Unificação da Bulgária: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro nas citações, outros ajustes usando script
Linha 1:
[[ImageImagem:Map of Bulgaria and Eastern Rumelia in 1882.jpg|thumb|300px|right|Um mapa do Principado da Bulgária e Rumélia Oriental antes da unificação.]]
[[Ficheiro:Bulgaria San Stefano Berlin 1878 TB.png|thumb|250px|Fronteiras da Bulgária de acordo com o [[Tratado de San Stefano]] de [[3 de março]] de [[1878]] e do subsequente [[Tratado de Berlim (1878)|Tratado de Berlim]].]]
[[ImageImagem:Syedinena Bylgaria - Litografia na N.Pavlovich.JPG|thumb|300px|''Bulgária Unida'' — uma litografia por N. Pavlovich (1835-1894)]]
 
A '''Unificação da Bulgária''' ({{lang-bg|Съединение на България}}, ''Saedinenie na Balgariya'') foi o ato de unificação do [[Principado da Bulgária]] e da então Província Otomana da [[Rumélia Oriental]] no outono de [[1885]].<ref name="Encyclopædia_Britannica">{{Cite EB1911|wstitle=Bulgaria/History}}</ref> <ref>{{citecitar booklivro|lastúltimo =Anderson|firstprimeiro =Frank Marby|coauthorscoautor=Amos Shartle Hershey|titletítulo=Handbook for the Diplomatic History of Europe, Asia, and Africa 1870-1914|publisherpublicado=National Board for Historical Service, Government Printing Office|locationlocal=Washington, DC|datedata=1918|chaptercapítulo=The Bulgarian Revolution of 1885 |chapterurlcapítulourl= http://archive.org/stream/handbookfordiplo00ande#page/118/mode/2up |pagespáginas= 119-122 |accessdateacessodata= }}</ref> Foi coordenada pelo Comitê Central Revolucionário Búlgaro Secreto (BSCRC). A unificação foi realizada após as revoltas nas cidades da Rumélia Oriental, seguida por um [[golpe de Estado]] em {{Calendário juliano sem ano|18 de setembro|6 de setembro}} de 1885 apoiado pelo [[Knyaz]] búlgaro [[Alexandre I da Bulgária|Alexandre I]]. O BSCRC, formado por [[Zahari Stoyanov]], começou a popularizar ativamente a ideia da unificação, por meio da imprensa e manifestações públicas na primavera de 1885.
 
== Antecedentes ==
Linha 20:
 
== Ato de unificação ==
A unificação foi inicialmente prevista para meados de setembro, quando a milícia rumeliana seria mobilizada para a execução de manobras. O plano solicitava para a unificação ser anunciada em {{Calendário juliano sem ano|27 de setembro|15 de setembro}} de 1885, mas em {{Calendário juliano sem ano|14 de setembro|2 de setembro}} de 1885 um motim teve início em [[Panagjurište]] (na então Rumélia Oriental), que foi controlado no mesmo dia pela polícia. A manifestação exigia a unificação com a Bulgária. Pouco depois, este exemplo foi seguido no vilarejo de Goliamo Konare. Um esquadrão armado foi formado lá, sob a liderança de Prodan Tishkov (mais conhecido como [[Chardafon]]) - líder local do BSCRC. Os representantes do BSCRC foram enviados para as diferentes cidades da província, onde tiveram que reunir grupos de rebeldes e enviá-los para [[Plovdiv]], a capital da Rumélia Oriental, onde estariam sob o comando do Major [[Danail Nikolaev]].<ref>{{citecitar booklivro|lastúltimo =Miller|firstprimeiro =William|coauthorscoautor= |titletítulo=The Balkans: Rumania, Bulgaria, Servia, Montenegro (Story of the Nations) |publisherpublicado=G. P. Putnam's Sons|locationlocal=New York|datedata=1896|chaptercapítulo= The Union Under Prince Alexander |chapterurlcapítulourl= http://archive.org/stream/balkansroumaniab00mill#page/222/mode/2up |pagespáginas= 223 |accessdateacessodata= }}</ref>
[[FileImagem:Telegram-unificationBG.jpg|left|thumb|250px|Telegrama do governo provisório em Plovdiv para o Knyaz Alexandre I proclamando a Unificação da Bulgária.]]
 
Enquanto isso, manobras militares estavam sendo realizadas nos arredores de Plovdiv. O Major Danail Nikolaev, que estava no comando das manobras, tinha conhecimento e apoiou os unionistas. Em {{Calendário juliano sem ano|18 de setembro|6 de setembro}} de 1885, a milícia rumeliana (forças armadas da Rumélia Oriental) e grupos armados unionistas entraram em Plovdiv e tomaram a residência do governador.<ref name="bulgaria-embassy" /> O governador era [[Gavril Krastevich]], um patriota búlgaro que, naturalmente, não resistiu aos unionistas.
Linha 36:
 
=== Reino Unido ===
Os círculos governamentais em [[Londres]] inicialmente acreditaram que um poderoso apoio de São Petersburgo viria após o ousado ato búlgaro. Logo perceberam a realidade da situação e depois que a posição oficial da Rússia foi anunciada, a Grã-Bretanha deu o seu apoio à causa búlgara, mas não até que as negociações búlgaro-otomanas começassem. <ref>{{citecitar booklivro|lastúltimo =Monroe |firstprimeiro = Will. S. |coauthorscoautor=|titletítulo= Bulgaria and Her People, with an Account of the Balkan Wars, Macedonia, Macedonian Bulgars |publisherpublicado= The Page Company |locationlocal= Boston|datedata= 1914 |url= http://archive.org/stream/bulgariaherpeopl00monruoft#page/54/mode/2up |pagespáginas= 55 |accessdateacessodata= 2 Februaryde fevereiro de 2013}}</ref>
 
=== Áustria-Hungria ===
Linha 48:
 
=== Sérvia e Grécia ===
A união da Bulgária e da Rumélia Oriental fez da Bulgária ''de facto'' o maior estado nos Bálcãs,<ref name="bulgaria-embassy" />, um fato que, nesse momento, uma série de países vizinhos não poderiam aceitar.
 
[[Atenas]] imediatamente pediu compensações territoriais e até ameaçou que iria iniciar ações militares. Houve manifestações civis em toda a [[Grécia]] o que levou o governo a declarar guerra à Bulgária. A intervenção por parte do governo britânico ajudou a acalmar essa agitação.