Miklós Horthy: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Guerra: Acréscimo de foto dupla, com uma que já era existente.
m ajustando datas, traduzindo nome/parâmetro, ajustes gerais nas citações, outros ajustes usando script
Linha 1:
{{Reciclagem|data=fevereiro de 2015}}
{{revisão|data=fevereiro de 2015}}
{{Info/Político
Linha 29:
|nome_pai = István Horthy
|cônjuge-tipo = Esposa
|cônjuge = Magdolna Purgly
|partido = [[Político sem partido|Sem partido]]
|religião = [[Calvinismo]]
Linha 47:
Suas memórias Ein Leben für Ungarn (Uma vida para a Hungria), foram publicadas primeiramente em 1953.
 
Miklós continua a ser ainda hoje uma figura que causa divisão, incertezas e tristezas na Hungria de hoje. A Hungria foi sob sua regência real, o único país da história que tinha como política estatal, ter um [[Rei|trono real vago]],<ref name="1920: Termina monarquia húngara">{{citar web |url=https://www.terra.com.br/noticias/1920-termina-monarquia-hungara,64882981fe1a5dd6a36e1078bcc2596do8f1oqja.html|titulo=1920: Termina monarquia húngara|acessodata=20 de Maio de 2016}}</ref>, assim como a [[Alemanha Nazista|Alemanha do III Reich]] (aliada da Hungria) tinha também como política ter um [[Imperador|trono imperial]] vago.
 
== Primeiros anos e carreira militar ==
Linha 57:
Miklós entrou para a academia naval Austro-Húngara em Fiume (hoje [[Rijeka]], [[Croácia]]) '''aos 14 anos'''; Por ser o idioma oficial da academia o [[Idioma alemão|alemão]], o jovem Miklós falou até a sua morte um húngaro com '''perceptível sotaque alemão'''. Ele também falava fluentemente os idiomas: [[Idioma italiano|italiano]], [[idioma croata|croata]], [[Idioma inglês|inglês]] [[Idioma francês|francês]].
 
'''Ainda sendo um homem jovem''', ele viajou ao redor do mundo e serviu como diplomata para o império Austro-Húngaro, na Turquia e em outros países. Miklós casou-se com '''[[Katyanna Purgly]]''', na cidade de [[Arad]], em [[1901]]. Eles tiveram 4 filhos: Katyanna em (1902), Paula em (1903), István em (1904) e Miklós em (1907).
[[Imagem:Magdolna_Purgly_%281881_-_1959%29.jpg|thumb|150px|esquerda|Katyanna Purgly, esposa do Almirante Miklós Horty.]]
[[Imagem:Linienschiffskapitän Nikolaus Horthy von Nagy-Banya 1915 C. Pietzner.png|thumb|150px|direita|Miklós em roupa militar no ano de 1915.]]
Linha 72:
===Comandante do Exército Nacional===
[[Imagem:Bela_Kun_%28cropped%29.png|thumb|150px|direita|O Comunista Kún, que tomou o poder e proclamou a nova república Soviética Húngara.]]
Um trauma nacional marcou a nação após a guerra. O primeiro foi a perda, de grandes porções do '''território húngaro que fazia fronteira com outros países'''. Estas eram terras que tinham sido da Hungria como parte do Império Austro-Húngaro; Eles foram cedidos às Nações da [[Checoslováquia]], [[Romênia]] e Iugoslávia. Ratificados com o Tratado de Trianon , em Versalhes, custam Hungria dois terços de seu território e um terço de seus falantes nativos húngaros e a população um golpe terrível psicológico. Um outro golpe que marcou também a nação foi a fraqueza da '''jovem democracia''' Húngara, o comunista [[Béla Kun]], tomou o poder na capital [[Budapeste]]. Isso deixou marcas indeléveis no povo, que nunca se esqueceu do ocorrido.<ref>Lázár, István, ''Hungary: A Brief History'', Budapest: Corvina, 1993 (Edição inglesa) Traduzido por Albert Tezla; Capítulo 13</ref>.
 
'''Kun e seus colegas proclamaram a República Soviética de Húngara''', eles prometeram a restauração da '''antiga grandeza da Hungria'''. Em vez disso, "seus esforços" falharam, e o povo foi tratado com uma '''repressão de estilo soviético''', stalinista, sob a que faziam coisas com quem era contra o então regime. Este '''período de violência''' veio a ser conhecido como o [[Terror vermelho]].
 
