Cornélia (gens): diferenças entre revisões

A '''''gens'' Cornélia''' ({{lang-la|''gens Cornelia''}}; [[plural|pl.]] ''Cornelii'') foi a mais distinta de todas as ''[[gens]]'' da [[Roma Antiga]], especialmente por ter produzido a maior quantidade de pessoas ilustres entre todas as grandes casas de Roma. O primeiro a chegar ao [[cônsul romano|consulado]] foi [[Sérvio Cornélio Cosso Maluginense]], cônsul em 485 a.C.<ref name="ReferenceA">Smith, Cornelii</ref>. Juntamente com os [[Fábios]] e [[Valérios]], os Cornélios competiam pelos cargos mais altos da [[magistratura romana]] do século III a.C. em diante. Mais de 30% de todos os consulados foram ocupados por pessoas desta gente e muitos dos grandes generais romanos também eram Cornélios.

A origem dos Cornélios se perdeu na história, mas o nome ''"Cornelius"'' pode ser uma referência a um hipotético [[cognome]] ''"Corneus"'', que significa "cornudo", ou seja, "de pele grossa ou calosa". A existência deste cognome em períodos muito antigos pode ser inferida pela existência de seu diminutivo, ''"Corneolus"''.<ref>George Davis Chase, "The Origin of Roman Praenomina", in ''Harvard Studies in Classical Philology'', vol. VIII (1897).</ref>.

Outra possibilidade é que o nomes tenha relação com o cognome ''"Cossus"'', utilizado nos tempos mais antigos pelos membros da gente. ''"Cossus"'' pode ser um prenome arcaico utilizado pelos ancestrais dos Cornélios que teria depois sido utilizado como cognome pela gente. Um evento similar aconteceu com a gente [[Fúrios|''Furia'']], originalmente ''"Fusia"'', que evidentemente era derivada do prenome arcaico ''"Fusus"''. Os Fúrios depois utilizaram ''"Fusus"'' como cognome, exatamente como os Cornélios fizeram com ''"Cossus"''. Muito depois de esta família ter desaparecido, ''"Cossus"'' foi revivido como prenome pelos Cornélios tardios.<ref name="ReferenceA"/>.

Os Cornélios empregaram uma ampla variedade de [[prenome]]s (''"praenomina"'') e cada família tinha suas preferências. [[Sérvio (prenome)|Sérvio]], [[Lúcio (prenome)|Lúcio]], [[Públio (prenome)|Públio]], [[Cneu (prenome)|Cneu]] e [[Marco (prenome)|Marco]] eram utilizados pela maioria das famílias. [[Aulo (prenome)|Aulo]] foi utilizado pelos Cornélios Cossos, [[Caio (prenome)|Caio]], tanto pelos Cornélios Cetegos quanto os Lêntulos, e [[Tibério (prenome)|Tibério]], pelos Lêntulos, que mais tarde reviveram o cognome "[[Cosso (prenome)|Cosso]]" como um prenome.<ref name="ReferenceA"/>.

No século I a.C., o [[ditador romano|ditador]] [[Lúcio Cornélio Sula]] batizou seus filhos gêmeos de [[Fausto (prenome)|Fausto]] e Fausta, revivendo um antigo prenome que foi regularmente utilizado pelos seus descendentes nos dois séculos seguintes, a única família [[patrício romano|patrícia]] a ter utilizado este nome. Acredita-se que a filha mais nova de Sula teria se chamado [[Póstumo (prenome)|Póstumo]], embora nenhuma outra instância deste nome entre os Cornélios seja conhecida.<ref>Mika Kajava, ''Roman Female Praenomina: Studies in the Nomenclature of Roman Women'' (1994).</ref>.

A gente Cornélia incluía ramos [[patrício romano|patrícios]] e [[plebe romana|plebeus]], mas todas as grandes famílias eram patrícias: Arvina, Blásio, Cetego, Cina, Cosso, Dolabela, Lêntulo, Maluginense, Mamula, Merenda, Mérula, Rufino, Escápula, Cipião, Sisena e Sula. As famílias plebeias eram Balbo e Galo. Além disso há vários cognomes dados aos [[liberto (Roma Antiga)|liberto]]s da gente, como Crisógono, Culeolo e Fagita. Há ainda diversos plebeus mencionados sem nenhum cognome. Na época do [[Império Romano]], o número de cognomes (famílias) cresceu consideravelmente.<ref name="ReferenceA"/>.

