Câncer de pele: diferenças entre revisões

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<!-- Definição e sintomas -->
Os {{PEPB|cancros da pele|cânceres de pele}} são [[cancro]]s que se formam na [[pele]]. São causados pelo desenvolvimento de [[célula]]s anormais que têm a capacidade de invadir ou de se [[Metástase|espalhar]] para outras partes do corpo.<ref>{{citecitar web|titletítulo=Defining Cancer|url=http://www.cancer.gov/cancertopics/cancerlibrary/what-is-cancer|website=National Cancer Institute|accessdateacessodata=10 Junede junho de 2014}}</ref> Existem três tipos principais: [[carcinoma basocelular]] (CBC), [[carcinoma de células escamosas]] (CCE) e [[melanoma]].<ref name=NCI2013TxPro>{{citecitar web|titletítulo=Skin Cancer Treatment (PDQ®)|url=http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/treatment/skin/HealthProfessional/page1/AllPages|website=NCI|accessdateacessodata=30 Junede junho de 2014|datedata=2013-10-25}}</ref> O conjunto dos dois primeiros, e de uma série de cancros de pele menos comuns, é conhecido como "cancros de pele não melanoma" (CPNM).<ref name=Cak2012/><ref name=ABC2008>{{citecitar booklivro|last1último1 =Marsden|first1primeiro1 =edited by Sajjad Rajpar, Jerry|titletítulo=ABC of skin cancer|datedata=2008|publisherpublicado=Blackwell Pub.|locationlocal=Malden, Mass.|isbn=9781444312508|pagespáginas=5–6|url=https://books.google.com/books?id=aRE_YuXmaFoC&pg=PA5}}</ref> O carcinoma basocelular é de crescimento lento e pode invadir os tecidos adjacentes, mas é pouco provável que se espalhe para regiões distantes ou que provoque a morte.<ref name=Cak2012/> Muitas vezes aparece como uma área de pele elevada e indolor, que se pode apresentar brilhante e com [[Telangiectasia|pequenos vasos sanguíneos]] ou na forma de uma área de pele elevada com uma [[úlcera]].<ref name=NCI2013TxPro/> O carcinoma de células escamosas apresenta maior probabilidade de se espalhar.<ref name=Cak2012/> Geralmente manifesta-se na forma de um pequeno inchaço com topo escamoso, embora possa também formar uma úlcera.<ref>{{citecitar booklivro|author1autor1 =Lynne M Dunphy|titletítulo=Primary Care: The Art and Science of Advanced Practice Nursing|datedata=2011|publisherpublicado=F.A. Davis|isbn=9780803626478|pagepágina=242|url=https://books.google.com/books?id=RR1hAQAAQBAJ&pg=PA242}}</ref> Os melanomas são os mais agressivos. Os sinais incluem a presença de um [[nevo melanocítico]] cujo tamanho, forma e cor se alterarm, que apresenta margens irregulares, que tem mais de uma cor, que provoca [[prurido]] ou que sangra.<ref name=Mel2014>{{citecitar web|titletítulo=General Information About Melanoma|url=http://www.cancer.gov/cancertopics/pdq/treatment/melanoma/Patient/page1/AllPages|website=NCI|accessdateacessodata=30 Junede junho de 2014|datedata=2014-04-17}}</ref>
 
<!-- Causa e diagnóstico -->
Mais de 90% dos casos são causados por exposição à [[radiação ultravioleta]] (UV) do [[Sol]].<ref name=UV2010>{{citecitar journalperiódico|last1último1 =Gallagher|first1primeiro1 =RP|last2último2 =Lee|first2primeiro2 =TK|last3último3 =Bajdik|first3primeiro3 =CD|last4último4 =Borugian|first4primeiro4 =M|titletítulo=Ultraviolet radiation.|journalperiódico=Chronic diseases in Canada|datedata=2010|volume=29 Suppl 1|pagespáginas=51–68|pmid=21199599}}</ref> Esta exposição aumenta o risco de todos os três principais tipos de cancro de pele<ref name=UV2010/> e tem vindo a aumentar devido à destruição da [[Ozonosfera|camada de ozono]] da atmosfera.<ref name=Cak2012/><ref>{{cite journalcitar periódico|vauthors=Maverakis E, Miyamura Y, Bowen MP, Correa G, Ono Y, Goodarzi H | title título= Light, including ultraviolet | journal periódico= J Autoimmun | volume = 34 | issue número= 3 | pages páginas= J247-57 | year ano= 2010 | pmid = 20018479 | doi = 10.1016/j.jaut.2009.11.011}}</ref> As [[Câmara de bronzeamento|mesas de bronzeamento]] estão-se a tornar outra fonte comum de radiação UV.<ref name=UV2010/> No caso dos melanomas e dos carcinomas basocelulares a exposição durante a infância é particularmente prejudicial.<ref name=WCR2014/> No caso dos carcinomas de células escamosas é prejudicial em qualquer idade.<ref name=UV2010/> Entre 20 a 30% dos melanomas desenvolvem-se a partir de sinais na pele.<ref name=WCR2014/> As pessoas de pele clara apresentam maior risco,<ref name=NCI2013TxPro/> assim como as pessoas com o [[sistema imunitário]] comprometido devido a, por exemplo, medicamentos para o [[VIH]].<ref name=Cak2012/><ref>{{citecitar journalperiódico|last1último1 =Chiao|first1primeiro1 =EY|last2último2 =Krown|first2primeiro2 =SE|titletítulo=Update on non-acquired immunodeficiency syndrome-defining malignancies.|journalperiódico=Current opinion in oncology|datedata=Septembersetembro de 2003|volume=15|issuenúmero=5|pagespáginas=389–97|pmid=12960522|doi=10.1097/00001622-200309000-00008}}</ref> O diagnóstico é realizado por [[biópsia]].<ref name=Mel2014/>
 