[[Tibor Szamuely]], um comunista convicto e colaborador próximo de Kun, se vangloriou dizendo que "'''O Terror é a principal arma do nosso regime'''".<ref>Deak, Istvan, "A Hungarian Admiral on Horseback," de ''Essays on Hitler's Europe'', University of Nebraska Press, 2001, pp. 150-151</ref>.
 
Dentro de semanas de seu [[golpe de estado]], a '''popularidade''' de Kun despencou. Em 30 de maio de 1919, os políticos '''anti-comunistas''' formaram um governo '''contra-revolucionário''' na zona sul da cidade de [[Szeged]], ocupada por forças francesas no momento
Linha 82:
Lá ainda [[Gyula Károlyi]] pediu ao '''antigo Almirante''' Horthy, considerado um herói de guerra, para ser o [[Ministro da guerra]] no novo governo e assim assumir o comando de uma força contra-revolucionária que seria nomeado junto com o exército nacional. Horthy consentiu e chegou em Szeged, em '''6 de junho'''. Logo depois, o gabinete foi reformado e Miklós não foi dado um assento nele.
 
Em 6 de agosto forças entraram na '''capital'''. O governo comunista entrou em colapso e os seus líderes fugiram. Em retaliação ao Terror vermelho, grupos reacionários agora exigido vingança em uma onda de dois anos de repressão violenta, hoje conhecida como o Terror branco. Estas represálias foram organizadas e realizadas por oficiais de exército nacional, particularmente [[Pál Prónay]], [[Gyula Ostenburg-Moravek de Horthy]] e [[Iván Héjjas]]. Suas vítimas eram principalmente [[Comunista|comunistascomunista]]s, [[sociais-democratas]] e [[Judeu|judeusjudeu]]s. A maioria dos judeus húngaros não eram adeptos dos bolcheviques, mas grande parte da liderança da República Soviética de Hungria tinha sido feita por jovens intelectuais judeus e a raiva sobre a revolução comunista foi facilmente traduzida em hostilidade [[Anti-Semitismo|anti-semita]].
 
Em Budapeste, '''Prónay''' instalou sua unidade no [[Britannia Hotel]]. Ele continuou o seu programa de viciosos ataques; Em seu diário, Prónay relatou algumas coisas sobre Miklós:
Linha 104:
[[Imagem:HorthyJuraComoRegente 1 3 1920.png|thumb|150px|direita|Miklós Horty faz juramento e é o novo regente do reino húngaro.]]
 
Em '''1 de março de 1920''', a '''Assembleia Nacional da Hungria''' '''restabeleceu o Reino da Hungria'''. No entanto, era evidente que as potências vencedoras da guerra não aceitariam qualquer retorno do antigo rei Carlos IV (Karoly IV da Hungria) do exílio. Em vez disso, com oficiais do Exército Nacional controlando o edifício do parlamento, a '''Assembleia votou para instalar Miklós como regente'''; ele derrotou [[Albert Apponyi]] por uma '''votação humilhante de 131 votos a 7'''.
[[Imagem:Flag of Hungary (1920–1946).svg|thumb|250px|esquerda|Bandeira do reino da Hungria.]]
O Estado húngaro era legalmente um reino, mas '''não tinha rei''', como as potências da Entente não teriam tolerado qualquer retorno dos Habsburgos. O país manteve o seu sistema parlamentar após a '''dissolução da Áustria-Hungria''', com um primeiro-ministro nomeado como chefe de governo. Como chefe de Estado, o regente tinha influência significativa através de seus poderes constitucionais e a lealdade de seus ministros para com o trono. Apesar de seu envolvimento na elaboração da legislação foi minúscula, ele, no entanto, teve a capacidade de garantir que '''as leis aprovadas pelo parlamento húngaro fossem conforme suas preferências políticas'''.
Linha 144:
Mas, apesar da sua cooperação com o regime nazista, S.A.S. e sua regência seria melhor descrito como "'''conservador autoritário"'''<ref>Miklós Lojkó: ''Meddling in Middle Europe: Britain and the 'Lands Between, 1919-1925'', Central European University Press, 2005 [http://books.google.com.au/books?id=q-IOJWicco8C&pg=PA180&dq=%22conservative+authoritarian%22+Horthy&hl=en&sa=X&ei=LYqwT5HeIemeiAfZwryKCQ&redir_esc=y#v=onepage&q=%22conservative%20authoritarian%22%20Horthy&f=false]</ref> do que '''"fascista"'''. Certamente Miklós era tão hostil aos movimentos fascistas e ultra-nacionalistas que surgiram na Hungria entre as guerras como ele era ao comunismo. O líder [[Cruz de Flechas]], [[Ferenc Szálasi]], foi várias vezes preso por ordem do regente.
 