A "estirpe" mais antiga dos Cornélios eram os Cossos e os Maluginenses, que, originalmente, eram, com grande probabilidade, uma única família, pois ambos os cognomes apareciam primeiro unidos, como no caso de [[Sérvio Cornélio Cosso Maluginense]], cônsul em 485 a.C.. Logo depois, porém, as famílias se separaram. Os Cossos produziram muitos homens proeminentes nos séculos V e IV a.C., mas depois desapareceu. Os últimos cônsules da família tinham o [[agnome]] Arvina. Mais tarde, "Cosso" reapareceu como prenome na família dos Lêntulos, outro ramo dos Cornélios. Os Maluginenses foram cônsules pela última vez em 367 a.C.<ref name="ReferenceA"/>.

Os [[Cipiões|Cornélios Cipiões]] (''"Scipio"'') aparecem pela primeira vez no século IV a.C., com [[Públio Cornélio Cipião (tribuno consular em 395 a.C.)|Públio Cornélio Cipião]], que foi [[mestre da cavalaria]] do [[ditador romano|ditador]] [[Marco Fúrio Camilo]] em 396 a.C. e [[tribuno consular]] no ano seguinte. Os [[Fastos Capitolinos]] identificam este mestre da cavalaria como sendo "Públio Cornélio Maluginense", o que sugere que os Cipiões podem ter se originado como um ramo dos Maluginenses.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' v. 19.</ref><ref name="Fasti Capitolini">''[[Fasti|Fasti Capitolini]]''</ref>.

Acredita-se que o cognome ''"Scipio"'', que significa vara ou cajado, teria sido dado a um Cornélio por ele ter sido como um cajado para guiar seu pai cego (''"patrem pro baculo regebat"'') e o apelido foi deixado para os filhos como nome de família. Alguns dos maiores homens da Roma Antiga foram desta família e tinham os seguintes [[agnome]]s: Africano, Asiático, Asina, Barbato, Calvo, Híspalo, Násica e Serapião. Com o cognome adicional "Orfito", a família continuou proeminente até o século II.<ref name="ReferenceA"/><ref>[[Macróbio]], ''Saturnalia'' i. 6.</ref>.

"Lêntulo" ({{lang-la|''Lentulus''}}) era o nome da mais [[:wikt:altivez|altiva]] família da gente Cornélia; tanto que Cícero criou as palavras ''"appietas"'' e ''"lentulitas"'' para expressar as qualidades do partido aristocrático (''[[optimates]]''). Quando plebeus aparecem utilizando o nome (como [[tribunos da plebe]], por ex.), sem dúvida eram descendentes de libertos da família. Conta-se que ''"Lentulus"'' seria derivado de ''"lens"'', "[[lentilha]]". Porém, o adjetivo [[latim|latino]] ''"lentulus"'' significa "lento". Os Lêntulos apareceram pela primeira vez na história na época do [[saque de Roma (387 a.C.)|saque de Roma]] pelos [[gauleses]], no início do século IV a.C., e permaneceram relevantes até o século I. Eles utilizaram os agnomes Caudino, Clodiano, Crus, Getúlico, Lupo, Maluginense, Marcelino, Níger, Rufino, Cipião, Esfínter e Sura.<ref name="ReferenceA"/><ref>[[Cícero]], ''Epistulae ad Familiares'' iii. 7. § 5, ''Pro Lege Manilia'' 19, ''Epistulae ad Atticum'' i. 19. § 2.</ref><ref>[[Plínio, o Velho|Plínio]], ''[[História Natural (Plínio)|História Natural]]'' xviii. 3.</ref>.

