Museu Nacional de Arte da Catalunha: diferenças entre revisões

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|website = [http://www.mnac.cat www.mnac.cat]
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O '''Museu Nacional de Arte da Catalunha''' {{Langx|tit=s|ca|Museu Nacional d'Art de Catalunya}}, também conhecido pela sua [[sigla]] '''MNAC''', é um [[museu]] situado no Palácio Nacional, na colina de [[Montjuïc]], na cidade de [[Barcelona]], na [[Catalunha]], na [[Espanha]]. Sua missão é preservar e expor a sua coleção de arte catalã, uma das mais importantes do mundo, e mostrá-la em sua totalidade, a partir do românico até o presente.<ref>{{Citar web|título = Home CA|URL = http://www.museunacional.cat/ca?lan=001|acessadoem = 2015-07-25}}</ref>.
 
Destaca-se pela sua coleção de [[Arte românica|arte Românica]], considerada uma das mais completas do mundo. O diretor do museu é Josep Serra i Villalba. O MNAC é um [[consórcio]], com [[personalidade jurídica]] própria, constituída pelo Governo da Catalunha, pela Câmara Municipal de Barcelona e pela Administração Geral do Estado. Os [[Curador (artes)|curadores]] do museu estão representados por, além do governo, indivíduos e entidades privadas.
 
O atual museu constitui-se em [[1990]] com a junção das coleções do Museu de Arte Moderna, criado em [[1945]], e do Museu de Arte da Catalunha, inaugurado em 1934. Às peças procedentes destes museus, juntou-se uma nova secção de [[numismática]], outra de [[gravura]]s, assim como os fundos da Biblioteca Geral de História de Arte. Mais tarde, em 1996, juntou-se um novo departamento dedicado à [[fotografia]]. Em 2006, o museu possuía já quase 250 000 obras nas diferentes coleções. Além das exposições temporárias e das itinerantes, o museu realiza, também, outras funções como estudo, [[conservação e restauro]] de obras de arte.
 
A sede principal encontra-se situada no Palácio Nacional, edifício situado na montanha de Montjuïc, inaugurado em 1929 no âmbito da [[Exposição Internacional de Barcelona de 1929]]. Além disso, outras três instituições fazem parte do conjunto do museu: a Biblioteca; o [[Museu Víctor Balaguer de Vilanova i la Geltrú]], o [[Museu de la Garrotxa]] em [[Olot]], e o [[Museu Cau Ferrat]] de [[Sitges]].
== Palácio Nacional de Montjuïc ==
O chamado Palácio Nacional foi construído para a [[Exposição Internacional de Barcelona de 1929]], dedicado a uma exposição de arte espanhola com mais de 5 000 obras procedentes de todo o território nacional. No seu Salão Oval efetuou-se a cerimônia de inauguração da Exposição presidida por [[Afonso XIII]] e pela rainha [[Victoria Eugenia]]. O projeto foi de [[Eugenio Cendoya]], [[Enric Catà]] e [[Pere Domènech i Roura]]. Construído entre 1926 e 1929, tem uma superfície de 32 000 metros quadrados. As cascatas e as saídas da escadaria do Palácio foram obra de [[Carles Buïgas]], e colocaram-se nove grandes projetores que ainda hoje emitem uns intensos raios de luz que escrevem o nome da cidade no céu. A rapidez de construção e a modéstia dos materiais usados explicam que o edifício fosse acusando deficiências na sua consistência, que requereram importantes obras quando este foi adaptado como sede do MNAC (1934).<ref name="Gómez-Moreno1929">{{citecitar booklivro|authorautor =Manuel Gómez-Moreno|titletítulo=El arte en España: guía museo del Palacio nacional|url=http://books.google.com/books?id=lOtJAAAAMAAJ|accessdateacessodata=29 Marchde março de 2012|yearano=1929|publisherpublicado=Imprenta de Eugenio Subirana}}</ref>
 
O seu estilo arquitetônico pode-se definir de eclético ou de revivalista historicista, segundo o gosto que predominava na época, especialmente em edificações com fins comemorativos e grandiosos. Nele, se fundiram elementos do renascimento e do barroco com o intuito de se combinar o mais típico e reconhecido da Espanha com o classicismo que era norma nos edifícios públicos. Assim, a cúpula central pode recordar a basílica de São Pedro do vaticano e a catedral se São Paulo de Londres, muito embora as torres laterais sejam quase uma cópia da [[Giralda]] de [[Sevilha]]. Frente a estes elementos verticais com uma certa harmonia e ligeireza, o corpo do edifício resulta maciço, com forma de caixa e quase sem janelas, que lhe dá um efeito de certa forma pesado.<ref>Barral i Altet (1992) pàg.25</ref>
[[FileImagem:BCN-PalauNacional-4862.jpg|thumb|esquerda|180px|Palácio Nacional]]
Curiosamente, esta aparente solidez não faz correspondência com o interior, que foi acusando problemas de sustentação. A arquiteta italiana Gae Aulenti foi convocada, nos anos 1980, para resolver estes problemas e também para adaptar os amplos espaços interiores, de altos tetos, às suas funções como salas de exposições. As obras alargaram-se por complicações técnicas e abordaram-se em várias fases, pelo que, durante as Olimpíadas de 1992 apenas se pôde apresentar uma pré-imagem do futuro museu. As obras deram-se por concluídas em 2004, com as novas salas do século XIX e o depósito do [[Museu Thyssen-Bornemisza]], ao que se juntou em 2005 outro empréstimo de obras da Coleção Carmen Thyssen-Bornemisza.<ref name="mnacweb">[http://www.mnac.cat/recerca/rec_arxiu.jsp?lan=001 Història de l'edifici al web oficial del MNAC]</ref>
 