[[John F. Montgomery]], que '''atuou em Budapeste como embaixador dos Estados Unidos entre 1933-1941''', admirava abertamente esse lado do personagem do regente e relatou o seguinte incidente em seu livro de memórias: Em março de 1939, apoiantes Seta Cruz interrompeu uma performance na Ópera de Budapeste, '''cantando "Justiça para Szálasi!"''' alto o suficiente para o regente ouvir. A briga começou, e quando Montgomery foi tomar um olhar mais atento, ele descobriu que
 
''...Dois ou três homens estavam no chão e ele [Miklós] tinha outro pelo pescoço, batendo o rosto e gritando que eu aprendi depois foi: "Então você trairia seu país, você" O Regente estava sozinho, mas ele tinha a situação na mão.... O incidente foi típico não só de ódio profundo do regente da doutrina alienígena, mas do tipo de homem que ele é. Embora ele tenha sido em torno de 72 anos de idade, não lhe ocorreu para pedir ajuda; ele foi em frente como um capitão com um motim em suas mãos.''<ref>Montgomery, John F. ''Hungary: The Unwilling Satellite'', Parte 1: Qual o Preço da Independência?</ref>
Linha 157:
| width = 220
 
| image1 = Kossuth tér, ünnepség a frontról hazatért katonák tiszteletére a Városháza előtt. Horthy Miklós kormányzó az ünnepség keretében kitüntetést ad át. Mellette Keresztes-Fischer Lajos altábornagy, Fortepan 643.jpg
| caption1 = O chefe-de-estado, presidindo cerimônia, em honra a militares no ano de 1941.
 
| image2 = Miklós Horthy and Adolf Hitler 1938.jpg
| caption2 = O regente com o governante Alemão Adolf Hitler.
}}
 
A Hungria entrou gradualmente na guerra. Em 1939 e 1940, as unidades de voluntários lutaram na [[Guerra de Inverno]]. Em abril de 1941, a Hungria tornou-se efetivamente um membro do [[Potências do Eixo|Eixo]]. O regente permitiu que Hitler entrasse no território para a [[invasão da Iugoslávia]] e, finalmente, enviou suas tropas para reivindicar sua '''participação no banquete dos territórios''' do desmembrado [[reino da Iugoslávia]]. O primeiro-ministro [[Pál Teleki]] , horrorizado que ele não tinha conseguido evitar este conluio com os [[Partido nazista alemão|nazistas]] contra a Iugoslávia, '''cometeu [[suicídio]]'''.
 
Em junho de 1941, o '''governo húngaro finalmente cedeu às exigências''' de Hitler de que a nação deveria contribuir para os '''esforços de guerra''' do Eixo. Em 27 de junho, a Hungria participou da [[Operação Barbarossa]] e declarou guerra à [[União Soviética]]. Os húngaros enviaram tropas e material apenas quatro dias depois de Hitler começar sua '''invasão da União Soviética'''.
Linha 170:
'''Dezoito meses mais tarde''', '''mais mal equipados e menos motivados do que os seus aliados alemães''', 200.000 militares do '''II Exército húngaro''' acabaram segurando a frente sobre o [[rio Don]] a oeste de [[Batalha de Stalingrado|Stalingrado]].<ref>Deak, István, ''Endgame in Budapest'', Hungarian Quarterly, Autumn 2005</ref>
 