Os Cornélios Rufinos apareceram na segunda metade do século IV a.C., começando com [[Públio Cornélio Rufino (ditador em 334 a.C.)|Públio Cornélio Rufino]], [[ditador romano|ditador]] em 334 a.C.. Pelo [[cognome]] "Rufino", que significa "avermelhado, é possível inferir que o primeiro de sua família era ruivo. Um descendente desta família foi o primeiro a assumir o cognome "Sula" na época da [[Segunda Guerra Púnica]]. O nome provavelmente era diminutivo de ''"Sura"'', um cognome encontrado em diversas gentes, incluindo os Cornélios Lêntulos. [[Plutarco]], que acreditava erroneamente que [[Lúcio Cornélio Sula|Lúcio Cornélio Sula]] seria o primeiro a utilizar este cognome, defendia que tratava-se de uma referência a uma compleição pessoal manchada de vermelho, enquanto que [[Macróbio Ambrósio Teodósio]] entendia que o termo seria uma derivação de "Sibila", uma [[etimologia]] rejeitada por [[Quintiliano]]. Os Sulas continuaram a ocupar as posições mais altas até o período imperial, alguns deles com o [[agnome]] Félix.<ref name="ReferenceA"/><ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'' ''Sulla'' 2.</ref><ref>[[Macróbio]], ''Saturnalia'' i. 17.</ref>.

Os Dolabelas ganharam notoriedade pela primeira vez no século III a.C. e permaneceu relevante até a segunda metade do século I. Os Cornélios Blásios floresceram por cerca de um século, começando no início do século III a.C. Os Cetegos, que apareceram pela primeira vez na última metade do século III a.C., foram descritos por [[Horácio]] como ''"cinctuti Cethegi"'', por manterem o antigo costume romano de vestirem roupas sem manga.<ref name="ReferenceA"/>.

Os Cornélios Balbos não eram, de forma estrita, parte da gente Cornélia. O primeiro não era sequer [[cidadão romano]] e sim um nativo de [[Gades]]; seu nome original provavelmente tinha alguma semelhança com o termo latino ''"Balbus"''. [[Cornélio Galo|Caio Cornélio Galo]], o poeta e, depois, [[prefeito do Egito]], era evidentemente de ascendência [[gauleses|gaulesa]]. Ainda muito jovem, vivia na cidade romana de [[Fórum Júlio]] e foi presumivelmente [[manumissão|libertado]] por um dos Cornélios Cinas ou Sulas. Nenhum de seus descendentes atingiu qualquer proeminência.<ref name="ReferenceA"/>.

* [[Sérvio Cornélio Cosso Maluginense|Sérvio Cornélio Cosso Maluginense]], [[cônsul romano|cônsul]] em 485 a.C..

* [[Marco Cornélio Maluginense (decênviro)|Marco Cornélio Maluginense]], um membro do [[Segundo Decenvirato]] em 450 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' iii. 35, 40, 41.</ref><ref>[[Dionísio de Halicarnasso]], ''Antiguidades Romanas'' x. 58, xi. 15, 23.</ref>.

* [[Sérvio Cornélio Maluginense (tribuno consular em 386 a.C.)|Sérvio Cornélio Maluginense]], [[tribuno consular]] em 386, 384, 382, 380, 376, 370 e 368 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' vi. 6, 18, 22, 27, 36, 38.</ref><ref>[[Diodoro Sículo]], ''[[Bibliotheca historica|Bibliotheca Historica]]'' xv. 71.</ref>.

* [[Marco Cornélio Maluginense (tribuno consular em 369 a.C.)|Marco Cornélio Maluginense]], [[tribuno consular]] em 369 e 367 a.C.<ref name="ReferenceB">[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' vi. 36, 42.</ref>.

* [[Sérvio Cornélio Cosso (tribuno consular em 434 a.C.)|Sérvio Cornélio Cosso]], [[tribuno consular]] em 434 a.C.<ref>[[Diodoro Sículo]], ''[[Bibliotheca historica|Bibliotheca Historica]]'' xii. 53.</ref><ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' iv. 23.</ref>.

* [[Públio Cornélio Cosso (tribuno consular em 415 a.C.)|Públio Cornélio Cosso]], [[tribuno consular]] em 415 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' iv. 49.</ref><ref>[[Diodoro Sículo]], ''[[Bibliotheca historica|Bibliotheca Historica]]'' xiii. 34.</ref>.

