Marfório: diferenças entre revisões

'''Marfório''' ({{lang-it|''Marforio''}}; {{lang-la|''Marphurius''}}<ref>{{cite bookcitar livro|titletítulo=The Encyclopedia Britannic: Vol. XVIII |language língua= inglês|lastúltimo = |firstprimeiro = |authorlinkautorlink = |coauthorscoautor= |yearano=1888 |publisherpublicado=Henry G. Allen and Co |locationlocal=New York |isbn= |pagepágina= |pagespáginas= |url=http://books.google.com/books?id=GKMMAAAAYAAJ&printsec=titlepage

}}</ref><ref>{{cite bookcitar livro|titletítulo=Dramatic Theory and Practice in France |lastúltimo =Jourdain |language língua= inglês|firstprimeiro =Eleanor F. |authorlinkautorlink = |coauthorscoautor= |yearano=1921 |publisherpublicado=Longmans, Green, and Co |locationlocal=London |isbn= |pagepágina= |pagespáginas= |url=http://books.google.com/books?id=qVVcAAAAMAAJ&printsec=titlepage }}</ref><ref>{{cite bookcitar livro|titletítulo=Sämtichle Werke |language língua= inglês|lastúltimo =von Hofmannsthal |firstprimeiro =Hugo |authorlinkautorlink = |coauthorscoautor= |yearano=1975 |publisherpublicado=S. Fischer |locationlocal= |isbn= |pagepágina= |pagespáginas= |url= http://books.google.com/books?lr=&id=XvKyAAAAIAAJ&dq=marphurius+marforio&q=&pgis=1}}</ref>) é uma das [[estátuas falantes de Roma]], [[Itália]]. Ela manteve, durante séculos, uma rivalidade amistosa com sua principal rival, [[Pasquino]]. Assim como as outras cinco estátuas falantes, [[pasquinada]]s &mdash; [[sátira]]s irreverentes direcionadas às figuras públicas mais proeminentes da cidade &mdash; eram postadas ao lado do Marfório nos séculos XVI e XVII.

A estátua é uma grande escultura de [[mármore]] [[Arte da Roma Antiga|romana]] do século I representando um [[deus fluvial]] ou o deus [[Oceano (mitologia)|Oceano]] reclinado{{efn|A restauração de sua mão direita, que segura uma concha, foi inspirada na, e suporta a, identificação com Oceano.}} que, no passado, foi identificado de forma díspar como [[Júpiter (mitologia)|Júpiter]], [[Netuno (mitologia)|Netuno]] ou uma personificação do [[Tibre]]. Foi o humanista e antiquário [[Andrea Fulvio]] que o identificou pela primeira vez como um deus fluvial em 1527.<ref>Fulvio, ''Antiquitatis Urbis'' 1527, em nota por Francis Haskell & Nicholas Penny, ''Taste and the Antique: The Lure of Classical Sculpture 1500-1900'' (Yale University Press) 1981:259. {{en}}</ref>. O Marfório (''Marfoi'') já era um marco de Roma no final do século XII.<ref>Roberto Valentini & Giuseppe Zucchetti, ''Codice topographa della Città di Roma'' (1940-53) vol. III: p. 226. {{it}}</ref>. [[Poggio Bracciolini]] escreveu sobre ela como sendo uma das esculturas sobreviventes da [[Antiguidade]]<ref>Bracciolini, ''De varietate fortunae'', escrita entre 1430 e 1445.</ref> e, no início do século XVI, ela ainda ficava perto do [[Arco de Sétimo Severo]], como atestam os relatos de vários autores.<ref>Haskell & Penny 1981:258.</ref>.

A origem de seu nome é tema de debate. Ela foi descoberta dentro de uma base de granito com a inscrição ''"mare in foro"''{{efn|Esta base, de granito preto e branco, foi reutilizada numa fonte para dar de beber ao gado que pastava no ''[[Campo Vaccino]]'', o nome antigo do [[Fórum Romano]]; foi removida em 1818 e instalada à frente de um dos "[[Domadores de Cavalos]]", no [[monte Quirinal]], conhecidos no passado como "[[Alexandre, o Grande|Alexandre]] e [[Bucéfalo]]".<ref>Haskell & Penny 1981:136, 258. {{en}}</ref>.}}, mas é possível que seu nome seja uma referência ao nome latino da região onde foi encontrada (''Martis Forum'') ou ao nome da família Marioli (ou Marfuoli), que era proprietária da região perto da [[Prisão Mamertina]], também perto do Fórum, onde estátua ficou até 1588.