O '''primeiro massacre do povo judeu''' no território húngaro ocorreu em agosto de 1941, quando funcionários do governo ordenaram a deportação de judeus, sem cidadania húngara (principalmente refugiados de outros países ocupados pelos nazistas) para a [[Ucrânia]]. '''Cerca de 18 a 20.000''' destes deportados '''foram abatidos''' por [[Friedrich Jeckeln]] e suas tropas da [[SS]], apenas cerca de 3 mil sobreviveram. Essas mortes são conhecidos como o [[Massacre de Kamianets-Podilskyi]]. Este evento, em que a matança de judeus '''contados pela primeira vez na casa das dezenas de milhares de pessoas''', é considerado o primeiro massacre em larga escala do [[Holocausto judeu|Holocausto]]. Por causa das '''objeções de liderança da Hungria''', as deportações '''foram suspensas'''.<ref name="Holocaust in Hungary. About the Kamianets-Podilskyi nassacre (em idioma húngaro).">{{citecitar web|url=http://www.holokausztmagyarorszagon.hu/index.php?section=1&type=content&chapter=2_2_3 |título=Holocaust in Hungary. About the Kamianets-Podilskyi massacre (em idima húngaro) |publicado=Holokausztmagyarorszagon.hu |data= |accessodataacessodata=21-08-2014}}</ref>
 
[[Imagem:Hitlerhorthy karikatura.jpg|thumb|200px|esquerda|Charge do Séc. XX satiriza Sua Alteza Sereníssima como apreciador da música hitlerista. (Note que o instrumento musical é uma cabeça humana, provavelmente a de um judeu, e seu choro é o som musical).]]
Linha 176:
 
Então, em janeiro de 1943, o entusiasmo da Hungria com a guerra, nunca especialmente alta, '''sofreu um tremendo golpe'''. O [[exército soviético]], no pleno momento de seu '''retorno triunfante após a Batalha de Stalingrado''',praticamente eliminou o II Exército húngaro em '''luta de alguns dias'''. Nesta única ação, as baixas de combate húngaros deram um salto de 80.000 militares.<ref>Lázár, István, ''Hungary: A Brief History'', Cápitulo 14</ref>
 
 
'''As autoridades alemãs culparam os judeus da Hungria pela derrota do país'''. Na esteira do desastre, Hitler exigiu em abril de 1943 em uma reunião com o regente '''punir os 800.000 judeus que ainda vivem na Hungria''', que de acordo com Hitler foram responsáveis por esta derrota. Em resposta o regente e seu governo forneceram 10.000 judeus para serem deportados para '''batalhões de trabalho'''. No entanto, com a '''crescente conscientização de que os aliados poderiam muito bem ganhar a guerra''', '''tornou-se mais conveniente não acatar mais pedidos alemães'''. Cautelosamente, o governo húngaro começou a '''explorar os contatos''' com os [[Aliados]], na esperança de '''negociar uma rendição'''.<ref>Deak, ''Endgame in Budapest''</ref>
Linha 187:
A conferência foi um [[ardil]]. Como Miklós estava '''voltando para casa no dia 19 de março''', a [[Wehrmacht]] invadiu e ocupou a Hungria. Ao regente foi dito que ele só poderia '''permanecer no cargo''' se ele '''demitisse''' Kállay e nomeasse um novo governo que '''coopera-sse plenamente''' com Hitler e seu [[Ministro plenipotenciário|plenipotenciário]] em Budapeste, [[Edmund Veesenmayer]]. O regente concordou e nomeou seu embaixador na Alemanha, o General [[Döme Sztójay]], como primeiro-ministro. Os alemães originalmente queriam que o regente '''reconduzi-se''' Béla Imrédy (que tinha sido primeiro-ministro 1938-1939) ao poder, mas Miklós teve influência suficiente para obter a aceitação de Veesenmayer em admitir Sztójay. Contrariamente às esperanças do regente, o governo de Sztójay passou imediatamente a '''participar''' do holacausto.
 
Os '''principais agentes''' dessa colaboração foram [[Andor Jaross]], o ministro do Interior, e os seus dois secretários de Estado anti-semitas, [[László Endre]] e [[László Baky]] (que viriam a ser conhecidos como o '''trio da "deportação"'''). Em 14 de abril Endre, Baky e o coronel da SS [[Adolf Eichmann]] começaram a deportação dos '''restantes judeus húngaros'''. A estrela amarela e leis de guetização, e deportação foram realizados em '''menos de 8 semanas''' com a ajuda do novo governo húngaro e autoridades, particularmente a '''Gendarmaria''' (csendőrség). A deportação de judeus húngaros para [[Auschwitz]] '''começou em 15 de maio de 1944''', e continuou a um ritmo de 12 mil por dia até 09 de julho.
 