* [[Públio Cornélio Cosso (tribuno consular em 408 a.C.)|Públio Cornélio Cosso]], [[tribuno consular]] em 408 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' iv. 56.</ref><ref>[[Diodoro Sículo]], ''[[Bibliotheca historica|Bibliotheca Historica]]'' xiii. 104.</ref>.

* [[Aulo Cornélio Cosso (tribuno consular em 369 a.C.)|Aulo Cornélio Cosso]], [[tribuno consular]] em 369 e 367 a.C.<ref name="ReferenceB"/>.

* [[Aulo Cornélio Cosso Arvina|Aulo Cornélio Cosso Arvina]], cônsul em 343 e 332 e ditador em 322 a.C..

* [[Públio Cornélio Maluginense Cipião]], [[mestre da cavalaria]] em 396 a.C. e [[tribuno consular]] em 395 e 394 a.C.<ref>Robert T. Broughton, ''The Magistrates of Roman Republic'', v.1 p.&nbsp;88</ref>.

* Públio Cornélio Cipião Escápula, cônsul em 328 a.C. e ditador em 306.<ref>Broughton, ''The Magistrates of the Roman Republic'' (1952).</ref><ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;42.</ref>.

* [[Cneu Cornélio Cipião Híspalo|Cneu Cornélio Cipião Híspalo]], cônsul em 176 a.C..

* [[Públio Cornélio Cipião Násica Serapião|Públio Cornélio Cipião Násica Serapião]], cônsul em 138 a.C..

* Cneu Cornélio Cipião Híspalo, impedido pelo Senado de seguir para sua província, a [[Hispânia]]<ref>[[Valério Máximo]], ''[[Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis]]'' vi. 3. § 3.</ref> consul 171 a.C..<ref name="ReferenceC">[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;189.</ref>.

* [[Lúcio Cornélio Cipião Asiático (cônsul em 83 a.C.)|Lúcio Cornélio Cipião Asiático]], cônsul em 83 a.C.<ref name=Münzer-282>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;282.</ref>.

* [[Lúcio Cornélio Cipião Asiático Emiliano|Lúcio Cornélio Cipião Asiático Emiliano]], filho mais velho de Marco Emílio Lépido, adotado pelo cônsul em 83 a.C.<ref name=Münzer-282/>.

* [[Públio Cornélio Cipião Salvito]], acompanhou [[Júlio César]] em sua campanha na África em 46 a.C.<ref>[[Suetônio]], ''[[As Vidas dos Doze Césares]]'' 59.</ref><ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'' ''Caesar'' 52.</ref><ref>[[Dião Cássio]], ''História Romana'']], ''Roman History'' xlii. 58.</ref><ref>[[Plínio, o Velho]], ''[[História Natural (Plínio)|História Natural]]'' vii. 12, xxx. 2.</ref>.

* Cornélio Cipião, [[legado]] de [[Júnio Bleso|Quinto Júnio Bleso]], [[procônsul da África]] em 22.<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' iii. 74.</ref>.

* [[Sérvio Cornélio Orfito (cônsul em 51)|Sérvio Cornélio Orfito]], cônsul em 51.<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' xii. 41, xvi. 12; ''Historiae'' iv. 42.</ref><ref>[[Plínio, o Velho]], ''[[História Natural (Plínio)|História Natural]]'' ii. 31.</ref>.

* [[Públio Cornélio Cipião (cônsul em 56)|Públio Cornélio Cipião]], cônsul em 56.<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' xi. 2, 4, xii. 53, xiii. 25.</ref><ref>[[Plínio, o Velho]], ''[[História Natural (Plínio)|História Natural]]'' vii. 12, s. 14.</ref>.

* [[Cornélio Cipião Orfito (cônsul em 101)|Cornélio Cipião Orfito]], [[cônsul sufecto]] em 101.<ref name="ReferenceA"/>.

* [[Sérvio Cipião Orfito]], cônsul em 149.<ref name="ReferenceA"/><ref>[[História Augusta]], ''Antoninus Pio'' 8.</ref>.

* Lúcio Cornélio Lêntulo, o único senador que votou, segundo filho, contra subornar [[Breno (século IV a.C.)|Breno]] e os [[gauleses]] para que deixassem [[Roma Antiga|Roma]] em 389 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' ix. 4.</ref>.

