalhadores do Curdistão|Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).]]