Rudolf Peierls: diferenças entre revisões
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Peierls descende de uma família judaica berlinense. Estudou física na [[Universidade Humboldt de Berlim]], a partir de 1926 na [[Universidade de Munique]], onde foi aluno de [[Arnold Sommerfeld]], e em 1928 na [[Universidade de Leipzig]], aluno de [[Werner Karl Heisenberg|Werner Heisenberg]], onde concluiu o doutorado. Em 1929 foi assistente de [[Wolfgang Pauli]] em [[Zurique]]. Suas famosas publicações sobre [[física do estado sólido]] foram escritas durante sua permanência em Leipzig e Zurique, algumas em parceria com [[Felix Bloch]], que também foi colaborador de Heisenberg em Leipzig.
Quando os [[Machtergreifung|nazistas assumiram o governo alemão]] em 1933 Peierls estava em [[Cambridge]], bolsista da [[Fundação Rockefeller]], decidindo não voltar para a Alemanha. Inicialmente trabalhou com outros emigrantes, dentre os quais [[Hans Bethe]], junto a [[James Chadwick]] em [[Manchester]], investigando problemas da [[mecânica estatística|termodinâmica estatística]] de ligas. Foi para isto auxiliado por um fundo para fugitivos da Alemanha. Obteve porteriormente uma vaga em Cambridge, trabalhando com [[supercondutividade]], [[superfluidez]] e com problemas da física nuclear. Em 1937 foi professor da [[Universidade de Birmingham]].<ref>{{
Preocupado com o aparente desenvolvimento das pesquisas atômicas da Alemanha nazista sobre a possibilidade de construção de uma bomba atômica, publicou juntamente com o emigrante austríaco [[Otto Frisch]], um pioneiro da fissão nuclear que também trabalhava em Birminghan, o [[memorando Frisch-Peierls]], no qual foi, em caráter de sigilo absoluto, exposto o suposto risco iminente da construção de uma bomba atômica pela Alemanha de Hitler, clamando pela pesquisa intensa a fim de construir uma bomba atômica britânica. Como massa crítica para uma bomba obtida de [[Urânio|Urânio 235]] indicaram 1 kg, muito abaixo da massa então estimada. Mostraram com isto que a construção de uma bomba atômica seria possível na época. Mediante um comunicado do ''Military Application of Uranium Detonation (MAUD)'', o memorando chegou em 1941 nos [[Estados Unidos]], contribuindo assim para a efetivação do [[Projeto Manhattan]], no qual Peierls trabalhou a partir de 1943, após ter obtido a cidadania britânica, porque até então era considerado elemento suspeito, assim como Otto Frisch. Por ter levado consigo [[Klaus Fuchs]], depois desmascarado como espião soviético, tornou as desconfianças oficiais sobre si ainda maiores.<ref>A suspeita é premente, como por exemplo na dificuldade para a obtenção de um visto para os Estados Unidos, a fim de participar em diversas conferências (New York Times, necrológio, 22 de setembro de 1995).</ref>
Participou da 7ª e 8ª [[Conferência de Solvay]].
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