* [[Sérvio Cornélio Lêntulo (cônsul em 303 a.C.)|Sérvio Cornélio Lêntulo]], cônsul em 303 a.C.<ref name="Fasti Capitolini"/><ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' x. 1.</ref>.

* Tibério Cornélio Lêntulo, filho do cônsul em 303 a.C.<ref name="ReferenceA"/>.

* [[Lúcio Cornélio Lêntulo Caudino (cônsul em 275 a.C.)|Lúcio Cornélio Lêntulo Caudino]], cônsul em 275 a.C.<ref name="Fasti Capitolini"/>.

* [[Públio Cornélio Lêntulo Caudino (cônsul em 236 a.C.)|Públio Cornélio Lêntulo Caudino]], cônsul em 236 a.C.<ref name="Fasti Capitolini"/>.

* Lúcio Cornélio Lêntulo Caudino, [[edil curul]] em 209 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xxvii. 21.</ref>.

* Sérvio Cornélio Lêntulo, [[edil curul]] em 207 a.C. e [[tribuno militar]] na [[Hispânia]] em 205 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xxviii. 10, xxix. 2.</ref>.

* Caio Cornélio Lêntulo, [[triúnviro]] para a fundação de uma [[colônia romana]] em 199 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xxxii. 2.</ref>.

* Sérvio Cornélio Lêntulo, embaixador enviado à [[Grécia Antiga|Grécia]] em 171 a.C. e pretor na [[Sicília romana|Sicília]] em 169 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xlii. 37, 47, 49, 56, xliii. 15.</ref>.

* Públio Cornélio Lêntulo, irmão do pretor em 169 a.C., também enviado à Grécia como embaixador em 171 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xlii. 37, 47, 49, 56.</ref>.

* Lúcio Cornélio Lêntulo, mensageiro de [[Lúcio Emílio Paulo Macedônico]] depois da derrota de [[Perseu da Macedônia]] em 168 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xlv. 1.</ref>.

* Lúcio Cornélio Lêntulo, pretor em 140 a.C.<ref>[[Sexto Júlio Frontino]], ''[[De aquaeductu|De Aquaeductu]]'' 7.</ref>.

* Cornélio Lêntulo, pretor na [[Sicília romana|Sicília]], derrotado por volta de 134 a.C. durante a [[Primeira Guerra Servil]].<ref>[[Floro]], ''Epitome de T. Livio Bellorum omnium annorum DCC Libri duo'' iii. 19, 7.</ref>.

* [[Públio Cornélio Lêntulo Marcelino]], filho de [[Marco Cláudio Marcelo (pai Esernino)|Marco Cláudio Marcelo]], foi adotado por um dos Cornélios Lêntulos. Oficial de Pompeu durante a [[Campanha de Pompeu contra os piratas|guerra contra os piratas]] em 67 a.C. e um orador de considerável mérito.<ref>[[Cícero]], ''[[Brutus (Cícero)|Brutus]]'', 36.</ref><ref>[[Apiano]], ''Bella Mithridatica'', 95.</ref><ref>[[Johann Caspar von Orelli]], ''Onomasticon Tullianum'', p. 177.</ref>.

* Cneu Cornélio Lêntulo Vácia, mencionado por [[Cícero]] em 56 a.C.<ref>[[Cícero]], ''Epistulae Quintum Fratrem''</ref>.

* (Públio) Cornélio Lêntulo Marcelino, questor no exército de César durante a [[guerra civil de César|guerra civil]]; derrotado por Pompeu, que sofreu pesadas perdas, na [[Batalha de Dirráquio (48 a.C.)|Batalha de Dirráquio]] e salvo posteriormente por [[Marco Antônio]].<ref>[[Júlio César]], ''[[Commentarii de Bello Civili]]'', iii. 62-65.</ref><ref>[[Paulo Orósio]], ''Historiarum Adversum Paganos Libri VII'', vi. 15.</ref>.

* Cornélio Lêntulo Crucélio, proscrito pelo [[Segundo Triunvirato]] em 43 a.C., mas conseguiu escapar.<ref>[[Valério Máximo]], ''[[Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis]]'' vi. 7. § 3.</ref><ref>[[Apiano]], ''Bellum Civile'' iv. 39.</ref>.

