Manuel I de Portugal: diferenças entre revisões

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As exéquias reais tiveram lugar na terça-feira seguinte, na [[Sé de Lisboa]], com cerimónias que só terminaram cerca da uma hora da tarde do dia seguinte. O último ofício público foi a cerimónia da quebra dos escudos: acompanhados por muitos senhores e fidalgos a pé, três juízes da cidade (dois do crime, e um do cível), vestidos de negro, traziam sobre a cabeça três grandes escudos negros; diante deles, num cavalo preto coberto de de paramentos de linho da mesma cor, vinha um alferes, vestindo uma grande loba de pano preto, levando sobre o ombro direito uma bandeira de grandes dimensões, preta e com as armas reais, que, meia tombada, se ia arrastando pelo chão da cidade à medida que o cortejo avançava. Junto à Sé, o bacharel [[Diogo Vaz]] da Casa do Cível, subiu a um banco e fez um discurso em memória do monarca falecido; depois, desfez-se o primeiro escudo no chão com uma pancada forte. A multidão seguiu depois até meio da [[Rua Nova dos Mercadores]], onde se fez novo discurso e se quebrou o segundo escudo; o último escudo negro foi quebrado no [[Praça de D. Pedro IV|Rossio]]. Ao longo desse dia, repicaram os sinos em [[Lisboa]].<ref name="Buescu2011"/>
 
Em 1551, trinta anos após a sua morte, [[João III de Portugal|D. João III]] ordenou a trasladação dos restos mortais de D. Manuel, juntamente com os da rainha [[Maria de Aragão e Castela, Rainha de Portugal|D. Maria]] sua esposa, para a ''igreja nova'' do [[Mosteiro dos Jerónimos]]. Contrariando as disposições testamentárias de D. Manuel para que a sua trasladação para os Jerónimos ocorresse "''secretamente e sem cerimónia''", o acontecimento prolongou-se por cinco dias, na presença dos monarcas e de centenas de religiosos.<ref name="Buescu2011"/>
 
== Títulos, estilos, e honrarias ==