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=== Fotografia ===
A coleção de fotografia dispõe de mais de 6 000 exemplares. As obras mais antigas estão datadas do século XIX, mas podem-se ver obras de diferentes movimentos como o [[pictorialismo]], a nova objetividade, o fotojornalismo, até o neorrealismo e o período contemporâneo. A coleção constituiu-se, além de algumas aquisições próprias, graças a um conjunto de doações e depósitos de colecionadores e dos próprios artistas (Colita, Joan Fontcuberta, Pere Formiguera, Carles Fontserè, Emilio Godes, José Lladó, Oriol Maspons, Kim Manresa, Josep Masana, Otto Lloyd, Antonio Arissa, Josep Maria Casals Ariet...).
 
Entre as obras expostas, encontram-se algumas em depósito no Fundo de Arte do Governo da Catalunha, com obras de [[Antoni Campañà]], [[Pere Català Pic]], [[Francesc Català Roca]], [[Joan Colom]], [[Manel Esclusa]], [[Francesc Esteve i Soley]] entre outros, e obras também em depósito do Agrupamento Fotográfico da Catalunha, com fotos de [[Claudi Carbonell]] e [[Joan Porqueras]] e outra com uma seleção de fotógrafos do [[Vanguarda|vanguardismo]] fotográfico catalão até à [[guerra Civil Espanhola]].<ref>''[http://www.elperiodico.cat/ca/noticias/oci-i-cultura/mnac-dedica-dues-sales-les-fotografies-centelles-lavantguarda-catalana-1834461 El MNAC dedica dues sales a les fotografies de Centelles i de l'avantguarda catalana]'', [[El Periódico]], 25/05/2012</ref>
 
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=== Sala Sert ===
[[Josep Maria Sert]] (1874-1945) foi um dos pintores de mural mais cotado do seu tempo. A sua pintura mural, artística, sofisticada e envolvente, assimilava a tradição dos grandes mestres venezianos. Basta recordar, entre muitas coisas, as suas pinturas murais para o [[Rockefeller Center]] ou o [[Hotel Waldorf-Astoria]] de [[Nova York]]; a decoração da [[Sociedade das Nações]] de Genebra, sem esquecer a [[Catedral de Vic]] e numerosas [[Mansão|mansões]] de [[Paris]], [[Buenos Aires]], [[Veneza]] ou [[Londres]]. Precisamente, nesta última cidade em 1921, Sert encarregou-se da decoração do salão de baile da residência de ''sir'' Philip Sassoon, figura relevante do mundo político, cultural e financeiro da sociedade britânica. Sert decorou aquele espaço rectangular (de 85 metros quadrados e 6,5 metros de altura) com painéis de madeira pintados a óleo, em tons de preto e prateados, com um estilo que revive o ilusionismo barroco com conotações de ''[[art déco]]''.
 
A cena, intitulada Caravanas do Oriente, inclui [[camelo]]s gigantescos, palmeiras com fontes barrocas, ruínas de um [[templo grego]] e multidões humanas que avançam até uma cidade ideal. A obra completava-se com o teto, sobre o qual pintou nuvens e uma abertura celestial. Depois da morte de Sassoon em 1939, a sua residência foi destruída. Os painéis, com a exceção do teto, salvaram-se e foram adquiridos, depois de diversas vicissitudes, pela Câmara Municipal de Barcelona. No âmbito das novas instalações do MNAC, restituiu-se o conjunto, com o respectivo restauro das pinturas murais.
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* [[Guerau Gener]] e [[Lluís Borrassà]] – ''Natividade e São João Evangelista''
* [[Bernat Despuig]] e [[Jaume Cirera]] – ''Luta entre anjos e demônios ''
* [[Bernat Martorell]] – ''Retábulo de São Vicente, Martírio de Santa Luzia''
* [[Joan Reixac]] – ''Retábulo de Santa Úrsula e as onze mil Virgens''
* [[Ramon de Mur]] – ''[[Virgem do Leite]]''