* [[Cneu Cornélio Lêntulo (cônsul em 18 a.C.)|Cneu Cornélio Lêntulo]], cônsul em 18 a.C.<ref>[[Dião Cássio]], ''História Romana''|Lúcio [[Dião Cássio]], ''História Romana'' Cocceianus]], ''Roman History'' liv. 12.</ref>.

* [[Públio Cornélio Lêntulo Marcelino]], cônsul em 18 a.C.<ref>[[Dião Cássio]], ''História Romana'', liv. 12, ''Arg.'' liv.</ref><ref>Riccio, ''Monete Consolari'', p. 52.</ref>.

* [[Cosso Cornélio Lêntulo (cônsul em 60)|Cosso Cornélio Lêntulo]], cônsul em 60.<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' xiv. 20.</ref><ref>[[Sexto Júlio Frontino]], ''[[De aquaeductu|De Aquaeductu]]'' 102.</ref>.

* Cornélio Lêntulo, ator e escrito de [[pantomima]]s.<ref name="ReferenceA"/>.

* [[Públio Cornélio Rufino (cônsul em 290 a.C.)|Públio Cornélio Rufino]], neto do ditador em 334 a.C.. Cônsul em 290 e 277; ditador em 280 a.C.<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;195.</ref>.

* Lúcio Cornélio Rufino Sula, [[flâmine dial]] {{ca.}} 250 a.C.,<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;110.</ref>, foi o primeiro com o [[agnome]] Sula.

* [[Públio Cornélio Sula (flâmine dial)|Públio Cornélio Sula]] e [[pretor urbano]] e [[pretor peregrino]] em 212 a.C.. Realizou os primeiros [[Jogos Apolinários]].<ref>Robert T.Broughton, ''The Magistrates of Roman Republic'', v.1 p.&nbsp;268</ref>.

* [[Públio Cornélio Sula (pretor em 186 a.C.)|Públio Cornélio Sula]], pretor em 186 a.C., governou a [[Sicília romana|Sicília]] como província.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xxxix. 6, 8.</ref>.

* Sérvio Cornélio Sula, pretor em 175 a.C. governou a [[Sardenha romana|Sardenha]];<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;200.</ref>; enviado para ajudar [[Lúcio Emílio Paulo Macedônico|Lúcio Emílio Paulo]] na organização da [[Reino da Macedônia|Macedônia]] em 167 a.C..<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xlv. 17.</ref>.

* Lúcio Cornélio Sula, filho do pretor em 186 a.C. e pai do ditador [[Lúcio Cornélio Sula Félix]].<ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'' ''Sula'' 1.</ref>.

* [[Lúcio Cornélio Sula Félix]] (138&ndash;78 a.C..), [[pretor urbano]] em 93 a>C.,<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" v.II.</ref>, cônsul em 88 e 80 a.C. e ditador ''rei publicae constituendae causa'' entre 82 e 81 a.C..

* Sérvio Cornélio Sula, irmão do ditador.<ref>[[Salústio]], ''A Conspiração de Catilina'' 17.</ref><ref>[[Dião Cássio]], ''História Romana'', ''Roman History'' xxxvi. 27.</ref>.

* Cornélio Sula, filho do ditador com sua quarta esposa, [[Cecília Metela Dalmática]], morreu quando seu pai ainda estava vivo.<ref>[[Sêneca, o Velho|Sêneca]], ''Cons. Marc.'' 12.</ref><ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'' ''Sula'' 37.</ref>.

* Sérvio Cornélio Sula, outro sobrinho do ditador, participou das duas [[Conspirações de Catilina]].<ref>[[Salústio]], ''A Conspiração de Catilina'' 17, 47.</ref><ref>[[Cícero]], ''Pro Sula'' 2.</ref>.

* Públio Cornélio Sula, filho do cônsul-eleito (e destituído) em 66 a.C., pode ter sido o pai de Lúcio Cornélio Sula, cônsul em 5 a.C.<ref>[[Cícero]], ''Epistulae Familiares'' xv. 17; ''Pro Sula'' 31.</ref>.