Pouco antes das deportações começarem, dois '''prisioneiros judeus eslovacos''', [[Rudolf Vrba]] e [[Alfréd Wetzler]], '''escapou de Auschwitz''' e passou detalhes do que estava acontecendo dentro dos campos. Este documento, conhecido como [[Relatório Vrba-Wetzler]], foi rapidamente traduzido para o alemão e passou entre '''grupos judaicos''' e, em seguida, aos funcionários dos Aliados. Detalhes do relatório foram transmitidas pela [[BBC]] no dia 15 de junho e '''impresso''' no [[The New York Times]] em 20 de junho. Os líderes mundiais, incluindo o [[Papa Pio XII]] (25 de Junho), o [[Franklin D. Roosevelt|presidente Franklin D. Roosevelt]] em 26 de junho, e do rei [[Gustavo V da Suécia|Gustaf V da Suécia]] em 30 de junho, posteriormente defendeu que o regente deveria usar sua posição nacional para deter as deportações. O Presidente Franklin Roosevelt especificamente ameaçou retaliações militares se os transportes não cessarem. Em 2 de julho, os '''bombardeiros aliados''' executaram os '''bombardeios mais pesados infligidos á Hungria durante a guerra'''. Uma rádio Húngara '''acusou os judeus''' de orientar os bombardeiros para as suas metas com as transmissões de rádio e sinais de luz, mas em 7 de julho Miklós finalmente ordenou que os transportes parassem. Por essa época, 437 mil judeus '''foram enviados''' para Auschwitz, a maioria deles para a morte. O regente foi informado sobre o número de judeus deportados alguns dias mais tarde: "aproximadamente 400.000". Por muitas estimativas, '''uma em cada três pessoas''' assassinadas em Auschwitz '''entre maio e julho''' de 1944, foi um judeu húngaro.<ref>Wilkinson, Alec, Picturing Auschwitz, New Yorker Magazine, 17 March 2008. pp. 49–51</ref>
 
Subsiste alguma incerteza sobre quando o regente poderia ter sabido sobre o número de judeus húngaros que foram deportados, seu destino, e seu destino pretendido - assim como o que ele poderia ter feito sobre isso. Segundo o '''historiador''' [[Péter Sipos]], o governo Húngaro já tinha conhecimento sobre o [[genocídio]] dos judeus desde 1943.<ref>Péter Sipos, [http://www.tankonyvtar.hu/hu/tartalom/historia/94-04/ch11.html Horthy Miklós és Magyarország német megszállása], História (volume 04), 1994</ref>. <ref name=Ilona>Ilona Edelsheim-Gyulai, Becsület és kötelesség, parte 1, página 264. Európa press, [[Budapest]], 2001. ISBN 963-07-6544-6</ref> Alguns historiadores argumentaram que o regente acreditava que os judeus estavam sendo enviados para os campos de trabalho, e que eles '''retornariam à Hungria após a guerra'''.
 
Em 15 de julho de 1944 [[Anne McCormick]], uma [[correspondente]] '''estrangeira''' para o New York Times escreveu em defesa da Hungria como o último refúgio dos judeus na Europa, declarando que ''"os húngaros tentaram proteger o judeus."''<ref name="John Flournoy Montgomery, Hungary: The Unwilling Satellite.8: A Refuge for One Million Jews">{{citecitar web|url=http://historicaltextarchive.com/books.php?op=viewbook&bookid=7&cid=8 |título=John Flournoy Montgomery, Hungary: The Unwilling Satellite.8: A Refuge for One Million Jews |publisherpublicado=Historicaltextarchive.com |data=04-11-1956 |accessodataacessodata=21-08-2014}}</ref>
 
