Oskar Schindler: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Schindlergrave2010.jpg|thumb|upright|Sepultura de Schindler em [[Jerusalém]]. A inscrição em [[língua hebraica]] diz: "[[Justos entre as nações]]"; a inscrição em alemão diz: "Salvador Inesquecível de 1200 Judeus Perseguidos". ]]
Sendo membro do partido nazi e do serviço de informação Abwehr, Schindler estava em risco de ser preso como criminoso de guerra. Bankier, Stern e muitos outros, prepararam uma declaração que ele podia apresentar aos norte-americanos relatando o seu papel na ajuda prestada para salvar as vidas dos judeus. Também lhe foi entregue um anel, feito de um dente em ouro retirado de um ''Schindlerjude'', Simon Jeret. O anel tinha inscrito "Quem salva uma vida, salva o mundo inteiro."{{sfn|Crowe|2004|pp=453–454}} Para escapar à captura pelos russos, Schindler e a sua esposa partiram em direcção a oeste no seu automóvel, um [[Horch]] de dois lugares; pendurados no carro, seguiam mais soldados alemães, que também fugiam. Um caminhão onde ia a amante de Schindler, Marta, vários trabalhadores judeus e uma carga de produtos do mercado negro, seguia atrás. O Horch foi confiscado pelas tropas russas que controlavam a cidade de [[České Budějovice|Budweis]],. Os Schindler acabaram por não conseguir levar um diamante que Oskar tinha escondido depois no assento.{{sfn|Crowe|2004|p=467}} Continuaram de comboio e a pé até chegarem às linhas americanas na cidade de [[Lenora (Prachatice District)|Lenora]], e seguiram para [[Passau]], onde um oficial norte-americano judeu lhes conseguiu arranjar transporte para a Suíça de comboio. No Outono de 1945, viajaram para a [[Baviera]], na Alemanha.{{sfn|Crowe|2004|pp=469–473}}
 
No final da guerra, Schindler tinha gasto toda a sua fortuna em subornos e na aquisição de produtos no mercado paralelo para ajudar os seus trabalhadores.{{sfn|Crowe|2004|p=455}} Sem meios de subsistência, viveu por pouco tempo em [[Ratisbona|Regensburg]] e, mais tarde, em [[Munique]], mas não conseguiu ter sucesso no pós-guerra. De facto, passou a viver da ajuda das organizações judaicas.{{sfn|Steinhouse|1994}} Em 1948, apresentou uma reclamação para ser reembolsado das suas despesas do tempo de guerra à [[American Jewish Joint Distribution Committee]], tendo recebido {{formatnum:15000}} dólares.{{sfn|Crowe|2004|pp=482, 487}} Ele tinha estimado os seus gastos em mais de {{formatnum:1056000}} de dólares, incluindo os custos da construção de infraestruturas nos campos, subornos, e produtos do mercado negro.{{sfn|Crowe|2004|p=409}} Schindler emigrou para a [[Argentina]], em 1949, onde tentou criar galinhas e [[Ratão-do-banhado|ratos de poças de água]], um pequeno animal criado para aproveitamento do seu pelo. Quando o negócio faliu, em 1958, deixou a sua esposa e regressou à Alemanha, onde teve vários projectos de negócio, como uma fábrica de cimento, mas qualquer um sem sucesso.{{sfn|Roberts|1996|pp=86, 88}}{{sfn|Thompson|2002|p=25}} Em 1963, declarou bancarrota e sofreu um ataque cardíaco no ano seguinte, o que o deixou um mês no hospital.{{sfn|Crowe|2004|p=510}} Mantendo-se sempre em contacto com muitos dos judeus que ele conheceu durante a guerra, incluindo Stern e Pfefferberg, Schindler sobrevivia à custa de donativos enviados pelos ''Schindlerjuden'' de todo o mundo.{{sfn|Thompson|2002|p=25}}{{sfn|Crowe|2004|pp=510–511}} Schindler morreu no dia 9 de Outubro de 1974, e foi sepultado em Jerusalém, no [[Monte Sião]], sendo o único membro do Partido Nazi a receber esta honra desta natureza.{{sfn|Steinhouse|1994}}{{sfn|Thompson|2002|p=25}} Pelas suas acções durante a guerra, em 1963 Schindler recebeu o título de [[Justos entre as nações]], uma honra atribuída pelo Estado de Israel a não-judeus que tiveram um papel activo para salvar judeus durante o Holocausto.{{sfn|Roberts|1996|p=93}} Outras honras incluem a [[Bundesverdienstkreuz|Ordem de Mérito]] alemã (1966).{{sfn|Crowe|2004|p=566}}