* [[Lúcio Cornélio Sula (cônsul em 5 a.C.)|Lúcio Cornélio Sula]], cônsul em 5 a.C.<ref>[[Plínio, o Velho]], ''[[História Natural (Plínio)|História Natural]]'' vii. 11. s. 13.</ref><ref>[[Dião Cássio]], ''História Romana'', ''Roman History'' index, lib. lv.</ref>.

* [[Lúcio Cornélio Sula Magno]], outro filho do cônsul em 5 a.C., foi cônsul em 33.<ref>[[Dião Cássio]], ''História Romana'', lviii. 20.</ref><ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' vi. 15.</ref>.

* [[Fausto Cornélio Sula (cônsul em 52)|Fausto Cornélio Sula]], filho do cônsul em 33, foi cônsul sufecto em 52.<ref name="Fasti Capitolini"/>. Assassinado a mando de Nero em 63.

* Cornélio Sula, governador da [[Capadócia (província romana)|Capadócia]], condenado à morte por [[Heliogábalo]].<ref>[[Dião Cássio]], ''História Romana'', lxxix. 4.</ref>.

* Cneu Cornélio Dolabela, nomeado [[rei das coisas sagradas]] no lugar de Marco Márcio em 208 a.C., cargo que deteve até sua morte em 180 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xxvii. 36, xl. 42.</ref>.

* Cneu Cornélio Dolabela, condenado à morte em 100 a.C. juntamente com o [[tribuno da plebe]] [[Lúcio Apuleio Saturnino]].<ref name="ReferenceA"/>.

* Públio Cornélio Dolabela, [[pretor urbano]] em 67 a.C. e, posteriormente, [[procônsul da Ásia]].<ref>[[Cícero]], ''Pro Caecina'' 8.</ref><ref>[[Valério Máximo]], ''[[Nove Livros de Feitos e Dizeres Memoráveis]]'' viii. 1; ''Ambustae'', § 2.</ref>.

* Cornélio Dolabela, condenado à morte por [[Aulo Vitélio]] em 69.<ref>[[Tácito]], ''Historiae'' i. 88, ii. 63.</ref>.

* [[Sérvio Cornélio Dolabela Petroniano]], cônsul em 86.<ref name="ReferenceA"/>.

* Cneu Cornélio Blásio, pretor na [[Sicília romana|Sicília]] em 194 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xxxiv. 42, 43.</ref>.

* Públio Cornélio Blásio, embaixador aos [[carnos]], [[ístrios]] e [[iápides]] em 170 a.C. e comissário especial em 168 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xliii. 7, xlv. 13.</ref>.

* [[Marco Cornélio Cetego]], um flâmine fracassado,<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.232.</ref>, censor em 209 a.C. e cônsul em 204 a.C..

* Públio Cornélio Cetego, pretor em 184 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' xxxix. 32, 38, 39.</ref>.

* Lúcio Cornélio Cetego, defensor de uma proposta de lei do tribuno [[Lúcio Escribônio Libo]] para derrubar [[Sérvio Sulpício Galba (cônsul em 144 a.C.)|Sérvio Sulpício Galba]] em 149 a.C.<ref>[[Lívio]], ''[[Ab Urbe Condita libri|Ab Urbe Condita]]'' ''Epitome'' 49.</ref><ref>[[Cícero]], ''[[De Oratore]]'' i. 52; ''[[Bruto (Cícero)|Bruto]]'', 23; ''Epistulae Atticum'' xii. 5.</ref>.

* [[Sérvio Cornélio Cetego (cônsul em 24)|Sérvio Cornélio Cetego]], cônsul em 24.<ref name="ReferenceA"/>.

* [[Lúcio Cornélio Mérula (cônsul em 193 a.C.)|Lúcio Cornélio Mérula]], [[pretor urbano]] em 198 a.C. e cônsul em 193 a.C.<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;346.</ref>.

* Lúcio Cornélio Mérula, [[edil curul]] em 161 a.C.<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families" p.&nbsp;444.</ref>.

* [[Lúcio Cornélio Cina (cônsul em 127 a.C.)|Lúcio Cornélio Cina]], cônsul em 127 a.C.<ref name="ReferenceA"/>.