<!-- Prevenção e tratamento -->
A diminuição da exposição à radiação UV e o uso de [[protetor solar]] aparentam ser métodos eficazes de prevenir o melanoma e o carcinoma de células escamosas.<ref name=WCR2014/><ref name=Jou2012>{{citecitar journalperiódico|last1último1 =Jou|first1primeiro1 =PC|last2último2 =Feldman|first2primeiro2 =RJ|last3último3 =Tomecki|first3primeiro3 =KJ|titletítulo=UV protection and sunscreens: what to tell patients.|journalperiódico=Cleveland Clinic journal of medicine|datedata=Junejunho de 2012|volume=79|issuenúmero=6|pagespáginas=427–36|pmid=22660875|doi=10.3949/ccjm.79a.11110}}</ref> No entanto, não é ainda claro se o uso de protetores solares tem influência no risco de carcinoma basocelular.<ref name=Jou2012/> O cancro de pele não melanoma tem geralmente cura.<ref name=Cak2012/> O tratamento consiste geralmente na remoção cirúrgica, embora de forma menos frequente possa ser recomendada [[radioterapia]] ou aplicação de medicamentos tópicos como a [[fluorouracila]].<ref name=NCI2013TxPro/> O tratamento de melanomas pode consistir numa combinação de cirurgia, [[quimioterapia]], [[radioterapia]] ou [[terapia dirigida]].<ref name=Mel2014/> Nas pessoas em que o cancro já se espalhou para outras partes do corpo, podem ser administrados [[cuidados paliativos]] de modo a melhorar a qualidade de vida.<ref name=Mel2014/> O melanoma tem uma das mais altas taxas de sobrevivência entre os cancros, com cerca de 86–90% das pessoas a sobreviver mais de cinco anos.<ref>{{citecitar web|titletítulo=SEER Stat Fact Sheets: Melanoma of the Skin|url=http://seer.cancer.gov/statfacts/html/melan.html|website=NCI|accessdateacessodata=18 Junede junho de 2014}}</ref><ref>{{citecitar web|titletítulo=Release: Cancer Survival Rates, Cancer Survival in England, Patients Diagnosed 2005-2009 and Followed up to 2010|url=http://www.ons.gov.uk/ons/publications/re-reference-tables.html?edition=tcm%3A77-239726|website=Office for National Statistics|accessdateacessodata=30 Junede junho de 2014|datedata=15 Novemberde novembro de 2011}}</ref>
 
