Lutero Vargas: diferenças entre revisões

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'''Lutero Sarmanho Vargas''' ([[São Borja]], {{dtlink|lang=br|24|2|1912}} — [[Porto Alegre]], {{morte|lang=br|4|10|1989}}) foi um [[médico]], [[político]] e [[diplomata]] [[brasil]]eiro. Lutero foi o filho mais velho de [[Getúlio Vargas]]
 
== Biografia ==
Lutero Vargas foi o filho mais velho de [[Getúlio Vargas]], ex-[[presidente do Brasil]], e de [[Darcy Vargas]]. Lutero formou-se em [[Medicina]] pela [[Faculdade Nacional de Medicina]] da [[Universidade do Brasil]] em 1937. Tornou-se [[cirurgião]]-chefe do Centro Médico-Pedagógico [[Oswaldo Cruz]], no [[Rio de Janeiro]].
 
Em julho de 1944, durante a [[Segunda Guerra Mundial]], Lutero viajou à [[Itália]] para servir como [[tenente]]-[[médico]] do Grupo de Aviação de Caça. Tendo regressado ao Brasil com o fim da guerra, em 1945, voltou a trabalhar no Centro Médico.{{careceCarece de fontes|biografia=sim|Brasil=sim|ciência=sim|sociedade=sim|data=abril de 2017}}
 
=== Carreira política no Regime Vargas ===
Com a degradação do [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], Lutero Vargas fundou, ao lado de outros partidários, o [[Partido Trabalhista Brasileiro]] (PTB). Em outubro de 1950 foi eleito [[deputado federal]] pelo [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]]. E seu pai tornou-se presidente da República.
 
Em [[1951]] foi aberta uma [[Comissão parlamentar de inquérito|CPI]] para investigar empréstimos milionários do governo Vargas ao jornalista [[Samuel Wainer]], realizadas sem as devidas garantias contábeis, para fundar o jornal pró-governo [[Última Hora]]. A CPI concluiu que Lutero Vargas foi o principal intermediário da relação entre Wainer e os investidores privados.<ref>“Relatório final da CPI da Última Hora”. Citado por Adelina Alves Novaes e Cruz, Célia Maria Leite Costa, Maria Celina Soares D’Araújo e Suely Braga da Silva, Impasse na democracia brasileira (1951-1955), pp. 242-6.</ref> Ante as evidências, a CPI encaminhou a conclusão ao judiciário, para responsabilizá-los criminalmente. Mas a maioria getulista da Câmara negou autorização para processar Lutero que possuía mandato parlamentar.<ref> Ascensão e Queda de Getúlio Vargas – Affonso Henriques – Record 1977, 3 vol. pg. 265 </ref>
 
Depois desse incidente, Lutero Vargas entrou em constantes atritos com o jornalista [[Carlos Lacerda]] declarado opositor do governo Vargas. Lacerda chamou Lutero de “o filho rico do pai dos pobres”, “degenerado”, “meliante” e “ladrão”, acusando-o de ter amealhado um patrimônio incompatível com o exercício da medicina. Lutero Vargas processou o jornalista por injúria e difamação <ref>Última Hora, 29 de maio de 1954.</ref>
 
[[Sobral Pinto]] escreveu uma carta à Lutero Vargas afirmando que "se houvesse resquício de decência nesta terra o escândalo financeiro da [[Última Hora]] teria determinado a queda do sr. Getúlio Vargas.” <ref>John W. F. Dulles, Sobral Pinto: A consciência do Brasil, pp. 44-5.</ref> Lutero respondeu revelando nas páginas da [[Última Hora]] um caso de adultério cometido por [[Sobral Pinto]] e o acusando de hipócrita por se dizer católico praticante. <ref>Última Hora, 12 de julho de 1954</ref>
 
Nas eleições de 1954, Lutero e [[Carlos Lacerda]], da [[União Democrática Nacional]] (UDN), disputaram uma vaga na [[Câmara Federal]]. No dia 5 de agosto daquele ano, entretanto, ocorreu o [[Crime da rua Tonelero]], acirrando a campanha contra Vargas. O pistoleiro que executou o atentado, Alcino João do Nascimento, afirmou que Lutero foi o mandante.<ref>José Augusto Ribeiro, A Era Vargas, vol. 2, p. 86</ref> Lutero acabou envolvido no [[inquérito]], mas não foi indiciado. Em [[24 de agosto]], seu pai, Getúlio Vargas, cometeu [[suicídio]].
 
===Carreira política depois do Regime Vargas===
 
=== Carreira política depois do Regime Vargas ===
Reelegeu-se deputado e, no final de 1954, tornou-se presidente do diretório carioca do PTB (cargo que ocupou até 1962).
 
Em 1958 tentou entrar para o [[Senado]], mas não conseguiu. Elegeu-se deputado à AssembléiaAssembleia Constituinte de [[Guanabara]], em [[Eleições estaduais na Guanabara em 1960|outubro de 1960]]. Dois anos depois, Lutero foi nomeado [[embaixador]] do Brasil em [[Honduras]], posição que manteve até o [[Golpe Militar de 1964]]. Tornou-se então presidente nacional do PTB.
 
Apenas duas semanas antes do [[Ato Institucional Número Dois]], Lutero presidiu a última reunião do diretório nacional do PTB.
 
Em 1979, quando se iniciou o debate acerca da reorganização partidária, Lutero apoiou sua prima, [[Ivete Vargas]], para reconstruir o PTB. Contudo, três anos depois, retirou seu apoio em virtude da candidatura de [[Sandra Cavalcanti]], uma figura remanescente do [[Carlos Lacerda|lacerdismo]]. Assim, recomendou [[Leonel Brizola]], do [[Partido Democrático Trabalhista]] (PDT). Embora tenha vencido as eleições ao cargo de [[governador do Rio de Janeiro]], Brizola não teve seu governo apoiado por Lutero<ref>[http://www.cpdoc.fgv.br/nav_gv/htm/biografias/Lutero_Vargas.asp]</ref>.
 
=== Vida pessoal ===
Em 1940 casou-se com [[Ingeborg ten Haeff]], natural de [[Düsseldorf]], com quem teve uma filha, Cândida. Eles se conheceram em um restaurante em [[Berlim]], quando ele estava aperfeiçoando seus estudos na [[Alemanha]]<ref>[http://veja.abril.com.br/290904/pompeu.html]</ref>.
 
No final de 1943, já entediado de sua esposa, envolve-se com outra mulher. Como membro do corpo médico da [[Força Expedicionária Brasileira|FEB]] consegue que sua amante siga para a [[Itália]] como enfermeira. No Brasil, longe e sem o apoio do marido e afastada de sua filha, Ingeborg não vê outra alternativa senão -- já em 1944 --, partir do país, em direção à [[Nova York]]<ref>Muylaert, Roberto "1943" ISBN 8562969125 Bússola Editorial 2012</ref>.
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{{Referências}}
 
== Ligações externas ==
* {{link|en|2=http://www.nabiarts.com/Nabi/ithcurvit.htm |3=Página sobre Ingeborg ten Haeff}}
* [http://www.nabiarts.com/04/tenhaeff/realms.htm Trabalhos de Ingeborg ten Haeff]
 
{{Portal3|Biografias|Saúde|Política}}
 
[[Categoria:Deputados estaduais da Guanabara]]