* Cornélio Cina, [[questor]] de [[Públio Cornélio Dolabela]] contra [[Marco Júnio Bruto]].<ref>[[Cícero]], ''[[Philippicae]]'' x. 6.</ref><ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'' ''Bruto'' 25.</ref>.

* Públio Cornélio Balbo, irmão do cônsul em 40 a.C.<ref name="ReferenceA"/>.

*[[Públio Cornélio Calussa]], eleito [[pontífice máximo]] pro volta de 330 a.C. sem ter ocupado um cargo [[cadeira curul|curul]] antes.<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families", p.&nbsp;171.</ref>.

*Aulo Cornélio Mamula, pretor em [[Brútio]] em 191 a.C. e [[propretor]] em 190 a.C.<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families"</ref>.

*Públio Cornélio Mamula, pretor na Sicília em 180 a.C.<ref name="ReferenceC"/>.

*Cneu Cornélio, instalado como [[flâmine dial]] em 174 a.C.<ref>[[Friedrich Münzer]], "Roman Aristocratic Parties e Families", p.&nbsp;406.</ref>.

* Cornélio, [[escriba (Roma Antiga)|escriba]] durante a ditadura de [[Sula]] e questor durante a de [[Júlio César]].<ref>[[Salústio]], ''Hist.'' in ''Or. Lep.''</ref><ref>[[Cícero]], ''[[De Officiis]]'' ii. 8.</ref>.

* Cornélio Fagita, capturou [[Júlio César]] quando ele foi proscrito por Sula em 82 a.C.<ref>[[Suetônio]], ''[[As Vidas dos Doze Césares]]'' ''Caesar'' 74.</ref><ref>[[Plutarco]], ''[[Vidas Paralelas (Plutarco)|Vidas Paralelas]]'' ''Caesar'' 1.</ref>.

* Caio Cornélio, um dos [[Segunda Conspiração de Catilina|conspiradores com Catilina]].<ref>[[Salústio]], ''A Conspiração de Catilina'' 17, 28.</ref><ref>[[Cícero]], ''Pro Sula'' 2, 6, 18.</ref>.

* Públio Cornélio, [[tribuno da plebe]] em 51 a.C.<ref>[[Cícero]], ''Epistulae Familiares'' viii. 8.</ref>.

* Cornélio, um [[centurião]] no exército de [[Otaviano]] em 43 a.C. enviado a Roma para exigir um consulado para seu general.<ref>[[Suetônio]], ''[[As Vidas dos Doze Césares]]'' ''Augustus'' 26.</ref>.

* Cornélio Tlepolemo, um pintor de [[Cibira]], na [[Sicília romana|Sicília]], trabalhou para [[Caio Verres]]. Cícero o chamou de um dos ''"canes venatici"'' ("cães de caça") de Verres.<ref>[[Cícero]], ''[[In Verrem]]'' iii. 28, iv. 13.</ref>.

* [[Cornélio Severo]], poeta na época de [[Augusto]].<ref name="ReferenceA"/>.

* Cornélio Tusco, um historiador citado por [[Sêneca, o Velho]], que acusou Mamerco Emílio Escauro de ''[[majestas]]'' (traição) em 34.<ref>[[Sêneca, o Velho]], ''Suasoriae'' 2, sub fin.</ref><ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' vi. 29.</ref>.

* Cornélio Fusco, provavelmente filho do general anterior, correspondente de [[Plínio, o Jovem|Plínio]].<ref>[[Plínio, o Jovem]], ''[[Epistulae (Plínio)|Epistulae]]'' vii. 9.</ref>.

* Cornélio Marcial, serviu no exército de [[Tito Flávio Sabino (cônsul em 47)|Tito Flávio Sabino]] e morreu quando o [[Capitólio (Roma)|Capitólio]] foi incendiado em 69.<ref>[[Tácito]], ''[[Anais (Tácito)|Anais]]'' xv. 71, ''Historiae'' iii. 70, 73.</ref>.

* [[Caio Cornélio Tácito]], historiador da segunda metade do século I.<ref name="ReferenceA"/>.

* Sérvio Cornélio, um [[jurista]] em na época de Adriano.<ref name="ReferenceA"/>.

* [[Marco Cornélio Fronto]], um famoso orador e cônsul sufecto em 143.<ref name="ReferenceA"/>.