<!-- Epidemiologia -->
O cancro da pele é a forma mais comum de cancro, sendo responsável por mais de 40% de todos os casos da doença.<ref name=Cak2012>{{citecitar journalperiódico|last1último1 =Cakir|first1primeiro1 =BÖ|last2último2 =Adamson|first2primeiro2 =P|last3último3 =Cingi|first3primeiro3 =C|titletítulo=Epidemiology and economic burden of nonmelanoma skin cancer.|journalperiódico=Facial plastic surgery clinics of North America|datedata=Novembernovembro de 2012|volume=20|issuenúmero=4|pagespáginas=419–22|pmid=23084294|doi=10.1016/j.fsc.2012.07.004}}</ref><ref>{{citecitar journalperiódico|last1último1 =Dubas|first1primeiro1 =LE|last2último2 =Ingraffea|first2primeiro2 =A|titletítulo=Nonmelanoma skin cancer.|journalperiódico=Facial plastic surgery clinics of North America|datedata=Februaryfevereiro de 2013|volume=21|issuenúmero=1|pagespáginas=43–53|pmid=23369588|doi=10.1016/j.fsc.2012.10.003}}</ref> É particularmente comum entre pessoas de pele clara.<ref>{{citecitar journalperiódico|last1último1 =Leiter|first1primeiro1 =U|last2último2 =Garbe|first2primeiro2 =C|titletítulo=Epidemiology of melanoma and nonmelanoma skin cancer--the role of sunlight.|journalperiódico=Advances in experimental medicine and biology|datedata=2008|volume=624|pagespáginas=89–103|pmid=18348450|doi=10.1007/978-0-387-77574-6_8}}</ref> O tipo mais comum é o cancro de pele não melanoma, que se estima que afete anualmente mais de 2 a 3 milhões de pessoas.<ref name=WCR2014/><ref>{{citecitar web|titletítulo=How common is skin cancer?|url=http://www.who.int/uv/faq/skincancer/en/index1.html|website=World Health Organization|accessdateacessodata=30 Junede junho de 2014}}</ref><ref name=NCI2013TxPro/> Dos cancros de pele não melanoma, cerca de 80% são carcinomas basocelulares e 20% carcinomas de células escamosas.<ref name=ABC2008/> Estes dois tipos raramente provocam a morte.<ref name=WCR2014/> Em 2012, o melanoma afetou {{formatnum:232000}} pessoas em todo o mundo e provocou a morte a {{formatnum:55000}} pessoas.<ref name=WCR2014/> A Austrália e a Nova Zelândia têm a maior prevalência de casos no mundo.<ref name=WCR2014/> Os três principais tipos de cancro da pele têm-se tornado mais comuns nos últimos 20 a 40 anos, particularmente em regiões habitadas principalmente por [[Brancos|pessoas brancas]].<ref name=Cak2012/><ref name=WCR2014>{{citecitar booklivro|titletítulo=World Cancer Report 2014.|datedata=2014|publisherpublicado=World Health Organization|isbn=9283204298|pagespáginas=Chapter 5.14}}</ref>
 
== Classificação ==
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| [[Melanoma]]
| A aparência comum é de uma área assimétrica, com bordas irregulares, variação de cor e frequentemente maior que 6&nbsp;mm de diâmetro. Representa cerca de 5% dos casos de câncer de pele. A incidência tem aumentado cerca de 4 a 6% anualmente. É mais comum em mulheres entre 30 e 79 anos de idade e em indivíduos de cor branca. Quanto menor e menos espesso melhor as chances de cura.<ref>{{citecitar web |url=http://emedicine.medscape.com/article/1100753-overview |titletítulo=Malignant Melanoma: eMedicine Dermatology |formatformato= |workobra= |accessdateacessodata=}}</ref><ref>Ana Maria Costa Pinheiro, Horácio Friedman, Andrea Leão Santos Veiga Cabra, Helbert Abe Rodrigues. Melanoma cutâneo: características clínicas, epidemiológicas e histopatológicas no Hospital Universitário de Brasília entre janeiro de 1994 e abril de 1999. An bras Dermatol, Rio de Janeiro, 78(2):179-186, mar. / a b r. 2003.</ref>
| [[Imagem:Melanoma.jpg|centro|150px]]
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== Epidemiologia ==
[[Imagem:Melanoma and other skin cancers world map - Death - WHO2004.svg|thumb|Número de mortes a cada 100.000 habitantes por câncer de pele (OMS 2004)<ref>{{citecitar web |url=http://www.who.int/healthinfo/global_burden_disease/estimates_country/en/index.html |titletítulo=WHO Disease and injury country estimates |yearano=2009 |workobra=World Health Organization |accessdateacessodata=Nov. 11, 2009}}</ref><div class="references-small" style="-moz-column-count:3; column-count:3;">
{{legend|#b3b3b3|Sem informação}}
{{legend|#ffff65|Menos de 0.7}}
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A estimativa brasileira do Instituto Nacional do Câncer [[INCA]] é de que ocorram mais de 100 mil novos casos por ano no Brasil. Estes valores correspondem a um risco estimado de 60 casos novos a cada 100 mil homens e 62 para cada 100 mil mulheres.<ref name=INCA /> Um terço dos pacientes tem histórico familiar de câncer de pele.<ref name=POPIM>POPIM, Regina Célia et al . Câncer de pele: uso de medidas preventivas e perfil demográfico de um grupo de risco na cidade de Botucatu. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, Aug. 2008 . Available from <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232008000400030&lng=en&nrm=iso>. access on 06 May 2011. doi: 10.1590/S1413-81232008000400030.</ref>
 
Ao contrário dos outros cânceres que ocorrem na maioria dos casos em pessoas acima de 70 anos, os carcinomas na pele são comum também entre os 20 aos 35 e afeta também crianças e adolescentes. A grande maioria de suas vítimas são [[caucasiano]]s (brancos), sendo mais comum em países tropicais como Brasil, [[África do Sul]] e [[Austrália]].<ref name=POPIM /> O número de diagnósticos de melanomas vêm aumentando nos últimos 40 anos.<ref name=um>GALLAGHER, R.P. et al. Is chronic sunlight exposure important in accounting for increases in melanoma incidence? Int. J. Cancer, 44: 813-5, 1989.</ref>.
 
== Investigação ==