=== Fim da regência & prisão ===
Linha 201:
O regente também '''reabriu as antenas de paz''' com os Aliados, e começou a considerar estratégias para se render à força aliada. Como foi amargamente anti-comunista, suas relações com os nazistas levaram-no a '''concluir que os comunistas eram um mal muito menor'''. O regente estava trabalhando para tentar se render aos soviéticos, preservando a autonomia do governo húngaro. Os Soviéticos prontamente aceitaram os '''termos de rendição'''. Em 15 de outubro de 1944, o regente disse a seus ministros que a Hungria tinha assinado um armistício com a União Soviética. Ele disse: ''"Está claro hoje que a Alemanha perdeu a guerra ... a Hungria em conformidade concluiu um armistício preliminar com a Rússia, e cessem todas as hostilidades contra ela"''
 
Os '''nazistas tinham antecipado o movimento do regente'''. Em 15 de outubro, depois do regente ter anunciado o armistício em um programa de rádio em todo o país, Hitler deu início a [[Operação Panzerfaust]], enviando o commandante [[Otto Skorzeny]] para Budapeste com '''instruções''' para remover Miklós do poder. O filho do regente, [[Miklós Horthy Jr]], estava reunido com '''representantes soviéticos para finalizar a rendição''' quando Skorzeny e suas tropas invadiram a reunião e '''raptou''' Horthy Jr. com uma arma. '''Amarrado em um tapete''', Miklós Jr. foi imediatamente levado para o [[aeroporto]] e voou para a Alemanha para servir como refém. Skorzeny ousadamente levou um comboio de tropas alemãs e quatro tanques Tiger II para o '''Vienna Gates of Castle Hill''' , onde os húngaros tinham recebido ordens para não resistir. Apesar de uma unidade não tinha recebido a ordem, os alemães rapidamente capturado Castle Hill com derramamento de sangue mínima.: '''Apenas sete soldados foram mortos e vinte e seis feridos'''.<ref name="williamson">{{citecitar web|url=http://warandgame.blogspot.com/2008/07/operation-panzerfaust.html|título=War and Game: Operation Panzerfaust|último=Williamson|primeiro=Mitch |accessodataacessodata=16 de Abril de 2009}}{{link|data=Agosto de 2014}}</ref>
 
O regente foi capturado mais tarde, e foi '''levado para o escritório da Waffen SS''', onde foi interrogado durante a noite. Vessenmayer (aquele que o capturou) disse a ele que se ele não retratasse a rendição e não renunciasse, seu filho seria morto na manhã seguinte. Budapeste foi tomada. Com a vida de seu filho no balanço, Miklós consentiu em assinar um documento '''renunciando oficialmente a seu cargo''' e '''nomeando Ferenc Szálasi''' , '''líder da Cruz de Flechas''', como seu '''sucessor'''.
 
Miklós '''conheceu''' Skorzeny '''três dias depois''' no apartamento de [[Pfeffer-Wildenbruch]] e foi dito que ele seria transportado para a Alemanha em um próprio trem especial. Skorzeny disse a Miklós que ele seria um "convidado de honra" em um castelo bávaro seguro. Em 17 de outubro, Miklós foi '''pessoalmente escoltado''' por Skorzeny em cativeiro em Schloss Hirschberg na Baviera , onde foi guardado de perto, mas autorizado a '''viver no conforto'''.
 
Com a '''ajuda''' da SS, a '''liderança Seta Cruz moveu-se rapidamente para assumir o comando das forças armadas da Hungria, e para evitar a rendição que Miklós tinha arranjado''', embora as '''tropas soviéticas''' estavam agora dentro do país. Szálasi retomou a perseguição de judeus e outros '''"indesejáveis".'''. De uma população judaica húngara '''pré-guerra''' estimada em 825 mil, apenas 260 mil sobreviveram.
Linha 247:
| legenda = Brasão do [[Reino da Hungria]]
| estilo = [[Sua Alteza Sereníssima]]
| alternativo = Senhor
}}
 
* 1918-1920: "O Sr. Miklós Horty"
* 1920-1944: "Sua Alteza Sereníssima, O Regente do Reino da Hungria"<ref>{{Citar web |url= http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1950-1969/D57595.htm|título=Presidência da República - Casa Civil -Subchefia para Assuntos Jurídicos - Promulga as Convenções para adoção de uma Lei uniforme em matéria de cheques.
|publicado=planalto.gov.br|língua=Português|acessodata=[[10 de janeiro]] de [[2015]] }}</ref>
* 1944-1957: "O Sr. Miklós Horty"